Pela 6ª APD, aconteceu, no sábado 05/10/19, a Assembleia do Conselho Arquidiocesano de Pastoral e do Vicariato Episcopal para a Ação Pastoral

A Arquidiocese de Belo Horizonte, desde agosto de 2019, vivencia a sua VI Assembleia do Povo de Deus. Durante o mês de setembro aconteceram as assembleias em nível paroquial e forâneo, agora no mês de outubro acontecem as assembleias em nível regional e a de conselhos, órgãos e grupos específicos da Arquidiocese como os vicariatos episcopais. Tudo isso acontece em preparação para a grande Assembleia Arquidiocesana que acontecerá no dia 23 de novembro de 2019.

No sábado, dia 05 de outubro de 2019, no Convívium Emaús, aconteceu a Assembleia do Conselho Pastoral Arquidiocesano (CPA) e do Vicariato Episcopal para Ação Pastoral (VEAP). Confira, a seguir, a breve síntese deste evento, bem como as prioridades levantadas:

Assembleia do Conselho Pastoral Arquidiocesano e do Vicariato Episcopal para Ação Pastoral

Deu-se início à assembleia com uma afetuosa e fraterna acolhida e com a saudação de boas-vindas aos participantes, feitas pelo pe. Joel Maria dos Santos, vigário episcopal para ação pastoral e coordenador da comissão de preparação e execução da VI APD da Arquidiocese de Belo Horizonte.

Passou, então, a palavra para Lucimara Trevizan, membro da comissão de preparação e execução da VI APD, que orientou a disposição do grupo para a abertura ao Espírito Santo através de um momento de oração fundado num trecho da Carta de Paulo enviada a comunidade cristã de Corinto (1 Cor 9, 16-23) sobre a importância do ato de liberdade em colocar-nos a serviço do Reino e da ação evangelizadora.

Em seguida, pe. Joel, a partir das orientações consignadas no Instrumento de trabalho da VI APD da Arquidiocese de Belo Horizonte, depois de recordar o seu Objetivo Geral, apresentou a metodologia desta assembleia do CPA (Conselho Pastoral Arquidiocesano) e do VEAP (Vicariato Episcopal para Ação Evangelizadora): primeiro momento, divisão e trabalho em grupos; segundo momento, apresentação e partilha dos grupos, seguido de comentários, sugestões e propostas de encaminhamento; terceiro momento, aprovacão coletiva das prioridades eleitas por esta assembleia como etapa preparatória para a grande Assembleia arquidiocesana da Igreja de Belo Horizonte.

Trabalho dos grupos e eleição das prioridades pastorais

Os participantes foram divididos em quatro grupos, de acordo com os quatro pilares da metáfora da Igreja – Casa, assumidos nas Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da CNBB (DGAE 2019-2023): Casa da Palavra; Casa do Pão; Casa da Caridade; Casa da Missão.

A seguir, dentro dos limites de nosso registro e que portanto precisa ser complementado e corrigido, apresentamos as prioridades e sugestões de cada grupo que foram assumidas, ao final, por esta assembleia:

Grupo 01: Casa da Palavra

  • Criar, ampliar e acompanhar Grupos de Reflexão Bíblica: Encontros Bíblicos, Círculos Bíblicos, Leitura Orante da Palavra e outros meios possíveis numa cultura digital, a fim de que cresça o encontro dos fiéis com a Palavra de Deus, fomentando o espírito comunitário em redes de pequenas comunidades”;
  • Priorizar a Iniciação Cristã com adultos que não receberam os sacramentos”.
  • Promover uma catequese atenta à cultura urbana, numa metodologia e linguagem que  utilizem a arte (música, cinema, teatro, imagens e outros), a serviço da educação da fé”;

Sugestões: Em vista do desafio de se fazer uma Igreja em saída, formar pequenas comunidades com afeto e proximidade; evangelizar adultos e criar pequenas comunidades bíblico-catequéticas.

Grupo 02: Cada do Pão

  • Ressaltar a importância das celebrações da Palavra com os ministros leigos devidamente formados e instituídos e diáconos permanentes;
  • Evangelizar a religiosidade popular, sobretudo nas cidades históricas e santuários, como caminho para despertar e aprofundar a fé, iluminado pela Palavra de Deus, rumo a pertença à comunidade eclesial”;
  • Investir no cultivo da espiritualidade do seguimento de Jesus Cristo, nos processos de formação inicial e permanente dos presbíteros, bem como dos agentes de pastoral, para que isso possibilite a saída de uma experiência religiosa fechada em si mesma e clericalista”.

Sugestões: Repensar a política de distribuição dos presbíteros; suscitar o diaconato permanente nas comunidades; ampliar os ministérios, incluindo nestes as mulheres;

Grupo 03: Casa da Caridade

  • Cuidar para que todas as instâncias da Arquidiocese sejam espaços de promoção da dignidade humana (sobretudo) e, por causa da opção pelos pobres e de mãos dadas com os movimentos populares, lutar pela inclusão social dos marginalizados, especialmente por meio dos Núcleos de Acolhida e Articulação da Solidariedade (NAASP) e a Rede de Articulação da Solidariedade (REARTSOL)“;
  • Capacitar os evangelizadores para que as comunidades sejam verdadeiras casas de acolhida e do cuidado de todas as pessoas, especialmente dos pobres”;
  • Ter como prioridade o compromisso de comunidade de fé o cuidado com a Casa Comum, que implique um novo modo de ser no mundo e, para isso, refletir permanentemente sobre uma ecologia integral (e aproveitar os momentos de reforma e construção e fazê-las de forma sustentável)

Sugestões: 1ª) Transferir o 1º ponto da Casa da Missão como prioridade para a Casa da Caridade: “Provocar uma primavera das Pastorais sociais, na Arquidiocese de Belo Horizonte, incentivando sua criação e organização onde não existem, incrementando as que já atuam, oferecendo adequada formação aos agentes, à luz da Palavra de Deus e do Ensino Social da Igreja, com vistas a um revigoramento da presença pública da Igreja em todos os municípios da Arquidiocese” para a Casa da Caridade; 2ª) Alterações nas redações já incluídas no texto acima;

Grupo 04: Casa da Missão

  • Priorizar a ação missionária nas vilas e favelas, condomínios e edifícios, criando comunidades alicerçadas na Palavra”;
  • Investir nas redes sociais, lugares de evangelização e profecia, que denunciam e anunciam, despertando pessoas e comunidades para a vivência da fraternidade e da comunhão nesses novos espaços”;
  • Criar e fomentar Grupos de Fé e Política, bem como outros organismos eclesiais, que propiciem, a partir da Palavra de Deus e Ensino Social da Igreja, vocacionados às funções públicas e partidárias, assumam de forma consciente sua missão”;
  • Garantir os meios necessários para que os Conselhos Pastorais, em todas as instâncias, sejam efetivos espaços colegiados de discernimento e de decisão, em atenção ao protagonismo dos leigos e sempre mais comprometidos com a missão da Igreja”.

Sugestões: Transferir o 1º ponto: “Provocar uma primavera das Pastorais sociais…” para a Casa da Caridade.

Alguns registros:

Prof. Edward Neves Monteiro de Barros Guimarães

Secretário executivo do Observatório da evangelização PUC Minas; membro do Conselho pastoral arquidiocesano e da Comissão permanente de assessoria do Vicariato episcopal para ação pastoral