1ª Romaria arquidiocesana pela ecologia integral a Brumadinho – Observatório de Evangelização https://observatoriodaevangelizacao.com Tue, 04 Feb 2020 10:00:00 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.5.4 https://i0.wp.com/observatoriodaevangelizacao.com/wp-content/uploads/2024/04/cropped-logo.png?fit=32%2C32&ssl=1 1ª Romaria arquidiocesana pela ecologia integral a Brumadinho – Observatório de Evangelização https://observatoriodaevangelizacao.com 32 32 232225030 Brumadinho: "Dói demais o jeito que vocês foram embora" https://observatoriodaevangelizacao.com/brumadinho-doi-demais-o-jeito-que-voces-foram-embora/ Tue, 04 Feb 2020 10:00:00 +0000 https://observatoriodaevangelizacao.wordpress.com/?p=34067 [Leia mais...]]]> No dia 25 de janeiro de 2020 se celebrou em Brumadinho-MG um ato de recordação do trágico desastre criminoso do rompimento da barreira da Vale S.A. Ferem-nos os olhos e rompem os nossos corações aquelas imagens mostradas pela TV: a liberação de 12 milhões de metros cúbicos de rejeitos, o sepultamento sob ondas de lama e morte de 272 pessoas, os danos à economia de milhares de famílias camponeses, indígenas e quilombolas, os impactos químicos dos metais que vão se sedimentar no fundo dos rios, a contaminação dos ecossistemas, da flora, da fauna e das matas ciliares dos rios. A velocidade da onda assassina era de 80 km por hora. È o maior desastre de mineradoras do mundo, com mais vítimas do que aquele de Stava na Itáli em 1985 que dizimou 267 pessoas. Aqui foram 272.

A celebração foi minuciosamente preparada, com uma grande romaria, acorrendo pessoas de todas as partes do Brasil e de diversas igrejas.O lema era:”Porque a vida Vale mais”. Ou:”A vida Vale mais do que o lucro”. O momento talvez mais comovedor ocorreu na “mística” feita pelos parentes das vítimas, com testemunhos, poesias e cânticos e a soltura de 272 balões (número das vítimas) com a inscriação:”Dói demais o jeito que vocês foram embora”. Eles subiram para o alto, rumo ao céu, onde as vítimas, chamadas de “nossas jóias”, estarão no seio de Deus Pai e Mãe de infinita bondade.

Para todas as instâncias até oficiais houve descaso culposo da Vale, mesmo ciente na insegurança da barragem e dos riscos para as populações circunvizinhas. Por isso não ocorreu um acidente mas um tragédiacriminosa cujos responsáveis estão sendo indiciados por vários tipos de crime.

Estabeleceu-se, desde então, um confronto entre duas leituras/narrativas: a da mineradora Vale que insiste no fato do acidente e de sua relutância em reparar adequadamente os danos e de fazer as compensações necessárias aos parentes dos vitimados. Orgulhosamente se auto-apresenta “como uma mineradora global que transforma recursos naturais em prosperidade e desenvolvimento sustentável. Com sede no Brasil e atuação em cerca de 30 países, a empresa emprega aproximadamente cerca de 125 mil empregados, entre próprios e terceiros permanentes”. Esquece que em 2012 foi eleita pelo Public Eye People’s” a pior empresa do mundo, o “Oscar da Vergonha”. Dentro da lógica do capital, visa apenas o lucro mesmo à custa de vidas humanas. Paranovembro de 2019 estavam previstos (mas ainda sub judice) 7.25 bilhões de reais como dividendos para os acionistas. Mas nas negociações com os parentes dasvítimas e face aos danos a toda uma região, se mostra dura e chantageia a população, caso não aderir a suas propostas: não haverá empregos e prosperidade para a região. É um engodo, pois, pela nefasta Lei Kandir a Vale não paga nenhum imposto sobre a exportação e apenas 2% como Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais. Portanto,o lucro principal não vai para o Brasil e para a população.

