Sobre a experiência do MPFs.
- É preciso louvar a iniciativa de tornar a Igreja mais viva e próxima das pessoas, por meio de pequenas comunidades, onde o relacionamento humano é mais intenso e caloroso.
- É claro que há uma tendência dos agentes de pastoral de outras décadas de querer controlar a ideologia que circula nesses grupos. Porém, pela estrutura apresentada, parece que a paróquia é quem dá o rumo em questões de perspectivas ideológicas.
- O que não fica claro é o relacionamento dos membros das MPFs com os demais cristãos que frequentam a paróquia.
- Também não se percebe com clareza se os temas próprios da Igreja do Brasil têm espaço na reflexão dessas comunidades, tais como reflexões dos meses temáticos (vocacional, missionário etc.) bem como a Campanha da Fraternidade.
- Qual a diferença entre uma fraternidade jovem e uma composta de adultos?
- Em todo o caso, creio que é uma alternativa válida, sobretudo para as paróquias urbanas, onde o relacionamento humano tende a ser frio e distante.
Manoel Godoy
Li com atenção os questionamentos do Pe. Manoel Godoy em relação ao Movimento da Pequenas Fraternidades,os considero importantes de serem indagados e me arrisco em responder alguns pontos questionados. 1- a relação dos membros das pequenas fraternidades com os outros irmãos da paróquia é de acolhimento,respeito e comunhão. Não se entende que o único caminho possível de ser paroquiano engajado e nem que seja a melhor maneira,o fato de se pertencer ao MPFs,ele é tão somente mais um caminho na construção da vida paroquial,um membro do corpo que procura estar em sintonia com os demais. 2-O MPFs,nasceu no seio da Igreja,se alimenta do pulsar do coração desta Igreja,por isso todos os estudos propostos pela nossa Igreja entram na pauta e na vida das pequenas fraternidades,pois não concebemos o movimento fora do caminhar da própria Igreja.Sobretudo se dá muita atenção ao estudo do texto da CF e ao temário do mês da Bíblia.3- A diferença de uma Pequena Fraternidade de jovens e a de adultos é apenas a idade,onde o jeito de ser de cada uma caminha ao sabor do tempo que se viveu,claro que nada impede que haja uma interação,é algo que acontece naturalmente.As PFs de jovens estão inseridas em todos os trabalhos da Arquidiocese no que se refere aos jovens.O que se pretende com o movimento,é fazer com que as pessoas se sintam mais cuidadas pela Igreja,e ao se sentirem assim tomam consciência que fazem parte da comunidade não como meros expectadores e por consequência se tornam cuidadores uns dos outros,partilhando o dom de suas vidas,de sua fé,de sua esperança na construção de uma comunidade mais fraterna,mais próxima.É uma Igreja em saída,que se envolve com os outros,como nos orienta e anima o Papa Francisco na Evangelii Gaudium. Mas que procura se envolver com todos,não tão somente com os membros que fazem parte do MPFs. Espero ter contribuído ao tentar esclarecer alguns pontos. Meu abraço. Pe Celso Antônio.