Evangelizar é missão de todos nós que pelo Batismo enraizamos a nossa vida na vida de Jesus. Ser cristão é o desafio diário de cultivar criativamente no contexto em que vivemos a vida nova em Jesus Cristo. Viver com a consciência do dom de sermos todos filhos e filhas de Deus. Desse modo, somos chamados a conviver em comunidade de forma ativa, na partilha de tudo o que somos e na alegria que brota da experiência e da fé que nos irmana pelo amor de Deus por nós. O longo tempo dessa pandemia tem despertado a força da Igreja doméstica, espaço dos cristãos leigos, da família comprometida com o Reino da justiça e da fraternidade inclusiva de todos na mesa da dignidade dos filhos e filhas de Deus. Que tal aproveitarmos o tempo do Advento que se aproxima, para organizar um jeito de reunir a família, vizinhos e amigos para preparar juntos o Natal?
Como celebrar de forma plena e feliz o Natal de Jesus, festa da vida, quando vivemos cercados de mortes por todos os lados? Quando não é a pandemia, é a política de morte implantada no país, que protege os grandes e pisoteia e destrói os mais frágeis. O Natal, apesar de tudo isso, faz esperançar, porque essa é a celebração do nascimento do Menino-Deus, pequenino e frágil, que se tornou sinal do amor misericordioso de Deus com os mais vulneráveis da Terra.
Saber quem é o Deus do Jesus-menino é fundamental para que a gente não transforme o Natal numa festa vazia, um evento comercial que celebra o consumismo e entorpece com presentes e com luzes de pisca-piscas colocados nas casas e nas praças. O Menino-Deus que se fez homem é o sinal claro e potente de que Deus ama o mundo e cada um de nós em particular, de que ele não se confunde com essas imagens enviesadas de Deus que circulam nas redes sociais.
Deus não é um juiz, nem um carrasco, nem um negociante que aceita o suborno de nossas preces. Ele não é um senhor de exércitos, com arma na mão pronto ao combate. Também não é um legalista de plantão, que nos vigia preocupado em saber se infringimos suas leis. Essas imagens de Deus que circulam na internet e nos grupos de whatsApp não têm nada a ver com o Deus de Jesus, que nos deu o seu filho no Natal, para nos ensinar que a vida humana é dom e graça, e que deve ser vivida na gratuidade da relação com ele.
A Novena de Natal, não há lugar para ele, trata da temática das imagens equivocadas e distorcidas de Deus, especialmente difundidas nessa pandemia.
Bom Natal a todos!
Que ele seja recomeço de vida e sinal resistência na luta contra a morte e o mal!
Como adquirir?
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Solange Maria do Carmo é natural de Teixeiras, MG. É teóloga, com mestrado em Bíblia e doutorado em Teologia da Práxis Cristã (Catequese) pela FAJE – Faculdade dos Jesuítas, BH. Leciona disciplinas de Teologia Bíblica e também Catequética no ISTA – Instituto Santo Tomás de Aquino – e na PUC-Minas. É coautora, juntamente com padre Orione Silva, da coleção Catequese Permanente, publicada pela editora Paulus. Tem diversos artigos publicados e assessora encontros e retiros para leigos e presbíteros.
Tânia da Silva Mayer é natural de Virgolândia, MG, onde foi batizada, reside em Belo Horizonte há mais de trinta anos. É teóloga, mestra em estudos de cristologia, pela FAJE – Faculdade dos Jesuítas, BH, e atualmente é estudante de letras na UFMG. Articulista de religião, possui experiência na editoração, redação, correção e revisão, de textos diversos, materiais e subsídios pastorais para o povo de Deus. Assessora encontros, cursos, formações e retiros para diversos públicos em dioceses no país.