A Diocese de Belo Horizonte foi efetivamente criada em 11 de fevereiro de 1921 pelo papa Bento XV. Em 1º de fevereiro de 1924, o papa Pio XI, através da bula “Amunus nobis ab Aeterno Pastorum Príncipe”, elevou Belo Horizonte à categoria de Arquidiocese e seu bispo a arcebispo.”
HISTÓRIA
A ideia da criação do bispado de Belo Horizonte surgiu em 1914, com a crescente importância política da cidade e seu espantoso desenvolvimento econômico. Atendendo ao desejo da população, dom Silvério Gomes Pimenta, arcebispo de Mariana, aceitou dirigir o movimento para a criação do novo bispado.
Em 1919, uma comissão foi nomeada por dom Silvério para cuidar do processo. Na última sessão realizada por essa comissão foi lido um documento assinado pelo monsenhor F. Cortesi, auditor da Nunciatura, avisando que as bulas para a implantação do bispado já tinham sido expedidas.
A Diocese de Belo Horizonte foi efetivamente criada em 11 de fevereiro de 1921 pelo Papa Bento XV. Em 1º de fevereiro de 1924, o Papa Pio XI, através da bula “Amunus nobis ab Aeterno Pastorum Príncipe”, elevou Belo Horizonte à categoria de Arquidiocese e seu bispo a arcebispo. Na época, foi a terceira província eclesiástica de Minas Gerais.
Desde a sua criação, estiveram à frente da Arquidiocese os arcebispos:
- dom Antônio dos Santos Cabral;
- dom João Resende Costa;
- dom Serafim Fernandes de Araújo;
- dom Walmor Oliveira de Azevedo.
Dom Walmor, atual arcebispo, iniciou seu ministério na Arquidiocese no dia 26 de março de 2004.
ALGUNS DADOS BÁSICOS
Grande rede de comunidades de fé, formada por quase 300 paróquias e aproximadamente 1.500 comunidades de fé.
O território da Arquidiocese de Belo Horizonte reúne uma população de 5.110.678 habitantes (dados de 2017), sendo que destes 2.947.213 assumem a identidade de católicos (dados de 2017). Ela está presente na Capital Mineira e em outros 27 municípios da Região Metropolitana de Belo Horizonte, : Belo Vale, Betim, Bonfim, Brumadinho, Caeté, Confins, Contagem, Crucilândia, Esmeraldas, Ibirité, Mário Campos, Nova União, Lagoa Santa, Moeda, Nova Lima, Pedro Leopoldo, Piedade dos Gerais, Raposos, Ribeirão das Neves, Rio Acima, Rio Manso, Sabará, Santa Luzia, São José da Lapa, Sarzedo, Taquaraçu de Minas e Vespasiano.
A Arquidiocese de Belo Horizonte está dividia em cinco grandes regiões episcopais integram todo o seu território:
- Região Episcopal Nossa Senhora Aparecida (RENSA);
- Região Episcopal Nossa Senhora da Conceição (RENSC);
- Região Episcopal Nossa Senhora da Esperança (RENSE);
- Região Episcopal Nossa Senhora da Piedade (RENSP);
- Região Episcopal Nossa Senhora do Rosário (RENSeR.
Para dinamizar suas ações pastorais, sociopolíticas, missionárias, culturais e comunicativa a Arquidiocese de Belo Horizonte criou quatro grandes Vicariatos Episcopais:
- Vicariato Episcopais de Ação Pastoral (VEAP), que tem a missão de cuidar, fomentar, acompanhar, apoiar e articular, em nível arquidiocesano, a dinâmica da ação evangelizadora seja nas regiões episcopais, seja nas paróquias, seja nas comunidades cristãs, movimentos, pastorais e grupos diversos, bem como provocar a recepção em toda a Arquidiocese das orientações do Arcebispo e dos diversos Conselhos Arquidiocesanos. Tem por objetivo coordenar a ação evangelizadora e pastoral da Arquidiocese de Belo Horizonte, a partir do Projeto de Evangelização Arquidiocesano. Sua ação articula-se com as regiões episcopais e os outros vicariatos episcopais especiais, seguindo as indicações dos Conselhos Episcopal, Presbiteral Arquidiocesano e Pastoral Arquidiocesano, em estreita comunhão com as orientações do Arcebispo.
