Dom José Tolentino de Mendonça – Observatório de Evangelização https://observatoriodaevangelizacao.com Tue, 30 Jun 2020 21:50:06 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.5.4 https://i0.wp.com/observatoriodaevangelizacao.com/wp-content/uploads/2024/04/cropped-logo.png?fit=32%2C32&ssl=1 Dom José Tolentino de Mendonça – Observatório de Evangelização https://observatoriodaevangelizacao.com 32 32 232225030 Espiritualidade cristã em tempo de isolamento social, pelo card. José Tolentino de Mendonça https://observatoriodaevangelizacao.com/espiritualidade-crista-em-tempo-de-isolamento-pelo-cardeal-tolentino/ Tue, 30 Jun 2020 21:50:06 +0000 https://observatoriodaevangelizacao.wordpress.com/?p=34937 [Leia mais...]]]> Uma espiritualidade em tempos de pandemia, o que é, ou melhor, o que pode ser? Porque, no fundo, estamos no improviso. É interessante que, muitas vezes, na coreografia, na dança, se usa o improviso; não gostamos muito, porque preferimos uma vida conduzida por um guião; um improviso faz-nos viver o aberto; e para começar a falar do que é a espiritualidade em tempos de isolamento provocado pela pandemia, tenho de dizer isto: o futuro chegou de supetão, o futuro chegou achando-nos impreparados. Nenhum de nós sabe como lidar com esta situação. Sentimo-nos, todos, mais vulneráveis, mais precários.

À primeira vista, dizemos: aquilo que nos aconteceu é uma distopia; é uma calamidade; é o contrário da graça. E, contudo, em termos de fé, temos de olhar para este cronos, que parece devorar a nossa força e a nossa esperança, como a possibilidade de um káiros, a possibilidade de uma graça.

Este é um tempo de kénosis, de esvaziamento, um tempo de silêncio, um tempo em que, talvez, sintamos uma incerteza muito grande, um tempo de crise, um tempo em que parece que a vida vem menos. Um tempo precário.

Mas eu lembraria que a mesma raiz etimológica aproxima as duas palavras: precare, rezar, em latim, e precarium, o destino daquilo que é frágil. A espiritualidade não se constrói com a força. Jesus ensinou-nos isso com o mistério da sua Páscoa. Porque tudo tem de passar pelo mistério da cruz. E, por isso, este tempo, que parece só de calamidade, temos de o interpretar de um ponto de vista teológico e espiritual como um tempo de graça.

A pandemia descobriu, revelou, uma doença, que são, no fundo, os nossos estilos de vida, onde já não há alugar para o humano, não há lugar para o encontro, não há lugar para o transcendente, não há lugar para uma vida interior rica, digna desse nome, não há lugar para uma oração.

Como é que este pode ser um tempo de graça? Na oração que o papa organizou, na praça de S. Pedro, sexta-feira [27 de março de 2020], que muito nos impactou, ele escolheu ler o texto do Evangelho da tempestade acalmada. E no meio da tempestade, os discípulos perguntam a Jesus: Senhor, não te importas que morramos? É uma pergunta. E este é o tempo das perguntas, e das perguntas fundamentais. Se eu tivesse de sublinhar um ponto muito positivo desta experiência exigente que estamos a viver, é a qualidade das perguntas que escutamos.
É como se vencêssemos a banalidade, e as perguntas que ouvimos fazer uns aos outros são muito mais intensas, muito mais carregadas de sentido.

É curioso que aqui, em Itália, no início da pandemia, abriram-se gabinetes de apoio psicológico. E muitos idosos telefonavam, dizendo isto: eu não consigo rezar. E, de facto, este começou por ser um tempo em que parece que não era possível uma vida espiritual. Depois, descobrimos o contrário: que este tempo é de uma grande intensidade espiritual. E qual é o termómetro para perceber isso? São as perguntas, a radicalidade, a força das perguntas fundamentais que estamos a fazer.

Pegando no discurso do papa, há que dizer a verdade: não é a pandemia que nos adoeceu; nós já estávamos doentes. A pandemia descobriu, revelou, uma doença, que são, no fundo, os nossos estilos de vida, onde já não há alugar para o humano, não há lugar para o encontro, não há lugar para o transcendente, não há lugar para uma vida interior rica, digna desse nome, não há lugar para uma oração. Tudo é cronometrado, tudo passa pelo taxímetro.

Tenho um casal amigo – e é muito belo ouvir as histórias que se passaram nas famílias, porque, de certa forma, uma das coisas que este isolamento trouxe, é a redescoberta da família. Pelas primeira vez muitos casais, muitas famílias, passaram juntas um tempo de qualidade como não passavam há muitos anos, ou como nunca tinham passado – no qual um menino de cinco anos, à mesa, disse isto: eu acho que percebo o que estamos aqui a fazer; estamos aqui a criar memórias. Por vezes as crianças são antenas que nos ajudam a perceber o que estamos a fazer.

Não podemos olhar para este momento apenas como um parêntesis, como uma suspensão, e depois vamos voltar a viver tudo o que vivíamos – isso não é ajustado à realidade. Temos de encontrar novas linguagens; este tempo é um laboratório. E temos de ouvir o futuro, que já está aqui, porque, como diz Santo Agostinho, há um presente do futuro.

Este é um tempo de graça, é um tempo para a graça, é um tempo de maior gratuidade, e é um tempo para criar. Não é só um tempo para “descriar”; não é só a passividade, não é só o não fazer; é um tempo propício, oportuno. Por isso, há aqui um chamamento a modelar o tempo do ponto de vista da fé.

Um dos princípios que o papa Francisco repete muitas vezes é: o tempo é superior ao espaço. Parece uma sentença muito filosófica, e que não tem uma leitura fácil, imediata. Contudo, neste tempo de isolamento social, percebemos isso: o tempo é superior ao espaço. Aconteceu uma espécie de recuo.

A mística judaica fala numa espécie de “tzimtzum”, parece uma coisa brincada. O “tzimtzum” é uma coisa inventada a partir das leituras da Cabala, segundo a qual Deus, para poder criar, teve de dar um passo atrás, teve de se despojar de si mesmo para poder criar. Esta ideia foi retomada por autores tão importantes na segunda guerra mundial como Simone Weil, que disseram, precisamente: o tempo da catástrofe parece um tempo em que Deus recua, dá um passo atrás; contudo, é um tempo para descobrirmos o Deus da ternura, o Deus da misericórdia, o Deus próximo, o Deus comprometido com a pessoa humana, o Deus que está ao lado da vítima, ao lado do que sofre; porque o próprio Deus vive este recuo.

É uma ideia curiosa, que nos deixa a mística judaica, e que nos ajuda a pensar o que está a acontecer com o espaço; está a acontecer o nosso “tzimtzum”, damos um passo atrás para, também, ter uma visão crítica em relação ao modo como habitamos o espaço. Porque, muitas vezes, é pura ocupação de espaço, pura marcação de território, puro automatismo. É uma espécie de colonização do território da comunidade, ou do território público. É sonambulismo existencial.

O “tzimtzum” permite olhar para o tempo, não tanto para o espaço, e ouvir os múltiplos tempos que existem dentro de nós. Santo Agostinho, nas Confissões, fala de três presentes: o presente das coisas passadas, o presente das coisas presentes, e o presente das coisas futuras. O tempo é superior ao espaço.

Uma última dimensão que queria sublinhar é que este tempo de isolamento é muito intenso de relação. E é um tempo de intensificação da relação. Porque é muito viciante, e é um jogo viciado, acharmos que só existe uma forma de presença, ou que a ausência tem sempre o mesmo sentido; que a distância e a proximidade se leem de uma forma unívoca. Não.

