Projeto de Evangelização "Impulso de fé para uma primavera das pastorais sociais" – Observatório de Evangelização https://observatoriodaevangelizacao.com Fri, 26 Apr 2024 18:19:00 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.5.4 https://i0.wp.com/observatoriodaevangelizacao.com/wp-content/uploads/2024/04/cropped-logo.png?fit=32%2C32&ssl=1 Projeto de Evangelização "Impulso de fé para uma primavera das pastorais sociais" – Observatório de Evangelização https://observatoriodaevangelizacao.com 32 32 232225030 Você conhece a Pastoral de Rua da Arquidiocese de Belo Horizonte? https://observatoriodaevangelizacao.com/voce-conhece-a-pastoral-de-rua-da-arquidiocese-de-belo-horizonte/ Fri, 26 Apr 2024 12:09:09 +0000 https://observatoriodaevangelizacao.wordpress.com/?p=38913 [Leia mais...]]]> “Pois eu estava com fome, e me destes de comer; eu estava com sede, e me destes de beber; eu era forasteiro, e me recebestes em sua casa; estava nu e me vestistes; doente e cuidastes de mim; na prisão, e fostes visitar-me.”

Mateus 25, 35-36

“(…) a opção pelos pobres “envolve tanto à cooperação para resolver as causas estruturais da pobreza e promover o desenvolvimento integral dos pobres, como os gestos mais simples e diários de solidariedade para com as misérias muito concretas que encontramos” (EG, 188); passa não só pelos gestos pessoais e comunitários de solidariedade, mas também pela luta pela transformação das estruturas da sociedade.”

Prof. pe. Francisco de Aquino Júnior

 

Pastoral do Povo da Rua:  uma pastoral a serviço da vida!

A Pastoral de Rua da Arquidiocese de Belo Horizonte, criada em 1987, acontece em articulação com o Vicariato episcopal para ação social, política e ambiental – VEASPAM e com a Pastoral Nacional do Povo da Rua.

Sua missão? Ser presença libertadora e solidária junto à população em situação de rua e catadores de material reciclável, reconhecer os sinais de Deus presentes em sua história e desenvolver ações que transformem a situação de exclusão em projeto de vida para todos.

Em sua prática diária esta pastoral é comprometida com a educação para a cidadania, com a luta por direitos, contribuindo na inclusão social, promoção e respeito à dignidade de toda pessoa humana e na transformação da sociedade.

Rompendo com práticas assistencialistas e apostando no protagonismo, organização e promoção das pessoas, ao longo das últimas três décadas, a equipe da Pastoral de Rua vem incentivando e apoiando a mobilização de diferentes grupos para que conquistem seu espaço e lugar na sociedade. A organização dos catadores de material reciclável e da população em situação de rua, em torno da luta por direitos é uma das suas principais contribuições. Além disso, procura contribuir diretamente com a proposição, conquista e implementação de serviços públicos para que se tornem referência para a concretização de políticas públicas direcionadas para esse público em todo o nosso país.

 

 

O ideal humanitário de respeito às diferenças, de promoção da vida ameaçada e do protagonismo dos sujeitos de direitos orientam a ação cotidiana na relação de compromisso com a luta e organização desta população. Através de uma mística encarnada e profética, comprometida com a de defesa e promoção da vida. Enquanto uma Pastoral Social atua em articulação com a Pastoral Nacional do Povo da Rua e tem sua metodologia fundamentada nas seguintes dimensões:

  • Humana: Reconhecimento e respeito à dignidade;
  • Social: Metodologia que resgata o protagonismo, defende direitos constitucionais e promove projetos de inclusão;
  • Política: Denuncia os mecanismos de exclusão e morte e procura participar ativamente na proposição e na elaboração de políticas públicas;
  • Eclesial: Interlocução e sensibilização da Igreja com a realidade vivida nas ruas e promoção de espaço para vivência da mística cristã.

 

 

Nossos princípios estruturantes:

  1. Centralidade do reinado de Deus;
  2. Humanização da vida e das relações;
  3. Protagonismo do povo da rua e dos catadores de material reciclável;
  4. Participação na construção de projeto de sociedade: Mobilização e organização Social;
  5. Ecumenismo e diálogo inter-religioso;
  6. Construção de uma nova sociedade – civilização do bem viver e bem conviver.

 

 

Nossas diretrizes decisivas:

  1. Criar comunidades de fé e vida entre os catadores e a população em situação de rua;
  2. Fortalecer a organização e participação dos catadores e da população em situação de rua em vista à transformação social;
  3. Contribuir para elaboração e implementação de políticas públicas e exercer o controle social;
  4. Articular e sensibilizar a sociedade e a Igreja para a garantia dos direitos do povo da rua;
  5. Fortalecer a organicidade, identidade e a comunicação social da pastoral.

 

 

A Pastoral de Rua realiza suas atividades buscando promover o desenvolvimento de sociabilidades, na perspectiva de fortalecimento de vínculos interpessoais e/ou familiares que oportunizem a construção de novos projetos de vida e a superação da situação de vida nas ruas. O dinamismo de suas ações é desenvolvido a partir de metodologia participativa que torna possível reconstruir laços humanos e sociais e estruturar a luta efetiva por direitos sociais.

Atua na promoção e defesa de diretos por meio de diversas linhas de ação:

  • Humanização, cuidado e transformação:  a partir da acolhida, atendimento, rodas de conversas, oficinas, atividades diversas na Comunidade Amigos de Rua e realização de encaminhamentos sociais. Promove também formação, cultura do cuidado e vivência da mística e espiritualidade com o Povo da rua e com os agentes de pastoral;
  •  Ser presença no habitat e defesa de direitos humanos: visitas sistemáticas junto à população em situação de rua com escuta atenta e amiga, rodas de conversas, diagnóstico participativo, encaminhamentos sociais, apoio na defesa e garantia de direitos;
  • Apoio à organização e luta por moradia da população em situação de rua: por meio de apoio à “Associação de Luta por Moradia Para Todos”, à “Ocupação Anita Santos”, à “Ocupação Ir. Fortunata”, à articulação e mobilização política e, de modo especial, o acompanhamento de pessoas em processo de saída das ruas;
  • Ações articuladas: com universidades, colégios, ONG’s e da própria sociedade em geral, seja por meio da implementação de projetos, como os organizados pela extensão da PUC Minas, da Faculdade Arnaldo, mas também em parcerias com entidades e órgãos diversos de defesa de direitos, tais como a “Rede socioassistencial e políticas diversas”;
  • Mobilização social e incidência em espaços de controle social: apoio ao “Movimento Nacional do Povo da Rura – MNPR”, organização e participação no “Fórum Municipal e População de Rua”, participação no “Comitê Municipal de Assessoramento e Monitoramento da Política para as pessoas em situação de rua”, capacitação e apoio à pessoas em situação de rua para sua participação em conselhos de direitos, conferências, audiências, entre outros;
  • Apoio às iniciativas de geração de trabalho e renda: trabalho articulado com a Pastoral Nacional do Povo da Rua para o desenvolvimento do “Programa Empreendendo Vidas” que acontece a partir de grupos de Economia Solidária:  Cozinheiros de Rua, plantação, mãos seletas, operações e logística, industrianato;
  • Articulação pastoral/ eclesial: Com o Vicariato episcopal social, político e ambiental – Veaspam, da Arquidiocese de Belo Horizonte, e a Pastoral Nacional do Povo da Rua, concretizamos presença e apoio em grupos, comunidades, paróquias, foranias, regiões que atuam junto à pessoas em situação de rua.

 

Alguns resultados que celebramos:

  • Humanização da vida e das relações;
  • Protagonismo, aumento da autoestima e respeito pela própria vida e a do outro;
  • Criação de vínculos e identidades;
  • Transformação social pela conquista e garantia de direitos;
  • Conquista da cidadania;
  • Articulação e mobilização.

 

Mapa da presença da Igreja junto da população em situação de rua na arquidiocese de BH:

Atuação da Pastoral de Rua durante a pandemia:

Com o fechamento da cidade e de diversos serviços de atendimento à população em situação de rua, a equipe da Pastoral manteve atendimento diário de forma articulada com a equipe da Acolhida Solidária D. Luciano de Almeida, na sede do Vicariato episcopal social, político e ambiental. Ao longo desse período, o número de pessoas que procurou por atendimento aumentou significativamente.

Em vista de assegurar os cuidados necessários, orientações e normas sanitárias, inicialmente o acesso acontecia em pequenos grupos, mediante higienização das mãos e manutenção de distanciamento entre as pessoas, com entrega diária de lanche. Com o aumento dos casos da COVID-19 e a dificuldade de manter o distanciamento entre os atendidos definimos por suspender os atendimentos na comunidade e passamos a fazer de forma individual no espaço da Pastoral com escuta e atendimento de demandas diversas vinculadas à solicitação de informação à cerca do benefício emergencial, documentação, entre outros.

Desde o início da pandemia, a Pastoral, em conjunto com a Pastoral Nacional do Povo da Rua e Vicariato Episcopal para Ação Social, Ambiental e Político iniciou  uma nova  frente de ação  por meio da articulação e mobilização de órgãos de Defesa de direitos, serviços  públicos e entidades filantrópicas  no intuito de construir um plano de contingenciamento voltado para o atendimento à população em situação de Rua de Belo Horizonte.

Entre as quais destacamos:

  • Preparação e entregar de 4.000 refeições e lanche no primeiro final de semana de fechamento do comércio e serviços diversos (21 e 22/04/2020);
  • Criação de uma central para recebimento de doações na quadra do colégio Santo Antônio com recebimento e entrega de kits lanche, kits higiene, copos de água, cestas básicas e gêneros alimentícios diversos;
  • Articulação política junto ao legislativo, executivo, Ministério Público, entre outros;
  • Articulação de ais de 50 grupos de doação de alimentação com entrega de 115.818 marmitex.