A outra leitura/narrativa é levada avante pela Arquidiocese, especialmente pelo bispo local Dom Vicente Ferreira e por suas duas exímiasauxiliares, Marina Oliveira e Marcela Rodrigues que largaram seus afazeres e estudos para liderarem as lições a serem tiradas do fato criminoso. Trata-se de mostrar para a população que este modo de organizar a mineração e buscar o lucro é própria do sistema do capital. Ele produz uma dupla injustiça: uma, social, explorando a mão de obra e outra, ecológica, devastando a natureza circundante. Ele se mostra inimigo da vida da natureza e da vida humana, como bem o mostra o Papa Francisco em sua encíclica de ecologia integral”sobre o cuidado da Casa Comum”. As mudanças devem começar com cada um, como cuidar da casa, da água, do lixo,de cada árvore e dos animais. Importa não ficar refém de uma empresa que apenas promete emprego mas a preço de contaminar a atmosfera e afetar a vida especialmente das crianças. Devemos ser inventivos e buscarformas alternativas de garantir a vida de todos, mais sã e melhor compartilhada.

O bispo Dom Vicente usa suas habilidades pessoais para suscitar este novo nível de consciência na população, pois é poeta, cantador e tocador de violão. Encontra dura oposição de católicos carismáticos e outros apoiados pela Vale, que não veem nisso o cumprimento do mandato divino de “cuidar e proteger”o jardim do Éden, mas como mera política. Assim se mostram sem empatia para com os parentes das vítimas. Conservadores,querem reduzir à fé apenas ao espaço do religioso, sem ter aprendido a lição do Concílio Vaticano II que fazer política “e o mais alto ato de amor”, não política partidária, mas política como bem comum, como solidariedade com aqueles que mais sofrem e política como defesa dos direitos de cada pessoa humana e da natureza. Sua fé é estéril, pois não leva à salvação. O que salva não são prédicas mas práticas, de amor, de compaixão e de solidariedade como vem sendo feitas pelo “Comité de Apoio e Solidariedade aos Atingidos pelos Crimes da Vale” e pela pastoral de Dom Vicente Ferreira e de seus auxiliares.

Nós que lá estivemos nas celebrações, damos estetestemunho. E o nosso testemunho é verdadeiro.

Leonardo Boff é teólogo e filósofo e escreveu “Como cuidar da Casa Comum”, Vozes 2018.

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"Que nosso luto seja verbo, transformando nossa dor em luta… Nós vamos continuar lutando. Até quando? Até sempre" https://observatoriodaevangelizacao.com/texto-lido-na-1a-romaria-pela-ecologia-integral-que-nosso-luto-seja-verbo-transformando-nossa-dor-em-luta-nos-vamos-continuar-lutando-ate-quando-ate-sempre/ Tue, 28 Jan 2020 03:04:41 +0000 https://observatoriodaevangelizacao.wordpress.com/?p=33976 [Leia mais...]]]> Hoje, quando completa-se um ano do crime da mineradora Vale, em Brumadinho, somos convidados a fazer o que a sirene não fez: o grito e o barulho da denúncia de um modelo predatório de mineração, que coloca o lucro acima da vida“.

Confira a reflexão da jovem Marina Oliveira lida durante a 1ª Romaria pela Ecologia Integral a Brumadinho:

1ª Romaria pela Ecologia Integral a Brumadinho

25 de janeiro de 2020

25 de janeiro de 2019, 12h28. A sirene não tocou. 272 pessoas foram soterradas vivas. 11 pessoas ainda não foram encontradas. Dezenas de casas e hortas destruídas. O rio Paraopeba, a fauna e a flora, cruelmente devastados. Eles privatizam os lucros e socializam os sofrimentos. Hoje, quando completa-se um ano do crime da mineradora Vale, em Brumadinho, somos convidados a fazer o que a sirene não fez: o grito e o barulho da denúncia de um modelo predatório de mineração, que coloca o lucro acima da vida.

Somos convidados a entregar nossos abraços e prestar nossa solidariedade a todas as pessoas atingidas pelo rompimento da barragem. Mais do que isso: somos convidados a reconhecer que as vítimas deste crime são mártires. Mártires que tiveram suas vidas arrancadas pelos interesses financeiros dos poderosos, misturando seu sangue na lama tóxica do descaso e da ganância. Em memória deles, confirmamos nosso compromisso e responsabilidade em garantir que a luta por justiça seja feita.

