Hoje é dia 25 de setembro, sábado, 25ª semana do Tempo Comum.
“O Filho do Homem vai ser entregue nas mãos dos homens” (Lc 9,44b). No contexto de uma verdadeira admiração com as maravilhas que Jesus realizava através de suas palavras e ações, Ele anuncia aos discípulos, pela segunda vez, a sua paixão. O que deveria interessar aos discípulos não era a glória de Jesus, mas a compreensão da verdadeira identidade do Mestre, sua entrega amorosa por todos. Peça ao Senhor a graça de uma verdadeira compreensão do mistério da cruz de Jesus e de sua implicação em sua sua vida de discípulo.
Escuta o Evangelho de São Lucas, capítulo 9, versículos 43b-45:
Naquele tempo, enquanto todos se admiravam com tudo o que Jesus fazia, ele disse aos seus discípulos: “Gravai nos ouvidos estas palavras: O Filho do Homem vai ser entregue às mãos dos homens”. Eles, porém, não compreendiam o que ele dizia; ficava-lhes encoberto, de modo que não podiam entender. E tinham medo de fazer perguntas sobre esse assunto.
A euforia e o encantamento dos discípulos diante das maravilhas de Jesus, é interrompida quando Jesus volta a falar de sua paixão, de sua cruz. Compreender a cruz significa compreender o lado luminoso do rosto de Jesus que revela o Pai. Os sonhos e expectativas dos discípulos , se diferem dos de Jesus. Dai a dificuldade deles em aceitar o anuncio da paixão do Mestre. Eles não entendiam o que Jesus estava falando. O desvio do caminho de Jesus nos põe na contramão do seu seguimento. Converse com Deus sobre a dificuldade em aceitar, na cruz de Jesus, a sua cruz de cada dia.
Quais são as dificuldades encontradas para você acolher o anuncio da cruz de Jesus? Qual o verdadeiro sentido, em sua vida, do seguimento de Jesus? De que maneira você pode, a exemplo de Jesus, fazer de sua vida uma verdadeira doação?
“O Filho do Homem vai ser entregue às mãos dos homens” (Lc 9, 44b). O sentido da vida está em ser capaz de colocá-la a serviço, por amor a todos. Atraídos por ele na cruz, somos chamados a experimentar seu amor e nos comprometermos em amar.
Ouçamos o poema “A Cruz”, de Santa Teresa D’Ávila:
Ó bandeira que amparaste o fraco e o fizeste forte!
Ó vida da nossa morte, quão bem a ressuscitaste! O Leão de Judá domaste, pois por ti perdeu a vida. Sê bem-vinda, cruz querida.
Quem não te ama vive atado, e da liberdade alheio; quem te abraça sem receio não toma caminho errado.
Oh! ditoso o teu reinado, onde o mal não tem cabida! Sê bem-vinda, cruz querida.
Do cativeiro do inferno, ó cruz, foste a liberdade; aos males da humanidade deste o remédio mais terno.
Deu-nos, por ti, Deus Eterna alegria sem medida. Sê bem-vinda, cruz querida.
Termine sua oração dando graças a Deus pelo seu amor por ti e por toda humanidade em Cristo que se ofereceu na cruz pela vida e salvação de todos. Peça também ao Senhor a graça de segui-lo nas experiências de cruz em sua vida. Que em tudo você seja capaz de amar e servir.
Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo: assim como era no princípio, agora e sempre. Amém.
Fonte: