Segundo Dom Silvano Tomasi, observador permanente da Santa Sé junto às Nações Unidas em Genebra, ninguém está isento dos impactos das mudanças climáticas, bem como de agir, pelo dever e responsabilidade moral, solidariamente, no sentido de resolver essa que é uma grave e preocupante situação mundial.
Considerando a íntima ligação entre pobreza e as mudanças climáticas, observa-se que os países pobres e mais vulneráveis são os que mais estão sofrendo com os impactos das mudanças climáticas. Daí a solidariedade de todos possibilitará qualificar a situação deles garantindo-lhes o direito fundamental ao desenvolvimento.
O Arcebispo estima que 600 milhões de pessoas, sobretudo do sul da Ásia e na África subsaariana enfrentarão a desnutrição como grave consequência das mudanças climáticas. No entanto as pessoas que moram em áreas vulneráveis como favelas, encostas, margens de rios não só tem o direito à alimentação, como também a uma moradia adequada.
Duas são as decisões éticas a serem tomadas nas negociações sobre o clima em Paris: a decisão dos países em reduzir as emissões de gás carbono a um nível mínimo, e a segunda é o financiamento de medidas de adaptação, como o fundo verde para o clima, visando auxiliar aqueles países e pessoas que enfrentam dificuldades e situações mais comprometedoras.
Constatando essa grave situação, o Papa visa, em Junho ou Julho, a publicação de sua encíclica sobre o meio ambiente, a fim de que se gerem ainda mais discussões sobre este tema, pensando assim contribuir para a próxima rodada de negociações da ONU acerca das mudanças climáticas, a qual ocorrerá em Paris, no mês de Dezembro.
Leia mais em:
Joel Maria dos Santos
P/ equipe executiva do Observatório da Evangelização