clero – Observatório de Evangelização https://observatoriodaevangelizacao.com Fri, 13 May 2022 21:30:00 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.5.4 https://i0.wp.com/observatoriodaevangelizacao.com/wp-content/uploads/2024/04/cropped-logo.png?fit=32%2C32&ssl=1 clero – Observatório de Evangelização https://observatoriodaevangelizacao.com 32 32 232225030 Mais de 500 padres se reúnem em Aparecida para o 18º Encontro Nacional de Presbíteros https://observatoriodaevangelizacao.com/mais-de-500-padres-se-reunem-em-aparecida-para-o-18o-encontro-nacional-de-presbiteros/ Fri, 13 May 2022 21:30:00 +0000 https://atomic-temporary-74025290.wpcomstaging.com/?p=44980 [Leia mais...]]]> Aparecida vive nesta semana dois momentos importantes para a Igreja do Brasil e da América Latina. Hoje, dia 13 de maio, completam-se 15 anos da abertura da V Conferência Geral do Episcopado da América Latina e do Caribe, celebrada de 13 a 31 de maio de 2007 aos pés da padroeira do Brasil. Também de 9 a 14 do mesmo mês, acontece o 18º Encontro Nacional dos Presbíteros (ENP) com o tema: “Presbítero, comunhão e missão”, e o lema: “Vós sois todos irmãos” (Mt. 23,8). Acompanhe a matéria de Luis Miguel Modino:

Um momento de graça

Segundo Dom Joel Portela, assessor do 18º ENP, “foi muito interessante perceber a relação de datas entre o 18º Encontro Nacional de Presbíteros e a celebração dos 15 anos da Conferência de Aparecida”. O Secretário Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), disse que “os presbíteros estão refletindo sobre o atual momento da sua história, da sua vida, um momento marcado por incertezas, por perplexidades tanto pastorais quanto pessoais”.

“No âmbito pastoral, e em certo modo no âmbito pessoal também, Aparecida, 15 anos atrás, 2007, já indicava, já apresentava, em torno da figura do discípulo missionário, um caminho que é importante para qualquer cristão batizado, batizada, também, por tanto para os presbíteros”, destacou Dom Joel.

Um encontro que é visto como um momento de graça “depois de dois anos de pandemia, de muita angustia, sofrimento, mas também de espera, de esperança, de confiança, e de gratidão por estarmos aqui reunidos com mais de 500 presbíteros e vários bispos dos diversos regionais”, segundo o Padre José Adelson da Silva Rodrigues. Para o presidente da Comissão Nacional dos Presbíteros, o tema e lema do encontro “vai nos dar essa esperança que sairemos daqui muito mais animados, mais fortalecidos, encorajados, para continuarmos a missão”.

Vale a pena atender o chamado

Segundo o presbítero da Arquidiocese de Natal (RN), “a missão é longa, árdua, mas vale a pena ser padre, vale a pena ser missionário, vale a pena atender o chamado de Deus e corresponder aquilo que é vontade do Pai”. Ele destaca a necessidade viver o ministério presbiteral “com uma perspectiva de muita alegria, de muito entusiasmo, de muita esperança, de viver cada vez mais a nossa vocação sacerdotal”.

Um encontro em que “estamos celebrando o ministério dos nossos padres”, afirma Dom José Albuquerque de Araújo. O Bispo Auxiliar de Manaus lembra que são 26 mil presbíteros espalhados por todo o país. Neste encontro participam 37 padres da Região Norte do Brasil, “que vieram de diversas cidades, diversos municípios e estamos aqui participando deste momento tão bonito, de uma comunhão eclesial”. O membro da Comissão Episcopal Pastoral para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada da CNBB, insiste em que “no caminho sinodal que nós estamos trilhando, é importante também, nós escutar os nossos padres”.

Segundo Dom José, “os encontros nacionais, eles são importantes e necessários, para poder fortalecer a fraternidade presbiteral, para poder conhecer a nossa realidade tão diversificada. Cada padre traz a sua história, a sua experiência”. O bispo destaca “o entrosamento e a troca de experiências que acontece, entre as duas gerações, os padres mais jovens, participando junto com os padres mais experientes”.

Memória dos vitimados pela pandemia

O Bispo Auxiliar de Manaus destaca a importância do 18º ENP “nesta retomada que estamos fazendo após a pandemia, que ainda não terminou, mas nós sabemos que precisamos fazer memória daqueles padres que sucumbiram à pandemia”. Ele lembra que “foram dezenas de padres no nosso país, que faleceram, infelizmente, vítimas de Covid, e nas celebrações litúrgicas que estamos aqui vivenciando, nós lembramos, fazendo memórias desses nossos irmãos que partiram”.

Dom José Albuquerque de Araújo coloca que “esses encontros, eles nos ajudam também a gente perceber que os padres precisam para poder cuidar daqueles que Deus os confiou, é preciso também que eles se cuidem, que a gente precisa fortalecer a pastoral presbiteral em nossas Igrejas locais”. Finalmente, afirma que “certamente, quem participa desses encontros, volta para suas dioceses, mais animado, mais entusiasmado, mais esperançoso, até para poder dar a sua contribuição àqueles que já estão no ministério, e também que possamos ajudar aqueles que estão na formação, os nossos futuros presbíteros”.

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pe. Luis Miguel Modino
Natural da Espanha, é missionário Fidei Donum na Diocese de São Miguel da Cachoeira, Amazonas. É parceiro do Observatório da Evangelização e articulista em diversos periódicos e revistas virtuais católicas.

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Os princípios e teologia da Iniciação à Vida Cristã https://observatoriodaevangelizacao.com/os-principios-e-teologia-da-iniciacao-a-vida-crista/ Wed, 06 Apr 2022 21:00:00 +0000 https://atomic-temporary-74025290.wpcomstaging.com/?p=44748 [Leia mais...]]]> Organizado pela Comissão Episcopal de Animação Bíblico-Catequética da CNBB, teve início hoje, 5 de abril, e se estende até o dia 7, o Seminário Nacional de Iniciação à Vida Cristã (IVC), voltado para Presbíteros de todo o Brasil, realizado totalmente on-line. Padre Jânison, assessor da Comissão, salientou que o seminário visa animar e motivar todos os presbíteros para que possam assumir sempre mais o projeto da Iniciação à Vida Cristã em suas comunidades.

O mundo mudou e a fé já não se transmite naturalmente

Dom Joel Portella Amado, Secretário Geral da CNBB, deu abertura ao Seminário acolhendo a todos os presentes, manifestou desejo de bons frutos nesta iniciativa e destacou que permanece a urgência da IVC. O mundo mudou não estamos na cristandade, desapareceu o chamado “catecumenato social”. As grandes instituições sociais, entre elas a família, já não transmitem a fé. Nas mãos dos presbíteros está, em grande parte, os rumos da ação evangelizadora. São séculos de uma pastoral de conservação e é difícil fazer diferente. Somos afetados por um jeito de fazer pastoral, mas o momento agora é diferente, exige ir além, buscar novos caminhos para a IVC.

Dom Waldemar Passini (da Comissão para a Animação Bíblico-Catequética) bispo de Louisiânia, salientou que muitas de nossas comunidades já não manifestam sua vitalidade pelo número de fieis, mas pela capacidade de gerar. Não temos um “catecumenato social”, esta tarefa é dos cristãos católicos, missão de transmitir a tradição viva que nos alcançou: o encontro com Jesus Cristo que dá um novo horizonte para a vida. Como os discípulos de Emaús, a partir do encontro com Jesus voltar para anunciar a experiência da vida nova que nos alcançou. Com ardor, com entusiasmo para iniciar novos irmãos nesta vida, com discípulos missionários. Isso é iniciar na vida cristã.

