Sobre a dignidade do trabalho humano

gfdgfd

Em 1974, lançou-se o Canto das Três Raças, na retumbante voz de Clara Nunes, como um clamor:

E ecoa noite e dia
É ensurdecedor
Ai, mas que agonia
O canto do trabalhador

Esse canto que devia
Ser um canto de alegria
Soa apenas
Como um soluçar de dor

(Paulo César Pinheiro)

http://letras.mus.br/clara-nunes/83169/

Quantas décadas se passaram… Ainda hoje esse soluçar de dor segue ecoando, mas cremos e sabemos que Deus ouve os gemidos de seu povo e recorda-se de sua aliança (Ex 2, 24), no entanto, cabe a nós, movidos pela graça do Deus da aliança e da libertação buscar, de todas as formas, que esse canto do trabalhador se torne, tão somente, um canto de alegria.

A esse respeito, particularmente no que concerne à lei que permite a terceirização do trabalho, e também em relação a outras questões concernentes ao crucial momento que vivemos em nosso país, a CNBB, lança uma nota em que lamenta e as pautas conservadoras do legislativo e tece relevante crítica que a todos nós, cristãos nesse país, deve interpelar. Transcrevo um trecho da referida nota e, abaixo, há o link para que se possa acessá-la na íntegra.

“A retomada de crescimento do País, uma das condições para vencer a crise, precisa ser feita sem trazer prejuízo à população, aos trabalhadores e, principalmente, aos mais pobres. Projetos, como os que são implantados na Amazônia, afrontam sua população, por não ouvi-la e por favorecer o desmatamento e a degradação do meio ambiente.

A lei que permite a terceirização do trabalho, em tramitação no Congresso Nacional, não pode, em hipótese alguma, restringir os direitos dos trabalhadores. É inadmissível que a preservação dos direitos sociais venha a ser sacrificada para justificar a superação da crise.”

http://www.cnbb.org.br/eventos-1/assembleia-geral-1/16376-cnbb-divulga-nota-sobre-o-momento-nacional