“Fortalecendo as relações de gênero. Para a Igreja, um terreno árido que pode se transformar em jardim.”, com a palavra Vânia de Fátima Fonseca Pinto

O texto a seguir foi elaborado pela aluna Vânia de Fátima Fonseca Pinto para o seminário promovido pela disciplina Pedagogia Dialógica Participativa, Corresponsabilidade e Ação Pastoral, ministrada pelo prof. dr. Edward Guimarães no curso de pós-gradução em Teologia Pastoral da PUC Minas.

Confira:

FORTALECENDO AS RELAÇÕES DE GÊNERO. Para a Igreja, um terreno árido que pode se transformar em jardim

“Separados somos fracos, juntos somos fortes,

unidos e unidas somos uma avalanche de amor, um tsunami de amor”.

(Dito popular do Haiti)

A todas as mulheres que com coragem, ousadia, não se amedrontaram em arriscar novos traçados e levantar a voz contra todo tipo de opressão, exploração e exclusão!

INTRODUÇÃO

A marginalização do feminino é um processo que infelizmente também tem se sustentado por meio da interpretação fundamentalista e ahistórica de determinados escritos bíblicos. Estes são utilizados anacronicamente como justificadores de uma sociedade patriarcal. No contexto bíblico e ainda hoje suprime-se a imagem da igual dignidade da mulher.

Muitas mulheres inteligentes, articuladoras, estrategistas e com grande capacidade de liderança foram e continuam a ser marginalizadas, deturpadas ou invisibilizadas não conseguindo colocar em evidência o seu protagonismo no meio social e eclesial. Sofreram e continuam a sofrer todos os tipos de violência: física, psicológica, patrimonial, moral, ante as persistentes desigualdades de gênero, marcadas nas relações sociais que se estabelecem.

No entanto, segundo diversos textos bíblicos, no Segundo Testamento encontramos mulheres que foram valorizadas, respeitadas e fizeram parte do Movimento de Jesus. Não somente seguiram Jesus como foram verdadeiras discípulas que percorreram o caminho da Galiléia até Jerusalém. Isso quer dizer que: seguiram, foram solidárias e fiéis a Jesus, acompanhando-o ao longo da missão e, inclusive, na sua paixão, morte e ressureição. Enquanto que a maioria dos apóstolos, por medo, não seguiram Jesus nessa travessia.

Jesus inicia o seu mistério público através de uma mulher, Maria, sua mãe, quando ela o instiga a resolver um problema: a falta de vinho em uma festa em Caná da Galiléia (Jo 2, 1-12). Jesus dialoga teologicamente e se revela como Messias a uma mulher estrangeira, uma samaritana (Jo 4, 4-42) e Maria, irmã de Marta, escuta atentamente os seus ensinamentos (Lc 10, 38-42).

Não se encontra nenhum texto bíblico com atitude ou palavra de Jesus de Nazaré contrária a dignidade da mulher, questionando suas capacidades ou limitando sua atuação. Jesus quebra todos os tabus e preconceitos de sua época. Ao contrário, Jesus atribuía grande valor às mulheres. Algumas citações bíblicas explicitam o relacionamento de Jesus com mulheres, tais como: Lc 7, 36-50; 8, 2-3; Mc 10, 2-12. Elas são, inclusive, as primeiras testemunhas da Ressurreição (Mc 16, 9-11; Lc 24, 9-11; Jo 20, 1-3.11-18; Mt 28, 1-10).

Também o apóstolo Paulo, com todos os limites culturais de seu tempo, de certa forma, segue a mesma “linha” de Jesus. Ele respeitou as mulheres que eram lideranças nas comunidades com atribuições de diáconas, colaboradoras, trabalhadoras, apóstolas e as considerava parceiras na evangelização (Cf. Rm 16).

