Conselho Nacional de Igrejas Cristãs – CONIC – Observatório de Evangelização https://observatoriodaevangelizacao.com Wed, 17 Feb 2021 23:32:57 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.5.4 https://i0.wp.com/observatoriodaevangelizacao.com/wp-content/uploads/2024/04/cropped-logo.png?fit=32%2C32&ssl=1 Conselho Nacional de Igrejas Cristãs – CONIC – Observatório de Evangelização https://observatoriodaevangelizacao.com 32 32 232225030 Mensagem do papa Francisco para a Campanha da Fraternidade ecumênica – 2021 https://observatoriodaevangelizacao.com/mensagem-do-papa-francisco-para-a-campanha-da-fraternidade-ecumenica-2021/ Wed, 17 Feb 2021 23:32:57 +0000 https://observatoriodaevangelizacao.wordpress.com/?p=38165 [Leia mais...]]]> Realizada pela CNBB todos os anos no tempo da Quaresma, período de 40 dias que antecede a Páscoa, a Campanha da Fraternidade de 2021 é promovida de forma ecumênica, ou seja, em parceria entre várias Igrejas Cristãs. Confira a mensagem do papa Francisco por ocasião da Campanha da Fraternidade Ecumênica – 2021:

Vatican News

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e o Conselho Nacional de Igrejas Cristãs (Conic) abriram na manhã desta Quarta-feira de Cinzas, 17 de fevereiro, a quinta edição da Campanha da Fraternidade Ecumênica (CFE). A abertura foi realizada de forma simbólica e virtual com a divulgação de um vídeo com pronunciamentos de representantes das Igrejas que compõem o Conic.

Neste ano, o tema da Campanha da Fraternidade Ecumênica é “Fraternidade e Diálogo: compromisso de amor” e o lema “Cristo é a nossa paz: do que era dividido, fez uma unidade”, extraído da carta de São Paulo aos Efésios, capítulo 2, versículo 14.

Realizada pela CNBB todos os anos no tempo da Quaresma, período de 40 dias que antecede a Páscoa, a Campanha da Fraternidade de 2021 é promovida de forma ecumênica, ou seja, em parceria entre várias Igrejas Cristãs. A CFE 2021 quer convidar os cristãos e pessoas de boa vontade a pensarem, avaliarem e identificarem caminhos para a superação das polarizações e das violências que marcam o mundo atual. Tudo isso através do diálogo amoroso e do testemunho da unidade na diversidade, inspirados e inspiradas no amor de Cristo.

A abertura virtual deve-se à escolha das entidades promotoras da Campanha como forma de prevenção da Covid-19. De acordo com o bispo auxiliar da arquidiocese do Rio de Janeiro (RJ) e secretário-geral da CNBB, dom Joel Portella Amado, a decisão foi tomada em comum acordo com a diretoria do CONIC, “para evitar aglomeração nesse momento em que a pandemia assume números que nos assustam”. Para dom Joel, “é necessário dar testemunho a respeito da importância das medidas sanitárias” e, para isso, os “recursos informáticos” disponíveis serão utilizados.

O Papa Francisco enviou uma mensagem escrita para o início da Quaresma e da Campanha da Fraternidade 2021.Ouça e compartilhe

Confira o texto integral:

Queridos irmãos e irmãs do Brasil!

Com o início da Quaresma, somos convidados a um tempo de intensa reflexão e revisão de nossas vidas. O Senhor Jesus, que nos convida a caminhar com Ele pelo deserto rumo à vitória pascal sobre o pecado e a morte, faz-se peregrino conosco também nestes tempos de pandemia. Ele nos convoca e convida a orar pelos que morreram, a bendizer pelo serviço abnegado de tantos profissionais da saúde e a estimular a solidariedade entre as pessoas de boa vontade. Convoca-nos a cuidarmos de nós mesmos, de nossa saúde, e a nos preocuparmos uns pelos outros, como nos ensina na parábola do Bom Samaritano (cf. Lc 10, 25-37). Precisamos vencer a pandemia e nós o faremos à medida em que formos capazes de superar as divisões e nos unirmos em torno da vida. Como indiquei na recente Encíclica Fratelli tutti, «passada a crise sanitária, a pior reação seria cair ainda mais num consumismo febril e em novas formas de autoproteção egoísta» (n. 35). Para que isso não ocorra, a Quaresma nos é de grande auxílio, pois nos chama à conversão através da oração, do jejum e da esmola.

Como é tradição há várias décadas, a Igreja no Brasil promove a Campanha da Fraternidade, como um auxílio concreto para a vivência deste tempo de preparação para a Páscoa. Neste ano de 2021, com o tema “Fraternidade e Diálogo: compromisso de amor”, os fiéis são convidados a «sentar-se a escutar o outro» e, assim, superar os obstáculos de um mundo que é muitas vezes «um mundo surdo». De fato, quando nos dispomos ao diálogo, estabelecemos «um paradigma de atitude receptiva, de quem supera o narcisismo e acolhe o outro» (Ibidem, n. 48). E, na base desta renovada cultura do diálogo está Jesus que, como ensina o lema da Campanha deste ano, «é a nossa paz: do que era dividido fez uma unidade» (Ef 2,14).

Por outro lado, ao promover o diálogo como compromisso de amor, a Campanha da Fraternidade lembra que são os cristãos os primeiros a ter que dar exemplo, começando pela prática do diálogo ecumênico. Certos de que «devemos sempre lembrar-nos de que somos peregrinos, e peregrinamos juntos», no diálogo ecumênico podemos verdadeiramente «abrir o coração ao companheiro de estrada sem medos nem desconfianças, e olhar primariamente para o que procuramos: a paz no rosto do único Deus» (Exort. Apost. Evangelii gaudium, n. 244). É, pois, motivo de esperança, o fato de que este ano, pela quinta vez, a Campanha da Fraternidade seja realizada com as Igrejas que fazem parte do Conselho Nacional das Igrejas Cristãs do Brasil (CONIC).

Desse modo, os cristãos brasileiros, na fidelidade ao único Senhor Jesus que nos deixou o mandamento de nos amarmos uns aos outros como Ele nos amou (cf. Jo 13,34) e partindo «do reconhecimento do valor de cada pessoa humana como criatura chamada a ser filho ou filha de Deus, oferecem uma preciosa contribuição para a construção da fraternidade e a defesa da justiça na sociedade» (Carta Enc. Fratelli tutti, n. 271). A fecundidade do nosso testemunho dependerá também de nossa capacidade de dialogar, encontrar pontos de união e os traduzir em ações em favor da vida, de modo especial, a vida dos mais vulneráveis. Desejando a graça de uma frutuosa Campanha da Fraternidade Ecumênica, envio a todos e cada um a Bênção Apostólica, pedindo que nunca deixem de rezar por mim.

Roma, São João de Latrão, 17 de fevereiro de 2021

[Franciscus PP.]

Fonte:

www.vaticannew.va

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Um gesto profético que fez diferença https://observatoriodaevangelizacao.com/um-gesto-profetico-que-fez-diferenca/ Wed, 25 Apr 2018 18:11:08 +0000 https://observatoriodaevangelizacao.wordpress.com/?p=27877 [Leia mais...]]]> Pastora luterana do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs – CONIC, Lusmarina Campos, fez campanha em sua Igreja e arrecadou fundos para a restauração de um terreiro de Candomblé destruído por evangélicos. Em suas palavras: 

“Logo que a gente ouviu sobre a destruição do terreiro, eu pensei: ‘Se em nome de Cristo eles destroem, em nome de Cristo nós vamos reconstruir’. É extremamente importante dar um testemunho positivo da nossa fé, porque o Cristo que está sendo utilizado para destruir um terreiro está sendo completamente mal interpretado”.

O gesto profético já dá seus primeiros frutos. Foi criado pelo CONIC um Fundo de Solidariedade para o Enfrentamento de Violências Religiosas. E o próximo passo será a criação de um Comitê Inter-religioso para gerir o fundo.

