Thomas Reese – Observatório de Evangelização https://observatoriodaevangelizacao.com Tue, 03 Mar 2020 13:15:51 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.5.4 https://i0.wp.com/observatoriodaevangelizacao.com/wp-content/uploads/2024/04/cropped-logo.png?fit=32%2C32&ssl=1 Thomas Reese – Observatório de Evangelização https://observatoriodaevangelizacao.com 32 32 232225030 Análise da nova série da Netflix: "Messiah", com a palavra o teólogo Thomas Reese https://observatoriodaevangelizacao.com/analise-da-nova-serie-da-netflix-messiah-com-a-palavra-o-teologo-thomas-reese/ Tue, 03 Mar 2020 13:15:51 +0000 https://observatoriodaevangelizacao.wordpress.com/?p=34261 [Leia mais...]]]> A nova série da Netflix sobre o retorno de Jesus aos tempos contemporâneos é boa na televisão, mas ruim na teologia. No “Messiah” do serviço de streaming, al-Masih, como Jesus retornado é conhecido no Islã, é um catalisador lançado em nossos tempos turbulentos, e a emoção é assistir para ver como as pessoas respondem a ele. Ateus, judeus, cristãos e muçulmanos são todos desafiados por sua aparência.

(O artigo é de Thomas Reese, publicado por Religion News Service, 20-02-2020. A tradução é de Natália Froner dos Santos, do IHU.)

“Messiah” da Netflix não é meu Jesus

Frequentemente, as personalidades e as noções preconcebidas dos personagens determinam suas respostas. Aqueles que procuram desesperadamente por esperança o abraçam, enquanto aqueles cheios de suspeitas acham que ele é uma fraude ou coisa pior. E há aqueles que querem explorá-lo para seus próprios propósitos.

Os mais interessantes são os que flutuam entre fé e dúvida, entre suspeita e confusão. Esses personagens representam os espectadores que o programa mantém em suspense, fornecendo evidências, primeiro de um lado e depois do outro, sobre se esse Jesus é real. (Como em qualquer série que se preze, a temporada termina com mais perguntas do que respostas.)

I – A obsessão com a segunda vinda de Jesus e suas consequências

Tudo isso contribui para uma ótima TV, mas temo que o “Messiah” possa alimentar nossa obsessão com a segunda vinda. Infelizmente, muitos cristãos preocupados com o “fim dos tempos” querem que Jesus volte para recompensá-los e punir seus inimigos. Essa preocupação com o retorno de Jesus tem consequências negativas em como vivemos. Pressupõe que não precisamos nos preocupar com coisas como o aquecimento global, porque o mundo vai acabar mesmo assim. Também não temos que fazer o trabalho duro de construir o reino de paz, justiça e amor do Pai, porque Jesus fará isso por nós.

As pessoas estão prevendo o retorno de Jesus por quase 2.000 anos. Eles sempre estiveram errados. Alguns desses profetas foram fraudes; muitos foram ilusórios. Com esse tipo de registro, é ingênuo ou arrogante pensar que Jesus voltará agora apenas porque estamos vivos.

As pessoas que afirmam que Jesus voltou não devem ser confiáveis. Como o próprio Jesus diz no evangelho de Mateus: “Se alguém lhe disser: ‘Olha, aqui está o Messias!’ ou ‘Lá está ele!’ não acredite. Aparecerão falsos messias e falsos profetas, e eles farão sinais e maravilhas tão grandes que enganarão, se possível, até os eleitos.

Aqueles que buscam sinais da vinda do Senhor devem lembrar as palavras de São Paulo aos Tessalonicenses: “Quanto aos tempos e estações do ano, irmãos, vocês não precisam que nada seja escrito para vocês. Pois vocês sabem muito bem que esse dia do Senhor virá como um ladrão à noite.” Não haverá aviso.

Nenhum é mais claro do que Mateus, onde disse Jesus: “Daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos do céu, nem o Filho, mas apenas o Pai“. Por que então pensamos que meros mortais podem descobrir isso?

Jesus voltará, mas como os anjos disseram após sua ascensão: “Homens da Galiléia, por que vocês estão olhando o céu?” Pare de sonhar acordado e volte ao trabalho que Jesus deixou para você.

II – A ênfase excessiva nos milagres e o seu sentido muito diferente nos Evangelhos

A série também enfatiza excessivamente os milagres, o que contribui para a boa televisão, mas transforma Jesus em um trabalhador que faz maravilhas. Mesmo presumindo que os milagres são reais, os milagres no “Messiah” são muito diferentes dos milagres nos Evangelhos.

Os milagres no “Messiah” são os de um trabalhador que faz maravilhas clássico: uma tempestade de areia destrói um exército ameaçador; ele conhece nomes e segredos de estranhos; ele desaparece quando está cercado por inimigos; ele misteriosamente escapa da prisão; ele magicamente viaja grandes distâncias sem meios aparentes; ele anda sobre a água; ele escapa de uma tentativa de assassinato. O objetivo desses milagres é provar sua autenticidade.

É verdade que os Evangelhos também mostraram Jesus a fazer algumas dessas coisas, mas a maioria dos milagres bíblicos de Jesus visava a ajudar as pessoas, não chamar a atenção para si mesmo. Ele curou os doentes, expulsou demônios e alimentou os famintos. Seus milagres foram sinais da chegada do reino de Deus, que veio em amor e compaixão, não em poder.

No evangelho de João, quando um oficial da realeza procura uma cura para seu filho, Jesus a princípio o rejeita. “A menos que vocês vejam sinais e maravilhas“, ele diz, “vocês não acreditarão“. Mas quando o pai pede a vida de seu filho, Jesus responde: “Você pode ir; seu filho viverá”. Jesus não faz milagres para ganhar seguidores; ele os faz por compaixão pelos necessitados.

III – A diferença entre os valores e a mensagem de Jesus da série e do Evangelho

Finalmente, os valores e a mensagem de Jesus em “Messiah” são confusos.

É verdade que ele encoraja as pessoas a olharem além de suas categorias sectárias e reconhecerem que Deus pode trabalhar através de qualquer pessoa. Ou, como ele diz a um juiz de imigração, “eu ando com todos os homens”.

Ele também diz a um discípulo chauvinista: “Vá encontrar uma mulher e dê a ela seu lugar”. E depois de destruir o ISIS, ele se torna pacífico. Ele diz a seus seguidores para enterrar suas armas antes de chegarem à fronteira com Israel.

Ele desafia os “sortudos”, que o destino abençoou ao nascer em um local de prosperidade, com fronteiras entre eles e os menos sortudos. Em Washington, ele pergunta aos que estão na terra dos livres, defendendo a liberdade e a justiça: “Quando você trouxe liberdade? Onde você causou justiça?” E quando ele finalmente se encontra com o presidente, ele diz para trazer todas as tropas para casa.

Tudo isso se encaixaria perfeitamente nas visões dos progressistas religiosos.

Mas enquanto o Jesus do Evangelho prega seu Pai, a mensagem do Messiah da Netflix é muito sobre si mesmo. “Me deixar agora é perecer… Se apegue a mim.” Ao mesmo tempo, ele é muito fatalista em sua abordagem da vida: “Estou aqui neste momento porque sempre estive aqui neste momento e você também”, diz ele a um jovem seguidor que pergunta: “Por que você vem agora?”

Ele passa pouco tempo interagindo com as pessoas, exceto seus interrogadores e alguns discípulos escolhidos. E mesmo eles não recebem respostas diretas. Ele geralmente responde a uma pergunta com uma pergunta. Ele passa muito tempo sentado com os olhos fechados, meditando, presumo. Jesus, por outro lado, misturou-se com as pessoas, especialmente durante as refeições.

Existem poucos indícios de que o Messiah da Netflix goste de pessoas. Muitas pessoas vêm buscando curas ou direção, mas ele as ignora, alegando ter uma missão mais importante. Quando as pessoas precisam evacuar a costa da Flórida, ele diz “Deus quer o dilúvio”. Sério?

E quando sua porta-voz pessoalmente selecionada transmite sua mensagem, ela é: “Se você estiver com ele, será entregue. Se não estiver, você será tomado por tornados. Por inundações. E varrido pelo grande deserto”.

Em nenhum lugar temos a sensação de que “Ao ver as multidões, seu coração se comoveu de pena delas porque estavam perturbadas e abandonadas, como ovelhas sem pastor”, como o Evangelho de Mateus o descreve. A única exceção é uma prostituta paga para seduzi-lo, mas que muda de ideia por causa da interação deles.

Mais importante, onde está a mensagem de compaixão de Jesus pelos famintos, nus, desabrigados, encarcerados e doentes? No filme, Ele nunca pede que seus discípulos alcancem os marginalizados e abandonados.

Em um episódio inicial, o Vaticano anuncia que ele será investigado pela Congregação para os Santos, um pequeno erro. Tal caso iria para a Congregação para Doutrina da Fé. A Congregação para os Santos lida apenas com pessoas mortas.

Mas não preciso de uma investigação do Vaticano ou da CIA para saber que esse não é o meu messias. Se esse Jesus saísse da tela e entrasse no mundo, eu não o seguiria, mesmo que ele pudesse realizar milagres. Eu vou ficar com o Jesus do Evangelho. Mas ainda assim, estou ansioso pela segunda temporada.

(Os grifos são nossos)

Fonte:

IHU

]]>
34261
A pedofilia em questão: evangelizar implica coerência ética e cuidado com a dignidade da vida… https://observatoriodaevangelizacao.com/evangelizar-implica-que-o-evangelizador-seja-coerente-com-o-evangelho-e-cuide-da-vida-onde-ela-e-mais-fragil-e-vulneravel/ Fri, 17 Aug 2018 10:00:57 +0000 https://observatoriodaevangelizacao.wordpress.com/?p=28761 [Leia mais...]]]> Sim, evangelizar implica que o evangelizador seja coerente com o Evangelho que anuncia, ou seja, que ele dê testemunho de vida, e que ele cuide da dignidade da vida, com atenção primeira para com os mais frágeis e vulneráveis. Sem testemunho o anúncio, por melhor e mais criativo que seja, tende a perder a sua força atrativa, a sua credibilidade.

O papa Francisco tem dado muita atenção para colocar em prática um rigoroso combate aos casos de pedofilia na Igreja e uma urgente mudança na prática da recorrente postura clerical diante de tais situações: acobertamento dos pares nas situações graves e hediondas, como é o caso de abuso de crianças, a fim de se evitar escândalos maiores.

Muitas situações trágicas, vergonhosas e criminosas tem vindo a tona nos últimos tempos. Esperamos, sinceramente, que, para o bem do povo de Deus, razão de ser da Igreja e de sua missão, seja a travessia de autêntico tempo quaresmal, de reconhecimento dos erros e dos pecados cometidos, seguido de profunda reforma na dinâmica da vida eclesial.  A seguir o texto do padre jesuíta Thomas Reese sobre o relatório do grande júri da Pensilvânia:

1534272368_010615_1534292335_noticia_normal_recorte1
O promotor geral da Pensilvânia, Josh Shapiro, em coletiva de imprensa nesta terça-feira, 14/08/2018, apresentou o relatório do grande júri sobre os diversos casos de pedofilia, envolvendo mais de 300 padres nas últimas décadas na Igreja católica deste Estado.

