VI Assembleia do Povo de Deus – Observatório de Evangelização https://observatoriodaevangelizacao.com Sun, 08 Dec 2019 14:00:06 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.5.4 https://i0.wp.com/observatoriodaevangelizacao.com/wp-content/uploads/2024/04/cropped-logo.png?fit=32%2C32&ssl=1 VI Assembleia do Povo de Deus – Observatório de Evangelização https://observatoriodaevangelizacao.com 32 32 232225030 Arquidiocese de BH publica o Projeto de Evangelização aprovado na VI APD que orientará a elaboração dos Planos de Pastoral https://observatoriodaevangelizacao.com/arquidiocese-de-bh-publica-o-projeto-de-evangelizacao-aprovado-na-vi-apd-que-orientara-a-elaboracao-dos-planos-de-pastoral/ Sun, 08 Dec 2019 14:00:06 +0000 https://observatoriodaevangelizacao.wordpress.com/?p=33727 [Leia mais...]]]> O Projeto de Evangelização Proclamar a Palavra, da Arquidiocese de Belo Horizonte, foi renovado, neste ano, durante os processos criados pela 6ª Assembleia do Povo de Deus.

O documento que reúne as 12 novas Diretrizes Gerais para a Ação Evangelizadora da Arquidiocese de Belo Horizonte. Elas estão distribuídas e organizadas a partir dos quatro pilares da casa, afirmados nas DGAE da CNBB:

  • Casa da Palavra
  • Casa do Pão
  • Casa da Caridade
  • Casa da Missão

O Documento é apresentado às comunidades de fé e partilha de vida, pertencentes às 280 paróquias espalhadas pelas cinco regiões episcopais da Arquidiocese de Belo Horizonte:

  • Região episcopal Nossa Senhora Aparecida – Rensa
  • Região episcopal Nossa Senhora da Conceicão – Rensc
  • Região episcopal Nossa Senhora da Esperança – Rense
  • Região episcopal Nossa Senhora da Piedade – Rensp
  • Região episcopal Nossa Senhora do Rosário – Renser

Confira o documento na íntegra:

Veja a mensagem do arcebispo dom Walmor sobre a renovação do Projeto de Evangelização Proclamar a Palavra:

Fonte:

www.arquidiocesebh.org.br

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Arquidiocese de BH, na 6ª APD, aprova suas novas diretrizes… O desafio de todos, agora, é o de concretizá-las nas ações evangelizadoras https://observatoriodaevangelizacao.com/arquidiocese-de-bh-na-6a-apd-aprova-suas-novas-diretrizes-o-desafio-de-todos-agora-e-concretizar-os-compromissos-assumidos/ Mon, 25 Nov 2019 02:06:31 +0000 https://observatoriodaevangelizacao.wordpress.com/?p=33471 [Leia mais...]]]>

Breve relatório da grande assembleia arquidiocesana da 6ª APD

Sábado, dia 23/11/20019, em assembleia arquidiocesana pela VI APD, com delegados e delegadas vindos das cinco regiões episcopais e com representantes de todas as instâncias, a Arquidiocese de Belo Horizonte, com quase unanimidade em cada uma das votações, atualizou e aprovou as novas diretrizes que impulsionarão os planos de pastoral e ações evangelizadoras no próximo quadriênio 2020-2023.

Digno de nota: Durante a grande assembleia arquidiocesana, na votação de cada uma das 12 Diretrizes para ação evangelizadora propostas – aquelas que foram mais bem avaliadas ao longo das etapas anteriores da 6ª APD – houve praticamente unanimidade na aprovação. Houve apenas uns três ou quatro votos “Não”, seguidos de umas três ou quatro “Abstenções”.
Foto: Observatório da Evangelização.

Reflexão de Dom Walmor de Oliveira Azevedo deu o tom da grande assembleia arquidiocesana

Dom Walmor de Oliveira Azevedo

Segundo o arcebispo, a Igreja se reune em assembleia não simplesmente para cumprir uma formalidade, mas porque ela é essencialmente de tradição sinodal. Mesmo reconhecendo que nem sempre, ao longo de sua história, ela tenha conseguido concretizar a sua sinodalidade, esta é a sua verdadeira natureza evangélica.

Depois de recordar a todos trechos paradigmáticos da Palavra de Deus, lembrou as sábias palavra de Jesus aos seus discípulos e discípulas, quando constatou entre eles disputas de poder. O Mestre fez memória da violência das relações de dominação encetadas pelos chefes das nações e pelos poderosos de seu tempo e disse aos seus seguidores e seguidoras: “Entre vós não deve ser assim!”. Jesus mostra a importância do poder que é exercido pela lógica do serviço e que dá importância a igualdade fundamental dos filhos e filhas de Deus.

A Igreja, desse modo, precisa valorizar e criar, concretamente, instâncias de escuta e dinâmicas de participação de todos os batizados. Lembrou a todos o sentido dos diversos conselhos nos níveis comunitário, paroquial, forâneo, regional e arquidiocesano. Que precisamos valorizar esses espaços e preparar os seus membros para a corresponsabilidade na vida da Igreja.

Padre Joel Maria dos Santos resgatou a caminhada concretizada pela Arquidiocese com as APDs

Pe. Joel Maria dos Santos

Segundo padre Joel, esta Igreja particular, ao longo de sua caminhada, vem aperfeiçoando suas instâncias e dinâmicas participativas. A APD é um desses momentos privilegiados para, abertos aos sinais do Espírito Santo, discernir os rumos da ação evangelizadora.

Explicitou, então, o rico processo participativo que foi concretizado na Arquidiocese desde a aprovação no Conselho pastoral arquidiocesano, Conselho episcopal e presbiteral da 6ª APD, logo após a aprovação das DGAE da CNBB, e de sua convocação por Dom Walmor, no mês de agosto.

Agradeceu a equipe que preparou o importante Instrumento de trabalho. Enfatizou, da primeira etapa da 6ª APD, a grande adesão e participação das paróquias. Disse que das 280 paróquias da Arquidiocese, 261 fizeram as suas assembleias paroquiais e enviaram seus relatórios para as Regiões episcopais dentro do prazo estabelecido Recordou também do envolvimento de diversas instâncias que fizeram as suas assembleias: Conselho pastoral arquidiocesano, os quatro vicariatos episcopais (Veap, Veasp, Vecc e Veam), diáconos, escolas, juventudes… e das mais de 400 respostas alcançadas pelo questionário de participação on line, disponibilizado no site da Arquidiocese e no blog do Observatório da Evangelização. Destacou ainda a seriedade do trabalho de síntese e a concretização das assembleias regionais, na segunda etapa da 6ª APD.

Em seguida, passou dois vídeos com cenas diversas coletadas ao longo das reuniões e das assembleias feitas nas duas primeiras etapas da 6ª APD. E finalizou a sua palavra explicitando a importância de, pela primeira vez na história das APDs de Arquidiocese de Belo Horizonte, da elaboração de um Objetivo geral gerador de lucidez a partir das quatros perguntas: O que?, Quem?, Como? e Para que?