Este é um tempo de grande escuta espiritual. Este é o momento para percebermos que a vida não se esgota no momento, no instante, na arquitetura do quotidiano, mas que a vida tem uma respiração muito maior. E nós temos de ouvir os passos do futuro, e dialogar com o futuro de outra forma.

Não tenho dúvidas de que entramos numa nova época da história. A pandemia vai passar. Mas nós já estaremos outra época. Culturalmente noutra época. Civilizacionalmente noutra época. Mas também espiritualmente noutra época da história. É importante que em termos da espiritualidade também nos preparemos para entrar nesse tempo novo, que já é o tempo que estamos a viver. Por isso, não podemos olhar para este momento apenas como um parêntesis, como uma suspensão, e depois vamos voltar a viver tudo o que vivíamos – isso não é ajustado à realidade. Temos de encontrar novas linguagens; este tempo é um laboratório. E temos de ouvir o futuro, que já está aqui, porque, como diz Santo Agostinho, há um presente do futuro.

Uma última dimensão que queria sublinhar é que este tempo de isolamento é muito intenso de relação. E é um tempo de intensificação da relação. Porque é muito viciante, e é um jogo viciado, acharmos que só existe uma forma de presença, ou que a ausência tem sempre o mesmo sentido; que a distância e a proximidade se leem de uma forma unívoca. Não. Muitas vezes estamos próximos e estamos completamente ausentes; muitas vezes encontramo-nos e só esbarramos uns nos outros; muitas vezes estamos em comunidade e somos ilhas, não arquipélagos. E este é um tempo para redescobrir e retrabalhar as histórias de amor. E eu não tenho dúvida de que este tempo faz-nos descobrir tanto, tantas possibilidades.

Na história da cultura do século passado, vemos que grandes obras da literatura, da filosofia, da música, da pintura, da espiritualidade, aconteceram em contextos dramáticos, como o que estamos a viver. Franz Rosenzweig, o grande filósofo, escreveu a sua Estrela da redenção nas trincheiras da primeira guerra mundial; Messiaen escreveu a sua obra mais famosa, o Quarteto para o fim dos tempos, num campo de concentração. A Guernica, um dos símbolos da arte do século XX, foi escrita no impacto da guerra civil espanhola.

Este não é um tempo para a pura sobrevivência, este é um tempo para sonhos grandes, para projetos maiores do que nós, é um tempo para dar passos novos, para ensaiar novos caminhos, para sair da caixa, para reinventar o formato, para descobrir novas linguagens. É um tempo para sentir coisas que, possivelmente, até aqui não sentimos.

Uma das grandes místicas do século XX é, sem dúvida, Etty Hillesum, esta jovem holandesa judia, muito próxima do cristianismo, laica e crente ao mesmo tempo, que, podendo escapar do campo de concentração, se oferece como voluntária para nele trabalhar, e nele acaba como prisioneira. E Etty Hillesum diz esta coisa espantosa: este tempo em que parece que a nossa alma soçobra, este é o tempo para olhar os lírios do campo.

Há um desafio enorme neste tempo. E vemos a quantidade de histórias de amor, pequenas histórias, os médicos, os enfermeiros, o pessoal técnico, as pessoas dos laboratórios, tantos sacerdotes, tantas comunidades; mas não só: tantos gestos de amor: as pessoas que dizem, nos seus prédios, aos mais idosos, que vão fazer as compras; aqueles que não querem deixar ninguém para trás; todos esses gestos de amor são alguma coisa que está a transformar este tempo numa catedral.

Como é que eu vejo a espiritualidade neste tempo de pandemia? É um tempo de kénosis, mas também de graça; é um tempo de grande precariedade, mas é um tempo para descobrir o precare, a força da oração; é um tempo para voltar às grandes perguntas; é um tempo para criar memórias, para ouvir o futuro, para perceber que o tempo é superior ao espaço.