Relatório do grande júri da Pensilvânia é o novo fundo do poço da Igreja

Pe. Thomas Reese, SJ, jornalista, colunista e ex-editor chefe da revista America, artigo publicado por Religion News Service, 15/08/2018 com tradução de Victor D. Thiesen.

624d24ebe1e6fc368adcf9320b27cc95_400x400
Pe. Thomas Reese, SJ

 

A Igreja diz às pessoas que a confissão é boa para a alma, mas precisa praticar o que prega. Se quer perdão, deve confessar seus pecados, ter profunda tristeza por eles e fazer penitência para modificar seus caminhos.

 

Eis o artigo:

Terrível! horripilante! repugnante! Não há adjetivos para descrever as ações de padres abusivos relatadas no recente relatório do grande júri da Pensilvânia. O relatório lista mais de 300 padres acusados ​​por abuso, em seis das oito dioceses do estado.

Um abuso, por si só, já é terrível. Saber que mais de mil crianças foram abusadas nesse período é assustador. Sem dúvida, há mais pessoas que ainda não se apresentaram, e esperamos que este relatório as incentive a fazê-lo. Em meio a isso, muitos bispos fracassaram em responder apropriadamente ao abuso. Eles deveriam averiguar melhor a situação. Por que eles não fizeram melhor?

1. Os bispos ainda viviam em uma cultura clerical na qual os padres cuidavam uns dos outros como “irmãos” no sacerdócio, e não acusavam um ao outro. Alguns bispos não queriam ouvir e nem mesmo investigar as acusações. O clericalismo os cegou para sua responsabilidade com os filhos.

2. Os bispos foram informados por seus advogados e companhias de seguro a não se encontrarem com as vítimas ou suas famílias. Eles ouviram as desculpas de seus padres, embora não sintam a dor agonizante das vítimas. Todo bispo deve reservar pelo menos um dia por mês para ouvir qualquer vítima que queira se encontrar com ele.

3. Pelo menos até o ano de 1992, os psicólogos disseram aos bispos que alguns padres estavam seguros para voltar ao ministério após o tratamento. Somente após 2002 os bispos adotaram uma política de tolerância zero para os Estados Unidos. No final da década de 1980, de acordo com o estudo de John Jay sobre abusos clericais, o número de casos começou a diminuir, pois bispos coerentes começaram a remover os padres inconsequentes. Vale ressaltar que apenas dois dos mais de 300 padres identificados pelo júri, estiveram envolvidos em abuso nos últimos 10 anos – e estes foram relatados por suas dioceses.

4. Os bispos inicialmente mantiveram o abuso em segredo porque não queriam escandalizar os fiéis. Eles também queriam proteger os ativos das dioceses de ações judiciais. Como resultado, cada vítima pensava ser a única passando por aquela situação. Os bispos desconheciam o grau do problema até o momento em que a enxurrada de vítimas se manifestou após a exposição do The Boston Globe.

5. Nos primeiros dias do abuso, padres não treinados estavam investigando e fazendo recomendações sobre o tratamento de padres abusivos. Somente em 2002 os bispos concordaram em ter conselhos consultivos que incluíssem leigos para rever as acusações. Os leigos devem estar envolvidos na investigação e avaliação de quaisquer acusações. Eles também devem estar envolvidos na investigação da resposta dos bispos. De fato, deveriam estar presentes na avaliação de candidatos para a ordenação. Nenhum profissional é bom ao julgar seus colegas.

Explicar como isso aconteceu não muda o fato de que o relatório do grande júri da Pensilvânia é outro golpe devastador para a Igreja Católica dos EUA. Não quer dizer que todo relatório – de 1.300 páginas – é incontestável. Embora falsas acusações sejam raras, elas podem acontecer. O relatório deve ser lido com um olhar crítico, como qualquer outro relatório do governo. Também é necessário permitir que os acusados tenham uma chance de resposta.