Explicitação dos quatro pilares da casa com as três diretrizes correspondentes

a) Casa da Palavra

Lucimara Trevizan

Lucimara Trevizan, da equipe organizadora da 6ª APD e membro do Conselho pastoral arquidiocesano, apresentou a Casa da Palavra, deixando claro a importância da Centralidade da Palavra e do acesso de todos à Palavra de Deus. Ela mostrou que as três diretrizes mais bem avaliadas foram:

  • 1. Investir para que os fieis, em todas as comunidades, que não tenham acesso à celebração eucarística semanal, tenham a celebração da Palavra, com comunhão eucarística, feita por ministros leigos devidamente preparados;
  • 2. Investir na criação, ampliação e acompanhamento dos chamados grupos de reflexão bíblica – Círculos Bíblicos, Encontros Bíblicos, Leitura Orante da Palavra de Deus e outros possíveis na cultura digital -, para que todos os fieis possam cultivar intimidade e conhecimento da Palavra de Deus e fomentem o espírito comunitário em rede de pequenas comunidades;
  • 3. Promover uma catequese atenta à cultura urbana por meio de metodologias e linguagens adequadas e criativas a serviço da educação da fé.

b) Casa do Pão

Pe. Júnior Vasconcelos do Amaral

O padre Júnior Vasconcelos do Amaral, da paróquia Nossa Senhora de Guadalupe e professor de teologia do Instituto de Filosofia e de Teologia Dom João Rezende Costa, da PUC Minas, conduziu o segundo pilar, deixando claro a importância do cultivo da memória viva de Jesus como fonte eucarística da vida eclesial. Ele revelou as três diretrizes que foram mais bem avaliadas como resultante do itinerário das duas primeiras etapas das 6ª APD:

  1. Valorizar a religiosidade popular no processo de evangelização como um caminho para aprofundar a fé, iluminado pela Palavra de Deus, com vistas à pertença e à participação na comunidade eclesial;
  2. Cuidar para que as orientações do Secretariado arquidiocesano de liturgia sejam valorizadas e reconhecidas pela pastoral litúrgica nas paróquias e comunidades, para que, chegando às bases, os cristãos celebrem, de fato em comunhão, como a Igreja celebra;
  3. Investir no cultivo da espiritualidade do seguimento de Jesus em todos os processos formativos da Arquidiocese para superarmos as experiências religiosas fechadas em si mesmas, o conservadorismo e o clericalismo.

c) Casa da Caridade

Pe. Júlio César Gonçalves Amaral

O padre Júlio César Gonçalves Amaral, coordenador do Vicariato episcopal para ação social e política, Veasp, apresentou o terceiro pilar da casa, enfatizando que a experiência do amor de Deus não deixa que fiquemos indiferentes à trágica situação de nossos irmãos mais pobres e vulneráveis. A evangelização, como o papa Francisco deixa claro na Evangelii Gaudium, tem um irrenunciável dimensão social que nos compromete na Igreja e na Sociedade. Ele explicitou as três diretrizes mais bem votadas para esta importante dimensão da vida cristã:

  1. Praticar a opção preferencial pelos pobres, cuidando para que todas as instâncias da Arquidiocese promovam a dignidade humana dos pobres e excluídos e capacitando os agentes da evangelização, por meio dos Núcleos de Acolhida e Articulação Paroquial (Naasp’s), da Rede de Articulação da Solidariedade Paroquial (Reartisol), das Pastorais Sociais e Movimentos populares, para que nossas comunidades e famílias sejam casas de acolhida, encontro e cuidado solidário e inclusivo, dos mais pobres, sobretudo, com migrantes e refugiados;
  2. Promover a ecologia integral e a presença pública da Igreja em todos os municípios da Arquidiocese, promovendo uma primavera das pastorais sociais e cuidando da casa comum em todas as comunidades eclesiais, atentas criticamente, de modo especial, às consequências da mineração;
  3. Investir, profeticamente, na criação e fortalecimento dos grupos de fé e política e outros organismos eclesiais, em vista do compromisso de todos os cristãos com a política e a cidadania na defesa da vida e no empenho por políticas públicas, tendo em vista os irrenunciáveis direitos humanos e sociais.

d) Casa da Missão

Frei Adilson Corrêa da Silva, OFM

O Frei Adilson Corrêa da Silva, vigário episcopal da Região episcopal Nossa Senhora da Esperança, Rense, e pároco da paróquia Santo Antônio, foi o responsável em apresentar o quarto pilar da Casa. Em sua fala, ele destacou os desafios e urgências que o contexto urbano suscita para os cristãos comprometidos com o Reino e o Evangelho da justiça e da fraternidade, na concretização de uma Igreja em saída. Em seguida, explicitou as três diretrizes escolhidas para apreciação da grande assembleia:

  1. Priorizar a ação missionária nas vilas, favelas, edifícios, condomínios, povoados rurais, criando comunidades alicerçadas na Palavra de Deus, na comunhão fraterna, na fração do pão e na oração;
  2. Investir na ação evangelizadora com as juventudes, de forma a contemplar sua formação integral, espiritualidade, articulação e missão, por meio de atualizados grupos de jovens e com o apoio do Secretariado arquidiocesano das juventudes (SAL);
  3. Investir nas redes sociais como lugares de evangelização e profecia, que anunciam os valores do Evangelho, formam opiniões e denunciam a mentira (fake news), a violência e as injustiças, despertando pessoas, famílias, comunidades e a sociedade para a vivência da fraternidade e da comunhão nesses espaços, especialmente, por meio da ampliação e atuação da Pastoral da Comunicação (Pascom) e Rede Catedral..

Atenção: Esta não é a redação oficial das 12 Diretrizes aprovadas, mas procuramos registrar com o máximo de fidelidade possível o texto de cada diretriz aprovada na grande assembleia da 6ª APD. A versão oficial das Diretrizes, com todas as modificações sugeridas para a redação, sairá no mês de dezembro de 2019.

Depois de cada uma das quatro apresentações, dom Joaquim Geovani Mol Guimarães, bispo auxiliar referencial da Região episcopal Nossa Senhora da Esperança (Rense), reitor da PUC Minas e coordenador do Observatório da Evangelização, assumia a palavra, retomava e aprofundava o sentido e para quais desafios da ação evangelizadora da Igreja cada uma das diretrizes eleitas para a nossa caminhada visava responder. Em seguida, conduziu cada um dos processos de votação e, consequentemente, de sua aprovação ou não. Fez isso para cada uma das três diretrizes de cada um dos quatro pilares.

Dom Joaquim Geovani Mol Guimarães

O processo de aprofundamento e votação de cada diretriz proporcionou uma experiência da presença do Espírito Santo pela alegria em torno do mesmo ideal de fidelidade ao Reino, pela serenidade fraterna no discernimento do caminho a seguir e de celebração da comunhão eclesial e fraterna cientes da importância do que todos ali estavam fazendo.

Depois de aprovadas as três diretrizes de cada pilar da casa – Casa da Palavra, do Pão, da Caridade e da Missão – tivemos momentos celebrativos significativos que expressavam a certeza de sermos animados pela fé e certos da experiência de Deus estradeiro conosco:

Uma vez aprovadas as novas Diretrizes, tivemos uma envolvente Celebração da Palavra, conduzida pelo arcebispo dom Walmor Oliveira de Azevedo, nos enviando para a missão. Isso porque, como nos recordou Pe. Joel Maria dos Santos, com as novas Diretrizes aprovadas, agora é hora de “arregaçar as mangas” e “colocar as mãos na massa”. Em outras palavras, iluminados pelas novas Diretrizes e tendo presente a sua realidade específica, as regiões episcopais, vicariatos, foranias, paróquias, comunidades, conselhos, pastorais, movimentos… todos somos chamados a deixar-se interpelar e, com a luz e a força do Espírito Santo, discernir e elaborar os planos pastorais com ações evangelizadoras concretas capazes de fazer com que as novas Diretrizes se tornem realidade viva na dinâmica da vida cristã na Igreja e na sociedade.

Um primeiro balanço

Quando temos presente o que foi concretizado ao longo do Sínodo para a Amazônia – amplo processo de escuta das bases, do grito dos pobres e excluídos, discernimento dos anseios populares e das ameaças da vida, diversificação dos mecanismos de participação, senso de corresponsabilidade, com profunda sensibilidade dialogal no nível ecumênico e inter-religioso, disposição de inculturação e saída de si – temos muito que avançar na concretização da sinodalidade.

