Observatório da Evangelização – Observatório de Evangelização https://observatoriodaevangelizacao.com Thu, 25 Apr 2024 12:51:08 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.5.3 https://i0.wp.com/observatoriodaevangelizacao.com/wp-content/uploads/2024/04/cropped-logo.png?fit=32%2C32&ssl=1 Observatório da Evangelização – Observatório de Evangelização https://observatoriodaevangelizacao.com 32 32 232225030 Um Observatório da Evangelização para nós… https://observatoriodaevangelizacao.com/um-observatorio-da-evangelizacao-para-nos/ Thu, 25 Apr 2024 07:40:59 +0000 https://observatoriodaevangelizacao.com/?p=49774 [Leia mais...]]]> A imagem é a de uma cidade,
com a sua complexa trama de relações,
e a cultura urbana que impera sobre nós.
Ao fundo a beleza da luz solar,
de uma aurora ou de um crepúsculo?
O cristianismo caminha para seu ocaso,
Ou haverá um futuro para o cristianismo?
Qual será o  cristianismo do futuro?
Muitas reflexões podem ser feitas…
Acompanhe-nos em nossas mídias digitais:
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Quem somos? https://observatoriodaevangelizacao.com/quem-somos/ Wed, 24 Apr 2024 20:59:24 +0000 https://observatoriodaevangelizacao.com/?p=49767 [Leia mais...]]]> Os observatórios, da imprensa, das favelas, das juventudes etc., são instrumentos do nosso tempo. Discípulos e discípulas de Jesus estão a construir um Observatório da Evangelização. Vivemos tempos de um cristianismo visivelmente plural, de muitas denominações e profundamente multifacetado. Nem todas as expressões culturais eclesiais, reflexões, posturas e ações denominadas cristãs ou feitas por pessoas em nome de sua fé, encontram qualquer fundamento na vida, nas palavras e ações de Jesus e de seus discípulos e discípulas da primeira hora. Essa realidade exige contínua atenção, análise, reflexão, partilha, debate, retomada!

Trata-se de um instrumento virtual que tem como objetivo acompanhar e analisar, de forma crítica, prospectiva e esperançada, à luz da bíblia, da teologia e das ciências humanas, os diversos processos de evangelização na contemporaneidade.

Evangelização ou ação evangelizadora é compreendida aqui no sentido amplo e profundo do fazer humano que brota da acolhida, do deixar-se transformar, do testemunhar e do anunciar a alegria da Boa Nova do Amor de Deus para a humanidade, este amor que nos irmana. Evangelizar é todo dinamismo que visa tornar conhecida, amada e, coerentemente, praticada a Boa notícia captada na vida profética, nos ensinamentos e práticas, de Jesus de Nazaré. Evangelizar, então, é a missão primeira dos discípulos e discípulas de Jesus, chamados que são a testemunhar e anunciar a beleza da vida nova que brota e se alimenta da fé e na experiência do Amor do Abba querido, o Pai Nosso misericordioso a que Jesus se refere e viveu referido, que em seu Filho, nos revela o seu projeto salvífico universal. Pessoas, famílias, comunidades e grupos diversos compartilham, pela força do Espírito Santo, a fé de Jesus no Amor do Pai e o amor fraterno sororal, fundado neste Amor divino, a justiça e a solidariedade solícita no cuidar e servir. A vida cristã pode ser definida como o cultivo da vida nova, firmada na experiência libertadora da proximidade amorosa de Deus, pela luz e pela força da Ruah divina (Espírito Santo) e enraizada na vida de Jesus Ressuscitado, sempre presente conosco.

