Testemunho de vida cristã – Observatório de Evangelização https://observatoriodaevangelizacao.com Sat, 11 Dec 2021 19:28:35 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.5.4 https://i0.wp.com/observatoriodaevangelizacao.com/wp-content/uploads/2024/04/cropped-logo.png?fit=32%2C32&ssl=1 Testemunho de vida cristã – Observatório de Evangelização https://observatoriodaevangelizacao.com 32 32 232225030 Frei Enoque: vida e missão, uma contestação em nome do Evangelho https://observatoriodaevangelizacao.com/frei-enoque-vida-e-missao-uma-contestacao-em-nome-do-evangelho/ https://observatoriodaevangelizacao.com/frei-enoque-vida-e-missao-uma-contestacao-em-nome-do-evangelho/#comments Sat, 11 Dec 2021 19:28:35 +0000 https://observatoriodaevangelizacao.wordpress.com/?p=43153 [Leia mais...]]]> Jesus ordenou a seus discípulos que distribuíssem o pão multiplicado à multidão necessitada, de modo que “todos comeram e ficaram saciados” (cf Mc 6,34-44). Curou  os enfermos, passou a vida fazendo o bem (At 10,38 . No final dos tempos, nos julgará no amor (cf. Ml 25).

INTRUDUÇÃO

Em quatro de dezembro de mil novecentos e quarenta e dois, no auge da Segunda Guerra Mundial, nascia na pequena cidade de Cachoeirinha, Pernambuco, Enoque Salvador de Melo. Como em sua cidade natal não havia cartório, Enoque foi registrado na cidade vizinha de Belo Jardim. Filho mais velho dos agricultores, João Salvador da Silva e Sebastiana Maria de Melo, Enoque, por motivos desconhecidos, foi criado por sua tia materna, dona Maria José de Melo. Solteira, dona Maria José viveu com o filho no bairro Mocambo, região carente de Recife.

NA PERIFERIA DA SOCIEDADE

Foi exatamente na periferia da sociedade e em meio à pobreza que Deus foi buscar aquela criança para ser seu andarilho. A pequena casa de madeira, onde Enoque viveu seus primeiros anos, logo foi substituída por uma casa um pouco mais moderna. Após alguns anos mudaram-se para a Rua Frei Casemiro, no bairro Santo Amaro, próxima a igreja de São Sebastião. Foi ali que ele passou a maior parte de sua adolescência e juventude.

Quanto à sua educação, o depoente revela que, após completar o primeiro grau, sua mãe, mesmo com todos os problemas financeiros, se esforçava para mantê-lo em um dos colégios de elite de Recife, o Colégio Diocesano de Garanhuns, instituição pertencente à Igreja Católica. Nele, haviam dois cursos, o científico e o clássico. O clássico para quem ia fazer advocacia ou ser professor e o científico para quem ia fazer Medicina ou Química. Frei Enoque (2021) revela que: “O sonho de minha mãe era que eu fizesse medicina, eu nunca tive vontade, e meu sonho era fazer Direito”.

Frei Enoque na Romaria da Terra em Santana dos Frades/ Pacatuba, no ano de 1987.

Aos 17 anos, em 1963, Enoque era um jovem comum como outro qualquer. Torcedor assíduo do Esporte gostava de jogar futebol no time do bairro, brincava carnaval, namorava e trabalhava para ajudar a mãe nas despesas da casa e já estava com seu futuro planejado: iria prestar vestibular para Direito. Até que, em 1966, nas famosas e tradicionais Páscoas que eram comemoradas por diversos segmentos da sociedade, ocorre um evento que vai mudar o rumo de sua vida. Entre as páscoas, destacava-se a Páscoa dos militares e a Páscoa dos bancários.