A seguir a matéria:

 

“Se em nome de Cristo eles destroem, em nome de Cristo vamos reconstruir.”

Lugar de encontro e devoção de praticantes do candomblé há 17 anos, o terreiro de Conceição d’Lissá tem recebido, nos últimos meses, visitantes inusitados. O templo, localizado em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, está sendo reconstruído com a ajuda de evangélicos. Em meio a diversos casos de intolerância e violência contra religiões de matriz africana, um grupo arrecadou mais de R$ 12 mil para as obras depois que o espaço foi parcialmente destruído em um incêndio.
Em uma manhã de sábado de fevereiro, a pastora Lusmarina Campos, da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil, foi ao local acompanhada de três voluntários para, pessoalmente, ajudar na remoção de entulhos – tijolos e pedaços de madeira que faziam parte do segundo andar do terreiro, área atingida pelo fogo em junho de 2014. Na época presidente do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Estado (CONIC-Rio), Lusmarina organizou a campanha de arrecadação, concluída no fim do ano passado, para a reconstrução do templo.
Logo que a gente ouviu sobre a destruição do terreiro, eu pensei: ‘Se em nome de Cristo eles destroem, em nome de Cristo nós vamos reconstruir’. É extremamente importante dar um testemunho positivo da nossa fé, porque o Cristo que está sendo utilizado para destruir um terreiro está sendo completamente mal interpretado“, explica Lusmarina.
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Aquele foi o oitavo ataque ao local de culto da mãe de santo. Antes, tiros haviam sido disparados contra o templo e a casa de Conceição. Três carros que pertenciam a candomblecistas de seu grupo foram queimados. A polícia ainda não identificou os responsáveis pelos crimes. Para tentar se proteger, Conceição instalou grades e reforçou muros e cadeados do templo. Sem apontar suspeitos, ela afirma que os ataques têm cunho religioso: “Não há roubo de televisão, rádio, uma porção de coisas que poderiam usar para fazer dinheiro. Não levam nada, só destroem.
No ano passado, 71,5% dos casos de intolerância religiosa registrados no Rio de Janeiro foram contra grupos de matriz africana, segundo a Secretaria de Estado de Direitos Humanos e Políticas para Mulheres e Idosos. Crimes de ódio contra os adeptos de religiões como Candomblé e Umbanda também ocorrem em outras partes do país, que possui cerca de 600 mil devotos de crenças de origem africana, segundo o Censo de 2010.