Mariana não bastou. Também tivemos que ser sacrificados. Que o nosso grito de denúncia sirva para salvar muitas outras vidas em cidades vizinhas, que correm o mesmo risco que nós: Barão de Cocais, Macacos, Congonhas e muitas outras. Que nosso luto seja verbo, transformando nossa dor em luta. Que as nossas lágrimas alimentem as nascentes que eles secam. Tenhamos coragem para assumir o lado certo da história: o lado da vida, das águas, da terra e dos povos, numa ecologia integral.

Sejamos todos pressurosos no anúncio de uma conversão ecológica, assumindo a firme resistência profética porque desistir não é opção. Caiamos do cavalo, assim como o apóstolo Paulo caiu, para enxergar, com clareza, o Evangelho do amor, a melhor herança que recebemos de Jesus. Tiremos as vendas de nossos olhos – aquelas que nos impedem de sermos irmãos e irmãs que lutam pela igualdade social e pelo cuidado de nossa Casa Comum. Não nos acomodemos. Não naturalizemos o que nos violenta, oprime e mata.

Olhemos ao nosso redor. Nós somos os sobreviventes. Nós somos o povo de Deus, comprometido com a luta de um mundo mais justo, democrático, igualitário e menos desigual. As 272 vítimas assassinadas não falam mais. Por isso, a responsabilidade de gritar não é delas porque elas já deram tudo: a vida. A responsabilidade é nossa e o futuro é agora. Nós vamos continuar lutando. Até quando? Até sempre.

Marina Oliveira, possui graduação em Relações Internacionais pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (2018). Estudante do curso de Educação Social, pela Universidade Federal de Minas Gerais. Mestranda do Programa de Pós Graduação em Relações Internacionais da PUC-Minas. Atua como articuladora social em mediação de conflitos junto às comunidades atingidas pelo crime da Vale S. A. em Brumadinho, pela Arquidiocese de Belo Horizonte. Experiência em competências interculturais para resolução de conflitos, internacionalização do ensino superior e cooperação acadêmica internacional. Experiência de estágio internacional na Assessoria de Relações Internacionais da Universidade do Porto (Portugal) em 2017 e na UNESCO/Comitê do Programa de Informação para todos (Moscou/Rússia) em 2016.

Alguns registros da 1ª Romaria pela Ecologia Integral de Brumadinho:

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Milhares de fiéis participam da 1ª Romaria da Arquidiocese de Belo Horizonte pela Ecologia Integral a Brumadinho https://observatoriodaevangelizacao.com/milhares-de-fieis-participam-da-1a-romaria-da-arquidiocese-de-belo-horizonte-pela-ecologia-integral-a-brumadinho/ Mon, 27 Jan 2020 14:17:45 +0000 https://observatoriodaevangelizacao.wordpress.com/?p=33959 [Leia mais...]]]> A chuva deu uma trégua para acolher os fiéis  das comunidades de fé de Belo Horizonte e das várias regiões do país, neste sábado, 25 de janeiro de 2020, na Primeira Romaria da Arquidiocese de Belo Horizonte pela Ecologia Integral a Brumadinho.

O Arcebispo metropolitano de Belo Horizonte e Presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, dom Walmor, levou seu apoio às famílias das 272 vítimas do rompimento da barragem de rejeitos de minério, participando junto com o povo de Brumadinho da Missa presidida, no fim da tarde, pelo bispo auxiliar para a Região Episcopal Nossa Senhora do Rosário (Renser), dom Vicente Ferreira.

Para além das orações e palavras de conforto, o Arcebispo destacou que a Arquidiocese de Belo Horizonte “quer iluminar o caminho de nossas vidas com o Evangelho, que é luz. E, assim, fazer de todos nós aprendizes dessas lições, muitas delas surgidas dessa tragédia-crime ocorrida em Brumadinho, um ano atrás. Portanto, o convite é para sermos aprendizes, pois há muito a se fazer, embora se diga que muito está se fazendo. Mas tudo isso é uma gota d’água no oceano, diante das urgentes mudanças que nós precisamos operar na nossa sociedade brasileira, particularmente pensando aqui em Minas Gerais, mas também em outros lugares do Brasil, quanto ao modo de fazer a mineração. Não podemos continuar como está”.

Dom Walmor reconheceu que houve alguns avanços, mas sublinhou que é preciso maior velocidade, “para que nós não sejamos vítimas, como tantas pessoas aqui foram vítimas, como tantas famílias que carregam um grande luto. É preciso um novo tempo”. O Arcebispo lembrou que ainda não se fez o que era preciso, por parte de governos, de instituições e, sobretudo, para corrigir a impunidade que continua. “Aqueles que cometeram crime precisam ser punidos adequadamente, para que um novo rumo seja construído na sociedade brasileira. E nós queremos iluminar tudo isso com a luz do Evangelho e a força do amor de Deus. Essa luta abrirá a sociedade brasileira para um novo tempo”.

A Romaria

Logo no início da manhã, os romeiros se uniram aos familiares das 272 vítimas do rompimento da barragem de rejeitos de minério, em um momento de partilha e oração. Todos traziam na testa uma cruz feita com barro, durante a celebração da Palavra que antecedeu a Romaria, simbolizando a lama que invadiu as casas e as vidas dos moradores de Brumadinho. Em seguida, conduzidos pelo bispo auxiliar dom Vicente Ferreira, os romeiros deram início à caminhada, relembrando, com cânticos e reflexões, um ano da tragédia.

Em silêncio, após alguns minutos de oração, os fiéis retornaram ao letreiro, que fica na entrada da cidade, e se encontraram com familiares das vítimas. Nesse momento de grande emoção, foram lidos todos os nomes das pessoas que perderam a vida em decorrência do rompimento da barragem. Às 12h28, no mesmo horário em que a barragem se rompeu, há um ano, centenas de balões vermelhos e brancos foram soltos, colorindo o céu de Brumadinho. Os profissionais que ainda trabalham na localização dos corpos, receberam homenagem especial.

Dom Vicente caminha com fiéis na 1ª Romaria da Arquidiocese de Belo Horizonte pela Ecologia Integral a Brumadinho

Dom Vicente Ferreira afirmou que as ações em defesa de uma Ecologia Integral devem ser contínuas e fazer parte do compromisso de todo cristão. O Bispo recordou, então, a passagem do Evangelho em que Jesus diz “Eu vim para que todos tenham vida” e afirmou: “a vida humana não deve ser desassociada do cuidado com a natureza”. Dom Vicente também destacou  a mensagem enviada pelo papa Francisco ao povo de Brumadinho, deixando claro que o problema enfrentado no município não se trata de um problema local, mas que diz respeito a toda humanidade.

Às 15h, integrantes de comunidades indígenas afetadas pela lama da barragem, que até hoje polui o Rio Paraopeba, se uniram em momento de espiritualidade . Emocionado, o pagé da tribo Pataxó, Aracati Dias lembrou dos tempos em que a sua comunidade, situada às margens do Rio Paraopeba, atingido pela lama de rejeitos de mineração, não dependia de ajuda para sobreviver. “Hoje, o rio está todo contaminado e cheira mal. O índio não pode mais pescar. Tem muita doença na tribo. Tudo está muito difícil”. Indígenas de outros estados também participaram da romaria, em apoio à tribo que vive às margens do Paraopeba.

Também integraram a caminhada grupos de congado e moradores de outras localidades onde existem barragens. Foram celebradas missas na Igreja São Sebastião, em Brumadinho, e na Igreja Nossa Senhora das Dores, no Córrego do Feijão, onde a barragem se rompeu.

