Bispos, sacerdotes, religiosos e religiosas, leigos, agentes de pastoral, colégios católicos e movimentos eclesiais são os principais motivadores e animadores dessa coleta.
Segundo o Bispo auxiliar de Brasília, Dom Leonardo Steiner, Secretário-Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), a conversão, movimento proposto para o período da Quaresma, exige passos concretos. “A Coleta Nacional de Solidariedade”, destaca o prelado, “permite aos católicos de ajudar os pobres e colaborar na continuidade do cuidado com a obra da criação”.
A cada ano, com o recurso arrecado, a CNBB apoia pequenos projetos em todo país relacionados à temática proposta pela CF. Em 2017, serão apoiados pequenos projetos que têm como foco o tema do meio ambiente e a sustentabilidade. Em 2016, foram arrecadados para o Fundo Nacional R$ 5.879.109,88. De 2012 a 2015, 1.067 projetos de desenvolvimento local e solidariedade foram apoiados em todo o país pela CNBB.
Fundo de Solidariedade
O resultado integral das coletas realizadas nas celebrações do Domingo de Ramos, coleta da solidariedade, com ou sem envelope, deve ser encaminhado à respectiva diocese. Do total arrecadado pela Coleta da Solidariedade, a diocese deve enviar 40% ao Fundo Nacional de Solidariedade (FNS), gerido pela CNBB. A outra parte (60%) permanece nas dioceses para atender projetos locais, pelos respectivos Fundos Diocesanos de Solidariedade (FDS).
As doações para o Fundo Nacional de Solidariedade da CNBB, podem ser efetuadas na conta indicada abaixo, ao longo de todo o ano. O depósito dos 40% da Coleta da Solidariedade para o Fundo Nacional de Solidariedade – CNBB deve ser feito na seguinte conta: Banco Bradesco, Agência 0484-7 – Conta Corrente 4188-2 – CNBB. O comprovante do depósito precisa ser enviado por: e-mail – financeiro@cnbb.org.br ou por correspondência para o endereço: SE/Sul Quadra 801 Conjunto B, CEP: 70.200-014 – Brasília – DF. Contato pelo telefone – (61) 2103-8309 (falar no financeiro).
FONTE: CNBB
]]>Ser cristão é um desafio batismal contínuo, pois exige de quem, livre e conscientemente, decidiu conformar a própria vida pelo seguimento de Jesus no confronto inquietante com a Palavra de Deus e com as questões existenciais éticas tais como:
A quarta-feira de cinzas marca fortemente o início litúrgico das reflexões quaresmais. Por isso esse dia foi escolhido para ser o lançamento da Campanha da Fraternidade.
Em 2017, a Igreja Católica assume o desafio de provocar seus fieis, outros cristãos, como também pessoas de boa vontade a que se deixem interpelar pela temática da campanha da Fraternidade. A temática deste ano “Fraternidade: Biomas brasileiros e defesa da vida“, a partir do lema “Cultivar e guardar a criação” (Gn 2.15) está inserida no hercúleo desafio ecológico contemporâneo que é de toda humanidade: diante da ameaça de desequilíbrio do sistema Terra, como repensar a nossa relação com a Casa comum e, portanto, o nosso modelo de desenvolvimento, acusado de ser o grande causador de destruição?
Para nos motivar a entrar no espírito quaresmal, o Observatório da Evangelização disponibiliza, a seguir, a “Carta Quaresmal” de um cristão, monge e biblista comprometido profeticamente com a caminhada da Igreja dos pobres na América Latina:
“Hoje é o dia favorável para se receber a graça, çççççççççççççççççççççççççççççççççççççççççççççççççHoje é o dia da salvação” (2 Cor 6, 2).
Queridos irmãos e irmãs,
Hoje, as antigas Igrejas cristãs (Católica, Ortodoxas, Anglicana, Metodista e Luterana) começam o tempo da Quaresma. A quarta-feira de cinzas é uma celebração que ficou mais na tradição católica e parece se contrapor ao Carnaval. Em uma paróquia que conheci, o padre fazia as cinzas da quarta-feira das fantasias do Carnaval que os fieis traziam para queimar. Pessoalmente, acho de mau gosto essa contraposição entre a brincadeira do Carnaval e a severidade da Quaresma, embora digam os históricos, que o Carnaval começou como três dias de festas e brincadeiras, prevenindo o tempo mais de jejum e penitências da Quaresma. Isso pode ter sido assim na Idade Media, mas não corresponde ao espírito mais profundo desse tempo.