A intuição dessa reflexão é a de despertar o olhar crítico da Igreja que não escuta e ignora os sinais dos tempos frente a realidade da exclusão das mulheres. As transformações desejadas para a sociedade, começam nas comunidades eclesiais e estruturas internas, portanto, não cabe a Igreja paralisar pelo medo e se contradizer mantendo padrões tradicionalistas, conceitos e paradigmas retrógrados. Isso é uma ameaça para que não aconteça uma autêntica ação evangelizadora pautada na promoção e defesa da vida. 

Fundamentada na proposta do apóstolo Paulo na Carta aos Gálatas (Gl 3, 28), novas relações de gênero – Não há homem nem mulher, pois todos vós sois um só em Cristo Jesus -, e no conteúdo da entrevista da Teóloga luterana Wanda Deifelt ao Instituto Humanistas Unisinos, em 17 de julho de 2016, elaborada por João Vitor Santos intitulada: “Maria Madalena e as discípulas de Jesus. Protagonistas que resistem a um apagamento.”, apresentaremos uma espécie de subsídio para o desenvolvimento do tema que aqui nos propomos: uma reflexão sobre a questão de gênero na Igreja.

DESENVOLVIMENTO

Não se faz uma leitura bíblica sem conhecer o contexto e o pretexto em que foi escrito, por isso, vamos percorrer um pequeno caminho histórico.

No mundo greco-romano, as mulheres não eram respeitadas como cidadãs. Grande parte delas eram escravizadas; as mulheres da classe dominante eram mães, esposas e filhas de cidadãos. Do ponto de vista da lei, elas estavam submetidas ao pai de família. Enquanto as mulheres gregas ficavam reclusas em suas casas, as romanas até podiam acompanhar seus maridos em banquetes e festas, mas não muito mais do que isso.

Na Grécia, de um modo geral, as mulheres não tinham acesso ao mundo intelectual. Entretanto, havia tendências filosóficas, como o epicurismo e o cinismo, que eram abertas à participação das mulheres. No mundo das religiões, elas tinham participação ativa, de modo especial nos cultos às deusas, seja nas casas seja nos templos. Exerciam o papel de profetisas e sacerdotisas, especialmente nos ritos ligados ao nascimento e à morte. Nas religiões romanas, as mulheres tinham bem menos participação que no mundo grego.

Enquanto os homens tinham acesso ao poder e à glória – eles eram os políticos, os guerreiros e comerciantes – as mulheres tinham uma vida de submissão aos homens. Elas sempre ficavam sob a tutela de um membro da família do sexo masculino, fossem eles seus pais, maridos ou filhos, caso ficassem viúvas.

As “igrejas domésticas” helenistas rompem com o modelo patriarcal, com a ordem hierárquica da casa greco-romana, vivendo relações de igualdade de direitos.

Nas relações de gênero, Paulo divulga relações de parceria, de complementaridade, de respeito às diferenças. No contexto da Carta aos Gálatas, judeus, gregos, homens e mulheres estão subjugados à dominação do Império romano e a propostas religiosas opressivas. Paulo traz a possibilidade de solidariedade, promove a igualdade.

No Brasil, há algumas décadas, as mulheres eram reduzidas à função de formar famílias (procriação) e cuidar dos filhos e do marido. Basta revermos as fotografias antigas das famílias, rodeadas por muitos filhos e netos. Época em que as mulheres ainda estão no espaço doméstico compreendido pelo capitalismo como extensão da fábrica. O Estado e os homens se apropriam de seus corpos sob a aparente proteção e generoso acolhimento tutelar. As mulheres são forçadas a funcionar como um meio de acumulação de capital e reprodução do trabalho. Elas eram exploradas no cotidiano como imposição sumária, no espaço do lar e não eram assalariadas. Eram contribuintes e ajudavam a sustentar o sistema capitalista, enquanto que o homem tinha o privilégio de trabalhar fora do espaço doméstico e tinha o seu salário, o que ocasionava desequilíbrio do sistema produtivo de bens e serviços e restringia a emancipação feminina. Esta era entendida como uma ameaça à estabilidade familiar. As mulheres em constante dominação são as verdadeiras vítimas e não as culpadas, como querem imprimir o patriarcado.