Podemos pensar: este é um ano para esquecer; este é um ano de vida adiada. Há um grande poeta de língua portuguesa, António Ramos Rosa, que tem um verso maravilhoso: «Não posso adiar o coração para outro século». Este não é um tempo para a pura sobrevivência, este é um tempo para sonhos grandes, para projetos maiores do que nós, é um tempo para dar passos novos, para ensaiar novos caminhos, para sair da caixa, para reinventar o formato, para descobrir novas linguagens. É um tempo para sentir coisas que, possivelmente, até aqui não sentimos.

Eu dou um exemplo da porta ao lado. O papa gosta de falar da santidade da porta ao lado. Na praça onde está a casa onde vivo, estão algumas pessoas sem-abrigo. E, claro, eu procuro ser cuidadoso, ser humano e ser próximo. Mas a verdade é que quando nós temos uma casa, e estamos a falar com uma pessoa sem-abrigo, há uma diferença: nós não estamos completamente naquela situação. Para mim, uma das coisas extraordinárias foi, no primeiro mês após a pandemia, sair de casa e perguntar «como está?» à senhora que dorme na rua, e ela perguntar-me: «E você, como está?». E a pergunta era igual. Porque estávamos no mesmo barco, debaixo da mesma tempestade. Penso que esta aprendizagem é de uma riqueza espiritual que nos pode ajudar muito.


Card. José Tolentino Mendonça
Arquivista e bibliotecário da Santa Igreja Romana
Intervenção no ciclo “Tecendo redes – Diálogos online de Teologia Pastoral”, 22/06/2020

Transcrição: Rui Jorge Martins
Imagem: Bill Viola | D.R.
Publicado em 24/06/2020

https://youtu.be/8oQYr43YNlg

Fonte: 

www.snpcultura.org


]]>
34937
Bispos, “não somos aqueles que temos Deus na mão ou que administramos Deus… somos sedentos de Deus.” https://observatoriodaevangelizacao.com/bispos-nao-somos-aqueles-que-temos-deus-na-mao-ou-que-administramos-deus-somos-sedentos-de-deus/ Mon, 06 May 2019 17:44:17 +0000 https://observatoriodaevangelizacao.wordpress.com/?p=30455 [Leia mais...]]]> Nos dias 04 e 05/05/2019, o retiro dos bispos da CNBB foi orientado por Dom José Tolentino de Mendonça, o padre e poeta português que, depois de pregar o retiro para o papa Franscico e os membros da Cúria romana, tornou-se arcebispo, arquivista e bibliotecário do Vaticano. A seguir, um pouco do que foi trabalhado no retiro, segundo a síntese do padre Andrey Nicioli, confira:

“Somos mestres da fé porque somos sedentos de Deus”, disse pregador em retiro

A tarde de sábado, 4, e a manhã de domingo, 5, foram momentos de parada e oração para os bispos participantes da 57ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que ocorre em Aparecida (SP). O orientador do retiro foi o arquivista e bibliotecário do Vaticano, o arcebispo dom José Tolentino Mendonça.

Durante pronunciamento aos jornalistas antes do retiro, ele indicou os caminhos que iria seguir, ressaltando que usaria em suas reflexões, além da Sagrada Escritura e da Tradição da Igreja, autores brasileiros leigos, como Clarice Lispector, Manoel de Barros e Adélia Prado.

“Vamos andar à volta da figura de São Pedro, nos passos das aparições bíblicas. O pastor não nasce de geração espontânea, mas um bispo se constrói espiritualmente, como Pedro se construiu nos encontros com Jesus. Que a Igreja se assuma dependente da pessoa de Jesus”, afirmou.

Já dentro do plenário, dom Tolentino reforçou que o retiro depende estritamente da ação de Deus.

“Aceito essa missão com sentido de humildade. Quando pregamos aos outros, na verdade pregamos a nós mesmos. Vocês estão fazendo essa experiência de forte sinodalidade. Agora, abrimos nesta sinodalidade um espaço de cenáculo. Um tempo humilde, despretensioso de disposição ao Espírito Santo. Essa hora não é nossa, não trata apenas de nossas forças e sabedoria, agora é hora do Espírito Santo”, disse logo no início de sua apresentação, já aos bispos.

Dom Tolentino usou de poesia para falar da sede de Deus. Clarice Lispector, na sua ida ao Jardim Botânico, tem muito a revelar. O poema “Ato gratuito” revela uma escritora sedenta de liberdade, uma sede estranha e profunda:

“Há uma sede em nós que não tornamos oficial, explícita em nossa vida. Pode acontecer que seja difícil praticar esse tempo. Talvez seja mais fácil fugir. Contudo, a sede está lá e não podemos fazer de conta que a sede não existe. Em nós, bispos, a sede de Deus existe. Não somos aqueles que temos Deus na mão ou que administramos Deus, mas somos mestres da fé porque somos sedentos de Deus. Ensinamos Deus porque nos sentimos tantas vezes vazios de Deus. Esta é nossa realidade, nossa experiência. Da aceitação desta realidade depende a qualificação espiritual de cada um”, refletiu.

É este elogio do inútil que o poeta brasileiro Manoel de Barros também faz ao citar que prefere “as máquinas que servem para não funcionar: quando cheias de areia de formiga e musgo, elas podem um dia milagrar flores”.

“A maior riqueza de um homem é sua incompletude. Somos uma máquina que temos que funcionar, mas tem uma beleza e um sentido espiritual quando não funcionamos, quando aceitamos nossa inutilidade, quando rezamos não por esta intenção ou aquela, mas um rezar simplesmente. Na nossa vida episcopal essa é uma falta grande, porque tudo tem que funcionar. É importante perceber que o abandono, o imprestável, o que não funciona, também ativa o milagre”, rezou.

Para finalizar a introdução do retiro, dom Tolentino utilizou do Casamento, de Adélia Prado, quando ela poetizou, após ajudar seu marido a limpar peixes: “O silêncio de quando nos vimos a primeira vez atravessa a cozinha como um rio profundo. Por fim, os peixes na travessa, vamos dormir. Coisas prateadas espocam: somos noivo e noiva”.

“Esse momento despretensioso que aqui estamos não é mais um momento qualquer, mas somos noivo e noiva, Cristo e sua Igreja. é momento de circular amor. O primado de Pedro outra coisa não é do que o primado do amor. E o primado que o bispo testemunha na sua Igreja outra coisa não é do que o primado do amor de Cristo. Somos noivo e noiva”, afirmou.

Assim dom Tolentino conduziu seu retiro, passando pela figura de Pedro, a partir do capítulo 21 de São João:

“Um bispo tem que se preocupar com tantas coisas e acabamos deixando em segundo plano amar a Jesus. Pedro coloca a túnica. A túnica é uma veste sacerdotal. Do encontro com Cristo, Pedro se reencontra, se restitui. Muitas vezes precisamos aceitar nossa nudez para reencontrarmos Cristo. Intelectualizamos demais a fé. A fé não tem somente uma credibilidade racional, tem também uma credibilidade existencial, antropológica, emocional, afetiva”, continuou.

Já pelo domingo de manhã, dom Tolentino usou do Evangelho de São Lucas, a passagem do Pai Misericordioso, para refletir com os bispos.

“Misericórdia não é dar ao outro o que merece, mas oferecer ao outros precisamente o que o outro não merece. É ir mais longe, confirmar o irmão. Precisamos de um sim que seja uma confirmação. Como dizia Agostinho: ‘quero que tu sejas’. Legitimar o outro pelo meu olhar, pelo meu amor. O pai se antecipa o discurso que o filho tinha preparado. A misericórdia é um excesso de amor. Deus não vai te perdoar porque você se arrependeu, mas você vai se arrepender porque Deus te perdoou”, refletiu.

Por padre Andrey Nicioli

Fonte:

www.cnbb.org.br

]]>
30455