Entretanto, não podemos negar os avanços consignados na VI APD da arquidiocese de Belo Horizonte. Elenquemos alguns deles, sem qualquer pretensão de completude:

  1. A clareza alcançada com a explicitação do Objetivo Geral e em profunda sintonia com as DGAE da CNBB;
  2. A boa vontade e ampla adesão e participação das paróquias, vicariatos, lideranças leigas, juventude, diáconos, presbíteros e bispos, mesmo diante da constatação do curto período disponível para realizar e concretizar a 6ª APD;
  3. O conteúdo do conjunto das novas Diretrizes contempla e desafia a todos a aprofundarmos e aperfeiçoarmos a vida cristã numa Igreja em saída e na concretude de uma sociedade urbana e profundamente injusta e desigual;
  4. Nas três Diretrizes da Casa da Palavra, observa-se um grande convite para que, de fato, a Palavra de Deus, como alimento espiritual, ocupe o o centro da dinâmica eclesial seja na dimensão celebrativa, seja na leitura-estudo-oração em pequenos grupos, seja na dimensão catequética, atenta à cultura urbana;
  5. Nas três Diretrizes da Casa do Pão, nota-se a importância central de empreendermos juntos a passagem da devoção para o seguimento de Jesus, passagem que só é possível com outra postura diante da religiosidade popular, outra concepção de liturgia e, sobretudo, outra espiritualidade possível;
  6. Nas três Diretrizes da Casa da Caridade, reconhece-se avanço ainda maior na explicitação do caráter profético da Igreja, pois, em sintonia com o papa Francisco, elas deixam claro a necessidade de juntos recuperarmos a credibilidade do Evangelho do Reino na dinâmica da vida cristã tanto na Igreja, quanto na sociedade. Isso porque propõe e indica a direção do caminho para praticarmos a opção pelos pobres; para comprometermos em cuidar da nossa casa comum – aqui em Minas Gerais tão ameaçada pela voracidade das mineradoras – por meio do cultivo da ecologia integral, promovendo e investindo na primavera das pastorais sociais e na multiplicação dos grupos de fé e política;
  7. Nas três Diretrizes da Casa da Missão, explicita-se o caráter missionário da Igreja, enquanto busca de concretização de uma presença ativa e solidária que seja mediação do Reino de Deus, em todas as realidades da Arquidiocese, mas dando atenção prioritária, ao mundo dos excluídos, às juventudes e aos desafios dos processos urbanos e da cultura midiática digital.

Edward Guimarães

Secretário executivo do Observatório da Evangelização

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Há grande sintonia entre o objetivo das DGAE da CNBB e o da VI APD da Arquidiocese de Belo Horizonte https://observatoriodaevangelizacao.com/ha-grande-sintonia-entre-o-objetivo-das-dgae-da-cnbb-e-o-da-vi-apd-da-arquidiocese-de-belo-horizonte/ https://observatoriodaevangelizacao.com/ha-grande-sintonia-entre-o-objetivo-das-dgae-da-cnbb-e-o-da-vi-apd-da-arquidiocese-de-belo-horizonte/#comments Thu, 24 Oct 2019 18:48:57 +0000 https://observatoriodaevangelizacao.wordpress.com/?p=32282 [Leia mais...]]]> Quando colocamos em paralelo os dois objetivos gerais, o das Diretrizes gerais da ação evangelizadora – DGAE (2019-2023), proposto e assumido pela CNBB em sua última assembleia, e o do projeto de evangelização Proclamar a Palavra, proposto na VI Assembleia do povo de Deus da Arquidiocese de Belo Horizonte, percebemos um vasto horizonte de sintonia fina entre os dois.

Podemos dizer que o grande desafio da Igreja, seja no nível nacional, seja no nível da Igreja particular em Belo Horizonte, é o mesmo: diante dos desafios e urgências que emergem do contexto da sociedade em que vivemos, cada vez mais urbana e plural, suscitar um rico e criativo processo de recepção e de concretização do que está definido nas DGAE e no projeto Proclamar a Palavra. Dito de outra maneira, como ser fiel ao seguimento de Jesus na realidade em que vivemos.

Vejamos:

I – Objetivo Geral das Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja do Brasil (2019-2023):

1. EVANGELIZAR

2. NO BRASIL CADA VEZ MAIS URBANO,

3. FORMANDO DISCÍPULOS E DISCÍPULAS MISSIONÁRIAS DE JESUS CRISTO,

4. EM COMUNIDADES ECLESIAIS MISSIONÁRIAS,

5. À LUZ DA EVANGÉLICA OPÇÃO PELOS POBRES,

6. CUIDANDO DA CASA COMUM

7. E TESTEMUNHANDO O REINO DE DEUS

8. RUMO À PLENITUDE.

II – Objetivo Geral do Projeto de Evangelização Proclamar a Palavra da VI APD da Arquidiocese de Belo Horizonte (2019-2023):

1. EVANGELIZAR

2. O POVO DE DEUS NA ARQUIDIOCESE DE BELO HORIZONTE, DE REALIDADE URBANA COMPLEXA

3. POR MEIO DO ANÚNCIO DA PALAVRA DE DEUS, EM PALAVRAS E AÇÕES,

4. COMO DISCÍPULOS MISSIONÁRIOS DE JESUS CRISTO,

5. PARA REVITALIZAR E MULTIPLICAR AS COMUNIDADES ECLESIAIS,

6. COLOCAR EM PRÁTICA A OPÇÃO PREFERENCIAL PELOS POBRES

7. E A ECOLOGIA INTEGRAL,

8. TESTEMUNHANDO O REINO DE DEUS.

III – Explicitação do horizonte de sintonia fina

1. Os dois objetivos gerais assuem como verbo principal EVANGELIZAR (1) que é a razão de ser da Igreja, ou seja, ela existe para evangelizar, sua missão primeira é evangelizar.

Mesmo que haja muitas compreensões a cerca do conteúdo do que seja evangelizar, todas são chamadas a deixar-se interpelar pela vida, ações e palavras, de Jesus Cristo. Nenhuma compreensão de evangelizar pode negar que se trata de um anúncio-testemunho de uma boa notícia da parte de Deus revelada para nós, de modo visível, encarnada na pessoa de Jesus: Deus tem um projeto salvífico universal de amor, o Reino de Deus, que começa e cresce na caminhada histórica da humanidade, sendo que a plenitude de sua realização é atingida na comunhão de amor com Deus, portanto, para além dos limites da história. A Igreja é chamada a ser sacramento do Reino de Deus para toda a humanidade.

2. A ação evangelizadora da Igreja é concretizada na realidade cultural, política, econômica e religiosa em que os homens e mulheres, sejam os que anunciam-testemunham, sejam os que acolhem e se deixam transformar, estão inseridos. Os dois objetivos gerais assumem o desafio de evangelizar em contexto predominantemente urbano: “NO BRASIL CADA VEZ MAIS URBANO” (2) e “O POVO DE DEUS NA ARQUIDIOCESE DE BELO HORIZONTE, DE REALIDADE URBANA COMPLEXA (2).

Não se pode ignorar a realidade urbana que envolve e afeta a vida de todos, mesmo os que ainda habitam em uma realidade rural. VER e conhecer de perto as dinâmicas, as possibilidades novas, os desafios, os limites e as ameaças que emergem deste contexto contemporâneo é vital para uma ação evangelizadora que seja fiel à tradição e ao ser humano que vive no tempo do anúncio-testemunho.

3. Se no objetivo geral das novas DGAE explicita-se o desafio e a necessidade de cuidarmos e investirmos na formação da consciência de cristãos adultos: FORMANDO DISCÍPULOS E DISCÍPULAS MISSIONÁRIAS DE JESUS CRISTO (3), no do projeto de evangelização proclamar a Palavra da Arquidiocese de Belo Horizonte, se assume esta condição fundamental que deve estar muito presente na consciência de cada cristão batizado que se torna adulto na fé e corresponsável na vida eclesial: somente COMO DISCÍPULOS MISSIONÁRIOS DE JESUS CRISTO (4) poderemos assumir e concretizar a missão de evangelizar.

