Poder buscar algo além, conhecer outras realidades, ter sonhos diferentes, acreditar nas próprias potencialidades se tornam condição de possibilidade de transformar o mundo, ao modificar a própria vida.  Para isso, há que se acreditar nas pessoas – particularmente nas crianças, nos adolescentes, nos jovens – para que elas acreditem em si mesmas e também possam mudar.

Seguimos com nossa observação acerca do sistema preventivo gestado por Dom Bosco, coração de sua obra, que, em nossa arquidiocese, se expressa no cuidado e formação das crianças e adolescentes no Centro Juvenil, na Casa Dom Bosco e no CESAM, onde trabalha nosso entrevistado de hoje: Willer Assis da Silva, que narra o seu percurso e a razão de estar naquela instituição.

Professora Tânia Jordão

Em qualquer campo educacional que se atue, os desafios estão sempre muito presentes. Em se tratando do cuidado de crianças e adolescentes, evidentemente, a necessidade de haver sério compromisso dos educadores com a integralidade da formação a eles oferecida deverá ser total; ainda mais se essas crianças, esses adolescentes, necessitam ser especialmente cuidados devido à injustiça social que permeia a realidade em que vivem.

Em nosso país, de tantas desigualdades, exclusões, violências, injustiças de toda ordem… infelizmente não é nenhuma exceção ver pessoas vivendo em situação de extrema vulnerabilidade social. Mas há aquelas e aqueles que acreditam que é possível desencadear novas formas de transformação social através da educação. Dentre tantas e tantos educadores idealistas, há os que abraçam, de peito aberto, corajosamente, os desafios de seguir sonhando o mesmo sonho de Dom Bosco.

“Quando os problemas se apresentam absurdos, os desafios se tornam apaixonantes”  (Dom Helder Câmara)

Tânia Jordão