Sínodo da Amazônia – Observatório de Evangelização https://observatoriodaevangelizacao.com Wed, 01 Jun 2022 00:00:00 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.5.3 https://i0.wp.com/observatoriodaevangelizacao.com/wp-content/uploads/2024/04/cropped-logo.png?fit=32%2C32&ssl=1 Sínodo da Amazônia – Observatório de Evangelização https://observatoriodaevangelizacao.com 32 32 232225030 “A Amazônia não ficou esquecida do Papa”, afirma Dom Leonardo após nomeação cardinalícia https://observatoriodaevangelizacao.com/a-amazonia-nao-ficou-esquecida-do-papa-afirma-dom-leonardo-apos-nomeacao-cardinalicia/ Wed, 01 Jun 2022 00:00:00 +0000 https://atomic-temporary-74025290.wpcomstaging.com/?p=45114 [Leia mais...]]]> Luis Miguel Modino traz o relato de uma entrevista com Dom Leonardo Steiner, indicado para o Colégio de Cardeais. No domingo 29 de maio, a Igreja foi surpreendida com a convocação de um novo consistório, onde o Papa Francisco nomeou mais 21 cardeais, 16 deles eleitores, menores de 80 anos. Também foi uma surpresa para os próprios eleitos, dentre eles Dom Leonardo Ulrich Steiner, Arcebispo Metropolitano de Manaus.

O Papa está olhando para as periferias

Em encontro com a imprensa local, o novo purpurado afirmou que na manhã do domingo foi surpreendido, dado que o Papa Francisco não acostuma comunicar nada antes. Dom Leonardo afirmou ter ficado meio incrédulo num primeiro momento, dado a falta de um comunicado oficial.

Segundo o Arcebispo de Manaus, “é uma alegria para todos nós da Amazônia”, insistindo em que “a nomeação minha não diz apenas ao respeito da minha pessoa”. Ele ressaltou como “o Papa Francisco tem um carinho especial pela Amazônia e pelas igrejas que estão na Amazônia”, lembrando o fato dele ter tido a delicadeza de ligar no tempo da pandemia. Agora com essa nomeação, “mostra mais uma vez o quanto ele está próximo das nossas igrejas, está próximo da nossa região”, destacou Dom Leonardo Steiner, insistindo em que “é por isso que nós nos alegramos”.

O fato de ser cardeal, é visto pelo novo purpurado como “uma responsabilidade que se assume na Igreja”, destacando que “o mais importante que eu vejo na reação dos bispos e de tantas pessoas que entraram em contato, é a alegria de ter um cardeal na Amazônia, que a Amazônia não ficou esquecida do Papa”. Se referindo à nomeação do novo cardeal na Mongólia, uma Igreja onde não chega a dois mil católicos, Dom Leonardo afirmou que “o Papa está olhando para as periferias, o Papa está olhando para onde a Igreja pode ser muito viva, uma Igreja que pode ir construindo a sua história, como a nossa Igreja da Amazônia tem construído a sua história”.

Que nossas Igrejas que realmente assumam o Sínodo

O Arcebispo de Manaus diz se alegrar “de poder participar agora mais intensamente da construção dessa Igreja que deseja ser uma Igreja cada vez mais missionária, cada vez mais presente e uma Igreja cada vez mais viva”. Dom Leonardo também agradeceu as manifestações de carinho, de proximidade, de alegria, pedindo que rezem por ele, “para que eu possa exercer esse verdadeiro ministério junto do Papa com boa disposição e ajudando assim a Igreja a se tornar cada vez mais presente e tornar visível o Reino de Deus, Jesus Ressuscitado”.

Diante das perguntas dos jornalistas, o novo cardeal foi explicando o que representa a missão dos cardeais na Igreja, também os detalhes do consistório que acontecerá em Roma no dia 27 de agosto. Dom Leonardo afirmou que no seu trabalho cotidiano, “o título não muda nada, só um pouquinho mais de trabalho”, lembrando também da visita ad limina dos bispos do Regional Norte1, junto com o Regional Noroeste, que acontecerá no mês de junho.

Dom Leonardo Steiner afirmou que duas pessoas tinham lhe falado que sua nomeação é um fruto do Sínodo, lembrando o processo do Sínodo para a Amazônia e do atual Sínodo da Sinodalidade. Diante disso, ele disse que “talvez o Papa esteja pedindo das nossas Igrejas que realmente assumam o Sínodo, especialmente Querida Amazônia e o Documento Final”. Nesse sentido insistiu em que “os bispos da Amazônia estão muito dispostos a isso”, destacando mais uma vez que “as manifestações de afeto colegial e de alegria foram muitas da parte dos bispos. Eu penso que nós todos estamos muito dispostos a ajudar o Santo Padre a sermos uma Igreja muito missionária, especialmente uma Igreja Sinodal”.

Uma Igreja profundamente encarnada e inculturada

Em relação com seu papel e nova responsabilidade dentro da Igreja da Amazônia, Dom Leonardo afirmou que “talvez a responsabilidade seja de animação”, ressaltando que “as igrejas nossas, católicas, na Amazônia são muito ativas”. Em referência ao Documento de Santarém, que está completando 50 anos, um fato que será comemorado de 6 a 9 de junho com um encontro dos Bispos, no mesmo local do acontecido 50 anos atrás, Dom Leonardo disse ver esse Documento como algo decisivo, vendo o Sínodo para a Amazônia como um dos frutos do Documento de Santarém.

Em relação com esse Documento, “que parte de duas premissas, que é a encarnação e a libertação, são duas premissas fundamentais para que a Igreja seja realmente a Igreja que é na Amazônia”. Segundo o Arcebispo de Manaus, “é claro que com o Sínodo teremos que dar muitos outros passos, levar ainda uma participação maior dos leigos, que já é muito expressiva, mas também uma Igreja que sabe escutar mais e fazer os leigos participarem dos momentos de decisão”.

