E a Palavra se fez Carne

 Hoje é dia 13 de outubro, quarta feira da 28ª semana do tempo comum.

“Ai de vós fariseus e doutores da Lei”. Assim, duramente ouvimos no evangelho de hoje, Jesus dirigir-se a essas lideranças quando foi convidado a um jantar na casa de um fariseu. Os fariseus supervalorizavam a exterioridade da religião, ao invés da justiça e o amor de Deus. Os doutores da Lei, por sua vez, usavam a Lei para sobrecarregar o povo, enquanto eles mesmos nada faziam. Jesus nos ensina o que é essencial aos olhos de Deus, qual o verdadeiro sentido da religião. Peça ao Senhor a graça do discernimento quanto ao que é indispensável e fundamental em sua vida de fé.

Com seu coração aberto, acolha o Evangelho de São Lucas, capítulo 11, versículos 42-46:


Naquele tempo, disse Jesus: Aí de vós, fariseus, porque pagais o dízimo da hortelã, da arruda e de todas as outras ervas, mas deixais de lado a justiça e o amor de Deus. Vós deveríeis praticar isso, sem deixar de lado aquilo. Aí de vós, fariseus, porque gostais do lugar de honra nas sinagogas, e de serdes cumprimentados nas praças públicas. Aí de vós, porque sois como túmulos que não se vêem, sobre os quais os homens andam sem saber.’ Um mestre da Lei tomou a palavra e disse: ‘Mestre, falando assim, insultas-nos também a nós!’ Jesus respondeu: “Ai de vós também, mestres da Lei, porque colocais sobre os homens cargas insuportáveis, e vós mesmos não tocais nessas cargas, nem com um só dedo”.

Jesus questiona os procedimentos dos fariseus. Apesar dos escrúpulos religiosos por eles observados, tudo não passava de uma mera aparência exterior. Eram como túmulos, sepulcros caiados, isto é, escondiam dentro deles, o horror da morte. Não podemos esquecer que a verdadeira prática religiosa é viver a justiça e amar a Deus e ao próximo. Quem pratica uma religião de aparência, engana-se a si mesmo. Diante do Senhor, examine a sua vida e peça a graça de viver a religião do amor.

À luz do evangelho de hoje, deixe-se questionar: sou uma pessoa religiosa apenas pela aparência? Estou comprometido com a Justiça e a paz? Busco traduzir a fé que professo através de minhas ações?

“Vós deveríeis praticar isso, sem deixar de lado aquilo”. Jesus nos ensina que as obrigações religiosas são importantes, mas não podemos esquecer do que é prioritário: o amor para com Deus e os irmãos. Acolha um dos pensamentos de Santo Agostinho:

“Se quiser conhecer uma pessoa não observe o que ela faz, mas o que ela ama”.

Termine sua oração agradecendo a Deus sua palavra de vida e luz. Peça a Ele a luz do Espírito Santo, capaz de te ajudar a comprometer-se com sua justiça, seu amor e sua paz.

Pai nosso,

que estais nos céus, santificado seja o vosso nome;

venha a nós o vosso reino, seja feita a vossa vontade, assim na terra como no céu;

o pão nosso de cada dia nos dai hoje;

perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido;

e não nos deixeis cair em tentação, mas livra-nos do mal.

Amém!