Atualidade – Observatório de Evangelização https://observatoriodaevangelizacao.com Fri, 10 May 2024 16:51:54 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.5.3 https://i0.wp.com/observatoriodaevangelizacao.com/wp-content/uploads/2024/04/cropped-logo.png?fit=32%2C32&ssl=1 Atualidade – Observatório de Evangelização https://observatoriodaevangelizacao.com 32 32 232225030 Um modo confiável de ajudar nossos irmãos e irmãs do Sul https://observatoriodaevangelizacao.com/um-modo-confiavel-de-ajudar-nossos-irmaos-e-irmas-do-sul/ https://observatoriodaevangelizacao.com/um-modo-confiavel-de-ajudar-nossos-irmaos-e-irmas-do-sul/#respond Fri, 10 May 2024 16:51:54 +0000 https://observatoriodaevangelizacao.com/?p=49885 [Leia mais...]]]> Neste momento, nas ações emergenciais solidárias urgentes doar (veja a chave PIX SOS@ALSB.ORG.BR) e renovar o compromisso ético e ecoético de dar mãos e participar das lutas que escutam o grito da Terra e o grito dos pobres e vulneráveis, em defesa da vida, em todo lugar.

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Tragédia anunciada (mais uma)! Chuva demais, inteligência e responsabilidade de menos https://observatoriodaevangelizacao.com/tragedia-anunciada-mais-uma-chuva-demais-inteligencia-e-responsabilidade-de-menos/ https://observatoriodaevangelizacao.com/tragedia-anunciada-mais-uma-chuva-demais-inteligencia-e-responsabilidade-de-menos/#respond Thu, 09 May 2024 20:56:31 +0000 https://observatoriodaevangelizacao.com/?p=49866 [Leia mais...]]]> Será que desta vez vamos aceitar que a ameaça é real? Entraremos em pânico ao perceber que o que está ruim pode piorar? O futuro será pior que o presente. O aquecimento global está apenas em seu começo. Poucos meses após a passagem de um ciclone extratropical que trouxe devastação e morte ao Rio Grande do Sul, enchentes ainda maiores estão castigando os gaúchos. 80% dos municípios devastados, milhares de desabrigados e desalojados, centenas de feridos, mortos e desaparecidos.

A tragédia é mais um sinal gravíssimo da crise ambiental. Desmatamento, mineração ilegal, queimadas, destruição dos biomas, desertificação. Enxurrada, enchentes, inundações, causando desmoronamentos, destruindo casas, matando gente e arruinando meios de subsistência. O ambiente mudou tanto que o que antes era uma possibilidade, agora é um fenômeno real.

Eventos extremos se tornaram frequentes. Embora esteja acontecendo no Sul, impacta diretamente todo o Brasil. Não são fatalidades naturais, mas um fenômeno resultante das mudanças climáticas. Há muito a ciência alerta sobre o agravamento do aquecimento global. Um crescimento econômico continuado num planeta finito e sobrecarregado só pode terminar em tragédia. Uma catástrofe ambiental é prenúncio de flagelo social: migração, desemprego, fome, doenças, pobreza.

Fingir surpresa diante dos fatos é cinismo e canalhice. O negacionismo das alterações climáticas foi fomentado por muitos anos. A falta de bom senso e o desprezo pela ciência é prenúncio de desastre. Não faltam alertas científicos! O último relatório do IPCC de 2023, após 15 anos de pesquisas realizadas por centenas de cientistas, apontou a América do Sul como área de eventos climáticos extremos, como inundações.

Em 2015, o relatório “Brasil 2040”, da Presidência da República, indicou o aumento de chuvas acentuadas no Sul em decorrência das mudanças climáticas. O documento apresentava medidas para minimizar os impactos das mudanças inevitáveis. O estudo foi arquivado. Previsões ignoradas. Essa é a quarta ocorrência de fortes chuvas em terras gaúchas em menos de um ano.

Registro da tragédia do Ciclone extratropical no Rio Grande do Sul em 2021.

Não há como negar tantas evidências científicas, mas…

Eduardo Leite (PSDB), governador desde 2018, e Sebastião Melo (MDB) prefeito de Porto Alegre desde 2020, não só desprezaram as advertências, como também destruíram o Estado, privatizaram a infraestrutura e sucatearam a secretaria de meio ambiente. A prefeitura de Porto Alegre não investiu um centavo em prevenção contra enchentes em 2023. Tudo em nome da austeridade fiscal.

O governo estadual aumentou o orçamento da defesa civil em apenas 50 mil reais, alterou 480 artigos do Código do Meio Ambiente, mudou o conceito de Área de Preservação Permanente (APP) favorecendo a intervenção do agronegócio em áreas sem autorização de órgão ambiental, retirou os artigos que versavam sobre Unidades de Conservação e sua proteção. Menos de um mês atrás, o governador sancionou uma lei que flexibiliza regras ambientais para construção de barragens em APPs.“A crise já chegou, ela não é no futuro.

 

A crise já chegou, ela não é no futuro. Não há mais como evitar os eventos extremos.