Celebrar 50 anos de Santarém representa um compromisso dos bispos com Santarém, com o Vaticano II e com o Sínodo, esperando dar sua contribuição para que “se torne uma Igreja muito viva, uma Igreja das pequenas comunidades, uma Igreja das comunidades eclesiais de base, uma Igreja profundamente encarnada, uma Igreja profundamente inculturada, uma Igreja que possa realmente ouvir os povos indígenas e achar as suas expressões também celebrativas, as suas expressões teológicas, de reflexão e de oração”, algo que exige um esforço, um cuidado, um bom ânimo de continuarmos a nossa caminhada.

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Pe. Luis Miguel Modino
Natural da Espanha, é missionário Fidei Donum na Diocese de São Miguel da Cachoeira, Amazonas. É parceiro do Observatório da Evangelização e articulista em diversos periódicos e revistas virtuais católicas.

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40 dias pelo Rio: Navegando juntos a boa nova de Deus a caminho do Sínodo Amazônico – 35º dia https://observatoriodaevangelizacao.com/40-dias-pelo-rio-navegando-juntos-a-boa-nova-de-deus-a-caminho-do-sinodo-amazonico-35o-dia/ Sun, 06 Oct 2019 22:00:18 +0000 https://observatoriodaevangelizacao.wordpress.com/?p=32110 [Leia mais...]]]>

Dia 35 de Navegação – 30 de Setembro


Petição permanente para o Sínodo Amazônico no início de cada dia

Que o Deus da vida e da beleza, o Espírito Santo que nos impulsiona para mais fraternidade, unidade e dignidade, o Cristo encarnado da Boa Nova, da inculturação e da interculturalidade nos proporcionem serenidade, discernimento e coragem para encontrar novos caminhos para a Igreja e para uma ecologia integral neste Sínodo Amazônico. Tudo isso para o bem e a vida de seus povos e comunidades, e para caminhar mais juntos pelo Reino”.

Medite por alguns momentos neste pedido inicial, busque a calma interior para entrar neste momento para navegar pelas águas da Amazônia e a vida da Igreja a serviço de seus povos e comunidades, e para ouvir o chamado de Deus através de sua palavra viva. 

O Sínodo Especial sobre Pan-Amazônia é uma luz para a Igreja e para o mundo. É um Sínodo que vai muito além da territorialidade em que foi determinado Tweet

Leitura do dia

(Cada um e cada uma são convidados a aprofundar a leitura completa de acordo com suas próprias necessidades e critérios)

Ninguém acende uma lâmpada para escondê-la debaixo de uma vasilha ou colocá-la debaixo da cama; ela é posta no candelabro, a fim de que os que entram vejam a claridade. Ora, nada há de escondido que não venha a ser descoberto. Nada há de secreto que não venha a ser conhecido e se tornar público. Olhai, portanto, a maneira como ouvis! Pois a quem tem será dado, e a quem não tem, até aquilo que julga ter lhe será tirado!” Lucas 8, 16-18.

Reflexão sob a perspectiva do Sínodo Amazônico

O Sínodo Especial sobre Pan-Amazônia é uma luz para a Igreja e para o mundo. É um Sínodo que vai muito além da territorialidade em que foi determinado. Também é verdade que seu foco não pode ser perdido, pois isso poderia diluir sua possibilidade de produzir as mudanças e perspectivas necessárias para responder a essa realidade particular, que tanto necessita de umaconversão no caminho da presença eclesial em vários aspectos. É muito importante que o Sínodo da Pan-Amazônia não perca sua relevância, sua pertença e, sobretudo, sua capacidade de ser um verdadeiro anúncio de boa nova em meio a circunstâncias tão complexas de fragilidade e ausência por parte da Igreja, de morte para as crescentes expressões de dominação, extermínio e extrativismo neste território, e da necessária recepção e reconhecimento da graça e revelação de Deus em meio à diversidade cultural de seus povos originários (indígenas) e de outras comunidades. Na medida em que reconhecemos a presença encarnada de Deus neste território, o Sínodo pode ser uma luz no caminho do Reino, e não uma ameaça aos interesses de poucos ou diante dos temores de alguns.

Contemplação

Contemplemos a imagem deste dia e tomemos um momento para reconhecer nossa própria vida e experiência na Igreja e ao serviço da Amazônia para pedir luz nesta palavra de Deus em preparação para o Sínodo. Escrever meus pedidos particulares e permanecer neles durante este dia. Convidamos você a manter um registro de tudo o que o Espírito nos provoca como preparação interior para o Sínodo Amazônico.

Citação para fechar a meditação

O reconhecimento destes povos – que não podem jamais ser considerados uma minoria, mas autênticos interlocutores –, bem como de todos os povos indígenas, lembra-nos que não somos os donos absolutos da criação. É urgente acolher o contributo essencial que oferecem à sociedade inteira, (…) A sua visão do mundo, a sua sabedoria têm muito para nos ensinar a nós que não pertencemos à sua cultura. Todos os esforços que fizermos para melhorar a vida dos povos amazônicos serão sempre poucos.