Quando contemplamos as relações humanas que se estabelecem no próprio seio das diversas igrejas (denominações cristãs), entre os fieis dessas diferentes igrejas, que compartilham a fé em Jesus como Caminho, Verdade e Vida e que se nutrem da mesma bíblia, e entre os cristãos e as pessoas não cristãs, de outras tradições religiosas ou com as não religiosas (sem religião, ateias, agnósticas, religiosamente indiferentes), soa o alerta de que alguma coisa está faltando ou está errada. Além das relações humanas, religiosas, políticas, econômicas, culturais, sociais…, as relações com os outros seres vivos e a nossa Casa comum, o mesmo estranhamento acontece. Isso significa que, ao lado de muitas realidades que nos alegram, há realidades que nos entristecem. Há palavras e ações marcadas por ignorâncias, equívocos e deturpações da vida cristã ou em nome da fé cristã ou de Jesus, que precisam ser refletidas e analisadas.

Que desejamos que as ações do Observatório da Evangelização sejam críticas e autocríticas e marcadas pela busca de fidelidade ao Evangelho do Amor anunciado e testemunhado por Jesus.

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Observatório abre chamada de submissão de artigos para o Dossiê Evangelização e Juventudes https://observatoriodaevangelizacao.com/observatorio-abre-chamada-de-submissao-de-artigos-para-o-dossie-evangelizacao-e-juventudes/ Wed, 03 Aug 2022 22:53:31 +0000 https://atomic-temporary-74025290.wpcomstaging.com/?p=45558 [Leia mais...]]]>

Chamada para o DOSSIÊ: EVANGELIZAÇÃO E JUVENTUDES

Organizadores:
• Prof. Dr. Edward Guimarães (PUC Minas/ Observatório da Evangelização)
• Prof. Dr. René Dentz (PUC Minas/ Observatório da Evangelização)
• Matheus Cedric Godinho (PUC Minas/ Observatório da Evangelização)

Este dossiê tem como objetivo aprofundar os desafios da evangelização das juventudes no contexto contemporâneo, com análise teológico-pastoral sobre os diversos entraves e as perspectivas para caminhos novos e necessários na ação evangelizadora. Desejamos oferecer aos leitores e leitoras do Observatório da Evangelização pesquisas e reflexões qualificadas sobre esta temática tão urgente, que contribuam no aprofundamento dos seguintes eixos ou focos temáticos:

  1. Evangelização, juventudes, gênero, corpo e moral sexual
  2. Evangelização, juventudes, espiritualidade e religião
  3. Evangelização, juventudes, educação e trabalho
  4. Evangelização, juventudes e desigualdade social
  5. Evangelização, medos e buscas (causas) que mobilizam as juventudes
  6. Evangelização, juventudes e neoconservadorismo cristão
  7. Evangelização e juventudes na Arquidiocese de Belo Horizonte

Com a organização de “Dossiês temáticos” o Observatório da Evangelização PUC Minas quer contribuir na reflexão teológico-pastoral e na qualidade do agir pastoral no contexto atual.

Período de submissões: de 03 de agosto de 2022 a 15 de setembro de 2022
E-mail de envio: observatorio@pucminas.br

Previsão de publicação: outubro de 2022

Clique para ter acesso às Orientações para submissão de artigos ao Dossiê do Observatório da Evangelização PUC Minas

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Conheça Ramon Jung, jovem que representará Minas Gerais no encontro Economia de Francisco em Assis https://observatoriodaevangelizacao.com/conheca-ramon-jung-jovem-que-representara-minas-gerais-no-encontro-economia-de-francisco-em-assis/ Thu, 20 Feb 2020 11:03:00 +0000 https://observatoriodaevangelizacao.wordpress.com/?p=34196 [Leia mais...]]]> Apresentação:

“Meu nome é Ramon Jung Pereira, tenho 26 anos e moro em Betim. Atualmente sou mestrando em Administração pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (bolsista), com foco em estudos nas áreas de inovações sociais e empresas sociais, além de ser pesquisador associado do Núcleo de Pesquisa em Ética e Gestão Social (NUPEGS) da PUC Minas. Sou formado em Administração pela PUC Betim, e tenho experiência profissional bem diversificada que já alcança 10 anos, experiências essas nas áreas de robótica, gestão financeira, empreendedorismo (negócio próprio), docência (monitorias de matemática), etc. Em minha última experiência profissional, eu desenvolvi em uma empresa de software o Decolab – uma aceleradora de negócios, projetos e ideias que visava, de acordo com a necessidade de cada situação, criar mecanismos, realizar pesquisas com alto rigor técnico, criar processos de inteligência, adaptar processos e setores a novas culturas de trabalho, para obter rapidamente e respostas sobre a viabilidade de projetos. Em 2019, abandonei esse posto para me dedicar ao mestrado, onde tenho realizado pesquisas sobre, principalmente, as temáticas das empresas sociais e inovações sociais, alem de assuntos como sustentabilidade, reciclagem, entre outros temas dentro do campo da gestão social que muito dialogam com os princípios da economia de Francisco. Além disso, sou professor voluntário de inglês para crianças que moram nos bairros de Vianópolis, Marimba, Santo Afonso e Barro Branco, presentes no projeto Sonhart.

No meu ponto de vista, o chamado do Papa Francisco foi o reforço, foi o incentivo necessário para que possa a partir dali, uma nova economia, mais justa, mais igualitária, incorporada dos seus reais sentidos possa surgir. Sempre fui muito incomodado pela maneira como temos enxergado a economia como algo fora das suas reais funções. O padrão hegemônico neoliberal de ensino, de trabalho e de vida, tem nos levado a esquecer de sermos seres humanos. No meu ponto de vista, a visão tradicional de que o crescimento econômico por si só traz benefícios a sociedade, gera bem-estar e garante “bien-vivir”  não pode ser dado como verdade. A visão tradicional do capitalismo, que concentra em uma pequena porcentagem de pessoas grande quantidade de riqueza e, consequentemente, acarreta o descompasso do fenômeno do consumo, precisa ser repensado. Eu acredito que precisamos trabalhar nessa necessária reconstrução e ressignificação do capitalismo. É incrivelmente maravilhoso como tantas pessoas abraçaram o chamado do papa Francisco, não apenas os católicos, mas aquelas pessoas quem acreditam que precisamos mudar para sobreviver, viver, com fé que sim, se juntos, conseguiremos chegar a dias melhores. Estou extremamente ansioso para o congresso de Assis, rs.

Sobre o concurso de empresas sociais:

 O “Concurso de Empresas Sociais” é um projeto de caráter extensionista criado pelo professor Téo (Armindo dos Santos de Sousa Teodósio) e desempenhado entre turmas de graduação em administração e sistemas da PUC Minas Betim e São Gabriel. O concurso tem o objetivo de fomentar a criação de empresas sociais entre graduandos gerando ideias, projetos e perspectivas de negócios capazes de gerar valor social e ambiental e se contrapor à minério-dependência na cidade de Brumadinho após o crime da Vale – crime que causara a morte de aproximadamente trezentas pessoas. Hoje, o concurso é realizado dentro da disciplina “Responsabilidade & Sustentabilidade Organizacional”, nas turmas de administração da unidade de Betim e São Gabriel e, para a turma de Sistemas da unidade do São Gabriel, é desenvolvido dentro da disciplina de “Introdução a Administração”. Sua metodologia do concurso se dá em quatro etapas: contextualização da literatura, desenvolvimento de propostas de empresas sociais, pitchs para aprimoramento de propostas e apresentação final de propostas para banca avaliadora e comunidade de Brumadinho.

Espera-se que, através desse modelo didático, seja desenvolvido um tipo de corrente não tradicional de ensino que combinam aulas multidisciplinares, descentralização do conhecimento e criação de iniciativas que resolvam problemas reais “junto” e não “para” as pessoas. Além disso, espera-se que seja possível estimular o empreendedorismo social e aplicação de valores de cidadania entre estudantes através de práticas que exigem se relacionar com atores fora da academia, com os saberes locais, estimulando o processo de construção de inovações sociais em contexto real problemático. De forma geral, observa-se que através do desenvolvimento do concurso é notado uma possível promoção e disseminação do empreendedorismo social como alternativa de carreira – a qual respeita e objetiva questões importantes não consideradas no modelo capitalista tradicional –, aproximação da universidade com a comunidade, estabelecimento de forma alternativa de discência, descentralizando e desierarquizando saberes e a criação de iniciativas de empresas sociais para problemas reais da sociedade, que atualmente, soma-se mais de cinquenta propostas criadas.”

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Documento de Trabalho do Sínodo é lançado em Roma https://observatoriodaevangelizacao.com/documento-de-trabalho-do-sinodo-e-lancado-em-roma/ Mon, 17 Jun 2019 13:29:17 +0000 https://observatoriodaevangelizacao.wordpress.com/?p=30735 [Leia mais...]]]> A Pan-Amazônia pede à Igreja que seja sua aliada: esta é a alma do Documento de Trabalho (Instrumentum Laboris) publicado na manhã desta segunda-feira (17 de junho) pela Secretaria Geral do Sínodo dos Bispos e apresentado à imprensa, no Vaticano.

O Documento é fruto de um processo de escuta que teve início com a visita do Papa Francisco a Porto Maldonado, no Peru, em janeiro de 2018. A escuta ao Povo de Deus em toda a Região Amazônica prosseguiu por todo o ano e foi concluído com a II Reunião do Conselho Pré-Sinodal, em maio passado.

A voz da Amazônia

A primeira parte do Documento, “A voz da Amazônia”, apresenta a realidade do território e de seus povos. E começa pela vida e sua relação com a água e os grandes rios, que fluem como veias da flora e fauna do território, como manancial de seus povos, de suas culturas e de suas expressões espirituais, alimentando a natureza, a vida e as culturas das comunidades indígenas, camponesas, afrodescendentes, ribeirinhas e urbanas.

A vida na Amazônia está ameaçada pela destruição e exploração ambiental, pela violação sistemática dos direitos humanos elementares de sua população. De modo especial a violação dos direitos dos povos originários, como o direito ao território, à autodeterminação, à demarcação dos territórios e à consulta e ao consentimento prévios.

Segundo as comunidades participantes nesta escuta sinodal, a ameaça à vida deriva de interesses econômicos e políticos dos setores dominantes da sociedade atual, de maneira especial de empresas extrativistas. Atualmente, a mudança climática e o aumento da intervenção humana (desmatamento, incêndios e alteração no uso do solo) estão levando a Amazônia rumo a um ponto de não-retorno, com altas taxas de desflorestação, deslocamento forçado da população e contaminação, pondo em perigo seus ecossistemas e exercendo pressão sobre as culturas locais.

Ecologia Integral: o clamor da terra e dos pobres

Na segunda parte, o Documento examina e oferece sugestões às questões relativas à ecologia integral. Hoje, a Amazônia constitui uma formosura ferida e deformada, um lugar de dor e violência, como o indicam de maneira eloquente os relatórios das Igrejas locais recebidos pela Secretaria Geral do Sínodo. Reinam a violência, o caos e a corrupção.

“O território se transformou em um espaço de desencontros e de extermínio de povos, culturas e gerações.”

Há quem se sente forçado a sair de sua terra; muitas vezes cai nas redes das máfias, do narcotráfico e do tráfico de pessoas (em sua maioria mulheres), do trabalho e da prostituição infantil. Trata-se de uma realidade trágica e complexa, que se encontra à margem da lei e do direito.

Os povos amazônicos originários têm muito a ensinar-nos. Reconhecemos que desde há milhares de anos eles cuidam de sua terra, da água e da floresta, e conseguiram preservá-las até hoje a fim de que a humanidade possa beneficiar-se do usufruto dos dons gratuitos da criação de Deus. Os novos caminhos de evangelização devem ser construídos em diálogo com estas sabedorias ancestrais em que se manifestam as sementes do Verbo.

O Documento de Trabalho analisa também a situação dos Povos Indígenas em Isolamento Voluntário (PIAV). Segundo dados de instituições especializadas da Igreja (por ex., CIMI) e outras, no território da Amazônia existem de 110 a 130 diferentes “povos livres”, que vivem à margem da sociedade, ou em contato esporádico com ela. São vulneráveis perante as ameaças… do narcotráfico, de megaprojetos de infraestrutura, e de atividades ilegais vinculadas ao modelo de desenvolvimento extrativista.

Amazônia se encontra entre as regiões com maior mobilidade interna e internacional na América Latina. De acordo com as estatísticas, a população urbana da Amazônia aumentou de modo exponencial; atualmente, de 70 a 80% da população reside nas cidades, que recebem permanentemente um elevado número de pessoas e não conseguem proporcionar os serviços básicos dos quais os migrantes necessitam. Não obstante tenha acompanhado este fluxo migratório, a Igreja deixou no interior da Amazônia vazios pastorais que devem ser preenchidos.

Igreja profética na Amazônia: desafios e esperanças

Enfim, a última parte do Documento de Trabalho chama os Padres Sinodais da Pan-amazônia a discutirem o segundo binário do tema proposto pelo Papa: os novos caminhos para a Igreja na região.

Por falta de sacerdotes, as comunidades têm dificuldade de celebrar com frequência a Eucaristia. “A Igreja vive da Eucaristia” e a Eucaristia edifica a Igreja. Por isso, pede-se que, em vez de deixar as comunidades sem a Eucaristia, se alterem os critérios para selecionar e preparar os ministros autorizados para celebrá-la. As comunidades pedem ainda maiores apreciação, acompanhamento e promoção da piedade com a qual o povo pobre e simples expressa sua fé, mediante imagens, símbolos, tradições, ritos e outros sacramentais. Trata-se da manifestação de uma sabedoria e espiritualidade que constitui um autêntico lugar teológico, dotado de um enorme potencial evangelizador. Seria oportuno voltar a considerar a ideia de que o exercício da jurisdição (poder de governo) deve estar vinculado em todos os âmbitos (sacramental, judicial e administrativo) e de maneira permanente ao sacramento da ordem.

Para além da pluralidade de culturas no interior da Amazônia, as distâncias causam um problema pastoral grave, que não se pode resolver unicamente com instrumentos mecânicos e tecnológicos. É necessário promover vocações autóctones de homens e mulheres, como resposta às necessidades de atenção pastoral-sacramental. Trata-se de indígenas que apregoem a indígenas a partir de um profundo conhecimento de sua cultura e de sua língua, capazes de comunicar a mensagem do Evangelho com a força e a eficácia de quem dispõe de uma bagagem cultural.

“É necessário passar de uma “Igreja que visita” para uma “Igreja que permanece”, acompanha e está presente através de ministros provenientes de seus próprios habitantes.”

Afirmando que o celibato é uma dádiva para a Igreja, pede-se que, para as áreas mais remotas da região, se estude a possibilidade da ordenação sacerdotal de pessoas idosas, de preferência indígenas, respeitadas e reconhecidas por sua comunidade, mesmo que já tenham uma família constituída e estável, com a finalidade de assegurar os Sacramentos que acompanhem e sustentem a vida cristã.

É pedido que se identifique o tipo de ministério oficial que pode ser conferido à mulher, tendo em consideração o papel central que hoje ela desempenha na Igreja amazônica. Reclama-se o reconhecimento das mulheres a partir de seus carismas e talentos. Elas pedem para recuperar o espaço que Jesus reservou às mulheres, “onde todos/todas cabemos”. Propõe-se inclusive que às mulheres seja garantido sua liderança, assim como espaços cada vez mais abrangentes e relevantes na área da formação: teologia, catequese, liturgia e escolas de fé e de política.

Propõe-se promover uma vida consagrada alternativa e profética, intercongregacional, interinstitucional, com um sentido de disposição para estar onde ninguém quer estar e com quantos ninguém quer estar. Aconselha-se que a formação para a vida religiosa inclua processos formativos focados a partir da interculturalidade, inculturação e diálogo entre espiritualidades e cosmovisões amazônicas.

