O Observatório de violência contra os povos indígenas no Brasil é uma extensão do trabalho de acompanhamento das violações de direitos e da violência contra os povos indígenas no Brasil feito pelo Conselho Indigenista Missionário (CIMI). Desde o ano de 2003, o resultado desse acompanhamento vem sendo publicado em forma de relatório anual, que você pode acessar publicamente.
Como se faz a coleta de dados?
Através de uma plataforma de mapeamento e coleta de dados de violência contra os povos indígenas, a CACI, sigla para Cartografia dos Ataques Contra Indígenas, o CIMI mapeia os assassinatos de indígenas no Brasil nas últimas décadas. A palavra “caci” também significa “dor” na língua Guarani.
Com o georreferenciamento dos registros de assassinatos sistematizados pelo Conselho Indigenista Missionário (CIMI) e pela Comissão Pastoral da Terra (CPT) a partir de 1985, a plataforma permite obter informações sobre os casos individuais e observá-los em conjunto, num mapa que organiza os casos de acordo com o município ou a terra indígena em que as mortes ocorreram, conforme os dados disponíveis.
Assim como ocorre com o relatório e os levantamentos produzidos pelo CIMI, o levantamento da CACI – plataforma que deverá ser aprimorada nos próximos anos – não é completo, pois o número de assassinatos ocorridos neste período ultrapassa a capacidade das organizações de registrarem e acompanharem caso a caso.
O projeto foi desenvolvido pela Fundação Rosa Luxemburgo, em parceria com Armazém Memória e InfoAmazonia. Desde 2017, a alimentação da CACI é feita pelo CIMI. Além dos dados mapeados, também é possível acessar dossiês sobre casos emblemáticos. A CACI funciona com base no princípio de dados abertos, de maneira que todas as informações estão disponíveis para download.
Como você pode ajudar?
Além de ajudar a financiar o projeto, com doações ao CIMI, você pode participar, enviando em forma de uma denuncia anônima, situações de violência contra indígenas no Brasil. Para isso é preciso preencher um formulário próprio. As denúncias podem ser de violações individuais ou coletivas, ou seja, contra uma ou mais pessoas ou contra uma comunidade, um povo, uma aldeia ou uma terra indígena. Todas as informações fornecidas serão criptografadas e mantidas anônimas. Isso significa que sua denúncia é segura. Pedimos seu contato apenas para averiguar e checar informações, caso seja necessário.
Sua identidade não será revelada a ninguém. Depois de checadas por nossas equipes, as informações que você fornecer serão incluídas no nosso banco de dados e podem ser incorporadas em nossos relatórios sobre a violência contra os povos indígenas no Brasil, um importante mecanismo para a denúncia e o combate a estas violações.
Há anos, o CIMI realiza o levantamento da violência contra indígenas no Brasil. Isso é feito por meio do trabalho de missionários e missionárias em todo o Brasil, do acompanhamento de notícias veiculadas na mídia e de dados do governo federal e de outras organizações.
Nosso site é seguro. Mas, se preferir, você também pode mandar suas informações diretamente ao nosso setor de documentação, entrando em contato pelo email documentacao@cimi.org.br.
Se tiver dúvidas sobre os tipos de violência que você pode denunciar, acesse a página sobre o Relatório de violência contra os povos indígenas no Brasil e saiba mais sobre o que é violência para o CIMI.
A partir de 2003, os relatórios da violência contra os povos indígenas no Brasil – à exceção de duas edições, a de 2003 a 2005 e a de 2006 a 2007 – passaram a ser publicados anualmente e sempre disponibilizadas em formato digital.
Para saber mais sobre a história e o método de coleta de dados do relatório, clique aqui.
RELATÓRIOS DA VIOLÊNCIA CONTRA OS POVOS INDÍGENAS NO BRASIL JÁ PUBLICADOS
Abaixo, você pode acessar as edições disponíveis em pdf:
Dados de 2017
baixe o pdf ou acesse o resumo do relatório
Dados de 2016
baixe o pdf ou acesse a página especial do relatórioport Violence against the Indigenous Peoples in Brazil – data for 2016
Dados de 2015
baixe o pdf ou acesse a página especial do relatório
Dados de 2014
baixe o relatório em formato pdf
Dados de 2013
baixe o relatório em formato pdf
Dados de 2012
baixe o relatório em formato pdf
Dados de 2011
baixe o relatório em formato pdf
Dados de 2010
baixe o relatório em formato pdf
Dados de 2009
baixe o relatório em formato pdf
Dados de 2008
baixe o relatório em formato pdf
Dados de 2006-2007
baixe o relatório em formato pdf
Dados de 2003-2005
baixe o relatório em formato pdf
Fonte: