Presidente da CNBB pede solidariedade e justiça diante dos atentados contra indígenas


Não deixemos agravar essa cicatriz da sociedade brasileira que é a perseguição aos povos originários do Brasil”, afirmou o arcebispo de Belo Horizonte (MG) e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Walmor Oliveira de Azevedo. Em vídeo, divulgado na quarta-feira, 18 de dezembro de 2019, dom Walmor comenta os recentes atentados sofridos por indígenas e comunidades tradicionais no Brasil: “é preciso se solidarizar com os índios. Mais do que isso, devemos exigir das autoridades competentes séria e célere apuração dos fatos. Que a justiça seja feita”.

Para dom Walmor, “é vergonhoso ter que conviver, em pleno século XXI, com perseguições e atentados contra a população indígena em razão da ganância, da ganância da mineração, sobretudo, crimes graves, movidos pela ambição desmedida, por uma escravidão ao domínio do dinheiro”.

O presidente da CNBB reforça que “exercer a opção preferencial pelos pobres, selo de autenticidade da fé cristã, é estar ao lado dos índios, dos que vivem nas ruas, dos sofredores e marginalizados, todos nossos irmãos e irmãs”.

Ao citar a mensagem do papa Francisco para o Dia Mundial da Paz de 2020, no próximo 1º de janeiro, na qual o pontífice fala dos sinais de guerras e conflitos que a humanidade traz “na memória e na carne”, dom Walmor pede:

Não deixemos agravar essa cicatriz da sociedade brasileira que é a perseguição aos povos originários do Brasil. Não se troca a vida por riquezas. A paz é o maior tesouro que uma civilização pode conquistar. Seja a busca pela paz o horizonte permanente das relações humanas, compromisso inarredável que exige respeito a todos os povos, principalmente aos indígenas, excluídos de nossa sociedade, a exemplo de Jesus e dos que Dele estavam próximos no templo do presépio”.

Confira o vídeo de dom Walmor:

Fonte:

www.cnbb.org.br