Nos primeiros séculos do Cristianismo, quando surgiu a Quaresma, era o tempo em que as pessoas que se preparavam ao batismo (catecúmenos) se preparavam mais intensamente para o sacramento da vida nova que receberiam na noite da Páscoa, na santa Vigília que é a mais importante de todas as celebrações cristãs. E pouco a pouco, esse tempo da Quaresma, se tornou também o período do ano no qual, do mesmo modo que os catecúmenos esperam a Páscoa para serem batizados, os penitentes (pessoas que haviam rompido com a comunidade e desejavam voltar a ser da Igreja) se preparavam pedindo perdão e aprofundando a fé para serem reconciliados com a Igreja na quinta feira-santa e assim poderem já plenamente integrados na comunidade, celebrarem a Santa Páscoa. De todo modo, se vê que o sentido mais profundo da Quaresma é o que São Bento diz para os monges em sua regra: “esperar com alegria a Santa Páscoa”.
Como viver isso hoje em dia? De um lado, a festa da Páscoa não é apenas o rito que lembra a morte e ressurreição de Jesus. É um sacramento, isso é, um memorial que revive e nos faz atualizar em nossa vida e no mundo a energia da Páscoa de Jesus. Então, pessoalmente, considero a Quaresma e a Páscoa como um tempo de renovação da consciência, revisão profunda de vida e como um tempo no qual me proponho a dar passos novos em um jeito novo de viver e de conviver. Isso não é fácil. Por isso, preciso sim intensificar não somente nesse tempo, mas a partir desse tempo, a leitura da palavra de Deus, a oração e a solidariedade efetiva e afetiva aos irmãos e irmãs, especialmente o meu compromisso prioritário e profundo com os pobres.
Houve uma época na qual, na Quaresma, eu fazia pequenos ou maiores gestos de renúncia (não comer doce na Quaresma, não ir ao cinema etc.). E quando acabava a Quaresma, tudo voltava ao normal. Não creio mais nesse tipo de ascese, embora compreendo o valor do autocontrole e do ser capaz de me dominar a mim mesmo naquilo que eu gosto. Mas, prefiro fazer esforço no que é essencial e que sinto que ainda preciso mudar: a capacidade de partilhar tudo o que sou e o que tenho com os outros, a capacidade de lidar bem com a fragilidade da idade que chegou e com o corpo envelhecido que a gente sente que vai caindo aos pedaços, mas que o espírito seja capaz de mantê-lo de pé e altivo até a hora em que for o caso de partir.
A Quaresma é principalmente o tempo de retomar a esperança – esperança de que eu sou sempre capaz de me converter e me tornar mais semelhante ao meu mestre Jesus e mais irmão de todas as pessoas – Que nessa Quaresma Deus me torne mais uma pessoa de comunhão – que minha espiritualidade e teologia partam do carinho e se façam sempre de ternura pelos meus irmãos humanos e por todos os seres vivos. Que essa conversão tome forma de solidariedade à natureza, no cuidado com os ecossistemas (Campanha da Fraternidade desse ano de 2017) e me faça retomar sempre a esperança da construção do reino de Deus, mesmo no Brasil do Termer e do mundo do Trump.
Aprofundarei nessa Quaresma uma contemplação de Deus como pequeno servidor da humanidade, um dalit indiano ou o que os bolivianos racistas de Santa Cruz de la Sierra costumam chamar “índio sujo da cordilheira”. Um impuro que as Igrejas das castas clericais sempre acabam rejeitando ou discriminando. E Ele ou Ela nos convida para sairmos juntos à noite e transformar nossas noites em dias. Aí sim, aceito voltar a Goiás para o Tríduo Pascal e celebrar com a comunidade que ainda se reúne ali no antigo mosteiro a vigília-mãe de todas as vigílias da Igreja. E aí sim “mesmo as trevas não são trevas para ti. A noite será clara como o dia” (Salmo 139), cântico que resume o Exsultet (anúncio feliz da nova Páscoa) que cantaremos na madrugada do domingo pascal.
Para vocês uma santa e renovadora celebração desse tempo da Quaresma e Páscoa na comunhão com os nossos biomas e toda a mãe Terra.