Suely Araújo, coordenadora do Observatório do Clima.

 

A crise já chegou, ela não é no futuro. Não há mais como evitar os eventos extremos” (Suely Araújo, coordenadora do Observatório do Clima). A mudança climática é uma realidade, mas a legislação e as políticas públicas ainda são pensadas como se ela não existisse. A flexibilização da legislação ambiental pode gerar muitas outras tragédias. Tramita no Congresso um “pacote da destruição”: mais de 20 projetos de lei que fragilizam a legislação ambiental. Em meio ao desastre climático, a bancada ruralista quer reduzir reservas na Amazônia.

Catástrofes causadas pela crise climática podem ser evitadas? Quem poderá frear a ganância predatória dos poderosos que sacrificam um país inteiro em benefício próprio? É um desastre após outro. É preciso pôr fim à tamanha insanidade. “Continuaremos sonâmbulos para as catástrofes climáticas?” (António Guterres, secretário-geral da ONU).

 

Continuaremos sonâmbulos para as catástrofes climáticas?

António Guterres, secretário-geral da ONU.

 

As vidas perdidas logo serão esquecidas? Continuaremos elegendo governantes e políticos negacionistas patrocinados por empresas e seus interesses escusos? Uma hora a conta chega. A fatura chegou no Rio Grande do Sul!

Não basta maquiar mudanças na economia. Sem visão de futuro, pode ser tarde demais. A crise climática é expressão de uma crise muito maior: a crise civilizatória. São urgentes mudanças “nos estilos de vida, nos modelos de produção e de consumo, nas estruturas consolidadas de poder que hoje regem as sociedades” (Laudato Si’, 5).

A crise climática-humanitária revela um profundo abandono dos mais pobres. Diante desse desamparo, o povo se enche de compaixão e se organiza por meio de doações e voluntariado. A ação coletiva mostra que pode fazer a diferença na reconstrução de uma sociedade. Solidariedade é essencial, mas a mobilização por justiça climática também é urgente. Não se pode enfrentar um problema tão grave apenas com medidas pontuais. Respostas emergenciais e provisórias são insuficientes.Eventos extremos como esse não podem ser tratados como imprevistos. Um problema sistêmico gerador de tragédias humano-ambientais só será realmente enfrentado com a mudança do modelo socioeconômico. Prevenir é melhor que remediar.

(Os grifos são nossos!)

Élio Gasda é jesuíta, doutor em Teologia, professor e pesquisador na Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia – Faje. Sua reflexão teológica sobre os desafios e urgências da contemporaneidade, à luz da Fé, da Ética e dos princípios estruturantes da Doutrina Social da Igreja, vem contribuindo significativamente na caminhada do movimentos populares, as pastorais sociais, grupos diversos e lideranças comprometidas com a transformação das estruturas injustas da sociedade e a cultura da paz fundada na justiça e na fraternidade. Além de inúmeros artigos, dentre seus livros destacamos: Trabalho e capitalismo global: atualidade da Doutrina social da Igreja (Paulinas, 2001); Cristianismo e economia (Paulinas, 2016). O Observatório da Evangelização tem publicado aqui alguns de seus artigos.

Fonte: Portal FAJE

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Pastoral do Povo da Rua tem novo bispo referencial https://observatoriodaevangelizacao.com/pastoral-do-povo-da-rua-tem-novo-bispo-referencial/ Tue, 30 Apr 2024 02:06:01 +0000 https://observatoriodaevangelizacao.com/?p=49848 [Leia mais...]]]>

Uma das mais desafiantes pastorais sociais da Igreja católica, a Pastoral do Povo da Rua, tem novo bispo referencial.  Isso mesmo, uma das mais desafiantes, porque pessoas em situação de rua, infelizmente, com frequência são consideradas uma espécie de “lixo humano”, são tratadas como um estorvo que sujam e enfeiam o centro das grandes cidades. E como se não bastasse, além de serem, por muitos, socialmente invisibilizadas, são também desprezadas até mesmo pelas políticas públicas.

Esta Pastoral social nasce como um apelo ético do Evangelho que nos interpela a contemplar, no rosto dos pobres e sofredores, a presença de Deus e a acolher cada pessoa humana, de modo especial, as mais vulneráveis e excluídas da mesa da dignidade, como irmãos e irmãs.

Recebemos com alegria esta notícia: No dia 17 de Abril de 2024, a presidência da Comissão episcopal para a ação sociotransformadora da CNBB, conduzida por dom José Valdeci Santos Mendes, bispo de Brejo – MA, nomeou como novo bispo referencial da Pastoral do Povo da Rua, dom Joaquim Giovani Mol Guimarães, bispo auxiliar de Belo Horizonte. Dom Mol, como é conhecido, vem se destacando, como uma das lideranças da Igreja católica mais atuantes e comprometidas com a defesa da democracia, da igualdade cidadã, da justiça social e da dignidade humana.