(Papa Francisco. Encontro com Povos Indígenas Amazônicos. Puerto Maldonado, Peru. Janeiro 2018)

Fonte:

IHU

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40 dias pelo Rio: Navegando juntos a boa nova de Deus a caminho do Sínodo Amazônico – 34º dia https://observatoriodaevangelizacao.com/40-dias-pelo-rio-navegando-juntos-a-boa-nova-de-deus-a-caminho-do-sinodo-amazonico-34o-dia/ Sun, 06 Oct 2019 18:12:02 +0000 https://observatoriodaevangelizacao.wordpress.com/?p=32106 [Leia mais...]]]>

Dia 34 de Navegação – 29 de Setembro


Petição permanente para o Sínodo Amazônico no início de cada dia

Que o Deus da vida e da beleza, o Espírito Santo que nos impulsiona para mais fraternidade, unidade e dignidade, o Cristo encarnado da Boa Nova, da inculturação e da interculturalidade nos proporcionem serenidade, discernimento e coragem para encontrar novos caminhos para a Igreja e para uma ecologia integral neste Sínodo Amazônico. Tudo isso para o bem e a vida de seus povos e comunidades, e para caminhar mais juntos pelo Reino”.

Medite por alguns momentos neste pedido inicial, busque a calma interior para entrar neste momento para navegar pelas águas da Amazônia e a vida da Igreja a serviço de seus povos e comunidades, e para ouvir o chamado de Deus através de sua palavra viva. 

Os membros da Igreja Católica na Amazônia querem ser testemunhas vivas de esperança e cooperação e continuam a prestar um serviço evangelizador que se enraíza no solo fértil em que nossos povos amazônicos vivem e em suas culturas 

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Leitura do dia

(Cada um e cada uma são convidados a aprofundar a leitura completa de acordo com suas próprias necessidades e critérios)

Louva o Senhor, minh’alma! Ele faz justiça aos oprimidos, dá alimento a quem tem fome. O Senhor livra os prisioneiros, o Senhor devolve a vista aos cegos, o Senhor levanta quem caiu, o Senhor ama os justos, o Senhor protege os estrangeiros, ampara o órfão e a viúva, mas transtorna o caminho dos ímpios. O Senhor reina para sempre, o teu Deus, Sião, por todas as gerações. Aleluia!” Salmo 145, 7. 8-9a. 9bc-10.

Reflexão sob a perspectiva do Sínodo Amazônico

Como crentes em Jesus, seguindo os apelos do Papa Francisco e em comunhão com toda a Igreja e sociedades, queremos viver uma “cultura do encontro” com os povos indígenas, as comunidades que habitam as margens dos rios, pequenos agricultores, com as comunidades de fé e em diálogo respeitoso e construtivo com outras religiões e instâncias sociais. Nesse espírito, devemos acompanhar os prediletos de Jesus, aqueles a quem Ele ama e protege, sem medo de perturbar os planos daqueles que buscam simplesmente dominar e acumular sem olhar para a violência e as mortes materiais e existenciais que eles podem causar. Os membros da Igreja Católica na Amazônia querem ser testemunhas vivas de esperança e cooperação e continuam a prestar um serviço evangelizador que se enraíza no solo fértil em que nossos povos amazônicos vivem e em suas culturas.

Contemplação

Contemplemos a imagem deste dia e tomemos um momento para reconhecer nossa própria vida e experiência na Igreja e ao serviço da Amazônia para pedir luz nesta palavra de Deus em preparação para o Sínodo. Escrever meus pedidos particulares e permanecer neles durante este dia. Convidamos você a manter um registro de tudo o que o Espírito nos provoca como preparação interior para o Sínodo Amazônico.

Citação para fechar a meditação

Provavelmente, nunca os povos originários amazônicos estiveram tão ameaçados nos seus territórios como o estão agora. A Amazônia é uma terra disputada em várias frentes: por um lado, a nova ideologia extrativa e a forte pressão de grandes interesses econômicos cuja avidez se centra no petróleo, gás, madeira, ouro e monoculturas agroindustriais; (…) Considero imprescindível fazer esforços para gerar espaços institucionais de respeito, reconhecimento e diálogo com os povos nativos, (…) O reconhecimento e o diálogo serão o melhor caminho para transformar as velhas relações marcadas pela exclusão e a discriminação. 

(Papa Francisco. Encontro com Povos Indígenas Amazônicos. Puerto Maldonado, Peru. Janeiro 2018).

Fonte:

IHU

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Francisco abre o Sínodo: por e com os irmãos na Amazônia, caminhemos juntos https://observatoriodaevangelizacao.com/o-papa-abre-o-sinodo-por-e-com-os-irmaos-na-amazonia-caminhemos-juntos/ Sun, 06 Oct 2019 13:19:53 +0000 https://observatoriodaevangelizacao.wordpress.com/?p=32089 [Leia mais...]]]> “Muitos irmãos e irmãs na Amazônia carregam cruzes pesadas e aguardam pela consolação libertadora do Evangelho, pela carícia de amor da Igreja. Por eles, com eles, caminhemos juntos”, disse o Papa Francisco na missa de abertura da Assembleia Especial do Sínodo dos Bispos para a Região Pan-Amazônica, celebrada na manhã deste domingo (06/10) na Basílica de São Pedro

O encontro vai discutir questões ambientais, além de temas sociais, ambientais e religiosos dos nove países que têm territórios na Amazônia. (ASSOCIATED PRESS/AP)

Raimundo de Lima – Cidade do Vaticano

“Reacender o dom no fogo do Espírito é o oposto de deixar as coisas correr sem se fazer nada. E ser fiéis à novidade do Espírito é uma graça que devemos pedir na oração. Ele, que faz novas todas as coisas, nos dê a sua prudência audaciosa; inspire o nosso Sínodo a renovar os caminhos para a Igreja na Amazônia, para que não se apague o fogo da missão.”

Foi o que disse o Papa Francisco na missa celebrada na manhã deste domingo (06/10) na Basílica de São Pedro, na abertura da Assembleia Especial do Sínodo dos Bispos para a Região Pan-Amazônica, evento eclesial que se realizará no Vaticano até o dia 27 deste mês, com o tema “Amazônia: novos caminhos para a Igreja e para uma ecologia integral”.