Dom João Francisco Salm, Presidente da Comissão para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada, insistiu em três pontos importantes para a IVC. 1. Uma advertência, pois nossa maior ameaça: “tudo vai degenerando em mesquinhez” (Bento XVI); bem como o “desabafo” de Francisco: a pior descriminação que sofrem os pobres é a falta de cuidado espiritual, há uma abertura à fé. Neste sentido, a Opção Preferencial pelos Pobres deve traduzir-se em zelo pastoral. 2 Sobre definição de IVC. Processo a ser vivido é bonito, mas exigente. “Ou seremos místicos ou não seremos cristãos” (K. Rahner), exige uma mudança existencial, uma nova vida, uma nova identidade. A pessoa precisa ser iniciada de forma que a pessoa se sinta realmente tocada em profundidade, o que torna essencial a comunidade e a missão dos pastores. Por fim, Mais que entrar na Igreja, os fieis devem ser acolhidas nelas. A comunidade toda é responsável pela IVC. Uma urgência que precisa ser assumida com decisão, coragem e determinação. Não podemos delegar a terceiros essa missão, temos de abraçar, ajudar a fazer das comunidades ambientes que acolham.

A Iniciação à Vida Cristã à luz do Documento 107.

Pe. Abimar Moraes, da PUC-Rio, iniciou ressaltando que vivemos uma mudança de tempo, mudanças culturais, mudanças que exigem pensar e repensar a transmissão da fé. A inspiração catecumenal da catequese é o caminho para a IVC, apresentada, eleita pela CNBB para a Igreja do Brasil. Foi o tema central da 55ª Assembleia Geral da CNBB (2017), com a publicação do Doc. 107. “Iniciação à Vida Cristã: itinerário para a formação de discípulos missionários”. O texto procura mostrar o caminho que a Igreja do Brasil vem fazendo e as orientações para a IVC.

Qual a contribuição dos presbíteros para o processo de IVC neste processo catecumenal? A IVC é modelo e paradigma inspirador para a vida da comunidade eclesial missionária. Nesta mudança de época que afeta o modo de ser e de compreender das pessoas, exige também mudanças no modo de transmissão da fé. Ninguém nasce cristão ou entra na vida cristã por uma herança cultural, mas torna-se cristã por um processo de IVC que acontece dentro da catequese. Um “mergulho no mistério de Deus e da Igreja”.

Qual a proposta da Iniciação à Vida Cristã? Inspirada em Aparecida, trata-se de uma ação de toda a comunidade que ao assumi-la, renova a vida interna e desperta seu caráter missionário (DAp. 291). Um dos caminhos de conversão pastoral na vida da Igreja. Trata-se de repensar a comunidade e a Igreja internamente para que possa abrir-se mais para a dimensão missionária. Trata-se de um “nascer para a Igreja” a partir dos conceitos de comunhão, participação e missão eclesial. Para a CNBB a IVC tem relação com situações que nos transformam em pessoas novas e por isso exige preparação.

Por fim ressaltou o que é a inspiração catecumenal? Mais que um método, uma dinâmica, uma pedagogia, é uma mística, um momento de entrada (sem fim) progressiva na busca de Deus para a fé cristã, “mergulhar” no mistério profundo de Deus. Não é um modo novo (método, ou pedagogia) de fazer catequese. Trata-se de pensar o modo de introduzir, acolher o novo membro de fé na comunidade católica. Propiciar meios para que a comunidade seja capaz de reconhecer sua missão de gerar novos filhos(as) na experiência de fé.

A teologia da Iniciação à Vida Cristã

Dom Antônio Luiz Catelan Ferreira, iniciou  a abordagem desse tema destacando que há uma fragmentação, já constatada pela CNBB, entre os sacramentos da IVC e os sete sacramentos como um todo, também uma fragmentação entre sacramentos e evangelização e entre fé e vida. Superar essa fragmentação já era um dos anseios do Documento Catequese Renovada, há 39 anos atrás.

O Documento 107, da CNBB, n. 123, indica que há um nexo profundo entre os sacramentos de iniciação e o processo de IVC. “Há um nexo profundo entre a realidade dos sacramentos da iniciação e o itinerário catecumenal que a eles conduz. Em determinados períodos da história da Igreja foram até chamados conjuntamente de “o sacramento da iniciação”, para expressar sua profunda interação. Isso é importante para que superemos a atual fragmentação existente entre os três sacramentos da iniciação cristã: Batismo, Crisma e Eucaristia.” Mas na prática ainda há uma grande luta para superar essa fragmentação, conforme no número 128 deste Doc. 107: “Em nossa prática pastoral, por motivos históricos e culturais, os três sacramentos da Iniciação à Vida Cristã estão, em geral, desconectados”.

