Espiritualidade jovem – Observatório de Evangelização https://observatoriodaevangelizacao.com Tue, 05 Dec 2017 01:59:48 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.5.4 https://i0.wp.com/observatoriodaevangelizacao.com/wp-content/uploads/2024/04/cropped-logo.png?fit=32%2C32&ssl=1 Espiritualidade jovem – Observatório de Evangelização https://observatoriodaevangelizacao.com 32 32 232225030 Os jovens querem se encontrar com Deus https://observatoriodaevangelizacao.com/os-jovens-querem-se-encontrar-com-deus/ Tue, 05 Dec 2017 01:59:48 +0000 https://observatoriodaevangelizacao.wordpress.com/?p=27017 [Leia mais...]]]>                             “Cantarei ao Senhor enquanto viver. Louvarei o meu Deus enquanto existir. Nele encontro minha alegria.”

Incrível como o que é belo atrai! A natureza, por exemplo, nos “fala” tanto de Deus graças a força estética que dela transborda. Sabendo disso, quando buscamos um momento de maior intimidade com o Doador de toda beleza, também nos esmeramos em preparar para isso tudo o que toca nossos sentidos. Na espiritualidade cristã, valorizamos particularmente os sons e o visual, por percebermos que, na liturgia, a estética favorece o encontro com Deus. Jovens, adultos e mesmo idosos que vivem a Oração de Taizé sabem disso muito bem, pois assim alimentam sua espiritualidade.

Espiritualidade é uma maneira própria que a humanidade tem para tocar o sagrado, suscitada pelo Espírito Santo. As pessoas que se reúnem à noite, na última sexta-feira de cada mês, na Paróquia de Nossa Senhora da Consolação e Correia, em Belo Horizonte, cultivam essa experiência no silêncio, na meditação, no canto, na acolhida da palavra.

Um dos iniciadores da Oração de Taizé naquela paróquia, Guilherme Gutierrez, nos deu o seguinte depoimento:

A oração de Taizé aqui na comunidade da Consolação nasceu em setembro de 2016. Uma vez por mês a realizamos. Nasceu a partir de uma conversa com frei Luiz. Nós, enquanto Pastoral da Juventude, já tínhamos essa prática de fazer a experiência da espiritualidade de uma forma mais ecumênica; e trazemos o anseio de poder rezar, de falar a linguagem dos jovens e fazer um processo de interiorização que não passe por aquilo que a gente já tem; que às vezes é de catarse, aquela coisa toda… Nosso desejo é que fosse algo mais de silêncio, de interior.

E a gente já conhecia a comunidade de Taizé, o modelo da oração de Taizé, e conversando com ele [Frei Luiz], ele cedeu o espaço, deu total apoio pra gente começar a organizar, e o grupo foi se ampliando… A gente assume aqui o caráter ecumênico. A paróquia é só o espaço, mas, nosso anseio é que a gente consiga estabelecer contatos com jovens de outras comunidades, de outras tradições cristãs, que rezem com a gente a partir do pilar da oração de Taizé, que é: a reconciliação, a confiança e o processo de interioridade.

Aqui a gente começou abrindo para os alunos do Colégio Santo Agostinho. A gente já teve orações com mais de 150 pessoas. Mas falta divulgação, apesar de termos um face. O Observatório fazendo isso, abre horizontes. Porque as pessoas passam por aqui e veem a oração acontecendo, às vezes perguntam o que está acontecendo, entram, participam com a gente e voltam. Tem paroquianos que participam, mas a maioria são pessoas de outras regiões da Grande BH.

A paróquia, em uma região central, com o grupo que trabalha, que prepara em torno das reflexões que a gente propõe todo mês, atinge e colabora com a vivência e responde de alguma forma aos anseios das pessoas que vem em busca de um proposta de interioridade, de rezar a vida mesmo.

Eu acho que no meio da cidade ter um espaço para isso é muito interessante. E tá fluindo. Tá fluindo bastante.

Nós primamos por esse contato ecumênico. Tanto que na hora da oração a gente retira as reservas eucarísticas, para propor um espaço ecumênico de fato. Nós já buscamos o CONIC, buscamos algumas religiões tradicionais também; só que por falta de comunicação, por falta de divulgação, sobretudo, a gente não tem conseguido atingir a proposta. E sobretudo no horário que a gente faz, que é sexta-feira à noite, muitos jovens estão na faculdade, então é um pouco difícil mesmo.

É assim, tudo muito tímido, tá tudo começando. Essa é a primeira proposta. Nós temos a colaboração do CEBI, que é ecumênico também… Toda construção teológica da oração é do CEBI. Tem o pessoal da equipe de música… A oração não começa do nada, né? Tem todo um preparo antes, para poder ser o que é a oração de Taizé.

Obrigada, Guilherme, por seu testemunho apaixonado.

 

(fotos retiradas da página “Oração de Taizé”, do facebook)

 

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Juventudes: Espiritualidade… Oração de Taizé https://observatoriodaevangelizacao.com/juventudes-espiritualidade/ Fri, 01 Dec 2017 02:58:30 +0000 https://observatoriodaevangelizacao.wordpress.com/?p=27000 [Leia mais...]]]> Quando pensamos na necessidade do cultivo da espiritualidade, particularmente em relação às espiritualidades das juventudes, percebemos desde buscas que mesclam todo tipo de encontro transcendental – a pós-moderna espiritualidade líquida (se quisermos usar o conceito de Bauman) – até a espiritualidade libertadora, que norteia vários grupos de PJ (Pastoral da Juventude). O fato é que o imenso vazio das sociedades urbanas atuais acaba por produzir uma busca de um porto seguro, um referente que possa preencher, dar sentido à existência. Ou, quiçá, em todos os tempos tenha havido essa busca e isso mesmo nos faça “humanos”.

No caso das juventudes cristãs,  vários são os grupos que se fecham em um subjetivismo vertical, em orações catárticas, ditas “de adoração” ou “de libertação”, mas que desconhecem que a libertação trazida por Jesus de Nazaré é aquela que transforma a realidade daqueles que sofrem todo tipo de exclusão.

Mas há também jovens ecumênicas/os que se unem em oração a partir da interioridade, do silêncio; cantando refrães meditativos, acolhendo trechos das Escrituras Sagradas, rezando salmos…  Elas e eles refletem sobre a própria realidade e alimentam o espírito, por isso se comprometem com a transformação da sociedade e animam a existência.

O cultivo da vida interior leva, necessariamente, à solidariedade, na perspectiva de Taizé. É sobre essa experiência que dirigiremos nosso olhar neste advento. Neste momento histórico em que a espiritualidade da juventude, por vezes, tem sido relacionada à alienação, é esperançador conhecer jovens que desejam cultivar o ecumenismo, ou seja, se dispõem a ser dialogais em uma sociedade tão polarizada. Acompanhe-nos, nas próximas semanas, nesse encontro pelos caminhos da interioridade, da confiança e da reconciliação.

Professora Tânia Jordão

 

Outras publicações acerca desta observação:

 

https://atomic-temporary-74025290.wpcomstaging.com/2017/12/04/os-jovens-querem-se-encontrar-com-deus/

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