Domingo de Ramos – Observatório de Evangelização https://observatoriodaevangelizacao.com Sun, 25 Mar 2018 14:30:08 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.5.4 https://i0.wp.com/observatoriodaevangelizacao.com/wp-content/uploads/2024/04/cropped-logo.png?fit=32%2C32&ssl=1 Domingo de Ramos – Observatório de Evangelização https://observatoriodaevangelizacao.com 32 32 232225030 Para inspirar a Celebração do Domingo de Ramos… https://observatoriodaevangelizacao.com/para-inspirar-a-celebracao-do-domingo-de-ramos/ Sun, 25 Mar 2018 14:30:08 +0000 https://observatoriodaevangelizacao.wordpress.com/?p=27673 [Leia mais...]]]>

Ramos: descobrir o Deus en-coberto nas cidades

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“… quando se aproximaram de Jerusalém” (Mc 11,1)

A experiência espiritual da Quaresma implica a travessia do deserto: tempo de despojamento, de pobreza, de confiança em Deus, de esperança e horizontes abertos… O deserto quaresmal desemboca na cidade. E todos sabemos que a cidade é o contrário do deserto: autossuficiência, segurança, limitação de horizontes, acomodação, conflitos… Cidade moderna, globalizada pela tecnologia fria e sem alma, amordaçada pela funcionalidade e pela utilidade, com uma política submetida ao mercado, à produção e consumo, cidade estendida e sem muros de contorno, mas com horizonte atrofiado, aparentemente sem Reino de Deus à vista…

Hoje temos esvaziado a dimensão do deserto em nossas vidas e nos adaptamos de tal maneira à cidade e às suas exigências técnicas, produtivas, aos seus programas e solicitações… que acabamos nos sentindo passivos diante dela. O tempo quaresmal nos possibilita manter aberto o acesso ao deserto, que cria um espaço interior vazio, onde se faz realidade um encontro surpreendente com Deus; a partir daí, mesmo em nossa atribulada vida na cidade, podemos recuperar a liberdade do chamado profundo e redescobrir o caminho do Seguimento de Jesus, que começa e termina nos “aforas” da cidade.

Jesus entrou na cidade de Jerusalém com seus(suas) seguidores(as) e não foi uma decisão fácil porque implicava o alto risco de ser incompreendido e rejeitado. Como bom judeu, Jesus subiu a Jerusalém, cidade de Davi (do Messias) em nome dos pobres, com um grupo de galileus, para anunciar e preparar o Reino. Subiu na Páscoa, porque era o momento propício (hora do Reino), tempo para que os homens e as mulheres pudessem se encontrar a se comunicar, em gesto de paz, a partir dos mais pobres. Subiu a Jerusalém porque estava convencido de que sua mensagem era de Deus e porque Deus lhe havia confiado a missão de instaurar, com sua palavra e com sua vida, o novo Reino dos pobres, que já havia começado na Galileia e que devia estender-se, desde Jerusalém, passando de novo por Galileia, para todos os homens e mulheres da terra.

Jesus tinha a certeza de que Deus falaria através do que fizessem (ou não fizessem) com Ele em Jerusalém, pois esta era a última oportunidade para a cidade da promessa e do templo. Entrou na cidade santa para que finalmente ela se transformasse na “cidade de Deus”, o lugar de encontro do ser humano com Deus, de Deus com todos os seres humanos, e estes como irmãos.

E pela primeira vez Jesus se deixa aclamar: “Hosana ao filho de Davi”. Desta vez não recusou o papel de liderança, mas deu um outro sentido, porque não se valeu disso para conquistar o poder e sim para desmascará-lo. Não fez pactos militares ou políticos, porque Deus não atua por meio do poder, mas de um modo gratuito. Dessa forma entrou na cidade de Jerusalém, desarmado e cheio de esperança, renunciando todo poder sobre ela, todo domínio, toda força, sem espadas, sem exército… Não entrou montado a cavalo como os grandes, mas num jumentinho; não entrou rodeado das grandes autoridades religiosas e políticas  pois Jesus se sentia muito melhor acompanhado das pessoas simples do povo;  não usou traje de gala, mas as vestes rudes de um peregrino; não lhe fizeram nenhum arco de flores pois a Ele lhe bastavam os mantos do povo e os ramos cortados das árvores; entrou provocativamente como mensageiro da concórdia e da paz em meio a aplausos e hosanas do povo peregrino que veio à festa. Jerusalém inteira fica alvoroçada. Os donos do poder, político e religioso, sentem-se ameaçados.

Não devemos perder o deserto que carregamos dentro de nós; por isso, só podemos “entrar na cidade” seguindo a Jesus Cristo que é fiel à causa do Reino, com o risco da Cruz (Semana Santa), porque a Cruz assume, radicaliza e eleva o deserto. Jesus vai morrer nos “aforas” da cidade, nesse limite fronteiriço entre o deserto e Jerusalém, nesse espaço que só Deus pode preencher e onde podemos enraizar nossa confiança n’Ele.. A Cruz se eleva e abraça ambas realidades.