4. No objetivo geral das DGAE, explicita-se que a experiência cristã não meramente uma doutrina ou um conteúdo a ser aprendido, mas o encontro pessoal e comunitário com a pessoa de Jesus Ressuscitado, mas que acontece numa vida EM COMUNIDADES ECLESIAIS MISSIONÁRIAS (4). Comunidades de fé cujos membros são transformados pelo cultivo da vida nova, o viver em Cristo, na práxis da justiça, da misericórdia e da partilha do amor fraterno. Não há vida cristã autêntica fora do enfrentamento cotidiano do desafio de viver, e portanto conviver, em comunidade. Por isso, no objetivo geral do projeto de evangelização proclamar a Palavra, fica muito claro que a finalidade de toda ação evangelizadora missionária deve ser PARA REVITALIZAR E MULTIPLICAR AS COMUNIDADES ECLESIAIS (5). Sem este ambiente propício para a fé brotar, crescer, fortalecer, frutificar e se multiplicar pela força contagiante de um testemunho coerente – comunidade cristã é lugar da convivência, da superação, do testemunho de serviço e de partilhar – o anúncio-testemunho da vida cristã fica comprometido e facilmente se deturpa.

5. Desde a Conferência de Medellín, em 1968, a Igreja da América Latina tomou consciência, de forma explícita, da centralidade do pobre no anúncio-testemunho do Reino de Deus encarnado na vida de Jesus. Essa opção foi retomada em Puebla e Aparecida, nas DGAE da CNBB e agora, de forma singular, no magistério do papa Francisco que conclama a todos concretizarmos uma Igreja pobre e para os pobres. Por isso, as novas DGAE assumem que a ação evangelizadora da Igreja, por fidelidade a Jesus, deve ser feita À LUZ DA EVANGÉLICA OPÇÃO PELOS POBRES (5). E de forma contundente e concretamente profética, aparece também no objetivo geral do projeto de evangelização Proclamar a Palavra: COLOCAR EM PRÁTICA A OPÇÃO PREFERENCIAL PELOS POBRES (6).

6. Com a consciência eclesial assumida com a Encíclica do papa Francisco, Laudato Si’, que chama a atenção como dimensão importante da fé, para a necessidade de assumirmos uma cultura do cuidado de nossas Casa Comum, documento que suscitou a convocação e a realização do Sínodo para a Amazônia, não podemos ficar indiferentes aos sinais do tempo. E a explicitação desde chamado profético do papa Francisco aparece tanto no objetivo geral das DGAE, que define que evangelizar hoje implica o dever de estarmos CUIDANDO DA CASA COMUM (6) e no do projeto de evangelização Proclamar a Palavra, de forma direta e contundente, assume como anseio do Espírito Santo o colocar em prática a opção pelos pobres E A ECOLOGIA INTEGRAL (7).

7. Nos dois objetivos aparece de forma explícita, como sentido maior de toda ação evangelizadora o acolher, proclamar e testemunhar o Reino de Deus, Reino de justiça e fraternidade. No primeiro, está unido o chamado para que todos estejam cuidado da Casa Comum E TESTEMUNHANDO O REINO DE DEUS (7). No segundo, mostra que o sentido maior do dinamismo assumido de estarmos TESTEMUNHANDO O REINO DE DEUS (8) no hoje de nossa realidade é concretizar a opção pelos pobres e a Ecologia Integral. Em outras palavras, testemunhar o Reino de Deus é ouvir o grito dos pobres e o grito da Terra.

8. Se repararmos bem, há apenas uma expressão singular em cada um dos objetivos gerais que não aparece no outro. No objetivo geral do projeto de evangelização Proclamar a Palavra da Arquidiocese de Belo Horizonte, há a expressão POR MEIO DO ANÚNCIO DA PALAVRA DE DEUS, EM PALAVRAS E AÇÕES (3), ou seja, explicita que toda e qualquer ação evangelizadora tem como mediação central ou baliza a Palavra de Deus, cujo anúncio, como contemplamos encarnado na pessoa de Jesus, acontece em palavras (ensinamentos) e ações (práticas concretas que dão credibilidade e coerência). Já o objetivo geral das DGAE é finalizado apontando para um horizonte escatológico, ou seja, que nossa caminhada tem um sentido último revelado pela vida de Jesus: caminhamos RUMO À PLENITUDE (8). Isso significa que as nossas ações, aqui e agora, todo o nosso esforço de resposta de fé à proposta do amor de Deus revelada pela vida de Jesus, são acolhidos por Deus como uma verdadeira história de salvação.

Evangelizar é, portanto, concretizar, em nossas ações, na Igreja e na sociedade, uma caminhada autêntica de fé. A nossa fé no Deus da vida se faz fé na vida, assumindo a cultura do cuidado com a vida, se faz fé no homem, nos comprometendo a cultura humanista do cuidado com cada pessoa humana, sobretudo dos pobres, excluídos e sofredores, se faz fé no que virá, colocando-se, em cada passo e mesmo diante das dificuldades, confiantes nas mãos do Deus estradeiro conosco. Tudo isso porque d’Ele procedemos (Deus é a nossa origem), n’Ele existimos (Deus é o nosso sustento) e para Ele caminhamos (Deus é nosso destino último) como nossa pátria definitiva de plenitude de amor. Amém.

Edward Guimarães

Prof. Edward Neves Monteiro de Barros Guimarães é teólogo pastoralista leigo, casado, membro do Conselho Pastoral Arquidiocesano, da Comissão Permanente de Assessoria do Vicariato episcopal para ação pastoral da Arquidiocese de Belo Horizonte e é o atual secretário executivo do Observatório da Evangelização PUC Minas.

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VI APD: paróquia São José define sugestões para o projeto de evangelização da Arquidiocese de Belo Horizonte https://observatoriodaevangelizacao.com/vi-apd-igreja-sao-jose-define-as-prioridades-para-o-proximo-quadrienio/ Thu, 24 Oct 2019 18:25:26 +0000 https://observatoriodaevangelizacao.wordpress.com/?p=32610 [Leia mais...]]]>

Aconteceu no dia 21 de setembro de 2019, às 14:00h, na casa paroquial da Igreja São José, em Belo Horizonte, a VI Assembleia paroquial do Povo de Deus. Convocados para discutir e colher sugestões a serem encaminhadas à Arquidiocese de Belo Horizonte, a paróquia São José contou com a participação de aproximadamente 50 participantes.

Localizada no centro de Belo Horizonte, a Igreja tem como uma de suas características acolher fiéis de passagem. Grande parte do público frequentador desta paróquia são cristãos que ocasionalmente passam pelo centro da cidade e param ali para orar, não tendo assim grandes vínculos com a paróquia. Além dos desafios de ser uma paróquia de centro, a Igreja São José é um dos pontos turísticos mais procurados na capital.  

Criada em 27 de janeiro de 1900, por Dom Silvério Gomes Pimenta, e entregue aos Missionários redentoristas para o seu cuidado pastoral.

A pedra fundamental da igreja foi lançada em 20 de abril de 1902, começando a ser utilizada como matriz em 19 de março de 1904. Em 1910, foi construída a escadaria principal e, entre 1911 e 1912, realizou-se a pintura do seu interior.

Há mais de cem anos, é lugar privilegiado de religiosidade, cultura, manifestações e encontros na cidade de Belo Horizonte.

Os trabalhos da VI Assembleia paroquial do Povo de Deus começaram com a fala do pároco responsável, pe. José Cláudio Teixeira, questionando a baixa adesão das pastorais, tanto em números de participantes, quanto no estudo prévio do instrumento de trabalho.

Das 25 pastorais existentes na Igreja São José, apenas duas atenderam as orientações do padre e prepararam suas sugestões previamente. A Pastoral da Liturgia e a Pastoral da Eucaristia foram as únicas que se apresentaram e dividiram suas ideias com o público presente.

Brenda, agente da Pastoral da Liturgia, apresentou as propostas do grupo e destacou pontos importantes da realidade local:

  1. a importância do saber falar e da leitura da Palavra, saber atuar como Ministro da Palavra; 
  2. a importância de observarmos as características da população do entorno para justificar trabalho de inclusão social junto às autoridades competentes, visando acolher os pobres e desamparados, que atuam fora da Igreja;
  3. proclamar a palavra: adaptar o que falamos às pessoas com quem falamos;
  4. pastoral bem estruturada, para prestar bem o serviço.