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É um fenômeno nacional, agora com essa face cruel, que já se expressou em 2008 e vem desde a década de 90, que são os traficantes instrumentalizados por grupos neopentecostais que atacam os templos religiosos nas periferias e favelas“, comenta o babalaô Ivanir dos Santos, interlocutor da Comissão de Combate à Intolerância Religiosa.
“O arcabouço do que está acontecendo no Rio de Janeiro, em termos de violência religiosa, tem como fundo uma lógica de guerra”, complementa a pastora Lusmarina. “Faz parte de um projeto de poder a descaracterização de outros grupos religiosos, ou seja, uma linguagem de desrespeito e condenação. Porque, nesse tipo de concepção, a diversidade não é permitida. É um enfrentamento que precisamos fazer porque é muito mais amplo do que a questão estritamente religiosa. A questão é política. Por isso, a gente precisa se unir.
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O babalaô acompanhou desde o início a ação de apoio ao terreiro em Duque de Caxias organizada por Lusmarina. “Esse ato é um divisor de águas na luta contra a intolerância religiosa no país“, comenta ele. A entrega do dinheiro, com o maior aporte vindo de fiéis da Igreja Cristã de Ipanema, que é evangélica, foi celebrada no fim do ano passado com uma cerimônia inter-religiosa no terreiro de Conceição. Alguns dos que participaram tiveram de enfrentar críticas e ameaças, principalmente na internet e nas redes sociais. Lusmarina conta que um youtuber evangélico gravou um vídeo em que incentiva outras pessoas a agredirem. “Ele diz: ‘Pastora vadia, vagabunda…Tem que tomar tapa na cara’, de maneira muito agressiva e violenta.”
A discriminação, no entanto, não é exclusiva de grupos extremistas. Os próprios voluntários que acompanharam Lusmarina na preparação do terreiro para as obras admitiram que, em determinado momento da vida, chegaram a ter uma visão negativa em relação a religiões de matriz africana, por acreditarem que eram ligadas ao mal.
O candomblé sofre preconceito desde que era a religião professada pelos nossos antepassados, que vieram para o país escravizados“, comenta Conceição. “As pessoas hoje endemonizam o candomblé como se tivéssemos uma relação estreita com essa figura chamada diabo, sem saber que o diabo não faz parte do nosso panteão de divinizados. É uma visão eurocristã que não tem nada a ver conosco.”
A exemplo da iniciativa tomada no Rio de Janeiro, a direção nacional do CONIC decidiu criar o Fundo de Solidariedade para o Enfrentamento de Violências Religiosas. A entidade já começou a receber doações e pretende criar um comitê inter-religioso que fique responsável por gerir o fundo e selecionar pessoas e espaços que precisem ser atendidos – em especial, os de religiões de matriz africana.
“Essa repercussão já significou um racha na base de um grande bloco de igrejas que parecia mais ou menos uniforme”, diz Lusmarina:
Embora uma parte das igrejas e de pessoas dentro de igrejas não tenha apoiado a nossa ação, a grande maioria das pessoas apoiou e a grande maioria das igrejas prefere o respeito à violência, prefere o amor, a aproximação…que é de fato a mensagem central do evangelho. Esses são valores fundamentais dos quais não podemos abrir mão.
As obras no terreiro da mãe de santo Conceição começaram pela cozinha, que estava funcionando no quintal desde que a estrutura interna da casa foi danificada pelo incêndio. O local é considerado “o coração do barracão”, uma vez em que lá são produzidas as oferendas – parte importante da tradição candomblecista.
Quando eles vêm dar essa ajuda pra gente, é justamente [uma forma de] reconhecer que, primeiro, a gente sofre o ataque. Depois, é reconhecer que a gente tem o direito de existir e professar o nosso sagrado“, comenta Conceição:
Eles não vieram aqui pra me mudar, evangelizar ou dizer que o que eu faço está feio ou é do diabo. Vieram para dizer: ‘Faça aquilo que você crê. Eu vou te ajudar’.
Veja o vídeo:
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Texto: Ana Terra para a BBC Brasil
Foto: Reprodução / BBC Brasil
(Os grifos sãos nossos.)
Fonte:
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500 anos da Reforma: Mensagem da Igreja Luterana – IECLB https://observatoriodaevangelizacao.com/500-anos-da-reforma-mensagem-da-igreja-luterana-ieclb/ Mon, 30 Oct 2017 20:22:35 +0000 https://observatoriodaevangelizacao.wordpress.com/?p=26170 [Leia mais...]]]> “O presente desse Jubileu é o Evangelho de Jesus Cristo. O presente dessa comemoração é aquilo que Deus fez e faz por nós por meio de Jesus Cristo: em Cristo, nós somos irmãs e irmãos resgatados do poder do pecado e da maldade para viver vida alegre, livre e responsável mediante a graça de Deus”, escreve o pastor luterano Nestor Paulo Friedrich.

Com abertura, acreditando que é o Espírito de Jesus que reparte seus dons e nos auxilia a construirmos um novo caminho, de diálogo e reconciliação, alegremo-nos pela possibilidade de vivermos juntos esse Jubileu.