 

Com dom José Valdeci, nós da equipe do Observatório da Evangelização também suplicamos a Deus que abençoe o trabalho de dom Joaquim Mol na Pastoral do Povo da Rua. Que esta importante pastoral social ganhe maior visibilidade e apoio da Igreja e de toda a sociedade brasileira.

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O Clericalismo que habita em nós https://observatoriodaevangelizacao.com/o-clericalismo-que-habita-em-nos/ Fri, 26 Apr 2024 18:59:30 +0000 https://observatoriodaevangelizacao.com/?p=49838 [Leia mais...]]]>  

O CLERICALISMO QUE HABITA EM NÓS

Por Toninho Kalunga

Francisco é o primeiro Papa a tocar em um tema de fundamental importância para a sobrevivência da Igreja Católica no meio dos pobres. É a chaga do clericalismo. Este mal nasce do entendimento de uma parcela dos padres, de que a fé que eles devotam a Deus, é uma fé mais importante do que a fé das pessoas que não são padres.

O clericalismo nasceu disso. O desenvolvimento desta perspectiva de fé trouxe uma tese de uma certa hierarquia na relação com Deus. Assim, primeiro, vem o Papa, com sua infalibilidade, logo em seguida são os poderosos cardeais, seguidos dos arcebispos, bispos e finalmente a massa sacerdotal. O povo é conduzido e a estes, basta este papel!

Por outro lado, quem cuida, de fato, da fé do povo católico são os padres. Aliás, neste ponto nem há tanta contradição, pois, eles se formam em seminários, num período que vai de 8 à 12 anos, para ajudar na construção e consolidação de uma perspectiva religiosa e sua consequente fé. No decorrer do tempo, infelizmente, ao invés de servir, optaram por ser servidos. E aí é que a coisa degringolou.

Podemos verificar nas lembranças de nossa juventude, “Igrejas que não cabiam gente” de tanta gente que ia às Missas! Era o tempo da Igreja Pastoral, de uma Igreja onde seus pastores tinham “cheiro de suas ovelhas”. Entre o Concílio Vaticano II e o final dos anos 1970, os seminários formaram padres que tinham como perspectiva e sonho, servir ao povo de Deus.

No começo dos anos 1980, com o advento do papado de João Paulo II, essa proposta de Igreja Pastoral, foi perdendo seu vigor e passou a ser combatida ferozmente com incentivo papal do anticomunismo. Se houve erro no papado de João Paulo II, certamente, esse foi o maior deles, pois sua visão de mundo e histórico pessoal, dava a ele a dimensão de que a Polônia era o mundo. E não era!

A Igreja Latino Americana, não era a mesma Igreja Européia. Nem é!! Essa falta de perspectiva cultural e de dimensão social e econômica de João Paulo II, fez com que seu papado passasse a ser de enfrentamento a uma Igreja alegre e popular, uma Igreja de dimensão profética e acolhedora. Uma Igreja gigantesca na dimensão espiritual, eclesial e popular. Foi uma Igreja libertadora e feliz, vocacionada a ser sal na terra e luz no mundo. Por isso, era cheia, vigorosa, devota e encarnada na vida do povo. O resultado é que a vitória dos conservadores, está sendo a derrota de toda a Igreja.

Assim, esta nova proposta ganhou força e os seminários passaram a construir com grande esforço e incentivo do Vaticano, uma formação cada vez mais clericalista, onde a ideia do padre tutor, com pouco interesse na dimensão cotidiana do povo e apegado ao status sacerdotal. A igreja católica passou então a abrir mão do tríplice múnus, que é o múnus sacerdotal, múnus profético e múnus pastoral, para assumir e incentivar apenas o primeiro.

A partir deste momento, começou a crise das ordenações sacerdotais; Diminuindo drasticamente a quantidade de seminaristas e vocações religiosas femininas nos conventos. Jovens que buscavam servir, deixaram de ver na Igreja um atrativo, afinal, para ter poder, melhor seria ser candidato a vereador, prefeito ou deputado e não a padre ou “freira”!!

Assim, fomos apresentados ao orgulhoso Padre de Sacristia, perdendo de vez o líder pastoral. Foi quando começou a surgir a figura dos padres cantores ou o padre popstar, que juntava muita gente em Igrejas enormes e afastavam ao mesmo tempo, o mesmo povo, de suas pequenas comunidades. Esse foi o começo do fim das Comunidades Eclesiais de Base. Enquanto o povo cantava que tinha:

 “anjos voando neste lugar, no meio do povo e em cima do altar, subindo e descendo em todas as direções”, 

O povo na periferia ficava vendo lobos em pele de pastores, engolindo sua fé e arrancando suas esperanças, dizendo que a culpa pelas dificuldades que passavam era em razão de seu pecado e não em razão de um sistema econômico e social que os escravizavam.

Assim, como suspiro de esperança, nas periferias que ainda resistiam, a canção era outra: Ao perceber que lhes faltavam pastores o povo clamava:

“Falta gente pra ir ao povo Descobrir porque o povo se cala Pastores e animadores pra incentivar o teu povo a falar.  Falta luz porque não se acende Não se acende porque faltam sonhos. E falta esse jeito novo de levar luz e falar de Jesus”

Em razão da perda de contato da Igreja Católica com a realidade do povo, surgiu um vácuo, que foi ocupado por uma dimensão religiosa já existente, que se pulverizou: pastores evangélicos oriundos e envolvidos com a realidade de suas comunidades, favelas e periferias em geral levando apoio em nome de Jesus.

Ao destruírem pastorais como a Pastoral Carcerária, os pastores passaram a dar assistência às famílias dos detentos pobres e dos próprios presidiários. Ao impedir a dimensão profética de Pastorais como a Pastoral da Terra, abrimos mão do apoio aos trabalhadores rurais e deixamo-los à própria sorte, sendo estes acolhidos por pequenas comunidades evangélicas nas pequenas cidades e no campo.

O que sobrou aos católicos foi uma elite paroquiana que ao pagar o dízimo e doar um bezerro para a festa da Padroeira, tirava o senso crítico da realidade vivida pelos mais pobres, assim, não fazia diferença participar de uma Igreja onde o padre culpava os pecadores por seus pecados, e o pastor que dizia que o pecado era coisa do demônio. Assim, melhor era falar com o pastor, que ao menos lhes falava que iam sair no tapa com o belzebu!

Nenhum destes, no entanto, se interessava mais em falar sobre a esperança de uma vida melhor aqui, neste lugar. Todos só garantiam isso depois da morte. Assim, a vida vivida, era abafada e o que restava era se adaptar e deixar o tempo passar. Os que não aceitavam essa condição, construíram sua própria fé! Contudo sem formação, sem dimensão filosófica e teológica pastoral. Não demorou para que a falta destas dimensões formativas, fossem adaptadas para o campo da política conservadora e o resultado desta pulverização está aí para que todos possamos ver!

Além dos seminários, outra figura que transforma bons padres, em padres clericalistas, é a própria comunidade de leigos e leigas que exigem destes homens uma postura que muitos não gostariam de ter – nem têm – responsabilizando e exigindo destes uma postura de super humanos. Não é sem razão que existem tantas desistências e frustrações com o sonho da vida sacerdotal.

No campo progressista não é muito diferente, lamentavelmente! O que deveria ser um sopro de alívio para os padres, passa a ser também uma exigência de posicionamentos que cabem aos leigos e não aos padres. E isso também é muito frustrante.

Ao fim, o que se tem é um séquito de religiosos, que chegam numa comunidade e destroem a organização histórica Pastoral dessas comunidades e impõe o seu estilo e ponto de vista, acompanhado de um viés ideológico de extrema direita e hipócrita,  em detrimento da história daquela comunidade. Não servem. Exigem serem servidos.

Tem uma canção que gosto muito, que é bastante cantada na ceb nos atos penitenciais que diz assim:

“Quem não te aceita, quem te rejeita, pode não crer, por ver cristãos que vivem mal…”

Tenho visto cada vez mais pessoas que estão tristes com a Igreja Católica que trazem consigo características em comum: Não participam da vida comunitária, não batem um prego num sabão para ajudar na construção da reflexão e não ajudam na lida cotidiana da comunidade, mas querem espaço de liderança. Não topam estar numa turma de catequese com um grupo de 05 ou 10. Querem ser chamados para fazer palestra nos grupos x ou y, mas não estão dispostos a participar da formação na paróquia. Ou seja. Só aceitam posição de liderança ou de destaque, (igual ao padre) não querem, portanto, fazer parte da massa. O que não entendem é que se não se misturar a esta massa, jamais poderá ter de novo o prazer de se alegrar em uma comunidade.

Não é este o comportamento clericalista?? Não é essa a razão pela qual reclamamos dos Padres que não ouvem, não colocam os pés no barro, não frequentam a casa dos mais pobres?? Aí me pergunto, aos que reclamam daqueles: não estamos imitando e nos comportando da mesma forma??

Não é necessário brigar com o padre. Mas é necessário construir a comunidade junto com ele. Estar à disposição de uma comunidade de fé (E NÃO DO PADRE) significa também ter a humildade e a disposição de amadurecer a fé a partir do exemplo do lavapés e aí, sim, estar pronto para ajudar o padre. Afinal, o ensinamento Evangélico é que se não houver a permissão para que os próprios pés sejam lavados, não se compreenderá que este exemplo não é para usufruir de um serviço mas a ação diária para se fazer imitador de Cristo.

Portanto, esta reflexão não é um chamado de uma guerra contra os padres, muito menos de uma postura que queira lançar culpas a quem quer que seja, antes de mais nada é um apelo para que o clero, enquanto representantes tão privilegiados ( mas não únicos) do amor de Deus, se voltem novamente ao serviço profético de anunciadores do amor de Deus e denunciadores contra as mazelas que os poderosos infligem contra a razão maior das suas existências: os pobres.

Que todos nós, filhos e filhas de Deus e peregrinos por este mundo em busca do conforto espiritual, tenhamos a reciprocidade da acolhida de nossos pontos de vista e não da imposição do ponto de vista ideológico, travestido de teológico por parte do clero e de lideranças leigas fascistas, pois estas, destroem o amor, a fraternidade e a solidariedade entre nós!

Que nosso projeto de religiosidade tenha, na necessidade da dignidade de qualquer vida, o parâmetro da defesa da vida de todos, e que esta dignidade seja aplicada da concepção (e não apenas da concepção à Luz), indo até a morte natural como parâmetro da defesa da vida, conforme proposto pelo próprio Cristo. (João,10-10)

 

Toninho Kalunga é leigo orionita na Comunidade do Pequeno Cotolengo, Santuário São Luis Orione em Cotia e membro da Fraternidade Leiga Charles de Foucauld

Fonte: CEBs do Brasil

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Uma Igreja sinodal em missão https://observatoriodaevangelizacao.com/uma-igreja-sinodal-em-missao/ Fri, 26 Apr 2024 18:16:17 +0000 https://observatoriodaevangelizacao.com/?p=49834 [Leia mais...]]]>

Uma Igreja Sinodal em Missão – Cartilha

Conheça a Cartilha “Igreja Sinodal em Missão” organizada pelo CNLB, Caritas Brasileira e CCB Jesuítas – Uma reflexão sobre a sinodalidade!

O Conselho Nacional do Laicato do Brasil (CNLB), a Caritas Brasileira e o Centro Cultural de Brasília (Jesuítas – Companhia de Jesus) lançaram a cartilha “UMA IGREJA SINODAL EM MISSÃO”. É possível fazer o download na versão digital bem como na versão para impressão, no site do CNLB.

A presidente do CNLB lembrou que a ideia de fazer uma cartilha para rezar e estudar o documento síntese da 1ª Sessão do Sínodo sobre a Sinodalidade surgiu em uma reunião do CNLB. “O Colegiado Deliberativo do Conselho fez a indicação de procurarmos a Caritas Brasileira e os Jesuíta para construção desse instrumento de oração, estudo e reflexão”, enfatizou Sônia Gomes.

Padre Miguel Martins, jesuíta, tem a expectativa de que, de modo especial, os cristãos leigos e leigas, possam se utilizar dessa cartilha se apropriar dos conteúdos do relatório síntese da 1ª Sessão do Sínodo da Sinodalidade. “O processo sinodal não é um evento. É um modo de ser Igreja que inclusive nós aqui no Brasil já vivemos. Mas precisamos reavivar isso, esse modo de ser igreja, que é um modo de participação de todos, para que todos tenham voz e vez”, destacou o jesuíta.

Marilza Schuina da Comissão de Assessoria Permanente (CAP) do CNLB lembra que a cartilha quer ajudar a aprofundar as questões que o Sínodo sobre Sinodalidade aponta a partir da realidade em que vivemos. “Nossa expectativa é que esta cartilha favoreça que os cristãos leigos e leigas, nas comunidades, movimentos e pastorais possam refletir sobre os temas apresentados no relatório síntese da primeira sessão sinodal”, finalizou Schuina.

 

O porquê da Cartilha “Uma Igreja Sinodal em Missão” …

Este subsídio deve ajudar as pessoas por meio da leitura orante, dos círculos bíblicos, textos, cantos e outros instrumento para uma reflexão orante do relatório síntese da 1ª Sessão do Sínodo sobre a Sinodalidade. “Aproximar aqueles e aquelas dos mais distantes lugares para refletir e ler o relatório síntese, entender o que é uma Igreja sinodal e assim ajudar a viver esse jeito de ser Igreja na prática”, destacou Sônia Gomes.

Já Marilza Schuina reforça que o objetivo da Cartilha não é apenas responder as questões do relatório, mas refletir e debater como podemos ser uma Igreja verdadeiramente Sinodal na sua essência, uma Igreja povo de Deus, de comunhão, participação e missão.

Como utilizar a Cartilha?

A Cartilha tem linguagem de fácil entendimento e muito simples de utilizar. Assim sendo, o jesuíta Miguel Martins, nos lembra que esse instrumento pode ser usado nos encontros dos grupos de jovens, das pastorais, dos movimentos, das CEBs. São 20 capítulos com temas ligados ao relatório síntese da 1ª Sessão do Sínodo da Sinodalidade. “Os animadores de comunidades, lideranças das pastorais, organismos, serviços, movimentos e demais forças vivas da Igreja são sujeitos eclesiais que podem liderar essa reflexão em seus espaços e assim ajudar na espiritualidade sinodal, nosso jeito de viver a fé”, reforçou padre Miguel.

Sônia Gomes nos lembra que a Cartilha pode ser usada em todos os espaços que participamos inclusive nos novos areópagos como a internet. “A cartilha pode inclusive ser usada em nossas reuniões virtuais para reflexão da Igreja Sinodal em comunhão com o Sínodo da Sinodalidade”, finalizou a presidente do CNLB.