Após a apresentação das pastorais os participantes foram divididos em grupos para discutirem as propostas e definirem juntos a linha de ação para o próximo quadriênio. As propostas escolhidas foram:

  1. Casa da Palavra – Promover uma catequese atenta à cultura urbana, numa metodologia e linguagem que utilizem a arte (música, cinema, teatro, imagens e outros), a serviço da educação da fé;
  2. Casa do Pão – Investir no cultivo da espiritualidade do seguimento de Jesus Cristo, nos processos de formação inicial e permanente dos presbíteros, bem como dos agentes de pastoral, para que isso possibilite a saída de uma experiência religiosa fechada em si mesma e clericalista;
  3. Casa da Caridade – Capacitar os evangelizadores para que as comunidades sejam verdadeiras casas de acolhida e do cuidado de todas as pessoas, especialmente dos pobres.

O processo contendo as escolhas da Igreja São José segue para a RENSP (Região Episcopal Nossa Senhora da Piedade) representada por Magali, eleita no final da assembleia para representar a paróquia no dia 26 de outubro na assembleia regional.

O encerramento do encontro foi marcado pelas palavras de padre José Cláudio Teixeira, convocando os membros das respectivas pastorais a participarem efetivamente dos eventos da comunidade paroquial.

Camilla Moreira

Membro da equipe executiva do Observatório da Evangelização

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Relatório da Assembleia do Povo de Deus da Região Episcopal Nossa Senhora da Conceição – RENSC https://observatoriodaevangelizacao.com/relatorio-da-assembleia-do-povo-de-deus-da-regiao-episcopal-nossa-senhora-da-conceicao-rensc/ Wed, 23 Oct 2019 19:47:43 +0000 https://observatoriodaevangelizacao.wordpress.com/?p=32593 [Leia mais...]]]> A Assembleia da Região episcopal Nossa Senhora da Conceição (RENSC) para a VI Assembleia do povo de Deus da Arquidiocese de Belo Horizonte, aconteceu no dia 19 de outubro de 2019, de 13h30 às 17h15, no auditório da Puc Minas – Unidade São Gabriel.

Registro da Assembleia regional da RENSC para a VI APD da Arquidiocese de Belo Horizonte – Sábado, 19/10/2019. Foto: Pascom.

Contou com a participação de 195 pessoas, sendo párocos, vigários forâneos, diáconos, religiosos e religiosas, seminaristas, delegados e delegadas paroquiais, vigário episcopal e o bispo auxiliar referencial para a RENSC.

A assembleia teve a seguinte dinâmica:

  • Acolhida/saudação inicial: pe. Antonio Moacir Rocha, vigário episcopal da Região episcopal Nossa Senhora da Conceição;
  • Oração Inicial: pe. Antonio Marcos Monteiro presidiu a oração juntamente com o colegiado de liturgia da RENSC. Após a oração inicial ele convidou os membros para compor a mesa;
  • Palavra do bispo referencial: Dom Edson Oriolo proferiu algumas palavras iluminadas pelo modo de ser e de agir de Jesus, que encontrava sempre meios para chegar até as pessoas em suas diversas realidades. Citou a passagem o evangelho Marcos 8, 27-30 – o encontro de Jesus com seus discípulos em Césareia. Ele disse também que através da Assembleia nos colocamos em sintonia com as Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (DGAE 2019-2013), por isso convidados somos para sermos uma Igreja da Palavra tornando presente as ações do Evangelho na vida do nosso povo, isto significa a evangelização na realidade contemporânea;
  • Metodologia da Assembleia: Pe Antonio Moacir explicou a metodologia da Assembleia. Foi acertado com os presentes que não faríamos trabalho em grupo conforme sugerido no instrumento de trabalho.
  • Apresentação das síntese das assembleias paroquiais da RENSC: Pe Filipe Gouveia apresentou a síntese geral das contribuições vindas das assembleias paroquiais (76 Paróquias e 2 Áreas Pastorais);
  • Palavra dos assessores: A seguir foi dada a palavra para cada um dos assessores responsáveis para aprofundar e motivar cada dimensão:

a) Casa da Palavra: ir. Ana Maria de Castro, da Congregação Pequenas Filhas de São José;

b) Casa do Pão: pe. Francisco Esteves Pimenta (Pe Chico Pimenta);

c) Casa da Caridade: pe. Paulo César da Silva;

d) Casa da Missão: Wendel José dos Santos.

Após a colocação feita por cada assessor, foi dado um tempo para que algumas pessoas da assembleia pudessem fazer algumas considerações e a seguir foi realizada, por meio de votação, as indicações que a RENSC enviará para a grande assembleia da Arquidiocese. Foi sugerido algumas junções nas prioridades de cada pilar da Casa.

Registro da Assembleia regional da RENSC para a VI APD da Arquidiocese de Belo Horizonte – Sábado, 19/10/2019. Foto: Pascom.

A) Assim ficaram definidas as prioridades apontadas pela RENSC para a grande Assembleia arquidiocesana de novembro:

ficando assim definido:

I – Casa da Palavra

  1. Criar, ampliar e acompanhar Grupos de Reflexão Bíblica, Encontros Bíblicos, Círculos Bíblicos, Leitura Orante da Palavra e outros meios possíveis numa cultura digital, a fim de que cresça o encontro dos fieis com a Palavra de Deus, fomentando o espírito comunitário em redes de pequenas comunidades. (124);
  2. Garantir a celebração da Palavra de Deus, com a comunhão eucarística, ao menos em todos os domingos, presidida por ministros leigos para isto preparados, em todas as comunidades eclesiais que não tenham a oportunidade da Celebração Eucarística. (119);
  3. Promover uma catequese atenta à cultura urbana e rural, numa metodologia e linguagem que utilizem a arte (música, cinema, teatro, imagens e outros), a serviço da educação da fé. Cuidar da inspiração catecumenal de toda a catequese o que implica, entre outros aspectos, ser uma catequese querigmática e mistagógica e missionária. (72).

II – Casa do Pão

  1. Investir no cultivo da espiritualidade do seguimento de Jesus Cristo, nos processos de formação inicial e permanente dos presbíteros, diáconos permanentes bem como dos agentes de pastoral, para que isso possibilite a saída de uma experiência religiosa fechada em si mesma e clericalista. (138);
  2. Evangelizar considerando a riqueza da religiosidade popular iluminada pela Palavra, sobretudo nas cidades históricas e santuários, como caminho para despertar e aprofundar a fé, iluminado pela Palavra de Deus, rumo à pertença à comunidade eclesial. (98);
  3. Garantir que as orientações para a Pastoral Litúrgica, nas paróquias e comunidades, contemplem as orientações do Secretariado Arquidiocesano de Liturgia (SAL). (82).

=> Sugestão apresentada:
Proporcionar formação nas paróquias, levando ao aprofundamento sobre a unidade intrínseca do rito da Santa Missa e “a partir das duas mesas, a da Palavra de Deus e a do corpo de Cristo, a Igreja recebe e oferece aos fiéis o pão de vida”.

III – Casa da Caridade

  1. Capacitar os evangelizadores para que as comunidades sejam verdadeiras casas de acolhida e do cuidado de todas as pessoas, sobretudo dos mais pobres e excluídos, especialmente por meio dos Núcleos de Acolhida e Articulação da Solidariedade Paroquial (NAASP) e a Rede de Articulação da Solidariedade Paroquial (REARTISOL), (junção do item 1 com o item 7) – (131);
  2. Despertar o engajamento dos cristãos nas questões políticas e sociais tendo em vista os irrenunciáveis direitos humanos e sociais. (74);
  3. Investir na ação evangelizadora com as Juventudes (formação, encontros, articulação, integração e outros), com o apoio do Secretariado Arquidiocesano das Juventudes (SAJ) com olhar especial de combate as drogas, violência e desemprego. (74).

IV – Casa da Missão

  1. Priorizar a ação missionária nas vilas e favelas, condomínios e edifícios criando comunidades missionárias alicerçadas na Palavra. (111);
  2. Integrar a pastoral, com a participação dos cristãos nas organizações sociais, nas associações comunitárias e nos conselhos públicos, de modo que os cristãos, vocacionados às funções publicas e partidárias, assumam de forma consciente sua missão. (70);
  3. Junção das indicações: 5, 6 e 8. Atualizar e qualificar os Meios de Comunicação Social da Arquidiocese, a fim de que favoreçam o anúncio e vivência da Palavra de Deus e desenvolvam sua dimensão profética, na defesa dos pobres, dos direitos humanos e de uma sociedade justa e fraterna. Investir e ampliar ainda mais a Pastoral da Comunicação (PASCOM), as redes sociais, lugares de evangelização e profecia, que denunciam e anunciam, despertando pessoas e comunidades para a vivência da fraternidade e da comunhão nesses novos espaços. (97)
Registro da Assembleia regional da RENSC para a VI APD da Arquidiocese de Belo Horizonte – Sábado, 19/10/2019. Foto: Pascom.

B) Observações importantes surgidas na Assembleia regional da RENSC:

  1. No item “Casa do Pão”, há uma concordância e entendimento sobre a
    importância da Celebração da Palavra com ministros leigos e diáconos permanentes, mas é muito grave o instrumento de trabalho não apresentar nas ações propostas sobre a “casa do pão” nenhuma que falasse da “missa dominical”, no ser “casa da palavra” já havia se refletido muito sobre a “celebração da Palavra” e aqui, na “casa do pão” há uma carência de reflexão sobre a “celebração eucarística” direito de todo fiel participar aos domingos. A celebração da palavra é uma exceção e no nosso projeto parece assumir como regra. Nas DGAEs da CNBB (93, 94, 164 e 165) está bem colocada e explícita a centralidade da eucaristia, mesmo da missa (cf. Catecismo da Igreja Católica 1324 e 1325 e a Sacrosanctum Concilium). Não há nenhuma referência à espiritualidade eucarística, que deve ser levada em consideração se quisermos ser “casa do pão”;
  2. A Palavra de Deus parece não ter força e expressão no coração dos fieis, haja vista o menosprezo em relação às celebrações da Palavra por parte dos próprios leigos;
  3. Clamor por unidade e referência nas celebrações eucarísticas, seguindo um só ritual (? – já tem o missal ????), com uma linguagem que o povo entenda. Sobriedade, evitar excessos de músicas, recados e falas desnecessárias;
  4. Uma acolhida calorosa que garanta o retorno de muitos fieis e o
    engajamento de outros que não se sentem valorizados e parte integrante das comunidades;
  5. A Palavra de Deus seja contextualizada; cuidar para que a Igreja esteja em saída, olhando para dentro das comunidades; cuidado integral que abraça a ecologia olhando pela Serra da Piedade; investir em materiais de evangelização com custos acessíveis;
  6. A valorização dos vários Conselhos Pastorais nos mais diversos âmbitos da Arquidiocese (comunidade, paróquia, forania, região, arquidiocese). Constata-se um enfraquecimento e uma deficiência na pastoral de conjunto da Arquidiocese;
  7. Como sugestão para a nossa Igreja arquidiocesana, a implantação do termo cidadania para grupos de Fé e Política, ficando: “Fé, Política e Cidadania”;
  8. Foi feita a constatação de que as propostas do Instrumento de Trabalho NÃO SÃO ACESSÍVEIS AO POVO. Seu linguajar é difícil e não possibilita ao povo uma compreensão clara da proposta. Por isso, houveram dificuldades em dar opinião com mais clareza e convicção. Que o material produzido seja de linguagem simples e catequética, de fácil compreensão a sua leitura;
  9. Foi ressaltada a dificuldade que as pessoas têm quando a Igreja fala de “questões políticas e sociais”; em “opção pelos pobres”… são muitas as justificativas que cada um dá sobre a discordância nestes assuntos. Por exemplo: “…na teoria, a Igreja fala muito em pobre, mas na prática, pouco (ou quase nada) se faz… basta ver as paróquias pobres, é um padre para muitas comunidades. Comparando com as paróquias ricas, além de não possuírem capelas, são vários padres à disposição.” A igreja deveria levar isso em consideração;
  10. Cursos de liturgia e outros serem oferecidos ao menos em nível de forania para possibilitar a participação de mais pessoas;
  11. Proporcionar lugar de encontro em nossas paróquias, reuniões dos grupos e comunidades, não resolver as coisas por Apps;
  12. Fazer circular as informações das atividades da arquidiocese, da região, das comunidades para que os interessados possam buscar formação. Pouco se faz com relação à divulgação ou, na maioria das vezes, muito em cima da hora;
  13. Deixar claro no projeto a solidariedade da Igreja em situações bem concretas, como os moradores de rua, drogados…;
  14. Formação com agentes multiplicadores da Palavra, não meros ouvintes;
  15. Diante das muitas divergências entre relatórios, pode ser causa a linguagem difícil e a falta de clareza nas orientações do Instrumento de Trabalho, desproporção entre proposições, indicações com má redação e formatação;
  16. Acrescentar à realidade urbana a palavra rural, levando em consideração muitas comunidades imersas nessa cultura;
  17. Promover uma descentralização das ações arquidiocesanas, ex. Secretariados a nível regional (SAJ, SAF…);
  18. Priorizar a participação dos pais na catequese dos filhos;
  19. Promover ações nas casas dos catequizandos com o objetivo de incentivar e motivar atitudes que solidifiquem uma catequese querigmática e mistagógica;
  20. Na diretriz Ser Casa da Palavra foi sugerido fazer intercâmbio de Ministros da Palavra entre paróquias onde existe a necessidade.

O desafio é o de buscarmos ser uma Igreja Missionária, que se ocupa em anunciar e testemunhar a Palavra de Deus e os ensinamentos de Jesus a todos, e especialmente com os mais pobres e excluídos de dessa sociedade em que vivemos em franca urbanização.

Ao final, Dom Edson agradeceu a todos os presentes e disse que a exemplo da passagem de Jesus e os discípulos em Cesária, citado na abertura da Assembleia, todos continuem com a missão de anunciar o Evangelho, que as ações estejam em sintonia com as Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (DGAE 2019-2023) e que a Assembleia foi um momento animador de esperança em nossa Região Episcopal Nossa Senhora da Conceição.

Cremilda de Almeida Moreira

Cremilda de Almeida Moreira

Secretária da Região episcopal Nossa Senhora da Conceição

Dalca do Couto Gonçalves

Dalca do Couto Gonçalves

Membro do Conselho regional pastoral e do Conselho arquidiocesano de pastoral

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Relatório da Assembleia do Povo de Deus da Região Episcopal Nossa Senhora Aparecida – RENSA https://observatoriodaevangelizacao.com/relatorio-da-assembleia-do-povo-de-deus-da-regiao-episcopal-nossa-senhora-aparecida-rensa/ Wed, 23 Oct 2019 02:00:46 +0000 https://observatoriodaevangelizacao.wordpress.com/?p=32574 [Leia mais...]]]> Padres e leigos representantes das paróquias da Região Episcopal Nossa Senhora Aparecida (RENSA) se reuniram na assembleia regional da VI Assembleia do Povo de Deus (APD). O encontro aconteceu no último sábado, 19 de outubro de 2019, na Cúria Regional. O bispo referencial da Rensa, dom Vicente Ferreira, o vigário episcopal da Região, padre Jean Aguiar, MSC, e o vigário episcopal do Vicariato Episcopal para a Ação Pastoral, padre Joel Maria dos Santos, participaram e assessoraram o encontro.

Registro da Assembleia regional da RENSA – VI Assembleia do Povo de Deus.
Foto: Thais Milani.