No início da celebração, a longa procissão de entrada com os 185 padres sinodais, 58 do Brasil. Na assembleia, também representantes de comunidades indígenas. A Eucaristia foi concelebrada com os treze novos cardeais, criados no Consistório presidido pelo Santo Padre no sábado à tarde.

Fazer Sínodo, caminhar juntos

Dirigindo-se aos padres sinodais, bispos provenientes não só da região Pan-Amazônica, mas também de outras regiões, Francisco, referindo-se à segunda carta de São Paulo a Timóteo proposta nesta liturgia do XXVII Domingo do Tempo Comum, ressaltou que o apóstolo Paulo, o maior missionário da história da Igreja, ajuda-nos a ‘fazer Sínodo’, a ‘caminhar juntos’; e que “parece dirigido a nós, Pastores ao serviço do povo de Deus, aquilo que escreve a Timóteo”, observou.

Recebemos um dom, para sermos dom, disse o Pontífice, acrescentando:

Um dom não se compra, não se troca nem se vende: recebe-se e dá-se de prenda. Se nos apropriarmos dele, se nos colocarmos a nós no centro e não deixarmos no centro o dom, passamos de Pastores a funcionários: fazemos do dom uma função, e desaparece a gratuidade; assim acabamos por nos servir a nós mesmos, servindo-nos da Igreja.

A nossa vida, dom recebido, é para servir, continuou. “Colocamos toda a nossa alegria em servir, porque fomos servidos por Deus: fez-Se nosso servo. Queridos irmãos, sintamo-nos chamados aqui para servir, colocando no centro o dom de Deus”, exortou Francisco.

Dom que recebemos é amor ardente a Deus e aos irmãos

Para sermos fiéis a este chamado, à nossa missão, enfatizou, “São Paulo lembra-nos que o dom deve ser reaceso. O verbo usado é fascinante: reacender é, literalmente, ‘dar vida a uma fogueira’”, explicou o Papa. “O dom que recebemos é um fogo, é amor ardente a Deus e aos irmãos. O fogo não se alimenta sozinho; morre se não for mantido vivo, apaga-se se a cinza o cobrir.”

Passar da pastoral de manutenção a uma pastoral missionária

Em seguida, o Pontífice fez uma premente exortação aos Pastores a serviço do povo de Deus:

A Igreja não pode de modo algum limitar-se a uma pastoral de “manutenção” para aqueles que já conhecem o Evangelho de Cristo. O ardor missionário é um sinal claro da maturidade de uma comunidade eclesial. Jesus veio trazer à terra, não a brisa da tarde, mas o fogo. O fogo que reacende o dom é o Espírito Santo, doador dos dons.”

Deus nos preserve da ganância de novos colonialismos

O fogo de Deus, como no episódio da sarça ardente, arde mas não consome). É fogo de amor que ilumina, aquece e dá vida; não fogo que alastra e devora.

Quando sem amor nem respeito se devoram povos e culturas, não é o fogo de Deus, mas do mundo. Contudo quantas vezes o dom de Deus foi, não oferecido, mas imposto! Quantas vezes houve colonização em vez de evangelização! Deus nos preserve da ganância dos novos colonialismos.

O fogo ateado por interesses que destroem, como o que devastou recentemente a Amazônia, não é o do Evangelho. O fogo de Deus é calor que atrai e congrega em unidade. Alimenta-se com a partilha, não com os lucros.

Francisco exortou a reacender o dom; receber a prudência audaciosa do Espírito, fiéis à sua novidade, acrescentando que o anúncio do Evangelho é o critério primeiro para a vida da Igreja.

Irmãos amazônicos aguardam consolação do Evangelho

Convidando a olhar juntos para Jesus Crucificado, para o seu coração aberto por nós, o Santo Padre concluiu com mais uma exortação: “Muitos irmãos e irmãs na Amazônia carregam cruzes pesadas e aguardam pela consolação libertadora do Evangelho, pela carícia de amor da Igreja. Por eles, com eles, caminhemos juntos”.

Fonte:

www.vaticannews.va

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Papa Francisco alfineta governo brasileiro sobre queimadas na Amazônia https://observatoriodaevangelizacao.com/papa-francisco-alfineta-governo-brasileiro-sobre-queimadas-na-amazonia/ https://observatoriodaevangelizacao.com/papa-francisco-alfineta-governo-brasileiro-sobre-queimadas-na-amazonia/#comments Sun, 06 Oct 2019 13:08:34 +0000 https://observatoriodaevangelizacao.wordpress.com/?p=32085 [Leia mais...]]]> Por Mirticeli Medeiros
Repórter especial

Papa Francisco celebrou a missa de abertura do Sinodo da Amazônia neste domingo (06/10/2019), no Vaticano. Citando a Bíblia, ele condenou as queimadas na Amazônia, denunciou a exploração no território e lamentou a marginalização das comunidades indígenas.

Quando sem amor nem respeito se devoram povos e culturas, não é fogo de Deus, mas do mundo. […] O fogo ateado por interesses que destroem, como o que devastou recentemente a Amazônia, não é o do Evangelho“.

Continuando o discurso sobre o fogo, símbolo que ele escolheu como norteador do sermão, ele fez clara alusão ao partidarismo e ao jogo de interesses em torno da região. Ficou claro que ele se referiu à atual gestão do presidente Jair Bolsonaro (PSL) no tocante às questão ambientais e sociais.

O fogo devorador se alastra quando se quer fazer triunfar apenas as próprias ideias, formar o próprio grupo, queimar as diferenças para homogeneizar tudo e todos“.

Um tema que ainda hoje gera controvérsias é a questão da colonização europeia da America Latina. Confirmando que no passado a Igreja também cedeu à logica de interesses da colonização, iniciada no século XVI, papa Francisco fez um pronunciamento histórico sobre a questão. Da extinção dos povos indígenas ao padroado, que compõem o elenco de assuntos espinhosos que caracterizaram o período, o pontífice “toca na ferida” e reacende o debate. “Quantas vezes houve colonização em vez de evangelização! Deus nos preserve da ganância dos novos colonialismos”.

No inicio de 2019 iniciou-se uma crise diplomática entre o governo brasileiro e o Vaticano. O presidente Jair Bolsonaro, em fevereiro deste ano, chegou a expressar sua preocupação com a reunião de bispos, analisando que o evento poderia ser um atentado à soberania do pais. A própria Agência Brasileira de Inteligência (ABIN) chegou a mencionar que monitoraria a reunião “com fontes abertas”.

Apesar do Vaticano ter reiterado que o sínodo não passa de um evento religioso, algumas temas apresentados pelo Instrumentum laboris, uma espécie de lista com os principais assuntos que serão debatidos durante o sínodo, refletem a preocupação dos bispos com as questões sociais, ambientais e territoriais.

Nesta semana, durante coletiva de imprensa de apresentação do sínodo, dom Claudio Hummes, o cardeal brasileiro nomeado relator geral da assembleia, disse que o sínodo não se concentrará somente em assuntos religiosos. Por outro lado, afirmou que a reunião pretende apenas refletir sobre os principais problemas que acometem a região, não em “soluções técnicas”.

Fonte:

www.domtotal.com

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https://observatoriodaevangelizacao.com/papa-francisco-alfineta-governo-brasileiro-sobre-queimadas-na-amazonia/feed/ 2 32085
40 dias pelo Rio: Navegando juntos a boa nova de Deus a caminho do Sínodo Amazônico – 33º dia https://observatoriodaevangelizacao.com/40-dias-pelo-rio-navegando-juntos-a-boa-nova-de-deus-a-caminho-do-sinodo-amazonico-33o-dia/ Sun, 06 Oct 2019 11:36:23 +0000 https://observatoriodaevangelizacao.wordpress.com/?p=32075 [Leia mais...]]]>

Dia 33 de Navegação – 28 de Setembro

Petição permanente para o Sínodo Amazônico no início de cada dia

Que o Deus da vida e da beleza, o Espírito Santo que nos impulsiona para mais fraternidade, unidade e dignidade, o Cristo encarnado da Boa Nova, da inculturação e da interculturalidade nos proporcionem serenidade, discernimento e coragem para encontrar novos caminhos para a Igreja e para uma ecologia integral neste Sínodo Amazônico. Tudo isso para o bem e a vida de seus povos e comunidades, e para caminhar mais juntos pelo Reino”.

Medite por alguns momentos neste pedido inicial, busque a calma interior para entrar neste momento para navegar pelas águas da Amazônia e a vida da Igreja a serviço de seus povos e comunidades, e para ouvir o chamado de Deus através de sua palavra viva. 

Peçamos que este Sínodo tenha forças para perguntar a Jesus, a quem queremos seguir, embora não os compreendamos plenamente, cuidando da unidade na diversidade e incentivando uma saudável centralidade enriquecida pela descentralização de nossa Igreja na Pan-Amazônia 

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Leitura do dia

(Cada um e cada uma são convidados a aprofundar a leitura completa de acordo com suas próprias necessidades e critérios)

Enquanto todos se admiravam com tudo o que Jesus fazia, ele disse aos discípulos: “Prestai bem atenção às palavras que vou dizer: o Filho do Homem vai ser entregue às mãos dos homens”.
Mas eles não compreendiam esta palavra. O sentido lhes ficava oculto, de modo que não podiam entender. E tinham medo de fazer perguntas sobre o assunto
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Lucas 9, 43b-45

Reflexão sob a perspectiva do Sínodo Amazônico

Reconhecemos no papa Francisco a força da fé inabalável, a profundidade de seu sentimento na e com a Igreja, e seu compromisso com a escuta genuína para incentivar a conversão, que é ajudada por três conversões (Instrumentum Laboris, 5): Conversão pastoral (Evangelii Gaudium), Conversão ecológica (Laudato Si’) e Conversão à sindalidade eclesial (Episcopalis Communio). Três movimentos que precisam ser articulados e representam uma Exortação Apostólica – chamado, uma Encíclica – Orientação de rumo, e uma Constituição Apostólica – Definição estrutural para caminhar juntos. Esses convites também estão associados à necessária reforma da Igreja, que tem sido expressada como revelação de Deus desde o Concílio Vaticano II, para que ela seja muito mais ministerial e mais fiel ao Evangelho, que é uma boa notícia permanente e nos reconfigura e nos tira do local rígido ou seguro. Como nos dias de Jesus, muitos se opõem ao novo, não entendem e têm medo de reconhecer como nesses mais de 50 anos a presença de Deus nos levou ao novo. Peçamos que este Sínodo tenha forças para perguntar a Jesus, a quem queremos seguir, a explicação desses gestos e convites, embora não os compreendamos plenamente, cuidando da unidade na diversidade e incentivando uma saudável centralidade enriquecida pela descentralização de nossa Igreja na Pan-Amazônia. Que este Sínodo seja uma verdadeira Páscoa, um passo em direção a mais vida.

Contemplação

Contemplemos a imagem deste dia e tomemos um momento para reconhecer nossa própria vida e experiência na Igreja e ao serviço da Amazônia para pedir luz nesta palavra de Deus em preparação para o Sínodo. Escrever meus pedidos particulares e permanecer neles durante este dia. Convidamos você a manter um registro de tudo o que o Espírito nos provoca como preparação interior para o Sínodo Amazônico.

Citação para fechar a meditação

Ao seu Corpo em toda a sua extensão, é dizer ao mundo que, pelo Teu poder e pela minha fé, ele se tornou o magnífico e vivo crisol onde tudo desaparece para renascer, por todos os recursos que sua atração criativa me fez brotar em mim (…) No fundo da minha convicção humana, sou consagrado a este Corpo para viver e morrer nele, Jesus.

(Missa sobre o mundo. Teilhard de Chardin)

Fonte:

IHU

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Domingo, dia 06/10/2019, tem início a Assembleia Especial do Sínodo para a Pan-Amazônia https://observatoriodaevangelizacao.com/domingo-dia-6-tem-inicio-a-assembleia-especial-do-sinodo-para-a-pan-amazonia/ https://observatoriodaevangelizacao.com/domingo-dia-6-tem-inicio-a-assembleia-especial-do-sinodo-para-a-pan-amazonia/#comments Sat, 05 Oct 2019 11:26:51 +0000 https://observatoriodaevangelizacao.wordpress.com/?p=32068 [Leia mais...]]]> Anunciada pelo Papa Francisco em 15 de outubro de 2017, a Assembleia Especial do Sínodo dos Bispos para a região Pan-Amazônica acontece de 6 a 27 de outubro próximo, no Vaticano, em Roma. À época do anúncio, o Papa Francisco afirmou estar “atendendo o desejo de algumas Conferências Episcopais da América Latina, assim como ouvindo a voz de muitos pastores e fiéis de várias partes do mundo”.

“Amazônia: novos caminhos para a Igreja e para uma ecologia integral” é o tema escolhido pelo Papa Francisco para esta edição. O objetivo principal da convocação é identificar novos caminhos para a evangelização daquela porção do Povo de Deus, especialmente dos indígenas, frequentemente esquecidos e sem perspectivas de um futuro sereno, também por causa da crise da Floresta Amazônica, pulmão de capital importância para nosso planeta.

Em entrevista ao jornal espanhol La Stampa, de 8 de agosto deste ano, o Papa Francisco disse ser o Sínodo filho da Laudato Sí, uma encíclica social baseada no cuidado da Criação na qual o Santo Padre afirma que tudo está interligado. Para o Santo Padre “quem não a leu jamais entenderá sobre o Sínodo sobre a Amazônia”.

Processo de preparação – De junho 2018 a abril deste ano, foram realizadas, nos nove países que integram a região Pan-Amazônica (Brasil, Peru, Colômbia, Bolívia, Venezuela, Guiana, Guiana Francesa e Suriname), uma série de atividades como parte do processo de escutas pré-sinodais coordenado pela Rede Eclesial Pan-Amazônica (REPAM). A escuta ouviu os povos amazônicos e da floresta (indígenas, ribeirinhos, quilombolas, mulheres, juventudes, religiosos e religiosas, etc).

Ao todo foram realizadas 57 assembleias, 21 fóruns nacionais, 17 fóruns temáticos e 179 rodas de conversa. No Brasil, foram realizadas 182 atividades. Como fruto desta escuta, a secretaria-executiva do Sínodo elaborou o Instrumentum Laboris (Instrumento de Trabalho) do Sínodo Amazônico, material a ser estudado pelos bispos como preparação ao evento. O documento pode ser acessado no hot-site oficial do evento: http://www.sinodoamazonico.va.

O Vaticano divulgou a lista de participantes dia 21 de setembro deste ano. O papa convocou bispos dos 9 países que integram a Pan-Amazônia. O Brasil terá a maior delegação entre os participantes, sendo 58 bispos da região amazônica, além de outros nomes na cúpula do encontro como o cardeal brasileiro dom Claudio Hummes que é o relator geral do sínodo. O presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Walmor Oliveira também participará. O pontífice convidou cientistas, nomes ligados à Organização das Nações Unidas (ONU), representantes de igrejas evangélicas, de ONGs e povos indígenas A previsão é de mais de 250 participantes.

Significado e história – Etimologicamente, a palavra “sínodo” deriva dos termos gregos “syn” (que significa com, em conjunto) y “odos” (que significa caminho), expressando a ideia de caminhar juntos. O Sínodo dos Bispos pode ser definido, em termos gerais, como uma assembleia de Bispos que representa o episcopado de todo o mundo e tem como tarefa ajudar o Papa no governo da Igreja, com o seu conselho, para procurar soluções pastorais que tenham validade e aplicação universal. É, portanto, um organismo consultivo e não deliberativo.

Mais de 40 anos depois da sua criação, por Paulo VI (15.09.1965), a experiência sinodal caminha para a sua XII assembleia ordinária, a que se junta duas assembleias extraordinárias e oito especiais. Esta instituição permanente nasceu como resposta aos anseios dos padres do II Concílio do Vaticano, como forma de manter vivo o espírito de colegialidade nascido na experiência conciliar. Ainda Arcebispo de Milão, Paulo VI foi um dos principais motores da ideia de uma “contínua colaboração do episcopado”. Já como Papa, no discurso inaugural da última sessão do Concílio (14.09.1965), tornou pública a sua intenção de instituir o Sínodo dos Bispos.

A finalidade de cada assembleia sinodal é a de viver uma experiência de colegialidade entre o episcopado e o Papa.  Após a realização do Sínodo, é prerrogativa do Papa decidir se pública ou não uma exortação apostólica a partir das reflexões. Depois da última edição de um sínodo, de 03 a 28/10/2018, em Roma, cujo tema foi: “Os jovens, a fé e o discernimento vocacional”, o papa publicou a exortação apostólica “Christus Vivit” dirigida aos jovens e à Igreja no mundo.

Fonte:

www.cnbb.org.br

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https://observatoriodaevangelizacao.com/domingo-dia-6-tem-inicio-a-assembleia-especial-do-sinodo-para-a-pan-amazonia/feed/ 2 32068
40 dias pelo Rio: Navegando juntos a boa nova de Deus a caminho do Sínodo Amazônico – 32º dia https://observatoriodaevangelizacao.com/40-dias-pelo-rio-navegando-juntos-a-boa-nova-de-deus-a-caminho-do-sinodo-amazonico-32o-dia/ Thu, 03 Oct 2019 23:00:10 +0000 https://observatoriodaevangelizacao.wordpress.com/?p=32059 [Leia mais...]]]>

Dia 32 de Navegação – 27 de Setembro

Petição permanente para o Sínodo Amazônico no início de cada dia

Que o Deus da vida e da beleza, o Espírito Santo que nos impulsiona para mais fraternidade, unidade e dignidade, o Cristo encarnado da Boa Nova, da inculturação e da interculturalidade nos proporcionem serenidade, discernimento e coragem para encontrar novos caminhos para a Igreja e para uma ecologia integral neste Sínodo Amazônico. Tudo isso para o bem e a vida de seus povos e comunidades, e para caminhar mais juntos pelo Reino”.

Medite por alguns momentos neste pedido inicial, busque a calma interior para entrar neste momento para navegar pelas águas da Amazônia e a vida da Igreja a serviço de seus povos e comunidades, e para ouvir o chamado de Deus através de sua palavra viva.

Leitura do dia

(Cada um e cada uma são convidados a aprofundar a leitura completa de acordo com suas próprias necessidades e critérios)

Jesus estava orando, a sós, e os discípulos estavam com ele. Então, perguntou-lhes: “Quem dizem as multidões que eu sou?” 19 Eles responderam: “Uns dizem que és João Batista; outros, que és Elias; outros ainda acham que algum dos antigos profetas ressuscitou”. 20 Mas Jesus perguntou: “E vós, quem dizeis que eu sou?” Pedro respondeu: “O Cristo de Deus”. 21 Mas ele advertiu-os para que não contassem isso a ninguém. 22 E explicou: “É necessário o Filho do Homem sofrer muito e ser rejeitado pelos anciãos, sumos sacerdotes e escribas, ser morto e, no terceiro dia, ressuscitar”. Lucas 9, 18-22

Reflexão sob a perspectiva do Sínodo Amazônico

Jesus sabe que sua vida, suas opções, respondendo ao chamado de seu Pai, e seu próprio ser o levariam a ser rejeitado e perseguido. Ele assume seu destino dizendo que será rejeitado pelas autoridades e que será morto, mas que ressuscitará no terceiro dia. Somos chamados a seguir este homem, filho de Deus, que se encarnou, que viveu e como resultado de sua vida foi morto na cruz, mas a morte não teve nem tem a última palavra, porque ressuscitou. Na realidade amazônica de hoje, é essencial ver com os olhos da fé o que está acontecendo, confiando na nova vida que está por vir. Mas essa vida virá depois de muito sofrimento, como estamos vivendo hoje. O convite é permanecer ali ao lado daqueles que Jesus permaneceu. A questão é onde Jesus estaria hoje na Amazônia se ele estivesse aqui e com quem ele se sentaria à mesa e com quem ele passaria a vida? Isso é muito relevante. Precisamos olhar com os olhos de Jesus nesta Amazônia e reconhecê-lo onde Ele está vivo, agindo e chamando para segui-lo pelo bem da vida e da própria Igreja.

Contemplação

Contemplemos a imagem deste dia e tomemos um momento para reconhecer nossa própria vida e experiência na Igreja e ao serviço da Amazôniapara pedir luz nesta palavra de Deus em preparação para o Sínodo. Escrever meus pedidos particulares e permanecer neles durante este dia. Convidamos você a manter um registro de tudo o que o Espírito nos provoca como preparação interior para o Sínodo Amazônico.

Citação para fechar a meditação

Não sucumbam às tentativas de erradicar a fé católica de seus povos. Cada cultura e cada cosmovisão que recebe o Evangelho enriquece a Igreja com a visão de uma nova faceta do rosto de Cristo. A Igreja não é estranha a sua problemática e à suas vidas, não quer ser estranha ao seu modo de vida e organização. Precisamos que os povos originários moldem culturalmente as Igrejas locais da Amazônia.

(Papa Francisco. Encontro com os Povos da Amazônia. Puerto Maldonado 2018)

Fonte:

IHU

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40 dias pelo Rio: Navegando juntos a boa nova de Deus a caminho do Sínodo Amazônico – 31º dia https://observatoriodaevangelizacao.com/40-dias-pelo-rio-navegando-juntos-a-boa-nova-de-deus-a-caminho-do-sinodo-amazonico-31o-dia/ Thu, 03 Oct 2019 17:08:57 +0000 https://observatoriodaevangelizacao.wordpress.com/?p=32056 [Leia mais...]]]>

Dia 31 de Navegação – 26 de Setembro

Petição permanente para o Sínodo Amazônico no início de cada dia

Que o Deus da vida e da beleza, o Espírito Santo que nos impulsiona para mais fraternidade, unidade e dignidade, o Cristo encarnado da Boa Nova, da inculturação e da interculturalidade nos proporcionem serenidade, discernimento e coragem para encontrar novos caminhos para a Igreja e para uma ecologia integral neste Sínodo Amazônico. Tudo isso para o bem e a vida de seus povos e comunidades, e para caminhar mais juntos pelo Reino”.

Medite por alguns momentos neste pedido inicial, busque a calma interior para entrar neste momento para navegar pelas águas da Amazônia e a vida da Igreja a serviço de seus povos e comunidades, e para ouvir o chamado de Deus através de sua palavra viva. 

