Ronaldo Muñoz – Observatório de Evangelização https://observatoriodaevangelizacao.com Mon, 04 Nov 2019 10:00:00 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.5.4 https://i0.wp.com/observatoriodaevangelizacao.com/wp-content/uploads/2024/04/cropped-logo.png?fit=32%2C32&ssl=1 Ronaldo Muñoz – Observatório de Evangelização https://observatoriodaevangelizacao.com 32 32 232225030 “A Igreja que eu amo”, um poema profético da Igreja dos pobres de Ronaldo Muñoz https://observatoriodaevangelizacao.com/a-igreja-que-eu-amo/ Mon, 04 Nov 2019 10:00:00 +0000 https://observatoriodaevangelizacao.wordpress.com/?p=32945 [Leia mais...]]]> Um poema profético de amor à Igreja dos pobres e para os pobres elaborado pelo grande teólogo Ronaldo Muñoz, que há 10 anos nos deixou e partiu para a Casa do Pai.

Confira:

Pe. Ronaldo Muñoz, SS.CC. (1933-2009)

A IGREJA QUE EU AMO

Ronaldo Muñoz, SS. CC. (1933-2009)

Poucas catedrais de canto e ouro,
Muitas capelas de lama e tábua.

Poucos ricos treinados à indiferença,
Muitos pobres especialistas em paixão compartilhada.

Poucos letrados calculistas e prudentes,
Muitos simples que sabem de fé e de esperança.

Poucos doutores muito seguros de sua doutrina,
Muitas testemunhas que escutam de verdade.

Pouco poder de fariseus e clérigos carreiristas,
Muito serviço humilde aos irmãos mais pequeninos.

Poucos projetos com dólares e euros,
Muitos mutirões com suor e canto.

Poucas cerimônias em palácios e quartéis,
Muitas festas em aldeias e favelas.

Poucas bênçãos de armas, bancos e governos,
Muitas marchas em defesa da paz, justiça e liberdade.

Pouco temor ao Deus do castigo e da morte,
Muito respeito ao Deus do amor e da vida.

Pouco culto de costas para o povo
A Cristo Rei eterno nas alturas;

Muito amor e seguimento de Jesus, o de Maria,
Companheiro, Profeta, Filho do Pai.

Pouco, cada vez menos,
Muito, cada vez mais.

(Tradução feita por Edward Guimarães)

Veja, a seguir, a versão original do poema em espanhol:

LA IGLESIA QUE AMO

Ronaldo Muñoz, SS.CC. 1933-2009)

Pocas catedrales de canto y oro,
muchas capillas de barro y tabla.

Pocos ricos adiestrados a la indiferencia,
muchos pobres expertos en pasión compartida.

Pocos letrados calculadores y prudentes,
muchos sencillos que saben de fe y de esperanza.

Pocos doctores muy seguros de su doctrina,
muchos testigos que escuchan de verdad.

Poco poder de fariseos y sacerdotes de carrera,
mucho servicio humilde a los hermanos más pequeños.

Pocos proyectos de dólares y marcos,
muchas mingas de sudor y canto.

Pocas ceremonias en palacios y cuarteles,
muchas fiestas en aldeas y barrios marginales.

Pocas bendiciones de armas, bancos y gobiernos,
muchas marchas de paz, justicia y libertad.

Poco temor al Dios del castigo y de la muerte,
mucho respeto al Dios del amor y de la vida.

Poco culto de espaldas al pueblo
a Cristo rey eterno en las alturas;

Mucho amor y seguimiento a Jesús el de María,
Compañero, Profeta, Hijo del Padre.

Poco, cada vez menos,
mucho, cada vez más.

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