A assembleia teve início com um momento de espiritualidade conduzido pelo padre Jean. Na oração, os participantes cantaram o hino Proclamar a Palavra, fizeram a oração da VI APD e realizaram a leitura orante da Palavra a partir do texto 1Cor 9, 16-23. Na abertura, dom Vicente agradeceu a presença de todos e disse estar contente com a adesão das paróquias da Região à VI APD.
 
Após a abertura, o vigário episcopal apresentou a metodologia da assembleia e disse que “enquanto Igreja precisamos dar uma resposta aos desafios da sociedade. E essa resposta vem da Palavra de Deus, que deve iluminar nossa realidade”. Também foi feita a leitura e reflexão do documento com a síntese elaborada com a contribuição de cada paróquia da Região, foram expostas as diretrizes escolhidas e as propostas pastorais apresentadas pelas paróquias para cada um dos pilares da metáfora da Casa: Casa da Palavra, Casa do Pão, Casa da Caridade e Casa da Missão.

Em seguida, os participantes se reuniram em quatro grupos para discutir as diretrizes e propor sugestões. Após esse momento, os integrantes da assembleia se reuniram novamente em plenária e votaram nas diretrizes e propostas pastorais a serem encaminhadas para a Arquidiocese.

A) Confira as prioridades definidas pela RENSA a partir da síntese das contribuições para paróquias:

I – CASA DA PALAVRA:

  • Garantir a celebração da Palavra de Deus, com a comunhão eucarística, ao menos em todos os domingos, presidida por ministros leigos para isto preparados, em todas as comunidades eclesiais que não tenham a oportunidade da Celebração da Eucaristia;
  • Oferecer itinerários de formação bíblica;
  • Promover uma catequese atenta à cultura urbana, numa metodologia e linguagem que utilizem a arte (música, cinema, teatro, imagens e outros), a serviço da educação da fé.

II – CASA DO PÃO:

  • Ressaltar a importância da realização das Celebrações da Palavra com os ministros leigos devidamente formados e instituídos e diáconos permanentes;
  • Garantir que as orientações para a Pastoral Litúrgica, nas paróquias e comunidades, contemplem as orientações do Secretariado Arquidiocesano de Liturgia (SAL).

III – CASA DA CARIDADE:

  • Capacitar os evangelizadores para que as comunidades sejam verdadeiras casas de acolhida e do cuidado de todas as pessoas, especialmente dos pobres;
  • Cuidar para que todas as instâncias da Arquidiocese sejam espaços de promoção da dignidade humana, sobretudo, dos pobres e excluídos, especialmente por meio dos Núcleos de Acolhida e Articulação da Solidariedade Paroquial (NAASP) e a Rede de Articulação da Solidariedade Paroquial (REARTSOL);
  • – Investir na ação evangelizadora com as Juventudes (formação, encontros, articulação, integração e outros), com o apoio do Secretariado Arquidiocesano das Juventudes (SAJ).

IV – CASA DA MISSÃO:

  • Priorizar a ação missionária nas vilas e favelas, criando comunidades alicerçadas na Palavra;
  • Criar e fomentar Grupos de Fé e Política, bem como outros organismos eclesiais, que propiciem, a partir da Palavra de Deus e Ensino Social da Igreja, o compromisso com a política e cidadania;
  • Investir nas redes sociais, lugares de evangelização e profecia, que denunciam e anunciam, despertando pessoas e comunidades para a vivência da fraternidade e da comunhão nesses novos espaços.
Registro da Assembleia regional da RENSA – VI Assembleia do Povo de Deus.
Foto: Thais Milani.

B) Foram feitas algumas sugestões de alteração dos textos das diretrizes. Além disso, de modo geral, foram feitas as seguintes sugestões:

  • Oferecer formação bíblica e para novos missionários nas paróquias, foranias ou regiões episcopais;
  • Criar espaços de formação capazes de lidar com temas modernos como angústia, depressão, violência doméstica e suicídio e desenvolver projetos psicossociais;
  • Ter na Arquidiocese uma casa para tratamento de dependentes químicos com acessibilidade às pessoas menos privilegiadas;
  • Promover a acolhida e inclusão de pessoas com deficiência e dos idosos nas pastorais e atividades das paróquias;
  • Promover a cultura do encontro e a integração entre as pastorais e paróquias.

A Assembleia Regional da VI Assembleia do Povo de Deus (ADP) na Região Episcopal Nossa Senhora Aparecida contou com um número significativo de paróquias que deram sua contribuição, indicando as diretrizes mais votadas e apresentando as propostas pastorais.

O encontro ocorreu em espírito de comunhão e fraternidade e todos os participantes demonstraram estar comprometidos com a missão de proclamar a verdade e de buscar respostas aos desafios sociais, de modo a apontar possíveis ações pastorais para nortear a evangelização na Arquidiocese de Belo Horizonte no próximo quadriênio.

A próxima etapa da VI APD será no dia 23 de novembro com a Celebração final e com a aprovação das atualizações do Projeto de Evangelização Proclamar a Palavra, que vai conduzir a ação evangelizadora e pastoral da Arquidiocese de Belo Horizonte nos próximos quatro anos.

Thais Milani

Thais Milani

Pastoral da Comunicação

Região episcopal Nossa Senhora Aparecida

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Pela 6ª APD, aconteceu, no sábado 05/10/19, a Assembleia do Conselho Arquidiocesano de Pastoral e do Vicariato Episcopal para a Ação Pastoral https://observatoriodaevangelizacao.com/pela-6a-apd-aconteceu-no-sabado-05-10-19-a-assembleia-do-conselho-arquidiocesano-de-pastoral-e-do-vicariato-episcopal-para-a-acao-pastoral/ Tue, 08 Oct 2019 13:12:02 +0000 https://observatoriodaevangelizacao.wordpress.com/?p=32209 [Leia mais...]]]> A Arquidiocese de Belo Horizonte, desde agosto de 2019, vivencia a sua VI Assembleia do Povo de Deus. Durante o mês de setembro aconteceram as assembleias em nível paroquial e forâneo, agora no mês de outubro acontecem as assembleias em nível regional e a de conselhos, órgãos e grupos específicos da Arquidiocese como os vicariatos episcopais. Tudo isso acontece em preparação para a grande Assembleia Arquidiocesana que acontecerá no dia 23 de novembro de 2019.

No sábado, dia 05 de outubro de 2019, no Convívium Emaús, aconteceu a Assembleia do Conselho Pastoral Arquidiocesano (CPA) e do Vicariato Episcopal para Ação Pastoral (VEAP). Confira, a seguir, a breve síntese deste evento, bem como as prioridades levantadas:

Assembleia do Conselho Pastoral Arquidiocesano e do Vicariato Episcopal para Ação Pastoral

Deu-se início à assembleia com uma afetuosa e fraterna acolhida e com a saudação de boas-vindas aos participantes, feitas pelo pe. Joel Maria dos Santos, vigário episcopal para ação pastoral e coordenador da comissão de preparação e execução da VI APD da Arquidiocese de Belo Horizonte.

Passou, então, a palavra para Lucimara Trevizan, membro da comissão de preparação e execução da VI APD, que orientou a disposição do grupo para a abertura ao Espírito Santo através de um momento de oração fundado num trecho da Carta de Paulo enviada a comunidade cristã de Corinto (1 Cor 9, 16-23) sobre a importância do ato de liberdade em colocar-nos a serviço do Reino e da ação evangelizadora.

Em seguida, pe. Joel, a partir das orientações consignadas no Instrumento de trabalho da VI APD da Arquidiocese de Belo Horizonte, depois de recordar o seu Objetivo Geral, apresentou a metodologia desta assembleia do CPA (Conselho Pastoral Arquidiocesano) e do VEAP (Vicariato Episcopal para Ação Evangelizadora): primeiro momento, divisão e trabalho em grupos; segundo momento, apresentação e partilha dos grupos, seguido de comentários, sugestões e propostas de encaminhamento; terceiro momento, aprovacão coletiva das prioridades eleitas por esta assembleia como etapa preparatória para a grande Assembleia arquidiocesana da Igreja de Belo Horizonte.

