Fake news – Observatório de Evangelização https://observatoriodaevangelizacao.com Fri, 15 Nov 2019 00:58:30 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.5.4 https://i0.wp.com/observatoriodaevangelizacao.com/wp-content/uploads/2024/04/cropped-logo.png?fit=32%2C32&ssl=1 Fake news – Observatório de Evangelização https://observatoriodaevangelizacao.com 32 32 232225030 Para um cristão autêntico, espalhar fake news é pecado grave… Que tal pensar na sua alfabetização digital? https://observatoriodaevangelizacao.com/para-um-cristao-autentico-espalhar-fake-news-e-pecado-grave-que-tal-pensar-na-sua-alfabetizacao-digital/ Fri, 15 Nov 2019 00:58:30 +0000 https://observatoriodaevangelizacao.wordpress.com/?p=33221 [Leia mais...]]]>
  • Não há nenhum sinal de que a produção de notícias falsas vai diminuir.
  • Cristina Tardáguila

    Diretora da Agência Lupa

    • Dificilmente conseguiremos uma mudança cultural sem passar pela educação de massa da sociedade.”

    Tai Nalon

    Editora executiva da agência de checagem Aos Fatos

    • Nesse cenário, há vulnerabilidade porque não se sabe mediar a absorção da informação que se recebe. É necessário criar uma cultura de questionamento“.

    Daniel Schwabe

    Departamento de Informática da PUC-Rio

    • O mais eficiente instrumento contra as fake news, sua maior barreira, continua sendo a educação. Uma educação que esteja apta a estimular o discernimento nas escolhas, o questionamento permanente e o saudável ceticismo na forma de absorver informações. É o caminho mais longo, sem dúvidas, mas o único possível“.

    Ramon Brandão

    Mestre em Ciências Sociais pela Universidade Federal de São Paulo e doutorando em Ética e Filosofia Política pela Universidade Federal de Goiás

    Senso crítico é arma para combater ‘fake news’

    Para especialistas, sociedade deve fazer esforço coletivo pela alfabetização digital

    Por Marina Dayrell, Matheus Riga e Pedro Ramos

    A educação virtual é uma arma importante para detectar informações falsas no noticiário, segundo especialistas. Essa “alfabetização” deve contar com esforços de vários setores da sociedade, para evitar que as chamadas fake news continuem a tumultuar o debate público, como ocorreu na corrida eleitoral americana, na votação pela saída do Reino Unido da União Europeia e nas últimas eleições no Brasil.

    Tem de vir da grande imprensa, do professor, da família, de todos os lados”, diz a diretora da Agência Lupa, Cristina Tardáguila, que realiza checagem de informações do noticiário brasileiro. “Até porque não há nenhum sinal de que a produção de notícias falsas vai diminuir.” Para ela, o entendimento sobre como o noticiário é produzido deve ser uma prioridade no combate às fake news.

    A dificuldade de identificar notícias falsas afeta até países com melhores índices de escolaridade. Uma pesquisa da Universidade de Stanford apontou, em julho deste ano, que estudantes americanos tiveram problema para checar a credibilidade das informações divulgadas na internet. Dentre 7.804 alunos dos ensinos fundamental, médio e superior, 40% não conseguiram detectar fake news.

    A editora executiva da agência de checagem Aos Fatos, Tai Nalon, destaca a importância da criação de políticas públicas com foco na análise crítica da mídia. “Dificilmente conseguiremos uma mudança cultural sem passar pela educação de massa da sociedade”, afirma.

    Para o professor do Departamento de Informática da PUC-Rio, Daniel Schwabe, o público não conhece os meios pelos quais pode ser manipulado na internet. “Em relação às mídias tradicionais, as pessoas já aprenderam a identificar sinais de demagogia”, diz. “Nesse cenário de novos canais, há uma certa vulnerabilidade porque não se sabe mediar a absorção da informação que se recebe.” Segundo ele, é necessário criar uma cultura de questionamento.

    Como identificar (e não compartilhar) fake news

    Evitar ser alvo de informações falsas é ainda mais fundamental em períodos de tomadas de decisão, como em disputas eleitorais. Para descobrir se o conteúdo que você recebe por Facebook, Twitter ou WhatsApp é verdadeiro e não ser enganado por fake news durante as eleições, confira as dicas a seguir, apontadas por Cristina, da Agência Lupa, Tai, da Aos Fatos, e Angie Holan, editora do site de checagem americano Politifact:

    1) Não leia só o título

    Uma estratégia muito utilizada pelos criadores de conteúdo falso na internet é apelar para títulos bombásticos. Ler o texto completo é um passo básico para evitar compartilhar fake news. “Às vezes, um título é provocativo, mas ele não necessariamente está sendo honesto com a própria reportagem”, indica Cristina. “Os títulos são feitos para chamar a atenção. Então, você precisa ler o que está escrito para ver se o título se confirma no texto.”

    2) Verifique o autor

    Ver quem escreveu determinado texto é importante para dar credibilidade ao que está sendo veiculado. “Na checagem de fatos, ver o autor é interessante. A notícia foi assinada por alguém que você nunca viu na vida?”, questiona Cristina. Para Tai, se a matéria é assinada por um repórter, o site demonstra responsabilidade pela qualidade da informação.

    3) Veja se conhece o site

    Não deixe de olhar a página onde está a notícia. Navegar mais no site ajuda a analisar sua credibilidade. “Investigar que página é essa, ir lá no ‘Quem somos’ e saber se dá para ligar para essa redação e falar com um responsável é fundamental”, afirma Cristina. Na mesma linha de pensamento, Tai acredita que procurar pelo expediente do site e tentar achar o básico sobre a hierarquia da empresa são dicas valiosas. “É preciso saber quem é o responsável legal pelas publicações.” Também vale checar o endereço do site. Segundo Cristina, algumas páginas tentam simular o endereço de um veículo importante, alterando apenas uma letra, um número ou um símbolo gráfico.

    4) Observe se o texto contém erros ortográficos

    As reportagens jornalísticas prezam pelo bom vocabulário e pelo uso correto das normas gramaticais. Por outro lado, os sites com notícias falsas ou mensagens divulgadas pelo WhatsApp tendem a apresentar uma escrita fora do padrão, com erros de português ou quantidade exagerada de adjetivos. “Os manuais sérios dos grandes jornais orientam o jornalista a não adjetivar quando fizer uma reportagem”, explica Tai. “Se você está diante de um site de notícias falsas, já tem adjetivo no título. Existe uma linguagem que é muito particular do jornalista que não é utilizada em um site de notícia falsa.

    5) Olhe a data de publicação

    Identifique quando a notícia foi publicada. Muitas vezes, o texto está simplesmente fora de contexto. “Cansei de ver notícia falsa que na verdade não é falsa, só é velha”, conta Cristina.

    6) Saia da bolha da rede social

    Para estar bem informado, o eleitor deve ler e acompanhar o noticiário não somente nas redes sociais. “Ele deve fazer um esforço para estar mais informado, encontrando uma nova fonte na qual ele confia e que tenha um bom histórico”, recomenda Angie. “Não espere apenas que as notícias cheguem até você porque você pode ter uma imagem muito distorcida do que está acontecendo.

    7) Tome cuidado com o sensacionalismo

    As fake news tendem a conter palavras ou frases que despertam emoções ou mexem com as crenças das pessoas, atingindo um maior potencial de divulgação e compartilhamento nas redes sociais. “Se tiver uma manchete, uma foto, um meme ou um vídeo que comova você, ou que fale diretamente com aquilo que acredita, duvide, porque pode ter sido feito para isso”, avalia Cristina.

    (Colaborou nesta reportagem Alessandra Monnerat)

    Fonte:

    www.estadao.com.br

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