Fonte: Conselho Nacional do Laicato do Brasil

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Para a SOUC – Semana de Oração pela Unidade Cristã https://observatoriodaevangelizacao.com/para-a-souc-semana-de-oracao-pela-unidade-crista/ Wed, 24 Apr 2024 12:44:05 +0000 https://observatoriodaevangelizacao.com/?p=49733 [Leia mais...]]]>
A busca da unidade ao longo de todo o ano

Promovida mundialmente pelo Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos e pelo Conselho Mundial de Igrejas, a Semana de Oração pela Unidade Cristã (SOUC) acontece em períodos diferentes nos dois hemisférios.

No hemisfério Norte, o período tradicional para a Semana de Oração pela Unidade Cristã (SOUC) é de 18 a 25 de janeiro. Essas datas foram propostas em 1908, por Paul Watson, pois cobriam o tempo entre as festas de São Pedro e São Paulo, e tinham, portanto, um significado simbólico.


No hemisfério Sul, por sua vez, as Igrejas geralmente celebram a Semana de Oração no período de Pentecostes (como foi sugerido pelo movimento Fé e Ordem, em 1926), que também é um momento simbólico para a unidade da Igreja. No Brasil, o Conselho Nacional de Igrejas Cristãs (CONIC) lidera e coordena as iniciativas para a celebração da Semana em diversos estados.

Levando em conta essa flexibilidade no que diz respeito à data, estimulamos a todos os cristãos, ao longo do ano, a expressar o grau de comunhão que as Igrejas já atingiram e a orar juntos por uma unidade cada vez mais plena, que é desejo do próprio Cristo (Jo 17:21). Clique aqui e baixe a logomarca da Semana.
Semana de Oração (SOUC), edição 2024

▶ PERÍODO
De 12 a 19 de maio.

▶ TEMA

“Amarás a Deus e a pessoa próxima como a ti mesmo.” (cf Lc 10,27)

▶ ORAÇÃO OFICIAL

Clique aqui e confira a Oração oficial da SOUC para 2024.

▶ E-BOOK DA SOUC 2024
Desde o ano de 2021, os materiais alusivos à SOUC passaram a ser exclusivamente virtuais.
Clique aqui e baixe o Caderno de Celebração (e-book da SOUC 2024).
Clique aqui e baixe Rodas de Conversa (com temas bíblicos) que preparamos como material complementar.

▶ VÍDEOS DA SOUC
Preparamos uma série de vídeos para animar a Semana de Oração 2024. Clique aqui para assistir.

▶ PLAYLIST (VÍDEOS) E PARTITURAS
Clique aqui e acesse a playlist de cantos preparada pela Comunidade Taizé de Alagoinhas.
Clique aqui e baixe as partituras (também preparadas prla Comunidade Taizé de Alagoinhas).

▶ CARTAZ

A arte escolhida foi enviada por Larissa Bichuete.

Clique aqui e leia a explicação do autor para a arte.
Clique aqui para baixar o cartaz em alta resolução.