Nessa ocasião, Enoque já contava com seus 20 anos, era noivo de uma moça chamada Lourdinha, que era da cidade de Cachoeirinha, e trabalhava como bancário no Banco Pernambucano, quando ele, como funcionário do banco, resolve participar da comemoração junto com seus colegas de trabalho. Foi nesse momento que Enoque teve contato com frei Angelino Caio Feitosa. Segundo relato do depoente; “Ele falou tão bem sobre são Francisco, empolgou-se tanto que ficou aquela semente.” A partir desse momento, Enoque resolve deixar tudo que havia conquistado e seguir outro objetivo na vida.

UMA EXPERIÊNCIA DECISIVA

Em janeiro de 1967, aos 21 anos, Enoque entra no convento dos Franciscanos Menor da região de Siriahein, em Recife. Com a idade relativamente tardia para seguir a vocação sacerdotal, o jovem recebeu seu primeiro hábito, tornando-se noviço franciscano no mês de fevereiro daquele mesmo ano. De imediato, o noviço teve que se adaptar a rotina e normas do convento; as atividades do dia a dia do convento eram divididas entre os estudos teológicos e as obrigações religiosas. No convento dos frades de Recife, havia noviços das regiões de Pernambuco, Pará e Ceará. A turma de Enoque era composta por 16 noviços e todos já tinham o segundo grau completo. Cada noviço tinha sua cela simples (quarto), composta de uma cama e um armário. Não eram permitidos aparelhos eletrônicos como rádio ou televisão. A turma ainda era acompanhada por um frade superior da casa, conhecido como guardião ou mestre, que era o responsável pela formação da turma. O dia no convento começava muito cedo.

Ao levantar, os noviços se retiravam para fazer o dejejum servido em uma sala grande com mesa coletiva. O café era compartilhado por todos que “na mesa grande se sentavam e ficavam de costas para a parede. Primeiro havia a leitura do Evangelho do dia, a regra de são Francisco, toda a vida franciscana”. Em geral a alimentação dos noviços e frades era simples. Somente em dias de festas, havia uma refeição mais elaborada; “tinha fruta, tinha refrigerante, vinho, né”. Após as refeições os noviços eram direcionados às suas atividades clericais, que além das orações diárias também incluía estudos sobre “os escritos franciscanos, cartas, tudo isso que tinha a vida dos santos, Santo Antônio, pois este era um ano em que a gente se espelhava e ia à fonte da vida da espiritualidade franciscana” (ENOQUE, 2021).

UMA TEOLOGIA APARTI DOS POBRES

Os estudos sobre Filosofia, Teologia e ciências afins, eram realizados fora do convento, após a realização dos votos que inclui, pobreza, castidade e obediência. Os cursos fora dos muros do mosteiro eram um dos poucos momentos que os jovens estudantes tinham contato com o mundo externo, onde os noviços entravam em contato com estudantes de outras ordens da igreja, professores e universitários, já que o Instituto de Teologia de Recife (INTER), local onde estudavam, funcionava na Faculdade de Filosofia de Recife (FAFI).

Durante todos os dias da semana, à tarde, em 1969, uma Kombi pegava os noviços os quais, nesse período, estavam no mosteiro que ficava na subida da Sé em Olinda, e os levava para Instituto de Teologia em Recife, fundado por Dom Helder Câmara, Arcebispo de Olinda/Recife.

Nessa época, o instituto contava com padres e professores renomados no seu quadro de colaboradores, como o sociólogo Humberto Plumén e o famoso teólogo José Comblin, que segundo o noviço era “um dos maiores teólogos da America Latina que defendia a Teologia da Libertação”. Em 1970, os estudantes tinham cursos excelentes e os professores eram os melhores que se podia ter naquele período, mas para a turma de alunos que viviam um dos períodos de transformação da Igreja Católica e uma das fases mais marcantes da história brasileira, isso não era suficiente.