O apóstolo Paulo apóstolo entende que pelo batismo somos “UM SÓ” em Cristo, o que se torna uma proposta de inclusão estabelecida pelo batismo em Cristo Jesus. Esse batismo não se adequa ao ritualismo de purificação e, sim, à confirmação de que revestidos em Cristo, somos novas criaturas.

De fato todos vocês são filhos de Deus, por meio da fé em Cristo Jesus. Pois todos vocês já foram batizados em Cristo, se revestiram de Cristo. Não há judeu nem grego, não há escravo nem livre, não há homem nem mulher, pois todos vocês são UM só em Cristo Jesus” .

Gl 3, 26-28

O longo processo histórico de desigualdade de gênero, não impediu a luta das mulheres em defesa de sua dignidade e nem o surgimento uma grande aliada: a Teologia Feminista. Esta anuncia um novo conceito no fortalecimento das relações de gênero, encarrega de ser representante do rosto, da voz e do corpo do feminino, resgata o protagonismo de personagens bíblicos e históricos que resistiram e resistem a invisibilidade no palco da vida.

Quando se trata de discutir temáticas relacionadas à emancipação da mulher para dentro das casas, das igrejas e das comunidades, infelizmente, as mentes, os corações e as portas se fecham. Não há espaço livre para o diálogo. A Teologia Feminista passa a ser considerada por muitos como uma “aberração” na definição da supremacia androcêntrica e machista. É um trabalho árduo desmistificar a imagem criada e imposta ao feminino para definir o papel da mulher no meio em que vive – sedutora, pecadora, dona de casa, esposa e mãe.

Maria Madalena é apenas um exemplo conhecido das muitas mulheres difamadas. Ela foi injustamente retratada na Igreja Católica pelo papa Gregório, “o grande” (540-604) como pecadora e prostituta.

Em 2016,

“o papa Francisco fez justiça e elevou Maria Madalena ao status de apóstola, não mais como a sua imagem estigmatizada como prostituta, mas como parte integral da comunidade dos discípulos e discípulas de Jesus e modelo de libertação para os coletivos femininos, que estão dentro e fora da Igreja Católica”.

https://domtotal.com/noticia/1385901/2019/09/papa-confirma-maria-madalena-foi-apostola/

A Teologia Feminista busca libertar tais estigmas e outros termos desqualificados expressos por misóginos. Contudo, fica mais complicado quando essas instituições dominantes instigam a uma leitura fundamentalista. “Está escrito na Bíblia”, alegam, tentando bloquear qualquer reflexão. Como parceira das mulheres, mesmo não sendo reconhecida e aceita por muitas delas, a Teologia Feminista faz provocações no sentido de revelar que muitos dos textos bíblicos contribuem para legitimar o patriarcado social. Neste, o homem entende ser o estereótipo, exclusivo na representação coletiva. No ambiente eclesiástico, por meio da alegada sucessão apostólica, no caso da Igreja Católica Apostólica Romana, pelo sacramento da Ordem, todos os bispos (homens) legitimamente consagrados, em comunhão com o papa (o sucessor de Pedro), são todos sucessores dos doze.

Se somente os homens são detentores da sucessão apostólica, como fica a questão de obter o sacramento da Ordem para as mulheres? Como se define a legitimidade da mulher consagrada e da leiga?

Fica evidente que por todos os lados os principais postos de poder e de decisões são ocupados pelo sexo masculino. Esse é o retrato da sociedade patriarcal, machista, onde a mulher fica submissa ao pai, aos irmãos, ao marido, aos teólogos da religião, aos governantes. É preciso dar um basta a toda e qualquer discriminação!

