Paróquia Nossa Senhora do Morro, na capital mineira: Um horizonte belo é possível.

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Pintura de Fabiano Valentino – Executor do projeto “Favela Bela”. Parceiro da Paróquia Nossa Senhora do Morro, suas obras decoram quase todos os espaços externos do Muquifu.

Caminante, son tus huellas el camino, y nada más; caminante, no hay camino, se hace camino al andar. (Antonio Machado)

Ali, onde a vida é mais ameaçada, o que fazer? Para o cristão, referido, portanto, a Jesus de Nazaré, a resposta não poderia ser outra que buscar criativamente atualizar as ações evangelizadoras do Mestre. Esse cuidado com a vida se expressa, em nossos dias, com formas e coloridos diversos, segundo o contexto onde nos encontremos.

Chega a primavera. Esperamos chuva para fecundar nosso chão, apagar as queimadas, umedecer o ar… Trazer beleza e vida nova. Assim também esperamos que sejam, para a Igreja, as novas experiências a que vamos, pouco a pouco, dando visibilidade. Nesta semana nos aproximaremos mais das realidades vividas pela Igreja na Barragem Santa Lúcia, em Belo Horizonte.

Segundo as primeiras informações que nos chegam, na Paróquia Nossa Senhora do Morro, a comunidade, orientada pelo padre Mauro Luiz Silva, atende às solicitações à serviço da vida e da esperança através da pastoral da saúde; da comunicação popular, com um jornal comunitário; do reforço escolar; da pastoral da sobriedade; da pastoral do negro; do atendimento e/ou apoio aos idosos; da distribuição de alimentos; da assistência jurídica; da pastoral da criança e, ainda, de uma biblioteca comunitária. Isso além da já bastante divulgada experiência do Muquifu – Museu dos Quilombos e Favelas Urbanos. Claro está que não é o número de pastorais que assinala o dinamismo de uma comunidade. Muito menos seria a quantidade de serviços prestados que nos ofereceria o espelho do que isso significa para a vida de quem ali vive. Mas, esse jeito de ser Igreja, conforme as próprias opções pastorais e sociais parecem apontar, tem qualquer de novo, caminha no meio do povo, como diria Pe. Zezinho.

A nós, membros do Observatório da Evangelização da Arquidiocese de Belo Horizonte, importa ver de perto as diferentes e significativas respostas que são dadas pela Igreja para evangelizar em cada realidade. Depois, analisar, à luz da práxis de Jesus e das orientações de seus seguidores, essas mesmas experiências. Assim, quem sabe?, o Observatório contribua a que outras comunidades também possam buscar, criativamente, fazer caminho.

Venha conosco! A partir dessa semana observaremos esse outro percurso de evangelização.  Seriam as ações da Paróquia Nossa Senhora do Morro  significativas para o anúncio do Evangelho, neste tempo e lugar?