Um abraço do irmão Marcelo
(Os grifos são nossos!)
Com maior abertura de coração ao Espírito Santo e fidelidade ao projeto salvífico do Reino, que a motivação maior deste tempo quaresmal seja sempre a de nos tornarmos discípulos e discípulas de Jesus na busca de resposta esperançada para os desafios e urgências discernidos no contexto em que vivemos.
Edward Neves Monteiro de Barros Guimarães
Pela equipe executiva do Observatório da Evangelização
]]>A sociedade não pode mais ignorar o que as grandes empresas nacionais, internacionais e multinacionais – centradas e movidas quase que exclusivamente pela lógica do capitalismo extrativista e economicista – estão destruindo em nosso território. Agem com a conivência e irresponsabilidade promíscua de autoridades políticas, de órgãos competentes de fiscalização e de instituições políticas públicas.
Empresas e poder público têm se mostrado distantes e/ ou indiferentes a toda pertinente reflexão ecológica e eco-ética. Não podemos ficar calados diante de tanto descaso com o povo brasileiro e com a nossa Casa comum.
Para ampliar a consciência crítica e ecológica, no contexto de lançamento da Campanha da Fraternidade 2017, cujo tema é “FRATERNIDADE: BIOMAS BRASILEIROS E DEFESA DA VIDA” e que tem como lema “CULTIVAR E GUARDAR A CRIAÇÃO” (Gn 2,13), o Observatório da Evangelização divulga abaixo o jornal do movimento: Água vale mais que minério!
jornal-agua-vale-mais-que-minerio_pagina-1
jornal-agua-vale-mais-que-minerio_pagina-2
jornal-agua-vale-mais-que-minerio_pagina-3
jornal-agua-vale-mais-que-minerio_pagina-4
Fonte:
https://aguavalemaisqueminerio.wordpress.com/
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Por isso o Observatório da Evangelização – PUC Minas divulga aqui o desafiante e ambicioso projeto “Água vale mais que minério” e, no mesmo impulso de conversão pastoral lançado pelo Papa Francisco na Evangelli Gaudium e, sobretudo, na Laudato Si´, conclama a todos os cristãos a apoiar e dele participar. Juntos na lógica do cuidado com a Casa Comum e na construção de “outra sociedade possível”: pautada pela justiça, pela inclusão social, pelo zelo e cuidado criativo na defesa da dignidade da vida.
Que a Campanha da Fraternidade 2017, FRATERNIDADE: BIOMAS BRASILEIROS E DEFESA DA VIDA, provoque conversão pastoral na Igreja.
Água vale mais que minério é uma campanha com objetivo de defender a água como direito humano nos territórios do Quadrilátero Aquífero/ Ferrífero-MG.
“Água vale mais que minério!” no Quadrilátero Aquífero-Ferrífero, Minas Gerais!
O objetivo do projeto
Realização de campanha territorial que defenda a água como direito humano essencial à vida, em contraponto à destruição dos aquíferos feita agressivamente pelas mineradoras no Quadrilátero Aquífero/Ferrífero.
Conta com a parceria da Arca Amaserra e apoio do Fundo Brasil de Direitos Humanos (FBDH), sendo realizada por meio do Movimento pelas Serras e Águas de Minas (MovSAM).
A missão do MoSAM
Atuar firmemente frente à hegemonia da mineração e seus inúmeros impactos às serras e águas de Minas Gerais, articulando ações comuns que agreguem e fortaleçam cada um dos grupos que fazem o enfrentamento, divulgando o máximo possível a causa, acompanhando de perto as lutas, dando visibilidade aos problemas e conquistas e possibilitando cada vez mais a troca de experiências e ajuda mútua.
Desde 2008, quando foi fundado, o MovSAM realiza diversas atividades no âmbito de sua missão. Participa regularmente de encontros e seminários onde o tema é a mineração vinculada a impactos e violação de direitos; integra outras articulações nas quais esse foco também existe, como a Articulação Popular pelo São Francisco Vivo e a Articulação Internacional dos Atingidos pela Vale; produz materiais de divulgação e mobilização e apoia grupos que se organizam diante de novos projetos de mineração compartilhando nossa experiência. Merece destaque a participação ativa do MovSAM no Movimento pela Preservação da Serra do Gandarela.
Contato: aguavalemaisqueminerio@gmail.com
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