De acordo com a tradição, Maria Madalena foi chamada de “apóstola dos apóstolos”. Foi ela a primeira anunciadora e testemunha da Ressurreição de Jesus Cristo. É necessário usar a perspicácia para compreender como os homens, com poder opressivo, transformaram e reduziram, ao longo da história, esta mulher de coragem e sabedoria a uma pecadora arrependida, prostituta e possuidora de sete espíritos maus. Essa criminalização de Maria Madalena só interessa a reprodução do machismo e do patriarcalismo. Maria Madalena foi uma das discípulas mais destacadas da Galiléia.

Cabe aqui discernir que ser discípulo ou discípula não é apenas ser seguidor(a) de ideias, mas cuidar das vidas que sofrem desmedidamente. É expressar, na prática, a palavra de Jesus que, mais tarde, vai aparecer escrita no Evangelho do Discípulo Amado; “Eu vim para que todos tenham vida e a tenham em abundância” (Jo 10,10).

Nas últimas três décadas, os estudos bíblicos e as teologias críticas feministas demostraram que Miriam de Magdala não foi uma pecadora ou mulher decaída, mas uma liderança do movimento judaico que recebeu o nome de Jesus (Movimento de Jesus). Chamada pela Sabedoria Divina, Maria Madalena buscou viver e modelar uma comunidade de iguais voltada para o discipulado. Pode-se concluir que Maria de Magdala é espelho para a luta feminista, ícone da Teologia Feminista.

PARA REFLETIR…

Muitas perguntas e inquietações surgem sem respostas. Jesus fazia mais perguntas do que dava respostas (Mc 8,17-21). Vejamos:

  1. Como a Igreja hoje pode abrir-se a discussão da questão de gênero e promover a construção de novas relações de gênero distintas das práticas patriarcais?
  2. Como e quando a mulher leiga ou consagrada fará parte da toma de decisões que afetam a vida das comunidades cristãs?

CONCLUSÃO  

Trilhar novos caminhos, questionar e analisar de forma racional e inteligente é um grande passo, desalienar e perceber que se a Bíblia pode ser instrumento de dominação pela parte masculina, também pode ser instrumento de inclusão para a parte feminina e lhes conferir autoridade, liberdade e equidade.

Nós mulheres queremos igualdade de direitos, uma caminhada integral na dança do amor que se desagua na plenitude da vida. Para que uma transformação aconteça é imprescindível que haja uma profunda mudança de mentalidade, de ideias, de pensamento: “metanóia”. Somente assim poderemos entender que homens e mulheres são portadores do Espírito, que este não se detém diante das diferenças de sexo. Juntos somos chamados a construir um projeto de vida que seja voltado para o humanismo inclusivo, inspirado na prática libertadora de Jesus.

Os membros do clero são convidados a perceber a influência do patriarcalismo, a rever seus conceitos, atitudes e ações diante de um sistema cultural que fere, exclui, escraviza e, muitas vezes, mata. Descer do pedestal do triunfalismo e pisar no “terreno árido” das relações humanas que se encontram desgastadas pelo sistema patriarcal.

A utopia ativa nos faz voar, sonhar, acreditar em uma Igreja acolhedora, cuidadora, inclusiva, aberta, dialogal, de escuta. Como nos anunciou o grande profeta Dom Helder Câmara: Que tua mão ajude a voar, mas que jamais ela tome o lugar das asas”.

Jesus ensinava que os problemas humanos são mais urgentes, e que discussões teóricas (Leis) e ritos não são tão necessários quanto resgatar a dignidade humana e as suas relações fraternais. Essa é uma das propostas de Jesus para atingir a justiça. 

O terreno é árido, mas abre-se possibilidades: caminhos e oportunidades de cultivar um grande jardim. Na singeleza da minha experiência de vida, concordo plenamente com as questões abordadas pela teóloga luterana Wanda Deifelt. Sonhamos juntas um “lugar ao sol” para as mulheres, lugar que reconhece a sua igual dignidade humana, na sociedade e na Igreja.