O(a) seguidor(a) de Jesus é um(a) apaixonado(a) do deserto e que nunca se “encaixa” nas estruturas da cidade; sua presença sempre rompe com as muralhas, alargando espaços e acolhendo o diferente. Se carregamos o deserto dentro de nós, estaremos vazios de nós mesmos, de nosso ego, de nossas visões fechadas, de nosso monopólio da verdade. Só assim nossa presença na cidade vai se revelar inspiradora e provocativa, como a presença de Jesus em Jerusalém.

Embora muitas realidades urbanas nos queiram impedir o encontro com Deus, devemos reconhecer na cidade a presença d’Ele, muitas vezes de um modo imperceptível, como o sol está presente nos dias nublados. Deus está sempre presente na histórica e na cultura de nosso tempo. Ele continuamente vem ao nosso encontro. O cristianismo é a religião do Deus com rosto humano e urbano que nos busca apaixonadamente em Cristo. Por isso, não é necessário que levemos Deus para a cidade; Ele já está ali presente, em meio às alegrias e dores, esperanças e sofrimentos nela.

A presença de Deus não é percebida à plena luz do dia; uma pessoa pode viver na cidade e perfeitamente ignorar, negar, desmentir ou simplesmente desconhecer a presença divina nela. É preciso buscar a Deus, “descobrir Deus na cidade”, como se estivesse encoberto, oculto, escondido no espaço urbano. Uma aguda sensibilidade religiosa capta a presença de Deus também nos sinais de sua ausência. O “Deus escondido” se apresenta onde é marginalizado. Deus acompanha a todos em seu aparente ocultamento; pronuncia sua voz em seu silêncio; revela sua onipotência em seu despojamento; mostra sua máxima bondade em sua mínima expressão, do presépio à Cruz.

Este é um dos grandes desafios na grande cidade. Romper com o individualismo e o poder que marcam as relações entre os homens e as mulheres, para criar um marco novo, humanizador e aberto a Deus Pai, através de pequenas comunidades. Comunidades daqueles que confessam o seu amor comum pelas mesmas coisas – as mesmas esperanças, os mesmos sonhos, a mesma utopia do Reino.

É, sobretudo, em torno da mesa que as comunidades se constituem; com o gesto do “re-partir”, estabelece-se uma rede de relações entre as pessoas que aceitam conspirar, co-inspirar, em tôrno do fascínio da proposta de Jesus. Na verdade, a Eucaristia vivida é o sal, o fermento, a luz e a alma da cidade. Assim é a cidade que Deus deseja: uma praça de encontro e uma mesa celebrativa para todos.

Texto bíblico:  Mc 11,1-10

Na oração: As cidades não são pessoas, mas tem sua identidade e personalidade próprias; algumas tem múltiplas personalidades. Elas existem no espaço e no tempo.

Há cidades acolhedoras, que dão as boas-vindas, que parecem se preocupar com cada habitante, alegram-se com o fato de que os moradores ali se sintam bem; são cidades humanizadoras…

Há cidades indiferentes, aquelas que dá no mesmo que as pessoas estejam ou não nelas; cidades que seguem seu rumo, que ignoram seus habitantes…

Há cidades que são más, violentas, que parecem perdidas, que dão a sensação de que seriam mais felizes em outro lugar… Algumas grandes cidades se propagam como um câncer que devoram tudo em sua passagem, absorvem cidades pequenas e povoados, destroem culturas e hábitos de vida, esvaziam regiões que em outros tempos eram prósperas… Cidades desumanizadoras.

Mas somos nós que damos uma feição às cidades; cada cidade revela o rosto e o coração de seus moradores… Como é sua cidade? É espaço de encontro, de comunhão, de qualidade de vida?

Diante dos dramas de sua cidade (violência, exclusão, divisão…), qual a sua reação? acomodação, alienação? indiferença? ou compromisso? envolvimento em projetos humanizadores? presença inspiradora e facilitadora de encontros?…

Pe. Adroaldo Palaoro sj

 

Fonte:

www.catequesehoje.org.br

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Entrada de Jesus em Jerusalém: Missão de Paz! https://observatoriodaevangelizacao.com/entrada-de-jesus-em-jerusalem-missao-de-paz/ Sun, 09 Apr 2017 03:01:35 +0000 https://observatoriodaevangelizacao.wordpress.com/?p=16166 [Leia mais...]]]>  

O Senhor é aclamado como se faz a um general romano ou a um herói egípcio quando de sua chegada a sua cidade, à sua terra, após uma gloriosa vitória.

Apenas algumas diferenças: o Senhor ainda vai consumar sua luta e, enquanto os vencedores trazem consigo o espólio dos vencidos e os próprios vencidos como troféus,  será o Senhor o próprio espólio, o grande serviçal, o escravo de todos nós.