 

Por Pastor Nestor Paulo Friedrich

Quem de nós não gosta de comemorar? Co-memorar é recordar e festejar em conjunto! Comemoramos o aniversário, o casamento, a formatura. Comemoramos para agradecer, para nos alegrar com a família e pessoas amigas. Na Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB*), comemoramos muitos eventos em Comunidade. Neste ano, 2017, comemoramos algo muito especial para a história da Igreja: os 500 anos da Reforma!
Na comemoração do Jubileu, precisamos ter cuidado: não podemos trocar o presente pelo embrulho, ou seja, o presente do Jubileu da Reforma não é Martim Lutero. O presente desse Jubileu é o Evangelho de Jesus Cristo. O presente dessa comemoração é aquilo que Deus fez e faz por nós por meio de Jesus Cristo: em Cristo, nós somos irmãs e irmãos resgatados do poder do pecado e da maldade para viver vida alegre, livre e responsável mediante a graça de Deus.
Há uma frase genial de Lutero que nos permite compreender a nossa liberdade e a nossa responsabilidade a partir da graça de Deus. Diz Lutero: Diante de Deus, pela fé, és livre de tudo, mas, junto aos seres humanos, és servo, serva de todos e todas pelo amor. Pela fé e sob a graça de Deus, vivemos, nos movemos e existimos, diz o Lema da nossa Igreja neste ano, segundo Atos 17.28.
Pela fé e sob a graça de Deus, vivemos, nos movemos e existimos em liberdade responsável. Deus não nos submete a leis e regras. Pela fé, o amor expresso no serviço – a diaconia – é que determina a nossa relação com Deus, com as pessoas e com a Criação toda. É essa relação entre liberdade e serviço de amor que define a tarefa da Igreja, por isso o Tema do Ano da IECLB relaciona alegria e compromisso: Alegres, jubilai! Igreja sempre em Reforma: agora são outros 500.
Somos livres para levar uma vida de agradecida resposta ao dom divino da salvação. Como pessoas que amou, Deus teve e tem compaixão de nós a cada novo amanhecer. Recebemos dele a capacidade para sermos mensageiras da paz, da justiça e da reconciliação em nosso mundo. Somos livres para servir!
A IECLB é Igreja oriunda da Reforma. Como tal, a sua raiz está no Evangelho de Jesus Cristo. Tendo o Evangelho como fundamento, a IECLB tem o que co-memorar no Jubileu dos 500 anos da Reforma.
Somos Igreja que acredita na força do Sacerdócio de todas as pessoas batizadas. O trabalho voluntário é um dos nossos maiores bens na ação missionária. A IECLB ordena mulheres há várias décadas. As diferentes ênfases ministeriais – Catequética, Diaconal, Missionária e Pastoral – são testemunho da diversidade de dons valorizada. A nossa produção teológica é reconhecida como profunda e de excelente qualidade.
A busca por um futuro melhor, nos faz confessar as nossas fraquezas, como, por exemplo, a baixa capacidade de diálogo entre setores da IECLB que pensam diferente entre si. Nos últimos anos, cresce na Igreja a polarização instalada em nosso país. Orientações de Concílios, Assembleias e Conselhos nem sempre são seguidas. Também há muito o que fazer no que diz respeito à temática Fé, Gratidão e Compromisso.
Levando em conta o nosso potencial e as nossas fragilidades, precisamos, como Igreja oriunda da Reforma, voltar mais a nossa atenção ao Evangelho e, em postura de diálogo responsável, compreender o que Lutero sinalizou como tarefa cristã: Diante de Deus, pela fé, és livre de tudo, mas, junto aos seres humanos, és servo, serva de todos e todas pelo amor.
A IECLB foi, é e será uma bênção na vida de muitas pessoas. Nos Cultos, na pregação, nos grupos, na ação diaconal e no testemunho público da nossa Igreja, muita gente encontrou o Deus vivo, que ama, perdoa, alimenta, aceita, liberta, salva. Importa continuarmos seguindo em frente. Em tempos difíceis, nos quais parece haver diminuição da relevância da Igreja e aumento de preconceito, divisão, ódio e injustiça, é necessário manter firme a postura fiel ao Evangelho de Jesus Cristo.
Os próximos 500 anos trarão velhos e novos desafios. A IECLB, movida pela graça de Deus, saberá encará-los. Estão à nossa frente outros 500!
Pastor Nestor Paulo Friedrich
Pastor Presidente da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil
FONTE: CONIC
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