Trabalho dos grupos e eleição das prioridades pastorais

Os participantes foram divididos em quatro grupos, de acordo com os quatro pilares da metáfora da Igreja – Casa, assumidos nas Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da CNBB (DGAE 2019-2023): Casa da Palavra; Casa do Pão; Casa da Caridade; Casa da Missão.

A seguir, dentro dos limites de nosso registro e que portanto precisa ser complementado e corrigido, apresentamos as prioridades e sugestões de cada grupo que foram assumidas, ao final, por esta assembleia:

Grupo 01: Casa da Palavra

  • Criar, ampliar e acompanhar Grupos de Reflexão Bíblica: Encontros Bíblicos, Círculos Bíblicos, Leitura Orante da Palavra e outros meios possíveis numa cultura digital, a fim de que cresça o encontro dos fiéis com a Palavra de Deus, fomentando o espírito comunitário em redes de pequenas comunidades”;
  • Priorizar a Iniciação Cristã com adultos que não receberam os sacramentos”.
  • Promover uma catequese atenta à cultura urbana, numa metodologia e linguagem que  utilizem a arte (música, cinema, teatro, imagens e outros), a serviço da educação da fé”;

Sugestões: Em vista do desafio de se fazer uma Igreja em saída, formar pequenas comunidades com afeto e proximidade; evangelizar adultos e criar pequenas comunidades bíblico-catequéticas.

Grupo 02: Cada do Pão

  • Ressaltar a importância das celebrações da Palavra com os ministros leigos devidamente formados e instituídos e diáconos permanentes;
  • Evangelizar a religiosidade popular, sobretudo nas cidades históricas e santuários, como caminho para despertar e aprofundar a fé, iluminado pela Palavra de Deus, rumo a pertença à comunidade eclesial”;
  • Investir no cultivo da espiritualidade do seguimento de Jesus Cristo, nos processos de formação inicial e permanente dos presbíteros, bem como dos agentes de pastoral, para que isso possibilite a saída de uma experiência religiosa fechada em si mesma e clericalista”.

Sugestões: Repensar a política de distribuição dos presbíteros; suscitar o diaconato permanente nas comunidades; ampliar os ministérios, incluindo nestes as mulheres;

Grupo 03: Casa da Caridade

  • Cuidar para que todas as instâncias da Arquidiocese sejam espaços de promoção da dignidade humana (sobretudo) e, por causa da opção pelos pobres e de mãos dadas com os movimentos populares, lutar pela inclusão social dos marginalizados, especialmente por meio dos Núcleos de Acolhida e Articulação da Solidariedade (NAASP) e a Rede de Articulação da Solidariedade (REARTSOL)“;
  • Capacitar os evangelizadores para que as comunidades sejam verdadeiras casas de acolhida e do cuidado de todas as pessoas, especialmente dos pobres”;
  • Ter como prioridade o compromisso de comunidade de fé o cuidado com a Casa Comum, que implique um novo modo de ser no mundo e, para isso, refletir permanentemente sobre uma ecologia integral (e aproveitar os momentos de reforma e construção e fazê-las de forma sustentável)

Sugestões: 1ª) Transferir o 1º ponto da Casa da Missão como prioridade para a Casa da Caridade: “Provocar uma primavera das Pastorais sociais, na Arquidiocese de Belo Horizonte, incentivando sua criação e organização onde não existem, incrementando as que já atuam, oferecendo adequada formação aos agentes, à luz da Palavra de Deus e do Ensino Social da Igreja, com vistas a um revigoramento da presença pública da Igreja em todos os municípios da Arquidiocese” para a Casa da Caridade; 2ª) Alterações nas redações já incluídas no texto acima;

Grupo 04: Casa da Missão

  • Priorizar a ação missionária nas vilas e favelas, condomínios e edifícios, criando comunidades alicerçadas na Palavra”;
  • Investir nas redes sociais, lugares de evangelização e profecia, que denunciam e anunciam, despertando pessoas e comunidades para a vivência da fraternidade e da comunhão nesses novos espaços”;
  • Criar e fomentar Grupos de Fé e Política, bem como outros organismos eclesiais, que propiciem, a partir da Palavra de Deus e Ensino Social da Igreja, vocacionados às funções públicas e partidárias, assumam de forma consciente sua missão”;
  • Garantir os meios necessários para que os Conselhos Pastorais, em todas as instâncias, sejam efetivos espaços colegiados de discernimento e de decisão, em atenção ao protagonismo dos leigos e sempre mais comprometidos com a missão da Igreja”.

Sugestões: Transferir o 1º ponto: “Provocar uma primavera das Pastorais sociais…” para a Casa da Caridade.

Alguns registros:

Prof. Edward Neves Monteiro de Barros Guimarães

Secretário executivo do Observatório da evangelização PUC Minas; membro do Conselho pastoral arquidiocesano e da Comissão permanente de assessoria do Vicariato episcopal para ação pastoral

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Suas sugestões e indicações são muito importantes para a Assembleia Arquidiocesana https://observatoriodaevangelizacao.com/suas-sugestoes-e-indicacoes-sao-muito-importantes-para-a-assembleia-arquidiocesana/ Fri, 23 Aug 2019 14:26:27 +0000 https://observatoriodaevangelizacao.wordpress.com/?p=31260

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Arquidiocese de BH lança instrumento de trabalho para VI APD https://observatoriodaevangelizacao.com/arquidiocese-de-bh-lanca-instrumento-de-trabalho-para-vi-apd/ Fri, 16 Aug 2019 12:13:23 +0000 https://observatoriodaevangelizacao.wordpress.com/?p=31178 [Leia mais...]]]> “Ao acolher as atuais Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da CNBB(2019-2023), avaliamos nosso caminho pastoral evangelizador como Igreja Arquidiocesana e colocamo-nos em processo de realização da VI Assembleia do Povo de Deus, buscando atualizar nosso Projeto de Evangelização Proclamar a Palavra, planejando assim nossa caminhada à luz das mesmas Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da CNBB.

No Instrumento de Trabalho (imagem ao lado) que fazemos chegar às mãos dos cristãos leigos, religiosos, presbíteros, bispos e instâncias arquidiocesanas, compreende-se três partes, a saber:
– Na primeira parte, tratamos de revisitar o caminho pastoral evangelizador em nossa Arquidiocese nas APDs, como instância de participação, reflexão, decisão e encaminhamentos assumidos pelos Projetos de Evangelização. Um maior destaque foi dado aos projetos em curso, visando nos conscientizar acerca de várias iniciativas em andamento.
– No segundo capítulo, abordamos a importância do anúncio e da missão, destacando a realidade de uma Igreja da Palavra e num estado permanente de missão. Salienta-se, aqui, a força do anúncio, do testemunho, dos ambientes de missão, pelas redes de comunidade, num mundo cada vez mais urbano, marcado por limites e possibilidades.
– No terceiro capítulo, à luz das DGAE, apresentamos os horizontes da ação evangelizadora, a partir do compromisso de sermos uma Igreja: Casa da Palavra, Casa do Pão, Casa da Caridade, Casa da Missão. Cada horizonte da ação evangelizadora apresenta algumas ações concretas que, por sua vez, orientarão o processo de escuta, reflexão, avaliação nas comunidades eclesiais (paróquias), nas regiões episcopais e na Arquidiocese, nas suas várias instâncias.”

No desejo e esperança de que o caminho da VI APD de nossa Arquidiocese seja uma oportunidade de participação e comunhão, buscando estar sempre atentos aos apelos do Senhor, por meio de sua Palavra e dando respostas aos novos desafios, envolvidos na cultura sempre mais urbana, contamos com o envolvimento de todos nesse processo, atualizando o Projeto de Evangelização Proclamar a Palavra.”

Padre Joel Maria dos Santos
Vigário Episcopal para a Ação Pastoral

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