Fruto de variados acontecimentos históricos, a perda da unidade, entre Palavra, Sacramento e Caridade, desembocou na consequente perda da unidade do Kerigma. O desafio é superar a fragmentação dos sacramentos da IVC e entre catequese e ritualidade. Unidade entre o que se crê, ora e vive.

De maneira rica e bem fundamentada, procurou destacar a unidade dos sacramentos entre si e o processo catecumenal como um todo. E por fim destacou o n. 124 do Doc. 107 da CNBB como caminho para constante alimentar-se de Cristo que se transforma numa amizade feliz que dá sentido à vida: “Os processos iniciáticos, que culminam nos sacramentos da Iniciação à Vida Cristã, introduzem o crente no mistério de Cristo e da Igreja. Neste sentido, a expressão “Iniciação à Vida Cristã”, se refere tanto ao caminho catequético catecumenal de preparação aos sacramentos, quanto aos próprios sacramentos que marcam a iniciação e a vida nova que deles nasce”.

Terminou salientando a unidade dos sacramentos em geral e em especial da unidade dos sacramentos da Iniciação à vida Cristã por meio do vinculo com a Trindade: No Batismo o vínculo com o Pai, do qual somos filhos; na Crisma, o vínculo com o Espírito que nos reveste de seus dons, na Eucaristia, vínculo com Cristo que nos alimenta.

O segundo dia será dedicado ao Kerigma e mistagogia na IVC e ao caminho de implementação da IVC.

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Denilson Mariano
É religioso missionário sacramentino, Mestre e Doutor em Teologia (FAJE), Licenciado em Filosofia (PUC Minas), presidente do Movimento Boa Nova (MOBON) e agente da formação de cristãos leigos e leigas.  É membro da Sociedade de Teologia e Ciências da Religião (SOTER), apoiador da Animação Bíblica da Pastoral no Regional Leste II da CNBB e membro da Equipe Executiva do Observatório da Evangelização. 

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Sacerdócio: o Papa abrirá um simpósio no Vaticano sobre celibato, vocações e tradição https://observatoriodaevangelizacao.com/sacerdocio-o-papa-abrira-um-simposio-no-vaticano-sobre-celibato-vocacoes-e-tradicao/ https://observatoriodaevangelizacao.com/sacerdocio-o-papa-abrira-um-simposio-no-vaticano-sobre-celibato-vocacoes-e-tradicao/#comments Tue, 08 Feb 2022 23:20:10 +0000 https://observatoriodaevangelizacao.wordpress.com/?p=43351 [Leia mais...]]]> As reflexões propostas nos sínodos nacionais (expressivamente no caso alemão) e no caminho sinodal amplo convocado pelo Papa Francisco têm movimentado a cúria romana em torno, especialmente, da questão do sacerdócio e suas perspectivas teológicas, pastorais e disciplinares. Neste sentido, a Congregação para os Bispos e o Centro de Pesquisa e Antropologia das Vocações preparam para a segunda metade de fevereiro, um Simpósio que pretende dar novo impulso às vocações e analisar o ministério ordenado à luz dos apelos da contemporaneidade. Segundo os organizadores, o evento não se furtará a tocar em assuntos polêmicos como a participação das mulheres no ministério, o fim do celibato e a questão dos abusos sexuais cometidos por parte do clero.

Confira abaixo a matéria completa de Salvatore Cernuzio e Mariangela Jaguraba, do Vatican News:

De 17 a 19 de fevereiro, se realizará o simpósio “Por uma teologia fundamental do sacerdócio”, na Sala Paulo VI, no Vaticano. A iniciativa é promovida pela Congregação para os Bispos e pelo Centro de Pesquisa e Antropologia das Vocações e será aberta pelo Papa Francisco na manhã de quinta-feira, 17 de fevereiro, às 9h10. O simpósio pretende refletir sobre o tema do sacerdócio, lembrando carisma e tradição, mas também analisar os desvios como abuso ou clericalismo, e estudar as questões que emergiram nos últimos Sínodos ou nos percursos sinodais nacionais sobre questões como celibato e vocação.