O Documento não deixa de relevar o importante fenômeno importante a ter em consideração é o vertiginoso crescimento das recentes Igrejas evangélicas de origem pentecostal, especialmente nas periferias: “Elas nos mostram outro modo de ser Igreja, onde o povo se sente protagonista, onde os fiéis podem expressar-se livremente, sem censuras, dogmatismos, nem disciplinas rituais”.

Ser Igreja na Amazônia de maneira realista significa levantar profeticamente o problema do poder, porque nesta região o povo não tem possibilidade de fazer valer seus direitos face às grandes corporações econômicas e instituições políticas. Atualmente, questionar o poder na defesa do território e dos direitos humanos significa arriscar a vida, abrindo um caminho de cruz e martírio. O número de mártires na Amazônia é alarmante (por ex., somente no Brasil, de 2003 a 2017, foram assassinados 1.119 indígenas por terem defendido seus territórios).

“A Igreja não pode permanecer indiferente mas, pelo contrário, deve contribuir para a proteção das/dos defensores de direitos humanos, e fazer memória de seus mártires, entre elas mulheres líderes como a Irmã Dorothy Stang.”

Durante o percurso de construção do Instrumentum Laboris, ouviu-se a voz da Amazônia à luz da fé com a intenção de responder ao clamor do povo e do território amazônico por uma ecologia integral e por novos caminhos para uma Igreja profética na Amazônia. Estas vozes amazônicas exortam o Sínodo dos Bispos a dar uma resposta renovada às diferentes situações e a procurar novos caminhos que possibilitam um kairós para a Igreja e o mundo.

Fonte: REPAM

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Observatório da Evangelização PUC Minas é notícia no site da Arquidiocese de BH https://observatoriodaevangelizacao.com/observatorio-da-evangelizacao-puc-minas-e-noticia-no-site-da-arquidiocese-de-bh/ Wed, 22 Oct 2014 19:01:41 +0000 http://observatoriodaevangelizacao.wordpress.com/?p=324 [Leia mais...]]]> Observatório da Evangelização inicia atividades de análise de ações evangelizadoras

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O Observatório da Evangelização, projeto criado pela Arquidiocese de Belo Horizonte, acaba de concluir o seu primeiro trabalho de pesquisa e análise de ações evangelizadoras. A experiência escolhida foi a da Paróquia Nossa Senhora de Guadalupe, no bairro Castelo. A Paróquia conta com 70 fraternidades de leigos, que participam ativamente das atividades da comunidade. A partir deste estudo, que foi publicado no site, blog e página de Facebook do Observatório, especialistas são convidados a apresentarem suas análises sobre a ação. Todos da comunidade também podem interagir por meio destes canais e opinar. Já estão sendo feitos outros estudos de caso, de diversas paróquias, que em breve estarão disponíveis nos canais de comunicação do Observatório da Evangelização. Todos também podem entrar em contato para sugerir experiências positivas de paróquias e comunidades. Um dos objetivos principais do Observatório da Evangelização é dar visibilidade a ações evangelizadoras, apresentar experiências de sucesso e entender como elas surgiram, a quem atendem, quais os grupos envolvidos e qual o retorno para a comunidade. O Observatório da Evangelização da Arquidiocese de Belo Horizonte é o primeiro do Brasil e funciona na unidade Coração Eucarístico da PUC Minas e por meio dos canais de comunicação. É um centro de referência para o desenvolvimento de atividades de pesquisa, partilha e intercâmbio de dados; análise de projetos pastorais; produção de conhecimentos a respeito da realidade social, econômica, política, cultural e religiosa ligados à evangelização. Assume a tarefa de avaliar, monitorar e subsidiar tais atividades, seus limites e potencialidades frente aos novos desafios da evangelização no contexto contemporâneo. O Observatório da Evangelização atende a pedido da Santa Sé, por meio do  Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização, ao considerar a importância do caminho evangelizador e pastoral da Arquidiocese de Belo Horizonte. É lugar permanente para a participação de todos, da partilha de muitas experiências.

Fonte:

http://www.arquidiocesebh.org.br/site/noticias.php?id_noticia=9303#sthash.zAVCB9Ma.dpuf

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