As ações realizadas pela sociedade civil ganharam visibilidade e reconhecimento por parte de alguns grupos da iniciativa privada, como o Instituto Unibanco que em maio de 2020 iniciou contato com a equipe da Pastoral no intuito de viabilizar apoio financeiro, para fortalecer e ampliar ações desenvolvidas pela rede já articulada. Além de doações diversas de gêneros alimentícios, produtos de higiene, máscaras, água realizadas por pessoas diversas, setores da iniciativa privada e grupos diversos. O que culminou na criação de uma Frente Humanitária que ampliou e qualificou significativamente a capacidade de atendimento.

O escopo aprovado para implementação da Frente humanitária, em consonância com articulação política diversas possibilitou a estruturação e montagem de espaço físico na Serraria Souza Pinto, onde passou a funcionar o Canto da Rua Emergencial com os seguintes eixos de atendimento:

  • Direito à dignidade e saúde: Avaliação básica de saúde, orientações para cuidados e prevenção; distribuição de kits lanche na Serraria Souza Pinto; guarda volumes; banho; sanitários; lavagem e troca de roupas;
  •  Direito civil à assistência: Escuta e atendimento social; articulação e encaminhamento para rede sócio assistencial; atendimento a violações de direitos; apoio para acesso ao auxílio emergencial e aquisição de documentação;
  •  Direito à proteção, segurança e moradia: Distribuição kits inverno; hospedagem e acompanhamento a grupos de risco da população em situação de rua; distribuição de café da manhã – sábados e domingos em diversas regionais;
  • Direito ao trabalho e renda: Inclusão de trabalhadores com trajetória de rua na estrutura operacional da ação; promoção de grupos de economia solidária na estruturação; fomento do trabalho e renda nas hospedagens;
  •  Direito à informação: Registro e publicização das ações; geração de conteúdos sobre direitos da população em situação de rua; geração de conteúdos transversais às ações principais; visibilidade e interlocução institucional e gestão de chancelaria.

O atendimento no espaço da Serraria Souza Pinto iniciou em 13/06/20 com financiamento do Instituto Unibanco durante 3 meses e, posteriormente, assumido por mais três meses com aporte financeiro por parte da Secretaria Municipal de Assistência Social. O que foi possível, graças à visibilidade e importância que o espaço com todos os serviços ofertados passou a fazer no cotidiano da população em situação de rua.

Os números de atendimentos nos diversos serviços até a primeira quinzena de novembro são bastante expressivos.

  • Números de acessos na Serraria: 56.596;
  • Atendimento sócioassistencial: 8.620;
  • Atendimento de saúde: 634;
  • Ministério Público: 344;  
  • Defensoria pública: 430;
  • Centro de Defesa: 26;
  • Recivil: 383;
  • Distribuição de roupas: 8.961;
  • Lavanderia: 1.852;
  • Banhos e sanitários: 26.1280;  
  • Atendimento de Pets: 1.583,
  • Kit lanche: 79.400;
  • Distribuição de copos de água: 570.100;
  • Atendimento OdontoSesc: 824;
  • Entrega de 31.200 cafés da manhã nas diversas regionais da cidades;
  • Entrega de 1.500 kits invernos.
  • Como forma de assegurar local de proteção e cuidado, foram hospedadas 162 pessoas idosas e doentes em situação de rua.

Nesse tempo tudo foi e tem sido feito com uma intensidade inimaginável sem a força do Deus da da vida a nos impulsionar. Assim como o povo da rua, continuamos dispostas/os a prosseguirmos no caminho “(…)ameaçado de esperança, por mais que essa esperança possa ser ilutada.”  Caminhamos na teimosia dessa teia do encontro com o outro, que nos interpela como “Militantes da vida, pois vimos, viemos, sentimos, compadecemos e nos comprometemos com a luta e a labuta do povo da rua por uma vida digna com direitos assegurados”.

 

Para melhor conhecer o nosso trabalho de evangelização

Os interessados em acompanhar as atividades e participar da Pastoral da Rua pode encontrar mais informações da pastoral nos seguintes endereços eletrônicos:

 

Facebook:

www.facebook.com/Pastoral-de-Rua-BH

 

Instagram:

@pastoralderua1

 

E-mail:

pastoralrua@yahoo.com.br

 

Site da Pastoral Nacional do Povo da Rua:

https://pastoraldopovodarua.blogspot.com/

 

Endereço:

Rua Além Paraíba, 208 – CEP: 31210-120 – Lagoinha  – Belo Horizonte/ MG

Fones: (31) 3428-8366 / 3428-8002 / 988193052

  • Você gostaria de conhecer a Pastoral de Rua da Arquidiocese de Belo Horizonte?
  • Você já pensou em fazer parte de nossa Pastoral?

 

Sandra Regina de Sousa

Pastoral de Rua da Arquidiocese de Belo Horizonte

Claudenice Rodrigues

Pastoral de Rua da Arquidiocese de Belo Horizonte

Edward Neves Monteiro de Barros Guimarães

Membro da equipe do Observatório da Evangelização

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Você conhece a Pastoral do Menor da Arquidiocese de Belo Horizonte? https://observatoriodaevangelizacao.com/voce-conhece-a-pastoral-do-menor-da-arquidiocese-de-belo-horizonte/ Thu, 23 Sep 2021 21:48:26 +0000 https://observatoriodaevangelizacao.wordpress.com/?p=41435 [Leia mais...]]]>

Disse-lhes Jesus: ‘Dei­xai vir a mim estas criancinhas e não as impeçais, porque o Reino dos Céus é para aqueles que se lhes assemelham‘”.

Mateus 19, 14

Toda pastoral social nasce como resposta criativa de pessoas movidas pela fé, pessoas que acreditam na força do Evangelho e no projeto salvífico universal de Deus, diante de situações graves que ameaçam a vida e agridem a dignidade da pessoa humana. Situações que clamam por justiça, partilha fraterna e solidariedade humana.

Com a Pastoral do Menor não foi e não é diferente. Como aceitar passivamente “como algo normal” e conviver de forma tranquila com a realidade atroz de crianças, adolescentes e jovens em situação de fome e miséria, de vulnerabilidade social a sobreviver nas ruas de nossas cidades por abandono, maus-tratos, violência física, abuso sexual e negligência familiar, da sociedade civil e do Estado?

O objetivo maior da Pastoral do Menor é impedir que essa realidade continue a ser aceita como normal por nossa sociedade e a fazer tantas vítimas inocentes. Ela busca atuar de forma organizada e eficaz na promoção e defesa dos direitos da criança e do adolescente, especialmente a partir dos empobrecidos e em situação de risco social. 

Quem tem um mínimo de sensibilidade humanitária ficaria chocado e indignado com a realidade vivida pelas crianças, adolescentes e jovens pobres em nosso país. Como cristãos, sabemos que essa realidade de pecado social, resultante de uma sociedade profundamente injusta e desigual, clama aos céus. Os cristãos, como discípulos e discípulas de Jesus, não podem ser indiferentes diante de tais situações imorais, abjetas e ignóbeis em nosso meio. Isso contradiz de forma frontal ao Evangelho da justiça e da fraternidade, pois a gratuidade do amor de Deus por nós nos torna filhos e filhas e nos desafia a viver pautados pela justiça e pela fraternidade.

As origens da Pastoral do Menor

O nome dado à Pastoral vem da inspiração bíblica do livro de Marcos “Quem acolhe o menor, a mim acolhe” (Mc 9,37). A Pastoral do Menor é um organismo da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB, e nasceu em 1977, na cidade de São Paulo, por iniciativas acolhidas e impulsionadas por dom Luciano Mendes de Almeida, que profeticamente abraçou esta causa e conclamou a toda a Igreja a assumi-la como prioridade evangélica.

A Pastoral do Menor no dia 27 de agosto de 2021 celebrou os 44 anos de caminhada e luta em defesa da dignidade e dos direitos de crianças, adolescentes e jovens negados por nossa sociedade tão injusta e excludente. Como dizia dom Luciano, a serviço dos pequeninos do Reino. Uma história feita de muitos rostos, vozes, dons e serviços.

Cartaz da celebração dos 43 anos de caminhada da Pastoral do Menor – 27/08/2020

Que o exemplo de Dom Luciano Mendes, o que primeiro sonhou com este trabalho, continue a nos inspirar palavras e ações evangélicas e proféticas em defesa das crianças e adolescentes deste nosso chão. Atualmente, a Pastoral do Menor nacional tem a sua sede em Belo Horizonte .

Atuação e organização da Pastoral do Menor

A Pastoral do Menor hoje organiza suas ações a partir de quatro eixos estruturantes:

  • solidariedade;
  • justiça;
  • organização;
  • mística.

Conta com 39 escolas de cidadania, com 378 agentes atuando em 84 municípios brasileiros, com assistência a adolescentes que cumprem medida socioeducativas em 20 unidades de internação, em fóruns e conselhos de direitos e de políticas públicas. A pastoral também desenvolve um trabalho de formação continuada em 17 regionais da CNBB.

Entre suas bandeiras de luta podem ser mencionadas:

  • Postura contrária ao rebaixamento da idade penal no Brasil;
  • Posturas diversas contra o retrocesso das políticas públicas como o Jovens Aprendiz e nas medidas socioeducativas, garantidas pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

A Pastoral do Menor tem hoje a seguinte organização:

  • Coordenação nacional, eleita pelos próprios agentes, em assembleia que se realiza a cada três anos;
  • Coordenações regionais, correspondentes forma de organização da Igreja do Brasil pela própria CNBB;
  • Coordenações (arqui)diocesanas organizadas em cada Igreja particular.

Em âmbito nacional, a Pastoral do Menor tem como natureza jurídica a Associação Nacional da Pastoral do Menor – ANAPAMEN.

A Pastoral do Menor na Arquidiocese de Belo Horizonte

Na Arquidiocese de Belo Horizonte, a Pastoral do Menor foi criada por dom Serafim Fernandes de Araújo, em 1987, quando da realização da Campanha da Fraternidade deste ano, que tinha como lema “Quem acolhe o menor, a mim acolhe”. Este ano, de fato, é considerado um marco histórico da Pastoral, pois, foi quando ela começou a se organizar por todo o território brasileiro.

Campanha da Fraternidade 1987 Tema:Fraternidade e o Menor Lema:Quem acolhe  o menor, a mim acolhe | Cartaz, Fraternidade, Evangelho

Segundo Eny Lauriano, coordenadora arquidiocesana da Pastoral do Menor, a Pastoral trabalha em sintonia com os quatro eixos apresentados pela organização nacional. No entanto, a Pastoral sempre trabalhou com recursos próprios vindos do exterior, de convênios com a Prefeitura e da própria Arquidiocese de Belo Horizonte. Com o passar dos anos essa realidade foi se alterando e, com isso, a Pastoral foi diminuindo seu campo de atuação. Nisso, evidencia-se a necessidade de maior apoio material, além do apoio vindo dos próprios agentes de pastoral.

A importância da atuação da Pastoral do Menor pode ser reconhecida na sua atuação cotidiana:

Ela trabalha diretamente com a assistência religiosa, com visitas a três Centros socioeducativos de Belo Horizonte para adolescentes autores de atos infracionais que estão em regime de internação. Atua nas políticas públicas, participando de reuniões do Conselho Municipal de Belo Horizonte, do Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente, nos Fóruns de promoção e defesa dos direitos da criança e do adolescente”.

Eny Lauriano, coordenadora arquidiocesana da Pastoral do Menor

A Pastoral do Menor tem como missão a defensa de crianças e adolescentes que são vítimas de um sistema excludente que contribui para o empobrecimento de suas famílias. Nesse sentido, não nega as consequências que são dadas para os atos infracionais, pois muitos detentos do sistema socioeducativo cometeram crimes violentos como homicídio, mas quer ser uma via alternativa que os preparem para quando sairem do sistema socioeducativo. Nesta questão, somos iluminados pelos ensinamentos e e práticas de Jesus, que, como Bom Pastor, veio para todos, mas a partir dos últimos, dos excluídos, dos considerados impuros e pecadores.

É uma Pastoral preocupada com a mudança de mentalidade e de postura da nossa sociedade, com a transformação das estruturas e injustas e excludentes da sociedade, com o cuidado da dignidade de crianças, adolescentes e jovens e de ressocialização dos adolescentes e jovens que cumprem medidas socioeducativas. Em breve, eles estarão novamente fazendo parte do convívio na sociedade, sendo assim, a Pastoral do Menor trabalha para que esse convívio seja o melhor possível, humano, acolhedor, saudável.

A Pastoral do Menor, para cumprir a sua missão, precisa do apoio de todos os cristãos, pois juntos temos que ser sal e luz na sociedade e, particularmente, na vida das pessoas pobres, excluídas e vulneráveis. O apoio das instituições cristãs católicas e paróquias é decisiva para a implementação do Projeto Escola de Cidadania para adolescentes. Infelizmente, este trabalho foi interrompido pelas exigências sanitárias da pandemia, mas que deve ser uma causa abraçada por todos na Arquidiocese para que seja bem implementada e passe a realizar este importante serviço.

Para melhor conhecer o nosso trabalho de evangelização:

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  • Você gostaria de conhecer a Pastoral do Menor da Arquidiocese de Belo Horizonte?
  • Você já pensou em fazer parte de nossa Pastoral?

CONTATO:

Pastoral do Menor
Rua Além Paraíba, 208 – Bairro Lagoinha
31.210-120 – Belo Horizonte/MG
Informações: (31) 34238618
Fax: (31) 34216591

Eny Lauriano

Coordenadora arquidiocesana da Pastoral do Menor

Contato (31) 989793612

Paulo Vinícius Faria Pereira

Membro da equipe ampliada do Observatório da Evangelização

Edward Neves Monteiro de Barros Guimarães

Secretário Executivo do Observatório da Evangelização e

Coordenador do Projeto de Evangelização “Impulso de fé para uma primavera das pastorais sociais”

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Você conhece a Pastoral da Saúde da Arquidiocese de Belo Horizonte? https://observatoriodaevangelizacao.com/voce-conhece-a-pastoral-da-saude-da-arquidiocese-de-belo-horizonte/ Wed, 17 Mar 2021 20:32:47 +0000 https://observatoriodaevangelizacao.wordpress.com/?p=38881 [Leia mais...]]]> “Eu vim para que tenham vida, e a tenham em abundância”

João 10, 10

“O Senhor escolheu outros setenta e dois e enviou-os, dois a dois… E dizia-lhes… Em qualquer casa em que entrardes, dizei primeiro primeiro: ‘A paz esteja nesta casa!’… Curai os doentes que nela houver e dizei; ‘O Reino de Deus está próximo de vós’.

Lucas 10, 1-2.5.9

Registro de momento de oração – www.arquidiocesebh.org.br

A Pastoral da Saúde tem a pretensão de ser a ação humanizadora e evangelizadora da Igreja no universo da saúde, do sofrimento, da dor, causados pelos processos de adoecimento humano. Ela tem como motivação maior o envio de Jesus Cristo aos seus discípulos: “Ide e curai”. Curar aqui entendido como visitar, acompanhar, escutar, consolar, acolher e cuidar, enquanto desdobramento da ação concreta da pastoral da saúde. A Pastoral da Saúde desenvolve um serviço à vida, promovendo o bem-estar a partir do anúncio do Evangelho de Jesus Cristo. Seus agentes procuram testemunhar a opção preferencial da Igreja pelos pobres e enfermos.

Uma espiritualidade fecunda

O bom samaritano – Imagem disponível de autor desconhecido

Quando pensamos na vida em abundância, na plenitude da vida, pensamos de modo quase imediato na condição saudável do ser humano. Essa forma de pensar o bem-estar pleno do ser humano está de acordo com a definição de saúde feita pela Organização Mundial da Saúde (OMS), em 1946, segundo a qual a saúde não pode ser pensada apenas como a ausência da doença, mas “como um estado de completo bem-estar físico, mental e social”.

A Pastoral da Saúde surge do cultivo da espiritualidade de Jesus da intimidade com Deus Pai e de busca de fidelidade ao Reino. É o que sustenta aqueles que se dispõe a participar e concretizar a Pastoral da Saúde. Trata-se de uma espiritualidade que pode ser percebida de forma encarnada na figura do bom samaritano, que aparece na parábola narrada por Jesus (Lucas 10, 25-37). O papa Francisco explicita esta espiritualidade samaritana no capítulo II de sua recente Encíclica Social Fratelli Tutti, sobre a fraternidade e amizade social.

A Pastoral da saúde nasce da contemplação do Evangelho, do modo de ser da pessoa de Jesus; da sintonia com aquela atitude solícita do Bom Pastor que cuida, de forma terna e solícita, de suas ovelhas; da comunhão com o projeto salvífico de Deus que se revela nos ensinamentos e atitudes de Jesus.

Implica, portanto, da parte de quem assume este importante serviço fraterno-sororal, o cultivo da centralidade da compaixão e do amor ao próximo. Esta centralidade provoca a postura de generosidade, de atenção e cuidado para com o que encontra-se doente, com o que sofre.

Essa delicadeza, atenção zelosa e cuidado generoso que geralmente acontece no seio de tantas famílias e comunidades, com a graça de Deus e a força do Espírito Santo, fez nascer a Pastoral da Saúde. É, portanto, uma pastoral que se alimenta da Palavra de Deus, da contemplação da ação terapêutica de Jesus Cristo em sua missão do Reino de Deus que, com solicitude e dedicação, procurava devolver a saúde e a dignidade aos que se encontram marginalizados, excluídos da mesas da dignidade dos filhos e filhas de Deus.


Reunião com as/os coordenadoras/es dos grupos de Pastoral da Saúde da Arquidiocese de Belo Horizonte – 2018

Um pouco das origens históricas da Pastoral da Saúde

Como o bom samaritano que acolhe o ferido caído na estrada (Lc 10, 25-37), a Igreja tem como missão ser fiel a sua missão. Muito antes do surgimento da Pastoral da Saúde, em sua busca de fidelidade a Jesus Cristo, a Igreja já vinha procurando acolher o chamado do Evangelho de colocar-se a serviço da vida.

Nas origens do cristianismo, surgiram os hospitales, centros de acolhida para acomodar e cuidar dos desamparados e enfermos. Uma espécie de refúgio para os pobres, onde era visível a prática do mandamento do amor ao próximo, da virtude da caridade cristã. Depois, diante das enormes necessidades e urgências, esta experiência foi se espalhando por toda parte e ganhando seguidores empenhados em fazer a caridade.

Na Idade Média, a Igreja cria os hospitais, para atender os mais diversos tipos de desamparados:

  • o syndochium, para abrigar pobres e peregrinos;
  • o procotrophium, onde se dava de comer;
  • o gerontocomium, para acolher os idosos;
  • o orphanotrophium para abrigar os órfãos;
  • e o brephotropium para dar de comer as crianças e demais necessitados.

No Brasil, a Pastoral da Saúde se inicia em São Paulo no ano de 1922, com os religiosos camilianos, como uma forma de assistência aos enfermos. Três religiosos apresentaram a proposta de servir aos doentes para um grupo de jovens e, desse modo, iniciaram a Pastoral do Enfermo.

Em 1986, a Pastoral do Enfermo foi reconhecida pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, a CNBB, passando a ser denominada como Pastoral da Saúde.

A Pastoral da Saúde na Arquidiocese de Belo Horizonte

Encontro de formação para agentes de Pastoral da Saúde na Arquidiocese de Belo Horizonte – 2018

Na Arquidiocese de Belo Horizonte, seu nascimento, enquanto pastoral, se deu já com dom Walmor Oliveira de Azevedo, no ano de 2008, mas o seu embrião começou um pouco antes, no ano de 2002 com as visitas feitas por voluntários no Hospital Madre Tereza.

A primeira equipe de voluntários contava com 14 pessoas e hoje já ultrapassa o número de 40 pessoas. No entanto, não devemos ignorar ou esquecer que, em muitos lugares, comunidades e paróquias, os ministros da Eucaristia desenvolvem um verdadeiro ministério de visitas aos doentes quando vão aos lares levar a Comunhão.

Segundo os dados do Vicariato para Ação Social, Política e Ambiental da Arquidiocese de Belo Horizonte (VEASPAM), “foi constatado por meio de pesquisas que a Pastoral da Saúde traz benefícios aos pacientes internados. As constatações foram feitas devido à eficácia nos serviços prestados pela Pastoral da Saúde nos programas de humanização PROHUMA e HUMANIZASUS, ambos do Ministério da Saúde”. O segredo do seu reconhecimento é que cada agente de pastoral busca servir e cuidar do próprio Cristo encontrando em cada pessoa que sofre.

A Pastoral da Saúde tem o compromisso de promover, cuidar, defender e celebrar a vida, tornando presente no mundo de hoje a ação libertadora de Cristo na área da saúde. O trabalho evangelizador da Pastoral da Saúde está voltado para a ação libertadora em Jesus. Como base, são utilizadas três dimensões:

  • Dimensão solidária – vivência e presença samaritana junto aos doentes e sofredores nas instituições de saúde, nas famílias, nas comunidades com portadores do vírus HIV, portadores de necessidades especiais, dependentes químicos etc. Visa, desse modo, atender a pessoa, integralmente, nas dimensões física, psíquica, social e espiritual;
  • Dimensão comunitária – visa à promoção e educação para a saúde, relaciona-se com saúde pública e saneamento básico, atuando na prevenção de doenças. Procura valorizar o conhecimento, a sabedoria e a religiosidade popular em relação à saúde;
  • Dimensão político-institucional – atua junto aos órgãos e instituições públicas e privadas que prestam serviço e formam profissionais na área de saúde. Zela para que haja reflexão bioética, formação ética e políticas públicas de saúde sadias.

Orientações da Pastoral da Saúde no contexto da pandemia de COVID – 19:

  • Sejam suspensas as atividades de visita a hospitais, asilos, creches, domicílios etc.;
  • Sejam suspensos todos os eventos de formação, congressos, encontros etc.;
  • Sejam suspensas as atividades tais como: Dia da Saúde, Roda de Conversa, Ações Comunitárias, atendimentos, em âmbito pastoral, realizados por médicos, dentistas, enfermeiros etc.;
  • Em atenção ao teor do cânon 998 do Código de Direito Canônico, seja garantida aos enfermos a devida atenção, assistência e conforto religioso por parte dos sacerdotes mediante a recepção do Sacramento da Unção dos Enfermos;
  • Que a Sagrada Comunhão seja dada só em uma espécie e preferencialmente na mão, excetuando-se os casos impossibilidade física.
https://www.youtube.com/watch?v=nKZixQl79TE

Para melhor conhecer o nosso trabalho de evangelização

Os interessados em acompanhar as atividades e participar da Pastoral da Saúde pode encontrar mais informações da pastoral nos seguintes endereços eletrônicos:

http://pastoraldasaudecnbb.com.br/

Endereço:

Rua Além Paraíba, 208 – Lagoinha – BH – MG

Telefone: 3428-8046

E-mail: pastoralsaudebh@gmail.com

A Pastoral da Saúde tem como meta implementar e atuar em todos os hospitais localizados na Arquidiocese de Belo Horizonte. Para isso um dia se concretizar precisará de muitos voluntários que se dispõem a ajudar.

  • Você gostaria de conhecer a Pastoral da Saúde de Arquidiocese de Belo Horizonte?
  • Você já pensou em fazer parte de nossa Pastoral?

Pe. Gildésio da Paixão Batista

Coordenador da Pastoral da Saúde na Arquidiocese de Belo Horizonte

Paulo Vinícius Faria Pereira

Membro da equipe ampliada do Observatório da Evangelização

Edward Neves Monteiro de Barros Guimarães

Secretário Executivo do Observatório da Evangelização e

Coordenador do Projeto de Evangelização “Impulso de fé para uma primavera das pastorais sociais”

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Você conhece a Associação “Projeto Vida – Vida Projeto” que atua na Arquidiocese de Belo HOrizonte? https://observatoriodaevangelizacao.com/voce-conhece-a-associacao-projeto-vida-vida-projeto-presente-na-arquidiocese-de-belo-horizonte/ Fri, 27 Nov 2020 01:39:52 +0000 https://observatoriodaevangelizacao.wordpress.com/?p=36861 [Leia mais...]]]>

“O Senhor me deu o seu Espírito, pois Ele me escolheu para levar boas notícias aos pobres. Ele me enviou para animar os aflitos; para anunciar a libertação aos escravos e livrar os oprimidos de suas cadeias. Ele me enviou para consolar os que choram; para dar-lhes uma coroa de alegria, em vez de tristeza; um perfume de felicidade, em vez de lágrimas e roupas de festa, em vez de luto”

Isaias 61, 1-3

A experiência cristã provoca o crescimento na fé, na esperança e suscita aquela paz inquieta de Jesus que nos faz criativos no amar e no se colocar a serviço da vida e da dignidade das pessoas. A Associação Projeto Vida – Vida Projeto brotou da experiência de fé inquieta e missionária da Irmã Maria do Carmo de Paiva e de outras pessoas que a ela deu as mãos. Nascida em meados do ano de 2014, interpelada pela busca de resposta aos desafios de uma sociedade marcada pela profunda desigualdade social, ela foi ao encontro das pessoas pobres e lutadoras que trabalham nas ruas de Belo Horizonte, tornando-se assim presença solidária junto aos trabalhadores e trabalhadoras da economia informal, em especial os vendedores ambulantes e os catadores de material reciclável não associados a cooperativas.

Apresentação do Projeto Vida – Vida Projeto

A Associação encontrou no seio da comunidade de Nossa Senhora da Conceição, no bairro da Lagoinha, um terreno fértil para fincar suas raizes. Ela foi regada pelo amparo da Arquidiocese de Belo Horizonte, presente desde o seu primeiro momento.

A Associação Projeto Vida – Vida Projeto, associação sem fins lucrativos e com estatuto próprio, foi convidada a participar do grupo das pastorais sociais da Arquidiocese de Belo Horizonte. Ela se configura como uma experiência de inserção missionária urbana. Desse modo, está em plena consonância com o magistério do papa Francisco na exortação apostólica Evangelii Gaudium (A Alegria do Evangelho), que desperta a necessidade de construirmos uma igreja pobre e para os pobres, samaritana, de portas abertas, verdadeiro hospital de campanha no cuidado com a vida e em saída missionária ao encontro das pessoas.

A ação missionária da Associação “Projeto Vida – Vida Projeto” é um ponto de partida de irmãs e irmãos de fé e boa vontade que vão ao encontro de trabalhadoras e trabalhadores da economia informal: jovens, adultos, idosos e crianças que, por não terem uma vaga nas creches ou alguém que lhes preste os cuidados necessários, acompanham os seus pais ou avós; Enfim, pessoas de todas as idades, pobres e vítimas da invisibilidade social, mas que lutam com perseverança por uma vida digna e abundante, tal como na mensagem de Jesus registrada no evangelho de João: “Eu vim para que todos tenham vida e vida em abundância” (Jo 10,10).

A ação permanente do Projeto Vida se concretiza em três frentes de luta:

  1. Defender o direito de trabalhar na rua, de maneira regulamentada e organizada;
  2. Oferecer cursos de capacitação para facilitar um trabalho formal ou pequenos empreendimentos individuais;
  3. Desenvolver e apoiar empreendimentos de economia solidária.

O Cristo na face dos trabalhadores de rua

“Meu Pai trabalha sempre e eu também trabalho” – Jo 5, 17.

A atual situação de grave crise sociopolítica e econômica que o Brasil vive, desde 2016, exige respostas novas para o acompanhamento dos pobres e excluídos em suas lutas pela vida e pela conquista de seus direitos de cidadão. Mais do que isso, exige uma ação transformadora, iluminada pela mensagem amorosa, libertadora e revolucionária do Evangelho de Jesus.

Em nossa sociedade contemporânea, marcada em grande parte pelo individualismo e a indiferença social, pela competitividade e pelo apego aos bens materiais, pouca atenção é dada, infelizmente, para a angústia de não ter um salário fixo e nem mesmo o direito de trabalhar na rua. Quase nenhuma atenção é dada ao sofrimento e ao desespero de um pai ou de uma mãe, que, ao perderem o pouco que conseguiram comprar para revender, apreendido pela fiscalização, não tem como alimentar seus filhos e manter a dignidade de sua família. O código de postura de muitas cidades, inclusive o de Belo Horizonte, proíbe o trabalho na rua. No entanto, não oferece outras alternativas para a inclusão social e a garantia de todos ao acesso da cidadania.

Esta é a realidade dos trabalhadores e trabalhadoras de rua assistidos pelo grupo de voluntários da Associação “Projeto Vida – Vida Projeto”, que em grande parcela são pessoas com pequenas deficiências físicas ou cognitivas, idade avançada, doenças e outras situações de vulnerabilidade, como por exemplo a dura realidade do analfabetismo e a extrema dificuldade de conseguirem se capacitar para um emprego formal de qualquer natureza.

Nenhum trabalhador sem emprego

Casa José e Maria

“Ide também vós trabalhar na minha Vinha” – Mt 20,7.

A Associação “Projeto Vida – Vida Projeto”, atualmente presidida por Jarbas Arêdes e dirigida por Maria do Carmo de Paiva, mantem a Casa José e Maria, um espaço de acolhida, espiritualidade, convivência fraterna e capacitação, onde são realizadas diversas atividades, dentre elas, a realização de oficinas, orações comunitárias, orientações, descanso e diálogo.

No último sábado de cada mês é realizado uma tarde de encontro entre trabalhadores e trabalhadoras, voluntários e voluntárias e algumas pessoas amigas. Neste dia especial, todos podem experimentar tempos fortes de oração, de partilha dos problemas, busca de soluções e compartilhar um lanche, o que está estreitamente afinado com a mensagem da “cultura do encontro” do papa Francisco que em sua homilia do dia 13 de setembro de 2016 na capela da Casa Santa Mônica, pediu para trabalharmos para a construção de uma verdadeira cultura do encontro, que vença a cultura da indiferença.

Os voluntários e voluntárias da associação buscam atender a cada pessoa em sua situação concreta e, quando é o caso, realizam-se encaminhamentos junto às instituições e órgãos públicos, buscando a solução das demandas apresentadas, construindo portanto um fecundo ambiente de solidariedade e partilha gratuita, de recursos materiais, financeiros, de tempo e de trabalho, de diálogo e amor solidário.

Ir. Maria do Carmo de Paiva, convidando para 2ª feijoada beneficente do Projeto Vida – Vida Projeto em 2019.

Em uma audiência pública realizada em agosto de 2019 pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais para discutir o chamamento público para o exercício de atividades comerciais com veículos de tração humana, o Projeto Vida-Vida Projeto pediu que a Prefeitura de Belo Horizonte revisasse os seus dados, aumentasse o número de vagas para os ambulantes, regulamentasse a atividade e discutisse de forma efetiva com os próprios trabalhadores e trabalhadoras, as necessidades deles. Confira abaixo um exemplo de apoio a luta dos trabalhadores e trabalhadoras:

Solidariedade e ação

“Consolai, consolai o meu povo” – Is 40, 1.

Apesar de todos os desafios deste ano de 2020, dentre eles o da pandemia da Covid-19, a Associação “Projeto Vida – Vida Projeto”, não parou as suas atividades, pelo contrário, deu continuidade à sua missão e obteve conquistas importantes para a sua ação missionária de luta e defesa dos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras de rua, das quais destacam-se a aquisição e habilitação de cinco carrinhos de empurrar para os primeiros sorteados na Jornada Produtiva da Prefeitura de Belo Horizonte, a oferta de cestas básicas, máscaras e kits de higiene para 30 famílias entre os meses de março a dezembro, ajudas financeiras e a presença solidária em situações mais urgentes de saúde e cuidado.

Para melhor conhecer o nosso trabalho de evangelização

Os interessados em acompanhar as atividades e participar da Associação “Projeto Vida – Vida Projeto” pode encontrar mais informações de nossa Associação no:

Visite-nos no facebook: https://www.facebook.com/projetovidavidaprojeto

Endereço:

Rua Adalberto Ferraz, 31 Lagoinha

Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil

  • Você gostaria de conhecer mais de perto a Associação Projeto Vida – Vida Projeto, que atua na Arquidiocese de Belo Horizonte?
  • Você já pensou em fazer parte deste projeto solidário?

Jarbas Arêdes e Maria do Carmo de Paiva

Representantes da Associação “Projeto Vida-Vida Projeto”

Glaucon Durães da Silva Santos

Membro da equipe ampliada do Observatório da Evangelização PUC Minas

Edward Neves Monteiro de Barros Guimarães

Secretário Executivo do Observatório da Evangelização e

Coordenador do Projeto de Evangelização “Impulso de fé para uma primavera das pastorais sociais”

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Você conhece a Pastoral da Sobriedade da Arquidiocese de Belo Horizonte? https://observatoriodaevangelizacao.com/voce-conhece-a-pastoral-da-sobriedade-da-arquidiocese-de-belo-horizonte/ Thu, 26 Nov 2020 05:34:15 +0000 https://observatoriodaevangelizacao.wordpress.com/?p=36832 [Leia mais...]]]>

“É para a liberdade que Cristo nos libertou. Ficai firmes e não vos deixeis amarrar de novo ao jugo da escravidão.”

Gálatas 5, 1

“…estejamos sóbrios e revestidos com a couraça da fé e do amor, tendo a esperança da salvação como capacete.”

1 Tessalonicenses 5, 8

Tendo diante de nós a beleza da liberdade cristã, sermos libertados, pela graça de Deus em Jesus Cristo, para a prática do amor e da justiça, somos interpelados pelo sofrimento de tantas famílias por causa da triste realidade da dependência de um ou mais de seus membros. A Pastoral da Sobriedade nasce da busca de reposta diante desta difícil realidade social.

A Pastoral da Sobriedade é uma ação concreta da Igreja Católica que evangeliza pela busca da sobriedade como modo de vida, procurando tratar toda e qualquer forma de dependência. Ela vai além da dependência química. Pela Terapia do Amor procura libertar as pessoas de todo e qualquer tipo de dependência. Ela propõe mudança, valoriza a pessoa humana e vem para resgatar e reinserir os excluídos. Enfrenta de maneira real o problema da exclusão social, da miséria e da violência.

A caminhada da Pastoral da Sobriedade iniciou-se no Brasil no ano de 1998, com dom Irineu Danelon. O ano de 2001 pode ser considerado como o marco inicial da Pastoral da Sobriedade na Arquidiocese de Belo Horizonte, quando fomos provocados pela Campanha da Fraternidade, que tinha como tema “Vida sim, drogas não”. Em 22/03/2003 foi realizado o primeiro encontro arquidiocesano da Pastoral da Sobriedade em Belo Horizonte, com a presença do então bispo auxiliar dom Décio Zandonaide, no centro pastoral, à Rua Além Paraíba, 208, Lagoinha.

Desde então sucessivas coordenações vêm implementando trabalhos pastorais em uma ou mais das cinco frentes de atuação, a saber:

  • prevenção;
  • intervenção;
  • reinserção familiar e social;
  • atuação política;
  • recuperação.

Há diversas formas de dependência, desde substâncias psicoativas (álcool, drogas, remédios), passando-se pelas dependências emocionais até a mais recente forma de dependência, a tecnológica, que inclui o “uso abusivo” da internet, redes sociais, celulares e jogos.

As múltiplas dependências são tratadas a partir da vivência do Programa de Vida Nova à luz da PEDAGOGIA DOS DOZE PASSOS para a sobriedade cristã, sendo eles: admitir, confiar,

  • admitir;
  • confiar;
  • entregar;
  • arrepender-se;
  • confessar;
  • renascer;
  • reparar;
  • professar a fé;
  • orar e vigiar;
  • 10º servir;
  • 11º celebrar;
  • 12º festejar.

O objetivo geral da Pastoral da Sobriedade é prevenir e recuperar da dependência química e outras dependências e a sua missão é evangelizar, apresentando o amor incondicional, gratuito e misericordioso do Pai, anunciando Jesus Cristo Libertador através do serviço, do diálogo e do testemunho de comunhão fraterna, integrando fé e vida e promovendo a dignidade da pessoa e da família, contribuindo para a construção de uma sociedade justa, solidária.

Um dos desafios da Pastoral da Sobriedade é o de implantar o Grupo de Auto-Ajuda nas paróquias. Tais grupos reúnem-se semanalmente para a vivência do passo da semana, que está fundamentado na Palavra de Deus e na pedagogia de Jesus Cristo libertador.

Os três primeiros grupos de autoajuda cadastrados na Arquidiocese de Belo Horizonte foram os grupos das seguintes paróquias:

  • Paróquia Coração Eucarístico de Jesus, na forania São Francisco das Chagas (25/08/2003);
  • Paróquia Nossa Senhora de Nazaré, forania Senhor Bom Jesus (25/08/2003);
  • Paróquia Santa Mônica, forania Santo Antônio de Venda Nova (10/01/2004).

A Pastoral da Sobriedade está ligada ao VEASPAM (Vicariato Episcopal para a ação social, política e ambiental), no bairro Lagoinha. Faz encaminhamentos de dependentes para tratamento em casas de recuperação, que atualmente, ao lado dos vários atendimentos prestados nas paróquias, é a maior demanda pastoral. Existe uma relação de casas de acolhimento de dependentes neste sentido.

Muitas coordenações contribuíram para a existência da Pastoral da Sobriedade na Arquidiocese de Belo Horizonte, dentre elas: Maria José Diniz, Maria Delza Magaldi, Maria Solene Garboci, Maria das Dores Carvalho e Maria do Carmo Ferreira de Souza.

A atual coordenadora arquidiocesana da Pastoral da Sobriedade é a senhora Vilma Miranda Saraiva, eleita em 23 de fevereiro de 2019 para a função. A reunião de eleição contou com a participação de 17 coordenadores paroquiais, bem como a presença da então coordenadora Maria do Carmo Ferreira de Souza e do então Assessor Eclesiástico da Pastoral, o padre Pedro José dos Santos.

A partir de então, novos membros foram incluídos na equipe de coordenação, contando hoje com as valiosas contribuições: do padre José Geraldo de Souza, atual assessor eclesiástico, e de dois colaboradores, o padre Frei Inácio José, da paróquia Nossa Senhora das Mercês, em Ibirité, e o padre Rogério Eustáquio Fernandes, da paróquia São Francisco de Assis, no bairro São Francisco, em Belo Horizonte.

Várias ações vêm sendo desenvolvidas em vilas, favelas e aglomerados no âmbito da Arquidiocese de Belo Horizonte à luz do projeto de Evangelização Proclamar a Palavra. Ao todo são 27 grupos espalhados pelas regiões episcopais no intuito evangélico de fazer dos excluídos os preferidos.

A saudação dos membros da pastoral é “Sobriedade e Paz!”. Ao que se responde “Só por hoje, graças a Deus!”. A sobriedade é uma conquista de cada dia e para a vida toda e não depende apenas do esforço humano, que é necessário e importante, mas muito mais da graça de Deus, que realiza o milagre por meio da perseverança daquele que se entrega confiante nas mãos Dele e na vivência do programa de vida nova.

O que mais encanta na Pastoral da Sobriedade é a alegria do Evangelho, a alegria de fazer dos excluídos os preferidos por meio da união e da fraternidade.

Para melhor conhecer o nosso trabalho de evangelização

Rua Além Paraíba, 208 – Bairro Lagoinha
CEP.: 31.210-120 – Belo Horizonte/MG
Informações: (31) 3421-1447

  • Você gostaria de conhecer a Pastoral carcerária da Arquidiocese de Belo Horizonte?
  • Você já pensou em fazer parte de nossa Pastoral?

Vilma Miranda Saraiva (coordenadora Arquidiocesana) 

E-mail: mirandasaraiva@yahoo.com.br – (031) 98340-1390


Harrison Martins Saraiva (secretário da pastoral na Arquidiocese): 

E-mail: harrisonsaraiva1@yahoo.com.br (031)98435-7706

Edward Neves Monteiro de Barros Guimarães

Secretário Executivo do Observatório da Evangelização e

Coordenador do Projeto de Evangelização “Impulso de fé para uma primavera das pastorais sociais”

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Você conhece a Pastoral da Criança da Arquidiocese de Belo Horizonte? https://observatoriodaevangelizacao.com/voce-conhece-a-pastoral-da-crianca-da-arquidiocese-de-belo-horizonte/ Wed, 25 Nov 2020 01:48:35 +0000 https://observatoriodaevangelizacao.wordpress.com/?p=36741 [Leia mais...]]]>

“‘Em verdade vos digo, quem não receber o Reino de Deus como uma criança, não entrará nele!’. E abraçava as crianças e, impondo as mãos sobre elas, as abençoava.

Marcos 10, 15-16

Tocados pelo mistério singelo das crianças, totalmente dependentes de cuidado e afeto e interpelados eticamente pela experiência cristã, sempre atentos ao jeito de Jesus discernir a vontade de Deus, nosso Abbá (Paizinho) querido e revelar a presença do dinamismo libertador do Reino de Deus, diante da profunda desigualdade social e suas trágicas consequências para as famílias pobres e excluídas da mesa da cidadania, a Pastoral da Criança, por meio de lideranças comunitárias por ela treinadas e capacitadas, se desafia a cuidar e proteger a vida. E procura se aproximar das realidades sociais onde a vida se mostra muito vulnerável: a das mulheres pobres gestantes e das crianças nos seus primeiros anos de vida.

Quem somos

Trata-se de uma Pastoral social nascida da busca de resposta aos desafios da mortalidade infantil e da vulnerabilidade social das mulheres gestantes de famílias empobrecidas e agredidas pela exclusão social. Ela foi fundada em 1983, na cidade de Florestópolis, no Paraná, pela médica sanitarista e pediatra, dra. Zilda Arns Neumann, e pelo então Arcebispo de Londrina, hoje cardeal emérito, dom Geraldo Majella Agnelo.

Aos poucos, com a graça de Deus, a força solidária do voluntariado e o testemunho de um amor exigente que se faz cuidado criativo junto às crianças, as gestantes e suas famílias, a Pastoral da Criança foi crescendo, contagiando e e se espalhando. Hoje ela se faz presente, com grande capilaridade, em praticamente todos os estados brasileiros e em muitos outros países.

A Pastoral da Criança é, hoje, um organismo de ação social da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB. Ela alicerça sua atuação na organização da comunidade e no treinamento e capacitação de líderes comunitários voluntários que ali vivem e assumem a tarefa de orientar e acompanhar as famílias vizinhas em ações básicas de saúde, educação, nutrição e cidadania. Ela busca cuidar do “desenvolvimento integral das crianças, promovendo, em função delas, também suas famílias e comunidades, sem distinção de raça, cor, profissão, nacionalidade, sexo, credo religioso ou político” (Artigo 2º do Estatuto).

Nossa presença e atuação na Arquidiocese de Belo Horizonte

Aqui na Arquidiocese de Belo Horizonte, a Pastoral da Criança teve início cinco anos depois de sua fundação, em 1987, sob o impulso da coordenação da Irmã Esther Minguez Minguez e da força solidária de um voluntariado decidido a cuidar da vida. Em 1995, iniciou um grande processo de descentralização da Pastoral, quando cada região episcopal e suas foranias passaram a ter coordenação próprias. Em 2002, foi eleita a primeira coordenadora não religiosa, a leiga Ana Maria Andrade. A cada seis anos acontece eleição para escolha de nova coordenação. Atualmente a coordenadora arquidiocesana é a leiga Nelcina Maria Neto.

Durante estes 33 anos de presença atuante na Arquidiocese de Belo Horizonte concretizou rica caminhada com muito amor-cuidado-doação, muitas atividades, partilhas, capacitações de lideranças comunitárias, encontros celebrativos, parcerias, em tudo procurando atender, da melhor forma possível, as demandas sociais que foram surgindo.

Em Belo Horizonte, em 2019, aconteceu o encontro dos 35 anos de atuação da Pastoral da Criança em Minas Gerais.

Nossa missão

Eu vim para que (todas as crianças) tenham vida, e a tenham em abundância” (Cf. Jo 10, 10).

A missão da Pastoral da Criança é promover o desenvolvimento das crianças, à luz da evangélica opção preferencial pelos pobres, do ventre materno aos seis anos, por meio de orientações básicas de saúde, nutrição, educação e cidadania, fundamentadas na mística cristã que une fé e vida, contribuindo para que suas famílias e comunidades realizem sua própria transformação.

A metodologia utilizada procura contar com três momentos distintos de interação. Os/as agentes de pastoral ou líderes comunitários, previamente capacitados, fazem visitas mensais às gestantes e às famílias acompanhadas; há momentos de celebração da vida; e há uma reunião de avaliação em que os líderes se reúnem para partilhar, trocar ideias e avaliar o trabalho realizado, refletir e discernir novas ações diante das demandas sociais. 

Durante as visitas, os/as agentes da Pastoral da Criança orientam as mães, pais e familiares para acompanhar e cuidar do desenvolvimento da criança em cada etapa de vida. São analisados o desenvolvimento e aprendizagem das crianças, observados os sinais de risco à saúde e partilhadas informações sobre prevenção e tratamento de doenças. Também há avaliação nutricional, orientação sobre higiene, saúde bucal e imunização.

Nosso objetivo

Eu… terei alegria no meu povo.

Ali não mais se ouvirá o soluçar do choro nem o suspirar dos gemidos.

Não haverá ali crianças que só vivam alguns dias...” (Isaias 65, 19)

Tendo presente esta imagem do profeta Isaias do “Novo céu e da nova terra”, nós da Pastoral da Criança trabalharmos por um mundo sem mortes materno-infantis evitáveis e onde todas as crianças, mesmo as mais vulneráveis, viverão num ambiente favorável ao seu desenvolvimento.

Para avançamos passos na concretização deste sonho bonito, precisamos nos mobilizar, nos organizar e planejar juntos ações locais que enfrentam os desafios e urgências. Como diz a letra de uma canção de Zé Vicente, Eu quero ver, cantada no Ofício Divino das Comunidades: “Eu quero ver, eu quero ver acontecer. O sonho bom, sonho de muitos acontecer. Sonho, que se sonha só, pode ser pura ilusão. Sonho, que se sonha juntos, é sinal de solução.Então, vamos sonhar, companheiros, sonhar ligeiro, sonhar em mutirão.”

O que nos seduz…

O que mais encanta e aquece o coração na caminhada da Pastoral da Criança é a experiência do encontro fraterno, do estar nas periferias e junto com os pobres, partilhar a vida e colher sorrisos e amizades de quem experimenta ser acolhido, receber carinho, atenção e cuidado. É muito gratificante contemplar os resultados do trabalho pastoral, de modo especial, as crianças, com saúde e dignidade, brincarem de viver.

Quando a Pastoral iniciou seus trabalhos na Arquidiocese de Belo Horizonte, as estatísticas eram trágicas “morriam cerca de 120 crianças em cada mil nascidas vivas”. Mas, graças a Deus, com muito trabalho solidário voluntário e muitas parcerias para a concretização do amor-cuidado “esses números foram reduzidos para 20” (dados de 2019).

Grandes desafios…

Toda caminhada tem desafios que precisam ser discernidos, conhecidos e enfrentados… Eis alguns importantes em nossa Pastoral da Criança:

Em primeiro lugar, um trabalho como o da Pastoral da Criança só pode ser realizado com a generosidade de voluntários/as comprometidos/as com esta nobre causa, que vestem a camisa seja para assumir o serviço de ser um agente de pastoral, seja para concretizar o serviço de ser liderança local da pastoral nas comunidades onde as estão as demandas e os trabalhos acontecem.

Em segundo lugar, é preciso investimento, ou seja, haver recursos financeiros destinados para atender as diversas demandas, desafios e urgências que emergem das vidas vulneráveis em situação de exclusão e ausência do papel do estado. Por isso os agentes da Pastoral da Criança precisam de formação da consciência crítica sociopolítica, de aprender a celebrar parcerias e trabalhar em rede.

Em terceiro lugar, como se trata de um trabalho fundamentalmente eclesial voluntário, é preciso receber o apoio e o incentivo dos bispos, padres, diáconos, do leigos e leigas. Além disso, as lideranças precisam participar dos conselhos pastorais seja para apresentar as demandas, seja para conquistar o apoio de toda a comunidade de fé.

Para melhor conhecer o nosso trabalho de evangelização entre em contato conosco:

  • Bispo Presidente do Conselho Diretor: Dom Anuar Battisti
  • Coordenador Adjunto: Nelson Neumam Arnes
  • Coordenadora Nacional: Ir. Veneranda da Silva Alencar
  • Coordenadora Estadual: Maria do Rosário Senra de Almeida Gomes
  • Coordenadora do Núcleo III (Arquidiocese de Belo Horizonte e Diocese de Sete Lagoas):

Elma de Fátima Vilaça da Silva
elmafvilaca@gmail.com – (31) 99295-3566

  • Coordenadora Arquidiocesana:

Nelcina Maria Neto
nelcinanel@hotmail.com – (31) 98972-7589

  • Coordenadora da Região Nossa Senhora da Esperança e Nossa Senhora da Piedade:

Maria da Penha de Oliveira
mariadapenha0911@gmail.com – (31) 98334-7070

  • Coordenadora da Região Nossa Senhora Aparecida:

Cleonice dos Santos Pereira
cleonicepereiraeedra@gmail.com – (31) 98646-6072 / (31) 3361-8136 (Setor)

  • Coordenadora da Região Nossa Senhora da Conceição:

Iêda de Alcântara e Souza Guerci
ieda.guerci.souza@gmail.com – (31) 98203-3263

  • Coordenadora da Região Nossa Senhora do Rosário:

Elma de Fátima Vilaça da Silva e Ilza Maia
(31) 99939-5208

Endereço:

Rua: Além Paraíba, 208 – Lagoinha, Belo Horizonte – MG Telefone: (31) 3422-7154

  • Você gostaria de conhecer a Pastoral da Criança da Arquidiocese de Belo Horizonte?
  • Você já pensou em fazer parte de nossa Pastoral?

Nelcina Maria Neto e Elma de Fátima Vilaça da Silva

Representantes da Pastoral da Criança da Arquidiocese de Belo Horizonte

Edward Neves Monteiro de Barros Guimarães

Secretário Executivo do Observatório da Evangelização e

Coordenador do Projeto de Evangelização “Impulso de fé para uma primavera das pastorais sociais”

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Você conhece a Pastoral Carcerária da Arquidiocese de Belo Horizonte? https://observatoriodaevangelizacao.com/voce-conhece-a-pastoral-carceraria-da-arquidiocese-de-belo-horizonte/ Mon, 23 Nov 2020 15:30:34 +0000 https://observatoriodaevangelizacao.wordpress.com/?p=36590 [Leia mais...]]]>

Vinde, benditos de meu Pai! Recebei em herança o Reino que meu Pai vos preparou desde a criação do mundo! Pois eu estava com, e me destes de comer; eu estava com sede, e me destes de beber; eu era forasteiro, e me recebestes em sua casa; estava nu, e me vestistes; doente, e cuidastes de mim; na prisão, e fostes visitar-me“.

Mateus, 25, 34-36

Provocados pela beleza transformadora da experiência cristã, que se alimenta do jeito de ser da pessoa de Jesus de Nazaré, seus ensinamentos e ações, os que participam da Pastoral carcerária da Arquidiocese de Belo Horizonte acolhem e assumem como missão, o desafio de cuidar, promover e desenvolver a cidadania dos presos e presas, dos egressos do sistema prisional e de seus familiares.

Mesmo em meio à Pandemia da Covid-19, quando ficamos impossibilitados de continuar com as visitas às unidades prisionais, nós nos mobilizamos, e tendo presente o sofrimento das pessoas privadas de liberdade, promovemos muitas ações pontuais a partir de doações de itens de primeira necessidade para higiene pessoal; respondemos cartas diversas; e participamos de manifestações junto aos familiares dos encarcerados e encarceradas, nas quais o grito que ecoava forte era: “Ser família não é crime!”, “Contra a tortura no cárcere!”.

O objetivo principal desta pastoral é o de levar o Evangelho de Jesus Cristo aos que estão sistema prisional. Neste contexto, encaminhamos vídeos para unidades prisionais com a Celebração da Eucaristia, possibilitando às pessoas privadas de liberdade ouvir a Palavra de Deus, bem como vivenciar a paixão, morte e ressurreição de Cristo Jesus no Mistério da Eucaristia. Desse modo, participando da acolhida misericordiosa do Amor de Deus, revelado universal em Jesus Cristo, pela força do Espírito Santo, elas tenham esperança e força de fé para buscarem uma vida melhor, mesmo mergulhados, em meio a dor, na situação de cárcere.

Os agentes da pastoral trabalham para que os direitos humanos sejam garantidos a todos, como garante a nossa Constituição Federal, mesmo nas condições em que se encontram. Para isso, a pastoral carcerária fica atenta às situações que configuram violação dos direitos fundamentais da pessoa humana neste contexto, muitas vezes esquecido ou tão mal visto pela maioria da sociedade, e propõe medidas de conciliação, justiça e paz.

Buscamos, neste contexto de pandemia da Covid-19, saber se as pessoas privadas de liberdade que pertencem ao grupo de risco e que haviam ganhado o direito à prisão domiciliar, conforme recomendação do Conselho Nacional de Justiça – CNJ diante do contexto de Pandemia. Damos encaminhamento às cartas direcionadas ao Ministério público com denúncias.

Além disso, a Pastoral carcerária da Arquidiocese de Belo Horizonte disponibiliza em seu canal do YouTube formação contínua para agentes de pastoral e, vem reunindo com as Equipes de agentes de pastoral que visitam presídios, ampliando laços de formação.

Na sociedade, a Pastoral carcerária da Arquidiocese de Belo Horizonte trabalha para o fim do cárcere, promove a dignidade humana e motiva a criação de políticas públicas para as áreas prisionais, em comunhão com a Pastoral carcerária Estadual e Nacional.

Participamos de manifestações e atos junto à Frente Estadual pelo Desencarceramento-MG. Articulamos junto à Promotoria de Direitos Humanos, Conselho Estadual de Direitos Humanos, Comissão Arquidiocesana de Justiça e Paz e à Rede de Apoio ao Egresso do Sistema Penitenciário de Minas Gerais – RAESP/MG, com diversos especialistas, para a reinserção da pessoa privada de liberdade à sociedade civil.

Atualmente, a Pastoral Carcerária da Arquidiocese de Belo Horizonte acompanha mais de 10 mil encarcerados e realiza mais de 9 mil atendimentos ao ano.

Para melhor conhecer o nosso trabalho de evangelização:

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  • Você gostaria de conhecer a Pastoral carcerária da Arquidiocese de Belo Horizonte?
  • Você já pensou em fazer parte de nossa Pastoral?

Ana Lúcia e Gustavo Moreira

Representantes da Pastoral Carcerária da Arquidiocese de Belo Horizonte

Edward Neves Monteiro de Barros Guimarães

Secretário Executivo do Observatório da Evangelização e

Coordenador do Projeto de Evangelização “Impulso de fé para uma primavera das pastorais sociais”

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Projeto de evangelização “Impulso de fé para uma primavera das pastorais Sociais” https://observatoriodaevangelizacao.com/projeto-de-evangelizacao-impulso-de-fe-para-uma-primavera-das-pastorais-sociais/ Sun, 22 Nov 2020 03:19:45 +0000 https://observatoriodaevangelizacao.wordpress.com/?p=36554 [Leia mais...]]]> O Vicariato Episcopal para Ação Social, Política e Ambiental- VEASPAM, o Vicariato Episcopal para Ação Pastoral – VEAP, ambos vicariatos episcopais da Arquidiocese de Belo Horizonte, e o Observatório da Evangelização, órgão do Anima PUC Minas, depois de um rico diálogo provocado pelas diretrizes aprovadas na VI Assembleia do Povo de Deus e o discernimento dos sinais dos tempos e seus desafios e urgências, celebraram uma parceria aberta com o objetivo de concretizar um projeto de evangelização para incentivar e promover uma “primavera das pastorais sociais”. na Arquidiocese de Belo Horizonte.

Confira:

PROJETO DE EVANGELIZAÇÃO “IMPULSO DE FÉ PARA UMA PRIMAVERA DAS PASTORAIS SOCIAIS”

Promover a Ecologia Integral e a Presença Pública da Igreja em todos os municípios que compõem a Arquidiocese:

• provocando uma “primavera das Pastorais Sociais”, priorizando-as, incentivando sua criação e organização onde não existem, incrementando as que já atuam, oferecendo adequada formação aos seus agentes, à luz da Palavra de Deus e da Doutrina Social da Igreja;

• praticando o cuidado com a Casa Comum em todas as comunidades eclesiais, como exercício de um novo modo de ser no mundo e como exemplo das mudanças estruturais que levam a uma ecologia integral. De modo especial, envolver-se com as questões relativas às consequências da mineração.

(DAE-ABH 2019-2023, Casa da Caridade, n. 11b, p. 16)

I – O QUE É?

Trata-se de projeto nascido de um diálogo impulsionado pelas Diretrizes da Ação Evangelizadora da Arquidiocese de Belo Horizonte, aprovadas na VI Assembleia do Povo de Deus (VI APD). Este diálogo ajudou sonhar e concretizar uma parceira aberta entre o Vicariato Episcopal para Ação Social, Política e Ambiental – VEASPAM, o Vicariato Episcopal para Ação Pastoral – VEAP e o Observatório da Evangelização, órgão do Anima PUC Minas. Esta parceria tem como objetivo ajudar a impulsionar uma primavera, vista como cada vez mais necessária, das pastorais sociais.

Por primavera aqui entende-se o impulsionar de um processo histórico, fecundo e criativo, com o objetivo primeiro de revitalização para um novo florescimento da rica caminhada das pastorais sociais enquanto resposta, que brota da fé, aos desafios e urgências discernidas no complexo contexto atual. Além disso, pretende tornar as pastorais sociais – a caminhada concretizada e os feitos históricos – mais conhecidas, admiradas e amadas.

Esta parceria se compreende radicalmente aberta para acolher a participação e a contribuição de outras entidades, organizações, grupos e movimentos que desejam, por sintonia fina com este projeto, enriquecê-lo e ampliá-lo.

II – QUEM?

Sintam-se convidados, chamados e interpelados todos batizados e batizadas conscientes das exigências do Evangelho e do seguimento de Jesus; todos os cristãos e as cristãs que já percebem as dimensões social, política e ambiental da ação evangelizadora da Igreja como estruturantes, constitutivas e decisivas, inclusive, para a credibilidade da experiência cristã na Igreja e na sociedade; todos os homens e mulheres de fé que estão em sintonia com o magistério do papa Francisco, que nos encontros com os movimentos populares, na sua Evangelii Gaudium, Laudato Si’, Querida Amazônia, Fratelli Tutti, nas suas homilias, nos seus gestos proféticos e nos seus projetos Economia de Francisco e Pacto Global pela Educação, explicita de modo claro e inconfundível estas dimensões intrínsecas a nossa fé. Trata-se, em última instância, de fidelidade à práxis libertadora de Jesus Cristo e ao Evangelho do Reino da Justiça e da Fraternidade que ele anunciou e testemunhou até as últimas consequências na cruz. (A título de exemplo, veja: PAPA FRANCISCO, Exortação apostólica Evangelii Gaudium. A alegria do Evangelho. Sobre o anúncio do Evangelho no mundo atual. São Paulo: Paulus/ Loyola, 2013, p. 107-145).

Em primeiro lugar, é um projeto que implica e envolve diretamente as pessoas que participaram, participam ou desejam participar da caminhada das pastorais sociais da Arquidiocese de Belo Horizonte, bem como, eventualmente, de outras dioceses que dele desejam participar. Segundo, pela sua importância e potencial evangelizador, o projeto estará sempre aberto a todos os cristãos e cristãs, que dele desejam participar e contribuir em sua efetivação.

III – COMO?

Todo processo que visa a uma caminhada histórica prospectiva e, portanto, esperançada, é feito de objetivos, passos, balanços e retomadas. Os processos impulsionados pela experiência cristã são marcados pela engajada, estradeira e mística, pela “fé/pé na caminhada”; são igualmente marcados pela mobilização que nasce de corajosa e teimosa ESPERANÇA; e, por fim, são também marcados pela CARIDADE, esta energia poderosa do amar que, no caminhar, se faz compaixão pelos e com os pobres e vulneráveis, solidariedade fraterna-sororal e partilha dos bens, da mesma utopia do Reino de Deus e das lutas travadas por dignidade e justiça.

Assumimos como metodologia o consagrado método VER-JULGAR-AGIR como fonte de inspiração. Aqui o VER é entendido e assumido como a busca de conhecimento crítico da realidade analisada a partir do uso de mediações analíticas adequadas para se conquistar leitura crítica-autocrítica da realidade vivida (momento analítico); o JULGAR é compreendido como momento específico de iluminação da fé, quando a realidade é interpretada à luz da experiência cristã consignada na Tradição da fé (momento hermenêutico da fé); o AGIR é concebido como mediação histórica para práxis cristã autêntica na Igreja e, sobretudo, na sociedade. Trata-se daquele agir consciente e crítico que é discernido e planejado, em suas dimensões sociopolíticas, econômicas, culturais e religiosas com objetivos de curto, médio e longo prazo (momento da práxis transformadora).

Na tradição latino-americana das Comunidades eclesiais de base – CEBs, acrescentam-se quatro outros verbos ao método em questão para melhor explicitar a riqueza do dinamismo histórico por ele impulsionado: VER-JULGAR-AGIR-AVALIAR-CELEBRAR-CORRIGIR-RETOMAR de forma recorrente o rumo da caminhada. 

Em relação aos passos de concretização do projeto que foram organizados para serem trilhados, levando-se em conta a situação atual e suas possibilidades, por cada uma das pastorais sociais a partir da tensão dialética fecunda entre PASSADO-PRESENTE-FUTURO. Neste sentido, o movimento de volta ao passado não tem nada de saudosismo, mas se trata do necessário cultivo da memória do caminho trilhado. E isso em duas dimensões, seja para aquecer e revigorar o coração, seja para revisitar elementos estruturantes que se perderam, em vista de revigorar o ânimo e a alegria no discernimento e no planejamento; no mesmo sentido, o discernimento do tempo presente não tem nada de lamento, mas, impulsionados pela fé no Deus da vida, sempre estradeiro conosco, se trata da busca sempre inconclusa, pela análise de conjuntura, de encorajamento diante da percepção dos sinais dos tempos. E isso em dois sentidos, seja para melhor compreender o cenário em que nos encontramos, seja para enfrentar, com clareza, as ameaças e dificuldades, estando cientes dos ventos (des)favoráveis e das novas possibilidades; igualmente, o projetar o futuro não tem nada de alienação ou fuga da realidade, mas da condição humana de quem, ciente de ser sujeito coletivo capaz de escrever a própria história, sabe aonde quer chegar. E isso em duas direções, seja para compartilhar sonhos e utopias que nos animam, seja para discernir e planejar passos concretos a curto, médio e longo prazo.

1ª Reunião do VEASPAM, do VEAP e do Observatório da Evangelização com os representantes das pastorais sociais para definição do Projeto de Evangelização “Impulso de fé para uma primavera das pastorais sociais” – Dia 16/10/2020.

DINÂMICA E CRONOGRAMA

1º passo:

Cada pastoral social, depois de uma reunião interna, escolheu seu(s) representante(s) para ser(em) o(s) animador(es) do projeto. Estes, junto com a equipe do Observatório, formam o núcleo executivo gestor do projeto.

A função do(s) representante(s) de cada pastoral social é basicamente o de garantir o elo de comunicação entre a sua pastoral e o núcleo executivo do projeto. Trazer e levar informações, apresentar demandas e dificuldades, animar, promover e criar no seio de sua pastoral as condições favoráveis para a concretização dos passos do projeto. Para facilitar a comunicação interna do núcleo executivo gestor do projeto foi criado um grupo de WhatsApp.

Assim que a escolha foi feita, cada pastoral social envolvida enviou o nome e o contato do representante para o e-mail do Observatório da Evangelização: observatoriodaevangelizacao@gmail.com.

(Outubro de 2020)

2º passo:

Este passo será concretizado em duas etapas.

Na primeira, cada pastoral elaborará uma apresentação, estilo folder, para ser divulgada o rosto de cada pastoral social no Observatório da Evangelização.

(Previsão: novembro de 2020 a fevereiro de 2021).

Na segunda, cada pastoral sistematizará a memória do caminho percorrido em cada pastoral social. Consistirá em 1. Pesquisar, organizar e narrar as origens históricas de cada pastoral social específica, todos os registros históricos disponíveis: nomes, datas, eventos, folders, fotos, vídeos etc. 2. Pesquisar, organizar e narrar os grandes feitos históricos e conquistas desta pastoral, igualmente, com todos os registros disponíveis. A equipe do Observatório da Evangelização vai ajudar na sistematização destas narrativas.

(Previsão: Março-abril de 2021)

3º passo:

Discernimento do tempo atual: numa reunião ampliada, envolvendo toda a coordenação do VEASPAM, com os membros ou número de representantes escolhidos de cada pastoral social específica para um grande balanço crítico e esperançado do presente em que estamos envolvidos para elaboração de uma síntese dos pontos positivos (ventos favoráveis da conjuntura atual) e dos pontos negativos (limites e ameaças percebidas), com breve justificativa explicativa (fazer registro de fotos deste evento).

Aqui sugeriu-se contar com assessoria analítica, mas sem perder a necessária escuta das bases e dos participantes das pastorais sociais. Registrar com fotos e narrar o processo de elaboração deste passo e a síntese conquistada;

(Previsão: maio-junho de 2021)

4º passo:

Cientes do caminho percorrido e da análise de conjuntura, definir aonde cada pastoral social específica quer chegar e ousar planejar, coletivamente, metas concretizáveis a curto, médio e longo prazo. Com breve justificativa. Registrar com fotos e narrar o processo de elaboração deste importante passo;

(Previsão: julho-agosto de 2021)

5º passo: O Observatório da Evangelização assume a tarefa de ler, organizar e publicar, paulatinamente, cada um dos passos dados – divulgação de todo o processo – por cada pastoral social específica e, no final, organizar para a Arquidiocese e toda a Igreja uma publicação, física e/ou digital, como fruto do projeto de evangelização.

(Previsão: final do ano de 2021)

2ª Reunião do VEASPAM, do VEAP e do Observatório da Evangelização com os representantes das pastorais sociais para avançarmos no início do Projeto de Evangelização “Impulso de fé para uma primavera das pastorais sociais” – Dia 30/10/2020.

IV – PARA QUE?

Todo projeto de ação pastoral enraizado na vida de Jesus, o Bom Pastor por excelência, visa a realização do Reino de Deus entre nós, Reino de justiça e fraternidade-sororidade, dinamismo histórico do projeto salvífico do Deus da vida.

Dizendo concretamente, o projeto de evangelização “Impulso de fé para a primavera das pastorais Sociais” visa a concretização de “outra sociedade possível”, sociedade garantidora da vida, pautada pela justiça, pela opção pelos pobres e vulneráveis e pela inclusão de todos na mesa da cidadania e da vida digna, pois Jesus veio “para que todos tenham vida e a tenham em abundância” (Jo 10, 10).  

Nucleo executivo gestor do Projeto

  • Ana Lúcia (Pastoral Carcerária)
  • Diácono Augusto (Pastoral da Saúde)
  • Camilla Moreira (Observatório da evangelização)
  • Carlos (Pastoral Metropolitana dos Sem Casa)
  • Cláudia (Pastoral do surdo)
  • Edward Neves Monteiro de Barros Guimarães (Observatório da evangelização)
  • Elma Vilaça (Pastoral da Criança)
  • Emely (Pastoral de Direitos Humanos)
  • Eny (Pastoral do Menor)
  • Evelina (Pastoral da Pessoa Idosa)
  • Pe. Francisco Lewden (Pastoral do Mundo do Trabalho)
  • Frederico Santana Rick (Vicariato episcopal para ação social, política e ambiental – VEASPAM)
  • Pe. Gildésio (Pastoral da Saúde)
  • Glaucon Durães da Silva Santos (Observatório da Evangelização)
  • Gustavo Moreira (Pastoral Carcerária)
  • Harrison Martins Saraiva (Pastoral da Sobriedade)
  • Janaina Gonçalves (Observatório da evangelização)
  • Jarbas Arêdes (Projeto Vida)
  • Pe. Joel Maria dos Santos (Observatório da Evangelização e (Vicariato episcopal para ação pastoral – VEAP)
  • Julimar (Pastoral da Aids)
  • Pe. Júlio Gonçalves Amaral (Vicariato episcopal para ação social, política e ambiental – VEASPAM)
  • Maíla (Vicariato episcopal para ação social, política e ambiental – VEASPAM)
  • Marcelo (Vicariato episcopal para ação social, política e ambiental – VEASPAM)
  • Maria Perpétua (Projeto Vida)
  • Nelcina (Pastoral da Criança)
  • Paulo Vinícius Faria Pereira (Observatório da Evangelização)
  • Sandra (Pastoral de Rua)
  • Suzana (Vicariato episcopal para ação pastoral – VEAP)
  • Vilma Miranda Saraiva (Pastoral da Sobriedade)
  • Pe. Wagner Douglas Gomes de Souza (Pastoral do Surdo)

Prof. Edward Neves Monteiro de Barros Guimarães

Secretário Executivo do Observatório da Evangelização

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