Segundo Enoque,

“Recife, foi um centro de efervescência muito grande. Foi lá que apareceu morto, torturado o colaborador de dom Helder, o padre Antônio Enrique. Nós estávamos lá e a gente presenciava muita coisa, muita confusão. Nós tivemos um padre que foi preso, frei Bomfim, junto com frei Juvenal, porque ele se recusou a celebrar no dia 7 de Setembro porque é… a pedido dos militares, ele tinha que celebrar a Independência do Brasil e dizer que o Brasil estava livre do comunismo. Ai ele se recusou, porque se recusasse ele seria preso e torturado, depois ele ficou psicologicamente abalado.” (ENOQUE, 2021)

OS SANTOS SABEM LER OS SINAIS DOS TEMPOS

O projeto evangélico de Enoque começa a ganhar força após a Conferência Episcopal de Medellín (1968), a ponto de fazerem uma experiência missionária na diocese de Propriá, motivo este que levou seus colegas a chamarem ele de louco. O fato é que Enoque, ao lado de Roberto, não eram alienados que viviam olhando para o céu e se esquecendo do que acontecia diante de seus próprios olhos. No início de 1970, quando era estudante, Enoque e frei Roberto, seguem para a diocese de Propriá, localizada no alto sertão sergipano. Esta era administrada pelo então dom José Brandão de Castro.

Frei Enoque e dom Brandão no dia que foi admitir o ministério da palavra aos animadores das comunidades, em 1970, na cidade Gararu/SE.

A mudança fazia parte das experiências da Teologia da Enxada. Na ocasião, já estavam na diocese de Propriá frei Angelino Caio Feitosa, mestre dos noviços no convento de Olinda Recife, e o sergipano frei Juvenal Vieira Bomfim. Quando chegaram à região sergipana, os seminaristas da ordem dos franciscanos menor se deparam com uma diocese, onde a pobreza e a exploração da mão de obra dominavam o cenário social das comunidades ribeirinhas. Embora tivessem a presença marcante de padres Belgas e bispos comprometidos, a população carente era explorada pelos grandes latifundiários.

NÃO É NADA FÁCIL SER FIEL À PRÓPRIA CONSCIÊNCIA

Foi às margens do Rio São Francisco que o jovem frade Enoque começou a perceber que, mesmo que o seu coração estivesse voltado para os pobres, ele, geograficamente, vivia no centro da cidade. E, a partir do momento em que sua consciência falou alto, não havia nada mais digno a fazer do que deixar o centro e caminhar para o mundo dos pobres. Em 1971, quando os trabalhos da Igreja, estavam começando Enoque recebe, em Tacaimbó, o Diaconado, ou seja, o primeiro passo para a ordenação, que ocorre em 05 de dezembro do mesmo ano, na igreja de Porto da Folha.

A cerimônia de Ordenação, presidida por dom José Brandão de Castro, fugiu às normas ditadas pela Igreja Católica que prevê a ordenação de um padre em uma diocese ou em sua terra natal. Nesse caso, dois dias depois da ordenação, no dia 07 de dezembro, Enoque realiza os últimos votos, seguindo assim a ordem franciscana “de pobreza, castidade e obediência.”

HUMANIZA-SE COM O PASSAR DO TEMPO

Hoje, aos 50 anos de sacerdócio, frei Enoque nos ensina que o sujeito da nova evangelização é toda a comunidade eclesial, segundo sua própria natureza: os bispos, em comunhão com o Papa, nossos presbíteros e diáconos, os religiosos e religiosas, e todos os homens e mulheres que constituímos o Povo de Deus. Suas santas missões as margens dos quilombos e sem terras no estado de Sergipe, nos mostram que a religiosidade popular é uma expressão privilegiada da inculturação da fé. Não se trata só de expressões religiosas, mas também de valores, critérios, condutas e atitudes que nascem do dogma católico e constitui a sabedoria de nosso povo, formando-lhe a matriz cultural. O anúncio da Boa Nova exige uma renovada espiritualidade que, iluminada pela fé que se proclama, anima, com a sabedoria de Deus, a autêntica promoção humana, sendo o fermento de uma cultura cristã.

A FÉ É UMA EXPRESSÃO PÚBLICA

A percepção de frei Enoque é algo espetacular. Ele vê algo que não era comum, ou seja, que a fé deve ser pública. Não podemos fazer com que a fé seja refém das paredes da Igreja. A fé é uma expressão pública e deve, portanto, nos levar ao encontro dos outros, principalmente dos mais pobres. Para frei Enoque, a forma privilegiada de encontrar a Deus é quando nos encontramos com os pobres. Deus se encontra na realidade, e é a partir da realidade que marcamos um encontro com Deus. Por fim Frei Enoque (2021) deixa claro:

“Meus companheiros e companheiras de caminhada com alegria testemunhamos que em Jesus Cristo, temos a libertação integral para cada um de nós e para nossos povos; libertação do pecado, da morte e da escravidão feita de perdão e reconciliação”.

Jesus Cristo nos convoca em sua Igreja, que é sacramento de comunhão evangelizadora. Nela devemos viver a unidade de nossas Igrejas na caridade, comunicando e anunciando essa comunhão a todo o mundo, através da Palavra, com a Eucaristia e com os demais sacramentos. A Igreja vive para evangelizar. Sua vida e vocação se realizam quando se faz testemunho, quando provoca a conversão e conduz os homens e as mulheres à salvação (cf. EN 15).

REFERÊNCIAS:

BINGEMER, Maria Clara Lucchetti. Experiência de Deus e pluralismo religioso no moderno em crise. São Paulo: Loyola, 1993.

HOONAERT, Eduardo. Teologia que vem das catacumbas: desafios atuais. São Paulo: Loyola, 2003.

PAULO VI, Papa.Exortação Apostólica Evangelii Nuntiandi. São Paulo: Paulinas, 1975.

UM FATO TRISTE. Jornal A defesa de Propriá, p.07, junho de 1984.

FONTES ORAIS:

Entrevista com Frei Enoque Salvador de Melo concedida a Eduardo Gomes em 14 de abril de 2021.

Sobre o autor:

Eduardo Gomes

Eduardo Gomes – Possui graduação em Filosofia, pelo Seminario Maior Nossa Senhora da Conceição de Aracaju (2018), e é graduando em Teologia por essa mesma instituição (SMNSC). Atualmente dedica-se na construção de artigos de caráter hagiográficos, teológicos da história de fé das CEBs, pastorais sociais, movimentos populares.

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Em memória de Marina Bandeira, mulher servidora, militante e de fé cristã adulta https://observatoriodaevangelizacao.com/em-memoria-de-dona-marina-bandeira/ Fri, 17 May 2019 15:41:29 +0000 https://observatoriodaevangelizacao.wordpress.com/?p=30530 [Leia mais...]]]>

Minha força vem da frágil flor ferida
que se entreabre resgatada pelo orvalho
da vida que já vivi
…”

(Thiago de Mello)

Marina Bandeira foi uma expoente da Igreja Católica. Foi uma das fundadoras do MEB (Movimento de Educação de Base), da CBJP (Comissão Brasileira de Justiça e Paz) e do CEHILA (Comissão de Estudos de História da Igreja e do Cristianismo na América Latina). Foi assistente da CNBB e participou dos embates entre Igreja e governo militar durante a ditadura. Sua história de vida está intrinsecamente ligada à luta pela democracia brasileira.

A sociedade brasileira perde uma pessoa lúcida, comprometida com os valores democráticos e os destinos brasileiros por liberdade, justiça, direitos humanos e sociais. Como cristã trabalhou por uma Igreja Povo de Deus. 

Deixa um legado rico de humanidade, fé e esperança. Expressamos nossos sentimentos aos familiares e aos grupos que trabalharam ao seu lado. Que ela descanse em paz. Como cristãos, afirmamos com o escritor José Calderón Salazar: “Não estamos ameaçados de morte. Estamos ameaçados de vida, de esperança, de amor…ameaçados de ressurreição“.


Mauro Passos
Presidente do CEHILA

Marina Bandeira
22/12/1924-14/05/2019
Foto: Acervo do núcleo de memória da PUC Rio

Alguns de seus feitos:

  • Foi uma das fundadoras do Movimento de Educação de Base (MEB) e da Comissão Brasileira de Justiça e Paz (CBJP);
  • Foi assistente na Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), trabalhando diretamente com Dom Hélder Câmara;
  • Participou ativamente dos embates entre a Igreja e o governo militar durante a ditadura, por quem foi identificada como “comunista infiltrada na Igreja Católica”;
  • Com o professor Cândido Mendes, escreveu em 1966, o livro “Comissão Brasileira Justiça e Paz (1969-1995): Empenho e memória“.
  • Foi membro do grupo de trabalho “Alceu Amoroso Lima”;
  • Desdobrou-se das denúncias às cartas e às marchas na defesa da sua visão evangélica dos direitos humanos e do respeito ao outro;
  • Deixou-nos o exemplo de luminosa vida de quem soube viver desde a fé, fundamentada no Doutrina Social da Igreja, os destinos do povo brasileiro em sua saga por liberdade, direitos e soberania”;
  • Como cristã leiga e profundamente comprometida com os valores democráticos e da dignidade do homem, destacou-se na promoção de estudos e reflexões sobre educação e direitos humanos;
  • Antes da atuação na Igreja, trabalhou no Departamento de Imprensa da Embaixada da Índia, quando viu Dom Hélder Câmara pela primeira vez durante uma palestra, em 1954.;
  • Na Igreja, ela também participou da criação da Rede Nacional de emissoras católicas;
  • Em 1973, chegou a ser convocada pela Igreja Católica para ir a Roma, onde ocuparia o cargo de diretora da Comissão Justiça e Paz no Vaticano, mas acabou optando por permanecer no Brasil;
  • Em 2013, lançou o livro “Vigília e testemunho“, em que narra histórias do período de combate à ditadura.

Testemunho de Marina Bandeira sobre Dom Helder Câmara:

Por intermédio de Dom José Vicente Távora conheci Dom Helder em 1954, ambos Bispos Auxiliares do Rio de Janeiro. Dom Helder era responsável pela organização do Congresso Eucarístico Internacional, a realizar-se no Rio de Janeiro, em julho de 1955. Aceitei secretariar Dom Távora nos contatos com os meios de comunicação, numa sala ao lado da de Dom Helder, sempre de portas abertas. Só a profunda fé, a radical confiança na Divina Providência, explicam a energia, a capacidade de trabalho daquela figura franzina, quase doentia, que permitiu o êxito da monumental empreitada. Eu soube que em 1952, o então Padre Helder, assistente da Ação Católica Brasileira, com a ajuda desse laicato, idealizara a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, CNBB, oficializada naquela data pela Santa Sé e aprovada. Soube também que a iniciativa se multiplicou em todos os continentes. A força espiritual, moral e até física de Dom Helder era alimentada pela Missa diária, às seis da manhã, e com meditações de madrugada. Mensalmente, aos domingos pela manhã, pregava um pequeno retiro para sua equipe, da qual eu já fazia parte. Dom Helder era não-violento por natureza, incapaz de rancor. Na década de 1960, anos da paranoia anticomunista: ‘ou se é comunista ou anticomunista’, independente, continuou a falar pelos ‘sem voz e sem vez’. Foi presença forte no Concílio Vaticano II ao encaminhar e ver aprovadas na Basílica de São Pedro, propostas arejadas que debatera em grupos de trabalho formais e informais. A voz de Dom Helder repercutiu em todos os continentes, sua presença era exigida por muitos, tanto no Brasil, quanto no exterior“.

Entrevista de Marina Bandeira sobre Dom Hélder Câmara concedida em julho de 2009:

1ª parte:

http://nucleodememoria.vrac.puc-rio.br/primeiro_site/dhc/depoimentos/marinabandeira.htm

2ª parte:

http://nucleodememoria.vrac.puc-rio.br/primeiro_site/dhc/depoimentos/marinabandeira2.htm

3ª parte:

http://nucleodememoria.vrac.puc-rio.br/primeiro_site/dhc/depoimentos/marinabandeira3.htm

4ª parte:

http://nucleodememoria.vrac.puc-rio.br/primeiro_site/dhc/depoimentos/marinabandeira4.htm

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