Vida Nueva Digital – Observatório de Evangelização https://observatoriodaevangelizacao.com Thu, 24 Mar 2022 02:23:53 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.5.4 https://i0.wp.com/observatoriodaevangelizacao.com/wp-content/uploads/2024/04/cropped-logo.png?fit=32%2C32&ssl=1 Vida Nueva Digital – Observatório de Evangelização https://observatoriodaevangelizacao.com 32 32 232225030 “Praedicate Evangelium”: as 7 chaves da nova Constituição Apostólica do Papa Francisco https://observatoriodaevangelizacao.com/praedicate-evangelium-as-7-chaves-da-nova-constituicao-apostolica-do-papa-francisco/ Thu, 24 Mar 2022 02:23:53 +0000 https://atomic-temporary-74025290.wpcomstaging.com/?p=44488 [Leia mais...]]]> 250 artigos em 11 capítulos compõem a nova Constituição Apostólica ‘Praedicate Evangelium’. Neste documento, publicado pela Santa Sé no dia 19 de março de 2022, solenidade de São José, o papa Francisco promulga sua reforma da Cúria Romana e seu serviço à Igreja no mundo. Entrará em vigor no dia 5 de junho de 2022, solenidade de Pentecostes, perdendo assim a validade a Constituição Apostólica ‘Pastor bonus‘, do papa João Paulo II.

(A reportagem é de Elena Magariños, publicada por Vida Nueva Digital, 19/03/2022, que foi traduzida e publicada no Brasil pelo IHU. Os grifos são da Equipe executiva do Observatório da Evangelização)

Este é o documento que consolida a organização que o papa Francisco foi impulsionando nos últimos anos, com mudanças nos órgãos essenciais do funcionamento da Santa Sé. Aqui estão 7 chaves para compreender a nova constituição apostólica que governará a Igreja nos próximos anos:

1. Qualquer fiel pode dirigir um Dicastério

O texto detalha não apenas o funcionamento das agências da Cúria e do Vaticano, mas também dá especial importância à sinodalidade como meio de evangelização e de criação de conexões mais fortes na vida da Igreja. Tanto que, entre os princípios gerais do “Praedicate Evangelium”, especifica-se que “todos”, incluindo leigos e leigas, podem ser nomeados para exercer funções de governo e responsabilidade da Cúria Romana.

2. Grande importância para a proteção de menores

O documento transfere para a Cúria a Pontifícia Comissão para a Proteção dos Menores, unindo-a ao Dicastério para a Doutrina da Fé: a tarefa é aconselhar e aconselhar o Romano Pontífice e também propor as iniciativas mais adequadas para a proteção dos menores e de pessoas vulneráveis.

3. Reforma da Cúria

A Cúria Romana não estará mais apenas a serviço do Papa, mas estará a serviço de todas as dioceses e não apenas para verificar seu funcionamento. Da mesma forma, o texto insiste na necessidade de criar mecanismos de colaboração e trabalho em rede entre os dicastérios. Finalmente, os membros da Cúria, assim como os que trabalham nos diferentes dicastérios, devem ter “integridade pessoal e profissionalismo”.

4. Redução de dicastérios

A nova Constituição Apostólica reduz o número de Dicastérios, unindo aqueles cuja finalidade era muito semelhante ou que se complementavam com o objetivo de tornar o trabalho mais eficiente. Ao mesmo tempo, os Pontifícios Conselhos e as Congregações foram abolidos para serem chamados, todos eles, Dicastérios.

5. Dicastério a serviço da caridade

Nasce o novo Dicastério para o Serviço da Caridade (Esmola Apostólica), que “realiza assistência e ajuda em qualquer lugar do mundo” aos necessitados em nome do Papa.

6. Dicastério para a Evangelização

A Constituição Apostólica cria também um grande ‘ministério’ para a Evangelização no qual se unifica o trabalho realizado hoje pela Congregação para a Evangelização dos Povos (Propaganda Fide) e pelo Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização. Ambos se fundem e se tornam o Dicastério para a Evangelização, presidido diretamente pelo Papa.

7. Um grande ‘Ministério da Cultura’

Por outro lado, a Constituição Apostólica também funde o Pontifício Conselho para a Cultura e a Congregação para a Educação Católica, que se torna o Dicastério para a Cultura e a Educação. Será dividido em duas seções: uma dedicada à promoção cultural e animação pastoral; e o outro para desenvolver os princípios da educação nos centros de estudos católicos.

Fonte:

IHU

]]>
44488
O desafio do protagonismo da mulher na vida da Igreja https://observatoriodaevangelizacao.com/o-desafio-do-protagonismo-da-mulher-na-vida-da-igreja/ Sat, 16 Feb 2019 11:53:57 +0000 https://observatoriodaevangelizacao.wordpress.com/?p=29911 [Leia mais...]]]>

María José Arana: “Eles temem que depois do diaconato das mulheres se exija o sacerdócio das mulheres

A teóloga foi um das oradoras do III Seminário de Mulheres em Diálogo do Instituto Superior de Pastoral.

É verdade: havia diaconisas na igreja primitiva e há muitíssimo medo de reconhecer isso, que depois do diaconato feminino se reivindique o sacerdócio das mulheres“. afirma de forma contundente a teóloga María José Arana (Bilbao, 1943). Esta é a tese básica que expôs no evento e sobre a qual se discutiu com as mulheres participantes do Terceiro Seminário Mulheres em Diálogo, organizado pelo Instituto Superior de Pastoral de Madrid.

A fórmula de ordenação de diaconisas que existia na Igreja primitiva “era muito semelhante à da ordenação masculina, mas um pouco mais curta”, assinala esta teóloga e religiosa do Sagrado Coração de Jesus para a revista Vida Nueva, razão pela qual não se pode compreender: “que exista tantas dificuldades para aceitar essa fórmula”. Ela sugere que “no fundo está uma resistência terrível: a de reconhecer o poder e a igual dignidade eclesial das mulheres“.

Protagonistas na Igreja

No entanto, a autora de numerosos livros, entre eles, “Mulheres sacerdotes, por que não?“, não reivindica simplesmente repetir o papel que as diaconisas tiveram na Igreja primitiva. Em sua reflexão teológica, defende o protagonismo das mulheres na transformação da Igreja: “Temos que avaliar que modelo de diaconisa queremos e para que modelo de Igreja será este ministério. E na transformação eclesial é que as mulheres queremos estar, e não que nos deem uma Igreja já transformada por eles“.

Se tem claro que esse novo papel da mulher “seria reconhecido como um verdadeiro sacramento, mas, sobretudo, que responda aos problemas que estamos enfrentando hoje, e fazê-lo em nome da Igreja, e não de um voluntariado, em uma estrutura eclesial que sonho diferente e sendo parte ativa na transformação dessa Igreja“. “Eles nos chamam párocos – ela foi, na década de 90, a primeira “pároca” do País Basco e uma das primeiras da Espanha -, mas nos reconhecem apenas como uma assistente, porque se tocamos no sacramento da ordem, que afeta a bispos, sacerdotes e diáconos, a questão do diaconato feminino se apresenta, e então… “.

(Tradução para o Observatório da Evangelização, Edward Guimarães)

Fonte:

www.vidanuevadigital.com

]]>
29911