Que a Divina Ruah, com o seu dinamismo, ternura, cuidado, amorosidade e sabedoria possa romper barreiras e construir pontes que conduzam a uma ação evangelizadora criadora e transformadora em defesa da vida.

Quero terminar esta reflexão com um poema que fiz para expressar esta utopia:

Maria Flor, leveza da mulher!

Por Vânia de Fátima Fonseca Pinto

Sou mulher,

Jovem ou idosa,

Branca ou negra,

Sou o que eu quiser.

Cobiçada pelo sexo, carente de amor,

o meu corpo não convida,

mas isso nunca adiantou.

Meu país? Intermitente!

Muita política que ninguém entende.

Muita coisa privada que deveria ser pública.

Muita coisa pública que deveria ser privada.

Sou mulher,

O Sistema não me adotou!

Sou de uma religião sem nome,

Caracterizada pela expressão do Amor,

É forte e grita: 

Serei amada e respeitada!

Sou mulher,

Sou o que eu quiser!

Meu poder foi conquistado.

Meu valor ainda é negado,

Mesmo sendo ilegal!

Não sou melhor,

também não sou pior.

Só quero ser igual.

Sou mulher,

Sou o que eu quiser!

Quando Deus me criou,

no céu, a lua cheia brilhava,

nos campos, as flores desabrochavam nas mais vivas cores,

o frescor da brisa assoviava perto da cachoeira,

grandiosa e fluida,

que desaguava em duras rochas,

fortes e resistentes.

Nessa paisagem, Deus se inspirou!

E hoje perfeita sou:

lua, flor, brisa, cachoeira, rocha e mulher.

Sou o que eu quiser!

Salve Maria Flor!

Todas somos Marias na vida,

Como dizia o poeta,

“Maria, uma mulher

que deve viver e amar

como outra qualquer do planeta”.

Mas nunca deixemos de ser Flor!

Viver é amar, sorrir, sonhar, realizar, desejar!

REFERÊNCIAS

BOHN, Ildo Gass. As Primeiras Comunidades – Novo Testamento. Módulo 10. Curso de Bíblia por Correspondência: CEBI, 2003, p. 77-79.

PEREIRA, Sandra Regina. As mulheres e o Patriarcado nas Comunidades Paulinas, PNV 329, São Leopoldo: CEBI, 2015.

BENCKE, Romi Márcia. Ecumenismo e Feminismo, Parcerias da casa comum, PNV 298 CEBI – São Leopoldo/RS, 2012, p. 39.

FIORENZA, Elisabeth Schüssler. Caminhos da Sabedoria. Uma Introdução à Interpretação Bíblica Feminista. São Bernardo do Campo: Nhanduti Editora, 2009.

SCHOTTROFF, Luise; SCHROER, Silvia; WACKER, Marie-Theres. Exegese feminista: resultados de pesquisas bíblicas a partir da perspectiva de mulheres. São Leopoldo: Sinodal/Faculdades EST/CEBI; São Paulo: ASTE, 2008, p. 185.

MUSSKOPF, André; BLASI, Marcia (Orgs). Ainda feminismo e gênero. Histórias, gênero e sexualidade, sexismo, violência e políticas públicas, religião e teologia, São Leopoldo/RS: CEBI, 2014.

IHU ON LINE. “Maria Madalena e as discípulas de Jesus. Protagonistas que resistem a um apagamento”. Entrevista com a teóloga luterana Wanda Deifelt, em 17 de julho de 2016. Elaborada por João Vitor Santos. Disponível em: <http://www.ihu.unisinos.br/entrevistas/557752-maria-madalena-e-as-discipulas-de-jesus-protagonistas-que-resistem-a-um-apagamento-entrevista-especial-com-wanda-deifelt>. Acesso em: set 2021.

1 Comentário

  1. Maravilhosa reflexão! Abordou com inteligência os diversos aspectos das questões de gênero. Parabéns! Muito significativo!

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