A crise ecológica é uma questão cultural que abrange e envolve problemas que vão desde a produção de eucaliptos transgênicos, devastação de florestas, poluição das águas até a expansão das neuroses, generalização de depressões e falta de sentido para a vida.
Por outro lado, é a mulher a cuidadora por excelência. A responsável por gerar e manter a vida. Necessário se faz a criação de um ethos cultural que transforme a forma como nos relacionamos com a criação.
Neste tempo privilegiado da quaresma, tempo de reflexão sobre o pecado, sobre o mal, na busca da conversão, urge avaliarmos o imenso poder destruidor do mal ecológico, que engloba tudo. Talvez mais que qualquer outro mal.
Certamente, Jesus que contemplava os lírios do campo, os pássaros, a semente de mostarda crescendo e o olhar de cada pessoa que a Ele se dirigia, se situaria em favor da Vida ameaçada por experimentos transgênicos que modificam a biodiversidade, como sempre se posicionou.
Mulheres camponesas agiram e foram duramente criticadas pela imprensa sensacionalista. Por que mulheres? Por que as camponesas? Por que não publicaram suas razões na grande mídia?
Tânia Jordão