Em outubro do ano passado, o Observatório da Evangelização – OE realizou o seu 1º Fórum de Experiências Significativas. O principal objetivo do Fórum foi a partilha de experiências de ação evangelizadora da Igreja em contextos variados, desafiantes e pouco comuns. Além da divulgação das práticas, o Fórum propiciou momentos de reflexão acerca dos grandes desafios da evangelização na contemporaneidade.
A metodologia do encontro consistiu na exposição das práticas evangelizadoras pelos próprios atores de cada um dos projetos selecionados e o comentário de teólogos pastoralistas sobre tais práticas.
Uma das experiências apresentadas no Fórum foi acerca do Movimento das Pequenas Fraternidades que começou na Paróquia Nossa Senhora de Guadalupe, no Bairro Castelo e, hoje, está presente na Paróquia Santa Clara de Assis, no Bairro Buritis.
Passados seis meses, em vista de alimentar a reflexão e a busca de conversão pastoral, publicamos uma avaliação prospectiva do Pe. Júlio César Gonçalves do Amaral, atual pároco da Nossa Senhora de Guadalupe, sobre os aspectos positivos, os desafios atuais e algumas pistas para a caminhada do Movimento:
- O movimento é muito bom no sentido de possibilitar a criação de pequenas comunidades num bairro de classe média e com muitos edifícios;
- Favorece a convivência entre as pessoas e famílias, criando redes de amizade e solidariedade;
- Também possibilita um envolvimento eclesial das pessoas nos serviços da Igreja.
- O protagonismo dos leigos, ajudando seus membros a chegarem à maturidade na fé. São muito dependentes do padre, diferentemente, por exemplo, da experiência das CEBs que surgiram num outro contexto social e eclesial;
- A resistência com relação a temas sociais e políticos. De um modo geral, busca-se fazer caridade num sentido individualista e a vivência da religião como um espaço sagrado de fuga dos problemas e desafios do mundo;
- A formação continuada de seus membros é uma necessidade que não pode ser esquecida.
- Tem sido positivo, na Paróquia Nossa Senhora de Guadalupe, o trabalho desenvolvido por meio dos conselhos. O movimento é coordenado por um conselho de cinco pessoas, incluindo o pároco, com uma coordenadora leiga. Tem acontecido também, mensalmente, as reuniões do CPP e do CAP, possibilitando uma atuação colegial;
- Foi criado um encontro mensal com todos os animadores de Pequenas Fraternidades com o objetivo da formação continuada e a discussão dos desafios e tarefas na missão de animar os grupos;
- Aos poucos, estamos trabalhando, não obstante resistências, celebrações da Palavra presididas por ministros da presidência leiga e a discussão de questões sociais e políticas.
Em outubro do ano passado, o Observatório da Evangelização (OE) realizou o seu 1º Fórum de Experiências Significativas. O principal objetivo do Fórum foi a partilha de experiências de ação evangelizadora da Igreja em contextos variados, desafiantes e pouco comuns. Além da divulgação das práticas, o Fórum propiciou momentos de reflexão acerca dos grandes desafios da evangelização na contemporaneidade.
A metodologia do encontro consistiu na exposição das práticas evangelizadoras pelos próprios atores de cada um dos projetos selecionados e o comentário de teólogos pastoralistas sobre tais práticas.
Uma das experiências apresentadas no Fórum foi acerca das ações de formação dos leigos para a atuação em diversos ministérios, desenvolvida pela Paróquia São Domingos, de Nova Contagem, através da Escola Bíblica.
Passados seis meses, entrevistamos algumas lideranças da comunidade e o Pe. Joaquim Fonseca, atual pároco, para verificar como estão os trabalhos desenvolvidos na Paróquia.
As respostas abaixo correspondem ao consenso do grupo entrevistado:
OE: Nos últimos seis meses houve alguma mudança na paróquia/pastorais/movimentos que merece algum destaque? Se sim, quais?
Sim. Dentre elas podemos citar: Houve mudança significativa na Pastoral da Família, que está caminhando de acordo com as orientações da Arquidiocese e do Papa Francisco. A iniciação cristã de adultos, feita no curso Discípulos de Emaús, aumentou o tempo de formação e tem procurado da maior ênfase nos tempos litúrgicos e na participação dos catecúmenos nas suas comunidades.
OE: Como se encontram as ações/pastorais/movimentos que priorizam o protagonismo dos(as) leigos(as) na comunidade eclesial?
Elas estão distribuídas da seguinte forma:
- Pastorais: Batismo, Catequética (primeira Eucaristia, Crisma e iniciação cristã de adultos), Infância e Adolescência Missionária, Liturgia (equipes de canto, leitores, ministros da Eucaristia, ministros da Palavra), Família, Carcerária, Juventude, Criança, Dizimo, APN’s e Pastorais Sociais.
- Movimentos: Vicentinos, Neocatecumenato.
- Ações: Círculos Bíblicos, Formação bíblica (CEBI-MG), Casa Comboniana Justiça e Paz (através da qual são realizadas as ações sociais da região nas áreas do Direito, psicologia, terapias alternativas, atividades artesanais, etc.).
OE: A mudança do pároco trouxe algum impacto nas ações de evangelização? Caso positivo, poderia citar alguns exemplos?
Sim. Houve um aumento no tempo de formação da iniciação cristã de adultos.
OE: A presença da Paróquia no Fórum de Experiências de Evangelização do Observatório contribuiu de alguma forma para a comunidade? Se sim, como?
A contribuição foi no sentido de animar os que participaram do Fórum; em função do contato com outras realidades e também em função do reconhecimento da importância dos trabalhos que são realizados na paróquia.
OE: Gostaria de acrescentar algum fato, depoimento, crítica ou observação?
Aproveitando que este espaço é para divulgar as ações de evangelização, gostaria de informar que atualmente a nossa Paroquia está passando por um momento delicado em função de uma imobiliária da região de Contagem. Ocorre que o dono da imobiliária entrou na justiça alegando que o terreno onde foi construída a Igreja de uma da comunidade (a mais de 25 anos) é dele, e inicialmente uma juíza deu ganho de causa a este senhor determinando a demolição da Igreja. A Arquidiocese de Belo Horizonte entrou com recurso, mas toda a paróquia, em especial a comunidade, está numa angustia só diante da possibilidade de perder o seu espaço e de ver jogado no chão o fruto de anos de trabalho voluntario, doações etc.
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Fonte:
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