Entre eles está o cardeal Donald Wuerl, agora arcebispo de Washington, D.C., que é criticado no relatório da Pensilvânia por suas ações quando era bispo de Pittsburgh. É necessário lembrar que em 1993, Wuerl tentou remover do ministério Anthony Cipolla, um padre de Pittsburgh. Logo depois do ocorrido, Wuerl foi instruído a realocá-lo no ministério pelos cardeais do Supremo Tribunal de Assinatura Apostólica em Roma – a Suprema Corte da Igreja. Wuerl recusou. Ele recorreu da decisão em Roma e persuadiu a Signatura. Isso não soa como um bispo que estava ignorando sua responsabilidade de proteger as crianças.

O grande júri propõe quatro reformas em seu relatório:

  • A eliminação do estatuto criminal de limitações para futuros casos de abuso sexual de crianças;
  • A abertura das dioceses a ações civis de vítimas que agora estão excluídas por causa do estatuto civil de limitações;
  • Esclarecimento das penalidades de não denunciar abuso infantil;
  • A proibição de acordos de confidencialidade civil no encobrimento das comunicações com a aplicação da lei.

Dentre essas reformas, apenas uma é controversa. As vítimas claramente merecem justiça e apoio. Elas foram abusadas por diversas pessoas, como professores e treinadores em escolas públicas, funcionários de organizações atléticas, cuidadores infantis, chefes de escoteiros e ministros de Igrejas. Se o estatuto civil de limitações for dispensado para a Igreja Católica, deve ser dispensado para todas as organizações públicas e privadas.

A verdade é que ações civis, especialmente as punitivas, são um instrumento contundente para punir organizações sem fins lucrativos. Se um funcionário de uma empresa com fins lucrativos prejudica alguém, uma penalidade financeira é considerável, pois os proprietários da empresa estão ganhando dinheiro e têm a responsabilidade de supervisionar seus funcionários. Caso contrário, eles devem sofrer financeiramente.

Ninguém é dono de uma corporação sem fins lucrativos. Você não pune um bispo tirando dinheiro de sua diocese, especialmente se ele está aposentado ou morto. As pessoas punidas são os leigos que doaram o dinheiro e as pessoas que investiram dinheiro – paroquianos, crianças em idade escolar, os pobres e o clero. Destes, apenas o clero poderia ser considerado responsável, e a maioria deles não tinha nada a ver com as decisões tomadas pelo bispo. Seria melhor colocar o bispo na cadeia.

A julgar pelo que aconteceu em outros estados, há uma boa possibilidade de que a abertura de dioceses a processos ilimitados possa levar à falência de algumas entidades da Pensilvânia. Os processos também levam anos, e os honorários legais consomem muito dinheiro – o que não beneficia as vítimas.

Os bispos da Pensilvânia e o Legislativo estadual poderiam considerar uma alternativa. Os bispos e os legisladores podem negociar um montante justo, razoável, para as dioceses desembolsarem – dinheiro que seria entregue ao estado.

O procurador geral poderia conceber uma maneira apropriada de dividir o dinheiro entre as vítimas. Como os processos civis podem durar anos e os advogados receberem 40% dos prêmios, uma abordagem não liberal beneficiaria as vítimas ao eliminar a necessidade dos advogados.

De qualquer forma, o relatório do grande júri é um alerta para os bispos que achavam que o passado poderia ser esquecido, desde que fizessem a coisa certa no futuro. Também se torna um precedente para outros procuradores gerais dos estados americanos e grandes júris. Os bispos fariam bem em emitir seus próprios relatórios antes que os outros estados o façam. As pessoas não ficarão satisfeitas até que uma investigação completa ocorra em todas as dioceses.

A Igreja diz às pessoas que a confissão é boa para a alma, mas precisa praticar o que prega. Se quer perdão, deve confessar seus pecados, ter profunda tristeza por eles e fazer penitência para modificar seus caminhos.

(os grifos são nossos)

Fonte:

IHU

]]>
28761