Esse gesto nos recorda um trecho da segunda leitura de hoje, da Carta de São Paulo aos Filipenses, que diz: “Não deveis fazer nada por egoísmo, ou para sentir-vos superiores aos outros, mas cada um de vós, com toda a humildade, considere os outros superiores a si mesmo, ninguém procure o próprio interesse, mas antes o dos outros.” O Senhor buscou apenas o nosso interesse, ou melhor, o interesse do Senhor é a nossa salvação.

Jesus entra em Jerusalém, montado em um jumentinho. Isso significa que entra na cidade que é sua para fazer com toda a Humanidade, uma missão de paz, ainda que essa paz tenha como preço sua própria vida.

Cristo entra em Jerusalém para entregar-se como oferta ao Pai, em nome de cada um de nós. Ele se coloca em nosso lugar e sofre as consequências que nosso egoísmo, nossa falta de amor e de perdão ocasionaram. Ele é o verdadeiro cordeiro pascal, a verdadeira vítima. Seu corpo é o pão e seu sangue é o vinho. Somos redimidos, para sempre, por seu sangue derramado de fato, Jesus Cristo é o cordeiro de Deus que tira os pecados do mundo.

Outro ensinamento, agora colhido da leitura da Paixão, este ano, a de São Mateus, é sobre a retaliação e a paz. Jesus impede que Pedro continue sua ação de punir o soldado que o ofendera e diz a ele: “Guarde a espada na bainha!” e cura Malcolm. Somos filhos da paz! Nosso Rei é o Príncipe da Paz, o Pacificador.

Que este início da Semana Santa nos comprometa com o projeto de Jesus para nós. Sejamos irmãos, sejamos filhos do mesmo Pai de nosso Senhor.

Que a humildade e a paz sejam nossos tesouros, recebidos através do sacrifício redentor do Filho de Deus!

Nossa libertação do egoísmo e da ira, da raiva, custou o sangue inocente de Jesus.

Valorizemos, com gratidão e amor, o sacrifício do Senhor por nós.

Reflexão do Padre Cesar Augusto dos Santos para o Domingo de Ramos

FONTE: Rádio Vaticana

 

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Domingo de Ramos: Igreja no Brasil realiza Coleta Nacional de Solidariedade https://observatoriodaevangelizacao.com/domingo-de-ramos-igreja-no-brasil-realiza-coleta-nacional-de-solidariedade/ Sat, 08 Apr 2017 20:00:51 +0000 https://observatoriodaevangelizacao.wordpress.com/?p=16160 [Leia mais...]]]> No próximo dia 9, Domingo de Ramos, a Igreja Católica no Brasil realiza em todo país a Coleta Nacional da Solidariedade, uma ação prevista pela Campanha da Fraternidade (CF), que este ano propõe o aprofundamento e ações concretas em torno do tema do meio ambiente, com destaque para os biomas brasileiros.

Bispos, sacerdotes, religiosos e religiosas, leigos, agentes de pastoral, colégios católicos e movimentos eclesiais são os principais motivadores e animadores dessa coleta.

Segundo o Bispo auxiliar de Brasília, Dom Leonardo Steiner, Secretário-Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), a conversão, movimento proposto para o período da Quaresma, exige passos concretos. “A Coleta Nacional de Solidariedade”, destaca o prelado, “permite aos católicos de ajudar os pobres e colaborar na continuidade do cuidado com a obra da criação”.

A cada ano, com o recurso arrecado, a CNBB apoia pequenos projetos em todo país relacionados à temática proposta pela CF. Em 2017, serão apoiados pequenos projetos que têm como foco o tema do meio ambiente e a sustentabilidade. Em 2016, foram arrecadados para o Fundo Nacional R$ 5.879.109,88. De 2012 a 2015, 1.067 projetos de desenvolvimento local e solidariedade foram apoiados em todo o país pela CNBB.

Fundo de Solidariedade

O resultado integral das coletas realizadas nas celebrações do Domingo de Ramos, coleta da solidariedade, com ou sem envelope, deve ser encaminhado à respectiva diocese. Do total arrecadado pela Coleta da Solidariedade, a diocese deve enviar 40% ao Fundo Nacional de Solidariedade (FNS), gerido pela CNBB. A outra parte (60%) permanece nas dioceses para atender projetos locais, pelos respectivos Fundos Diocesanos de Solidariedade (FDS).

As doações para o Fundo Nacional de Solidariedade da CNBB, podem ser efetuadas na conta indicada abaixo, ao longo de todo o ano. O depósito dos 40% da Coleta da Solidariedade para o Fundo Nacional de Solidariedade – CNBB deve ser feito na seguinte conta: Banco Bradesco, Agência 0484-7 – Conta Corrente 4188-2 – CNBB. O comprovante do depósito precisa ser enviado por: e-mail – financeiro@cnbb.org.br ou por correspondência para o endereço: SE/Sul Quadra 801 Conjunto B, CEP: 70.200-014 – Brasília – DF. Contato pelo telefone – (61) 2103-8309 (falar no financeiro).

 

FONTE: CNBB

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