Em recente artigo intitulado: “No limite da paciência”, D. Walmor Oliveira de Azevedo mostrava que “é incontestável que a mobilização em prol da lei ficha limpa revela a impaciência da sociedade com a forma como os cargos são exercidos no executivo e no legislativo”.
Assistimos nesses dias, mais uma vez, a rapidez com que os parlamentares aprovaram – tanto no nível estadual, na Assembleia de Minas Gerais, quanto no nível federal, na Câmara – o aumento de recursos pensando em seus interesses pessoais e familiares, esquecendo-se do que é específico da política, isto é, o bem comum. Mas quando se considera a lista interminável de prioridades que exigem e esperam rápidas tomadas de atitudes e encaminhamentos necessários na dinâmica da sociedade atual, por exemplo, em relação à corrupção, acreditamos que todos estamos “no limite da paciência”.
Os diversos setores da vida social não podem deixar morrer ou sufocar o desejo e a prática de uma permanente busca da justiça, da inclusão e da cultura da moralidade, envolvendo-se nos processos de construção da sociedade, atentos para os discursos paliativos e as manobras que desfiguram a verdadeira arte da política que é o bem comum. Por isso somos chamados a participar do movimento de mobilização em prol do projeto de reforma política proposto pela CNBB juntamente com uma rede de mais de cem entidades e movimentos da sociedade civil organizada. O Observatório da Evangelização sugere, pela atualidade, a leitura do artigo de D. Walmor:
http://www.arquidiocesebh.org.br/site/artigoArcebispo.php?id_artigoArcebispo=1013