Durante o trajeto, foram distribuídas velas, corações vermelhos e laços de fitas na cor marrom, em alusão à lama que inundou Brumadinho, no dia 25 de janeiro de 2019,e que mudou a vida de todos os habitantes da cidade, a exemplo do operador de equipamentos Geraldo Oliveira Silva. Ele perdeu um irmão, uma prima e conhecia mais da metade das vítimas da tragédia. Geraldo, que trabalha na Vale há mais de 25 anos e está afastado desde 2017 por motivos de saúde, afirma que se fortalece diariamente na fé e sempre busca força na família e na Igreja. “Sou um sobrevivente, junto com um dos meus irmãos que estava lá. É um momento de dor profunda, mas acredito que o desânimo não é o caminho. As ações da Arquidiocese de Belo Horizonte, de modo muito especial as ações de evangelização de dom Walmor, dom Vicente e dos outros sacerdotes da cidade, são muito importantes para nossa comunidade. Hoje é um dia para a cidade de Brumadinho renovar a sua fé, que cresce cada dia mais, sempre pensando com carinho nos que se foram, nos familiares que estão aqui, e nos solidarizando uns com os outros”.

Desde que tragédia ocorreu, a moradora de Brumadinho Zenilda Aparecida Soares Pereira conta que muitas pessoas de sua família só dormem à base de remédio.”Até hoje, Brumadinho vive um pesadelo. Às vezes saio pra rua e tenho vontade de voltar logo pra casa,  onde tento reconfortar minhas memórias. Hoje, o que ameniza nossa tristeza são esses momentos de união, fé, solidariedade e partilha.”

A romeira Ivani Maria do Socorro Sousa destaca a importância da Romaria para que as pessoas e a sociedade não se esqueçam daqueles que morreram em consequência do rompimento da barragem. “A cidade não é a mesma desde então e, por isso, devemos lutar para que ela não se entristeça ainda mais. Espero que a nossa luta conscientize as pessoas e as empresas a fazerem mais pelo meio ambiente”.

FONTE: Arquidiocese de Belo Horizonte

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Vem aí a 1ª Romaria arquidiocesana pela Ecologia Integral a Brumadinho https://observatoriodaevangelizacao.com/vem-ai-a-1a-romaria-arquidiocesana-pela-ecologia-integral-a-brumadinho/ Sun, 24 Nov 2019 18:47:55 +0000 https://observatoriodaevangelizacao.wordpress.com/?p=33474 [Leia mais...]]]> No dia 22/11/2019, aconteceu importante reunião de planejamento e organização da 1ª Romaria arquidiocesana pela ecologia integral a Brumadinho no Santuário Nossa Senhora do Rosário que acontecerá no dia 25/01/2020, no marco de um ano da tragédia criminosa da mineradora Vale.

Contou com a presença de dom Vicente Ferreira, bispo auxiliar da Arquidiocese de Belo Horizonte, bispo referencial da Região episcopal Nossa Senhora do Rosário (Renser) e da Região episcopal Nossa Senhora Aparecida (Rensa), do Vicariato episcopal para a ação social e política (Veasp), do Vicariato episcopal para a Ação Pastoral (Veap) do Vicariato episcopal para a ação missionária (Veam), além de integrantes da Renser e profissionais de comunicação da  Arquidiocese.

Dom Vicente ressaltou a importância não apenas da divulgação do evento, mas da convocação e participação de todas as comunidades de fé, pastorais, movimentos, grupos, entidades da Arquidiocese de Belo Horizonte como um grande gesto de fé e fraterna solidariedade.

Neste momento difícil para as famílias que perderam seus entes queridos, para as inúmeras pessoas que foram diretamente afetadas, para todos os que estão indignados com o modelo insustentável de atividade de mineração em Minas Gerais e em todo o Brasil. A tragédia crime provocada pelo rompimento da barragem de rejeitos de minério da Vale, que resultou na morte de 272 pessoas, das quais 15 ainda estão desaparecidas e na destruição do equilíbrio socioambiental do Vale do Paraopeba, não pode ser esquecida e as lições que daí aprendemos precisam ser assumidas como responsabilidade pelo poder público e pelas empresas que colocam seus lucros acima da dignidade da vida.

Todos as comunidades de fé devem se sentir convidadas e interpeladas pela fé no Deus da vida em participar da 1ª Romaria Arquidiocesana pela Ecologia Integral a Brumadinho, no dia 25 de janeiro de 2020, a partir das 7h.

Em breve, apresentaremos a programação completa do evento.

Fonte:

www.arquidiocesebh.org.br

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