- Vicariato Episcopal de Ação Social e Política (VEASP), que tem a missão de cuidar, fomentar, acompanhar, apoiar e articular, em nível arquidiocesano, a dinâmica de ações que explicitem e concretizem a dimensão sociopolítica da experiência cristã nesta Igreja particular, de modo especial, as iniciativas pastorais de promoção da cidadania e e de amparo aos mais pobres e excluídos; Um de seus principais objetivos é fortalecer a inserção social da Igreja, pela integração entre a Igreja e a sociedade, com a instituição de ações sociopolíticas que fortalecem agentes, pastorais e núcleos, dedicados a contribuir para a solução de problemas sociais. O Vicariato estabelece suas ações prioritárias a partir de três amplas diretrizes: inserção nos espaços públicos de participação; consolidação da força institucional da Igreja na participação dos processos de desenvolvimento das políticas públicas; incentivo à participação popular e à mobilização cidadã. Além dessas diretrizes, há iniciativas que agregam e orientam a ação social da Arquidiocese de Belo Horizonte. A atuação do Vicariato se consolida como articulador, promotor e assessor da ação social e política em âmbito paroquial, forâneo e regional. Congrega, assim, as pastorais sociais e os projetos de acolhida aos mais pobres.
- Vicariato Episcopal para a Comunicação e a Cultura (VECC), que tem a missão de cuidar, fomentar, acompanhar, apoiar e articular a dinâmica da comunicação na Arquidiocese, além de aproximar e fortalecer os projetos culturais da Igreja. Contribui para o desenvolvimento de projetos que nascem a partir da união dos diferentes meios de comunicação, instituições e instâncias ligadas à cultura. Sua estrutura organizacional contempla a TV Horizonte, a Rádio América e a Rádio Cultura, que integram a Rede Catedral de Comunicação Católica da Arquidiocese de Belo Horizonte, além do serviço de evangelização pela internet. Abrange ainda o memorial da Arquidiocese de Belo Horizonte, as pastorais da Comunicação (PASCOM) e da Cultura e do Turismo (PASCULT).
- Vicariato Episcopal para a ação missionária (VEAM), que tem a missão de cuidar, fomentar, acompanhar, apoiar e articular a dinâmica missionária da Arquidiocese, mas, de modo muito especial, em Vilas e Favelas; nas Cidades históricas; e no Vale do Paraopeba. Neste sentido, sua missão é: 1. Promover a articulação de paróquias que têm no seu território vilas e favelas, para que sejam desenvolvidos, programas, projetos partilhados e ações, considerando os seguintes compromissos: realizar celebrações, promover momentos de formação e ajudar na organização dos moradores para que eles sejam fortalecidos na busca por direitos e por políticas públicas e garantir presença organizacional comunitária, fortalecida pela ação missionária dos ministros da Palavra. Os ministros devem ser formados adequadamente para serem multiplicadores, estando ao lado do povo em suas necessidades por trabalho, moradia, educação e saúde, com especial atenção aos jovens. 2. Qualificar a presença da Igreja a partir de conhecimento técnico-científico-acadêmico, nas cidades históricas e áreas de abrangência, considerando o contexto da cultura barroca e das tradições, para conservar e valorizar o patrimônio material e imaterial desses territórios. Favorecer o potencial cultural, turístico e educativo dessas realidades, a partir da presença eclesial. Nesse sentido, a rede de comunidades deve ser compreendida como lugar propício de educação da fé e promoção da cultura cidadã. 3. Considerar a configuração o contexto específico do Vale do Paraopeba, predominantemente rural, as interfaces e intercâmbios com as áreas urbanas, para investir na formação de Ministros da Palavra. Desenvolver projetos socioeducativos e culturais que favoreçam a preservação de identidades e tradições, inclusive de práticas religiosas e permanecer ao lado do povo na busca por políticas públicas dedicadas ao desenvolvimento das juventudes e à promoção da vida digna para todos.
Todas as instituições e comunidades de fé da Arquidiocese de Belo Horizonte são chamadas a se orientar pelo Projeto de Evangelização definido pela Assembleia do Povo de Deus. Realizada a cada quatro anos, a APD é um amplo processo de escuta, quando cada fiel, das muitas comunidades de fé da Arquidiocese, é convidado a indicar quais caminhos a Igreja deve seguir, na missão de evangelizar e de ajudar o mundo a tornar-se mais justo e fraterno. Ao longo de sua história já tivemos cinco APD e estamos vivenciando a 6ª Assembleia do Povo de Deus. Os Projetos de Evangelização frutos das APDs, que nortearam nossa caminhada.
1. Primeira APD: de 1990 a outubro de 1996.
O Projeto Pastoral de Evangelização “Construir a Esperança”. Ser uma Igreja misericordiosa, participativa e missionária.
2. Segunda APD: 19 de junho a outubro de 2003.
O Projeto de Evangelização “Igreja Viva: Povo de Deus em Comunhão”.
3. Terceira APD: 4 de maio a 8 de novembro de 2008.
O Projeto de Evangelização “Igreja Viva, sempre em missão”.
4. Quarta APD: 13 de maio a 20 de outubro de 2012.
O Projeto de Evangelização “Igreja Viva, sempre em Missão”.
5. Quinta APD: 13 de dezembro de 2015 a 20 de novembro de 2016.
O Projeto de Evangelização “Proclamar a Palavra”.
Fonte:
www.arquidiocesebh.org.br