A Igreja se sente chamada a andar com o povo e a ser uma Igreja profética até que possamos tecer uma sociedade mais fraterna, justa e humana para todas e todos os filhos de Deus

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Leitura do dia

(Cada um e cada uma são convidados a aprofundar a leitura completa de acordo com suas próprias necessidades e critérios)

O rei Herodes ouviu falar de tudo o que estava acontecendo, e ficou confuso, porque alguns diziam que João Batista tinha ressuscitado dos mortos. Outros diziam que Elias tinha aparecido; outros ainda, que um dos antigos profetas tinha ressuscitado. Então Herodes disse: “Eu mandei cortar a cabeça de João… Quem será esse homem, sobre quem ouço falar estas coisas?” E procurava ver Jesus”. Lucas 9, 7-9.

Reflexão sob a perspectiva do Sínodo Amazônico

Nestes dias, em que sentimos especialmente a vulnerabilidade da Amazônia, a fragilidade de nossa vida diante da crise climática e, ao mesmo tempo, experimentamos como nunca a força do testemunho de esperança dos povos e comunidades que existem, resistem e defendem a vida, vemos como muitos membros da Igreja, e ela como instituição a serviço da vida, mesmo sendo questionada, apontada ou acusada, caminha com esses povos e comunidades seguindo o mandato de Jesus de estar lá com aqueles que foram jogados n beira do caminho sem fazer qualquer distinção. Que os Herodes de nossa época, que continuam a matar os profetas, por ação ou omissão, reconheçam a presença de Deus no meio dos filhos e filhas a quem são chamados para cuidar e precautelar. Que essa situação de confronto e polarização termine, para que surja uma verdadeira possibilidade de fraternidade. A Igreja se sente chamada a andar com o povo e a ser uma Igreja profética até que possamos tecer uma sociedade mais fraterna, justa e humana para todas e todos os filhos de Deus.

Contemplação

Contemplemos a imagem deste dia e tomemos um momento para reconhecer nossa própria vida e experiência na Igreja e ao serviço da Amazônia para pedir luz nesta palavra de Deus em preparação para o Sínodo. Escrever meus pedidos particulares e permanecer neles durante este dia. Convidamos você a manter um registro de tudo o que o Espírito nos provoca como preparação interior para o Sínodo Amazônico.

Citação para fechar a meditação

Ser Igreja na Amazônia de maneira realista significa levantar profeticamente o problema do poder, porque nesta região o povo não tem possibilidade de fazer valer seus direitos face às grandes corporações econômicas e instituições políticas. Atualmente, questionar o poder na defesa do território e dos direitos humanos significa arriscar a vida, abrindo um caminho de cruz e martírio.

(Instrumentum Laboris, 145)

Fonte:

IHU 

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Para acompanhar o Sínodo da Amazônia sem riscos de “fake news” utilize sites confiáveis. Confira nossas sugestões https://observatoriodaevangelizacao.com/para-acompanhar-o-sinodo-da-amazonia-sem-riscos-de-fake-news-utilize-sites-confiaveis-confira-nossas-sugestoes/ https://observatoriodaevangelizacao.com/para-acompanhar-o-sinodo-da-amazonia-sem-riscos-de-fake-news-utilize-sites-confiaveis-confira-nossas-sugestoes/#comments Wed, 02 Oct 2019 20:20:00 +0000 https://observatoriodaevangelizacao.wordpress.com/?p=32015 [Leia mais...]]]> O Sínodo da Amazônia começa no dia 06/10/2019 e vai até o dia 27/10/2019. O Observatório da Evangelização estará ligado e acompanhando de perto. Sugerimos que você utilize sites com informações confiáveis, pois vivemos tempos sombrios de pós-verdade, quando muitos maliciosamente espalham as chamadas fake news com o objetivo de desestabilizar e causar confusão na cabeça de muitos. Estes espalham informações falsas com roupagem de notícias sérias e alarmantes. Todo cuidado é pouco para não se deixar enganar. Na dúvida, entre em contato com a gente ou consulte os seguintes sites:

Estas são apenas algumas de nossas sugestões:

1. Acompanhe diretamente pelo site oficial criado pela equipe do papa Francisco:

2. Acompanhe pelo site da própria Rede Pam-Amazônica (REPAM) que está diretamente envolvida desde o início da convocação do Sínodo. Foi a REPAM que coordenou todo o trabalho de divulgação, preparação, conduziu o longo processo de escuta, elaborou o Instrumentum Laboris (Instrumento de Trabalho). A equipe está diretamente ligada ao papa Francisco:

3. Acompanhe pelo site da Conferência Episcopal dos Bispos do Brasil (CNBB). Trata-se do orgão oficial da Igreja Católica em nosso país e diretamente em comunhão com o papa Francisco:

4. Acompanhe conosco aqui no Observatório da Evangelização, pois, estaremos acompanhando de perto para trazer para você os passos dados, as reflexões, os debates, as reações e os desdobramentos do Sínodo da Amazônia:

5. Acompanhe pelo site do Instituto Humanitas (IHU) que vem prestando relevantes serviços apresentando uma boa análise de conjuntura sociopolítica, econômica, cultural e, sobretudo, eclesial, disponibilizando reflexões e análises nacionais e internacionais sobre os principais acontecimentos:

P.S. Há muitas outras fontes confiáveis. Estas são apenas algumas sugestões para você não “comprar gato por lebre” e ser enganado por falsos cristãos que não estão sintonizados ou abertos ao necessário processo de reforma da Igreja impulsionado pelo Concílio Vaticano II e retomado com vigor pelo papa Francisco ou por pessoas que querem defender seus interesses e manter seus privilégios na exploração da Amazônia.

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