Em nome da sinodalidade

A partir das palavras do Papa, “Deus chama a um estado particular de vida: doar-nos no caminho do matrimônio, do sacerdócio ou da vida consagrada”, se desenvolverão as palestras dos relatores convidados: bispos, teólogos, sacerdotes, leigos e religiosos. Todos reunidos em nome da “sinodalidade” desejada por Francisco para “aumentar a participação no povo de Deus, a comunhão e a missão”, como sublinha um comunicado.

“A iniciativa também visa despertar o entusiasmo pela nossa fé no dom de Deus e dar um novo impulso na promoção das vocações”, disse o prefeito da Congregação para os Bispos, cardeal Marc Ouellet. A reflexão se estenderá “sobre as relações entre ministérios ordenados, leigos e religiosos para harmonizar sua contribuição, articulada e unânime, segundo o chamado à santidade dirigido a cada um”.

Tradição, abuso, celibato e carisma

Os palestrantes abordarão três temas principais: “Tradição e novos horizontes”, “Trindade, missão e sacramentalidade”, “Celibato, carisma e espiritualidade”. Ao apresentar o Simpósio na Sala de Imprensa da Santa Sé, em 12 de abril de 2021, o cardeal Ouellet esclareceu que não se trataria de “um Simpósio sobre o celibato sacerdotal”, mas uma ocasião “para realizar uma reflexão profunda sobre o tema do sacerdócio” partindo da vocação e formação e terminando com a questão dos abusos, que “certamente será um tema para uma reflexão muito profunda”. Esta chaga na Igreja, destacou naquela ocasião a teóloga Michelina Tenace, professora da Pontifícia Universidade Gregoriana, na mesa dos relatores, “tornou ainda mais urgente repensar tanto o discernimento vocacional quanto a formação dos seminaristas”.

Um passo avante após o Concílio

O encontro quer se inserir na esteira do Concílio Vaticano II, que colocou em relação o sacerdócio dos batizados reavaliado pelos Padres e o sacerdócio dos ministros, bispos e sacerdotes, do qual a Igreja católica sempre afirmou a especificidade. Um trabalho, seguido de “polêmicas e divisões na Igreja”, observou Ouellet, acrescentando: “O que o Concílio fez não entrou na vida e na pastoral da Igreja”. Portanto, tornou-se necessário um “passo a mais” para “olhar as diferenças de forma mais profunda e harmoniosa” e também realizar “atualizações pastorais”, à luz das “questões ecumênicas” de hoje, dos desafios do multiculturalismo e da migração colocados por “movimentos culturais que questionam o papel da mulher na Igreja”. Temas, disse o cardeal Ouellet durante a apresentação, sobre os quais existem “tensões e visões pastorais divergentes”. A missão de todo o Simpósio, como delineou a professora Tenace, é “aprofundar a teologia do sacerdócio, reafirmar os traços essenciais da tradição católica sobre a identidade do sacerdote, talvez libertando-a de uma certa clericalização e algumas incrustações históricas”. “Ver o sacerdócio na estrutura global da Igreja pode trazer novas pistas”.

Sessões guiadas por chefes de Dicastério

As sessões de trabalho da manhã e da tarde dos três dias serão guiadas pelos chefes dos Dicastérios da Cúria Romana. Em ordem: o cardeal Ouellet e o prefeito da Congregação para o Clero, dom You Heung-sik (quinta-feira 17); o prefeito da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, dom Arthur Roche, e o prefeito da Congregação para a Educação Católica, cardeal Giuseppe Versaldi (sexta-feira 18); o arquivista e bibliotecário da Santa Igreja Romana, cardeal José Tolentino de Mendonça, e o prefeito do Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida, cardeal Kevin Joseph Farrell. O secretário de Estado, cardeal Pietro Parolin, presidirá a missa na manhã de sábado com todos os participantes na Basílica Vaticana.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt/vaticano/news/2022-02/simposio-sacerdocio-vaticano-congregacao-bispos-papa.html

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