7 de setembro, 3ª feira da 23ª Semana do Tempo Comum
Hoje é dia 7 de setembro, vigésima terceira semana do tempo comum.
Jesus se coloca em oração antes de escolher os doze discípulos! Desconhecemos o poder da oração e a força que ela se traduz nos desalentos que vivemos. A oração nos dá ânimo e acalenta o coração, convidando-nos a transformar nossa vida, nossas ações e sentimentos. Em nossas relações diárias, sejamos corajosos e orantes para estarmos sempre abertos a Deus e ao sofrimento do próximo. Peçamos ao Senhor a graça de viver profundamente a oração em nossas vidas para que nunca nos falte a esperança.
Escuta o Evangelho Segundo Lucas, Capítulo 6, versículos 12 a 19:
Naqueles dias, Jesus foi à montanha para rezar. E passou a noite toda em oração a Deus. Ao amanhecer, chamou seus discípulos e escolheu doze dentre eles, aos quais deu o nome de apóstolos:
Simão, a quem impôs o nome de Pedro, e seu irmão André; Tiago e João; Filipe e Bartolomeu; Mateus e Tomé; Tiago, filho de Alfeu, e Simão, chamado Zelota; Judas, filho de Tiago, e Judas Iscariotes, aquele que se tornou traidor.
Jesus desceu da montanha com eles e parou num lugar plano. Ali estavam muitos dos seus discípulos e grande multidão de gente de toda a Judéia e de Jerusalém, do litoral de Tiro e Sidônia. Vieram para ouvir Jesus e serem curados de suas doenças. E aqueles que estavam atormentados por espíritos maus também foram curados. A multidão toda procurava tocar em Jesus, porque uma força saía dele, e curava a todos.
Jesus foi a montanha para rezar. Para viver a oração, faz-se necessário atravessar um deserto árido que se chama imediatismo. Vivemos tudo para ontem e queremos soluções para agora! A oração requer um espaço no nosso dia a dia, um momento em que nos separamos de nossas preocupações e mergulhamos na profunda confiança em Deus e em seu amor. A oração nos conecta ao mais íntimo de nós mesmos, nos fazendo mais pacientes, acolhedores e atentos a todos. Ela nos desperta e nos faz proativos em nossas relações. Vamos nos conectar com Deus no mais profundo de nós e acolher esse momento com uma grata oração.
Como é a sua oração? O que podes fazer para evitar distrações e centrar na confiança em Deus? Toma consciência dos sentimentos e desejos que você traz consigo neste momento em que se recolhe para orar.
“Jesus foi à montanha para rezar. E passou a noite toda em oração a Deus” nos diz o evangelho de hoje. A oração nos abre os olhos, nos orienta e transforma nossas ações. Observe, abra os olhos para “outra realidade” que já está presente nas entranhas de seu próprio dia a dia. Ouça o poema de José Tolentino Mendonça, em Elogio da sede:
Ensina-me, Senhor, a rezar a minha sede, a pedir-Te não que a arranques de mim ou a resolvas depressa, mas a amplies ainda naquela medida que desconheço e que apenas sei que é a Tua!
Ensina-me, Senhor, a beber da própria sede de Ti, como quem se alimenta mesmo às escuras da frescura da nascente.
Que a sede me torne mil vezes mendigo, me ponha enamorado e faça de mim peregrino.
Que ela me obrigue a preferir a estrada à estalagem e o aberto da confiança ao programado do cálculo.
Que esta sede se torne o mapa e a viagem, a palavra acesa e o gesto que prepara a mesa onde partilhamos o dom.
E quando der de beber aos teus filhos seja não porque tenha a posse da água, mas porque partilho com eles o que é a sede.
Termina tua oração pedindo a Deus que sua vida seja plena de diálogo com ele. Que a tua oração principal seja de gratidão pela história que vives, pelas pessoas que tocas e pelo trabalho que te coloca a serviço do outro.
Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo. Assim como era no princípio, agora e sempre. Amém!
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