▶ INTRODUÇÃO AO TEMA PARA O ANO DE 2024
Amarás a Deus e a pessoa próxima como a ti mesmo (cf. Lc 10, 27) é o tema da Semana de Oração pela Unidade Cristã (SOUC).
Os materiais da Semana de Oração pela Unidade Cristã de 2024 foram preparados por uma equipe ecumênica de Burkina Faso, coordenada pela Comunidade Chemin Neuf (CCN). A CCN é uma comunidade católica com vocação ecumênica, nascida em Lyon, França, em 1973. Sua inspiração é a dinâmica do Vaticano II, a tradição inaciana e a experiência da Renovação Carismática. Para elaborar o material da SOUC 2024, a Comunidade Chemin Neuf convidou pessoas da Arquidiocese Católica de Uagadugu, das igrejas protestantes, dos órgãos ecumênicos e da CCN de Burkina Faso.
No Brasil, o CONIC convidou a Comunidade de Taizé de Alagoinhas/Ba para realizarem a adaptação dos subsídios. Para a nossa felicidade, a Comunidade de Taizé aceitou o convite e adaptou, com espírito ecumênico e comunitário, o material proposto pelas igrejas de Burkina Faso. Agradecemos profundamente a generosidade e a disposição dos irmãos e irmãs da Comunidade de Taizé de Alagoinha. O caderno apresenta três roteiros celebrativos, que formam um caminho com três paradas. Primeira: somos um; segunda: oração da cruz e terceira: oração da luz.
A escolha pelo versículo bíblico do Evangelho de Lc 10,27 brota do contexto permanente de tensão e perseguição experimentados pelas comunidades cristãs de Burkina Faso, um país cultural e religiosamente plural, em que aproximadamente 64% da população é muçulmana, 9% adere às religiões tradicionais africanas e 26% é cristã, sendo 20% católica e 6% protestante. Esses três grupos religiosos estão presentes em todas as regiões do país e em praticamente todas as famílias.
Nossos irmãos e irmãs de Burkina Faso nos contam que todas as comunidades religiosas são impactadas pela profunda crise de segurança vivida pelo país, em consequência de um grande ataque jihadista, organizado fora do país, ocorrido no ano de 2016. Burkina Faso enfrenta uma proliferação de ataques violentos promovidos por grupos extremistas, de ilegalidade e o tráfico de pessoas. Inúmeras escolas, centros de saúde e prefeituras foram fechados e grande parte da infraestrutura socioeconômica e de transporte foi destruída. Os ataques direcionados a grupos étnicos específicos aumentam o risco de conflitos intercomunitários.
As igrejas cristãs têm sido alvo específico de ataques armados. Sacerdotes, pastores e catequistas foram mortos durante celebrações e muitos foram sequestrados e seus paradeiros são desconhecidos.  Comunidades cristãs no norte, leste e noroeste do país foram fechadas por causa das ameaças extremistas. Não há mais culto cristão público em muitas dessas áreas. Em poucos locais somente é possível celebrar sob proteção policial, desde que os cultos e missas sejam breves.
Amarás a Deus e a pessoa próxima é um convite para refletir sobre os extremismos e exclusivismos religiosos. Deus jamais é a favor de perseguições, guerras e intolerâncias religiosas.
No Brasil, nós, pessoas cristãs, podemos celebrar e orar em liberdade e segurança. No entanto, isso não significa que a violência em nome de Deus esteja ausente. Se em Burkina Fasso há comunidades cristãs perseguidas, aqui, no Brasil, pessoas indígenas que praticam as espiritualidades ancestrais e pessoas afro-brasileiras, adeptas das inúmeras tradições religiosas aprendidas com seus antepassados são perseguidas por grupos cristãos extremistas.
Burkina Faso nos diz que a única possibilidade que a fé em Jesus Cristo nos oferece é expressar o amor a Deus amando a pessoa próxima, isso significa, respeitar e amar pessoas com práticas religiosas diferentes das nossas, pois o convívio e a unidade são a melhor forma de comprometimento com o amor gratuito de Deus pela humanidade.
Este ano, vamos fazer da Semana de Oração pela Unidade Cristã uma Semana com forte apelo Ecumênico. Vamos nos dar a oportunidade de ir ao encontro de nossos irmãos e irmãs que vivem a sua fé de maneira diferente da nossa. Experimentar o amor em diversidade é encontrar Deus revelado na pessoa próxima. Estes encontros nos tornam pessoas melhores, menos conflitivas e mais amorosas.
▶ OFERTA DA SEMANA DE ORAÇÃO
A oferta da SOUC simboliza o comprometimento das pessoas com o ecumenismo. É uma forma concreta de mostrar que acreditamos realmente na unidade dos cristãos (João 17:21). Os frutos das ofertas doadas ao longo da Semana são distribuídos, anualmente, da seguinte maneira: 40% para a representação regional do CONIC (onde houver), que é destinado a subsidiar reuniões e atividades ecumênicas locais, e 60% para o CONIC Nacional, para projetos de maior alcance.
Vale lembrar que a oferta faz parte da celebração, logo, reserve um momento da liturgia para realizá-la. É um momento de gratidão pelas coisas boas que recebemos de Deus. Ofertas também poderão ser recolhidas nos encontros temáticos, durante a Semana.
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Pastoral Carcerária lançou relatório sobre o trabalho pastoral nos presídios https://observatoriodaevangelizacao.com/pastoral-carceraria-lancou-relatorio-sobre-o-trabalho-pastoral-nos-presidios/ Wed, 24 Apr 2024 03:40:15 +0000 https://observatoriodaevangelizacao.com/?p=49721 [Leia mais...]]]>
A Pastoral Carcerária lançou no início deste mês de março o “Relatório de Dados – Restrições à Assistência Religiosa 2024”. Trata-se, segundo a coordenadora nacional na apresentação da publicação, irmã Petra Silvia Pfaller, de um trabalho que foi gestado ao longo desses meses e traz, para além dos números, o dia a dia da jornada do agir pastoral no âmbito das prisões.
“A Assistência Religiosa é um direito da pessoa presa e um dever de cada Cristão/ã, seguindo a missão de Jesus: “Estive preso e você me visitou” (Mt 25), sendo presença de uma “Igreja em saída” (Papa Francisco) com o objetivo de Evangelizar e promover a dignidade humana, para realizar um “Sonho de Deus: Um mundo sem Cárcere”, afirma um trecho da publicação.
Convite a escutar os gritos do sistema carcerário
A Pastoral Carcerária aponta que a publicação, ao mesmo tempo, é um ver e um convite a escutar os gritos ensurdecedores de um sistema, o carcerário, expressão da sociedade em que vivemos, onde imperam cada dia mais a intolerância e o consequente desejo de eliminar o diferente, seja uma eliminação real (homicídio), seja uma eliminação virtual (cancelamento).
“Esta realidade é tão fortemente presente que podemos caracterizar a nossa cultura como a cultura do cancelamento. A ela soma-se uma das marcas do nosso tempo… a nossa sociedade é excludente. Abaixo dos considerados improdutivos, encontramos os excluídos, aqueles que a sociedade não quer nem ver, para nem se lembrar da sua existência. São as pessoas em situação de rua, os encarcerados, os refugiados… Esta “cultura do cancelamento” se estende também ao âmbito religioso, às dificuldades encontradas pela Pastoral Carcerária ao longo destes últimos anos e, também, presentes na atualidade de acesso às unidades prisionais”, diz um trecho da apresentação.
Confira o relatório na íntegra aqui: Relatório de dados 2024 da Pastoral Carcerária
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Encontro de Jovens Universitários Cristãos Humanistas na PUC Minas https://observatoriodaevangelizacao.com/encontro-de-jovens-universitarios-cristaos-humanistas-na-puc-minas/ Wed, 24 Apr 2024 03:28:59 +0000 https://observatoriodaevangelizacao.com/?p=49714 [Leia mais...]]]>
O EJUCH teve como eixo central o encontro com Jesus, proporcionando momentos de profunda conexão espiritual, criando oportunidades para novas amizades, por meio de reflexões sobre as relações da vida humana. O evento possibilitou ainda o fortalecimento da fé e a adesão aos valores do Evangelho.O 1º Encontro de Jovens Universitários Cristãos Humanistas (EJUCH) promovido pela Pastoral Universitária da PUC Minas promoveu , no Campus Coração Eucarístico, em Belo Horizonte. O encontro contou com a presença alegre de dezenas de jovens universitários dos diversos campi e unidades da Universidade e teve como fundamento o Ano das Juventudes, projeto pastoral da Arquidiocese de Belo Horizonte, em 2024.
Durante o evento, foram realizadas atividades com músicas, danças e dinâmicas coletivas, que promoveram a interação entre os participantes e auxiliaram na formação da fraternidade.
O EJUCH teve como eixo central o encontro com Jesus, proporcionando momentos de profunda conexão espiritual, criando oportunidades para novas amizades, por meio de reflexões sobre as relações da vida humana. O evento possibilitou ainda o fortalecimento da fé e a adesão aos valores do Evangelho.
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Exclusiva: Cardeal Parolin fala sobre a Igreja Católica no Brasil https://observatoriodaevangelizacao.com/exclusiva-cardeal-parolin-fala-sobre-a-igreja-catolica-no-brasil/ Wed, 24 Apr 2024 03:20:11 +0000 https://observatoriodaevangelizacao.com/?p=49711 [Leia mais...]]]>
“Dias de graça”. Desta forma o secretário de Estado do Vaticano, o cardeal Pietro Parolin, definiu a sua experiência em território brasileiro, especialmente nos dois dias, 10 e 11 de abril, em que pregou o retiro aos bispos do Brasil com o tema: “caminho sinodal” e as meditações sobre a “comunhão, participação e missão”. A entrevista foi acompanhada pelo arcebispo de Porto Alegre (RS) e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Jaime Spengler.
O secretário de Estado do Vaticano concedeu uma entrevista exclusiva ao assessor de Imprensa da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), padre Arnaldo Rodrigues. No vídeo a seguir, Parolin disse ter se sentido à vontade junto ao episcopado brasileiro pela acolhida tanto no sentido humano quanto na fraternidade sacerdotal.
Confira, abaixo, a íntegra da entrevista na qual o cardeal fala sobre as meditações e imagens bíblicas aprofundadas no retiro com os bispos brasileiros e apresenta sua impressões sobre a Igreja no Católica no país e o catolicismo na América Latina.
Entrevista exclusiva com o cardeal Pietro Parolin: click aqui
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Francisco: a unidade dos cristãos é um testemunho ao mundo ferido pela divisão https://observatoriodaevangelizacao.com/francisco-a-unidade-dos-cristaos-e-um-testemunho-ao-mundo-ferido-pela-divisao/ Wed, 24 Apr 2024 02:39:10 +0000 https://observatoriodaevangelizacao.com/?p=49699 [Leia mais...]]]> O Papa, em mensagem ao Fórum Cristão Global reunido em Gana até sábado (20), espera que o encontro consiga reacender o amor fraterno e aumentar “a unidade visível entre todos os cristãos”. Durante 25 anos, a iniciativa “tornou-se uma valiosa ferramenta ecumênica”, acrescentou Pe. Flavio Pace, que leu o texto do Pontífice e falou em nome do Dicastério para a Promoção da Unidade dos Cristãos.

Confira…

Andressa Collet – Vatican News

O Papa Francisco também se faz presente no quarto encontro mundial organizado pelo Fórum Cristão Global que termina no próximo sábado (20), em Acra, capital de Gana, que recebe 240 líderes cristãos de 60 países diferentes. Através de uma mensagem enviada nesta quinta-feira (18), o Pontífice começou recordando a importância de reunir participantes de todo o mundo na África, “o que respeita um belo mosaico do cristianismo contemporâneo com a sua rica diversidade, ao mesmo tempo em que permanecem fundamentados na nossa identidade comum de seguidores de Jesus Cristo”.

No texto em inglês, lido no evento por Pe. Flavio Pace, secretário do Dicastério para a Promoção da Unidade dos Cristãos, o Papa refletiu sobre o tema do encontro em Gana: “Para que o mundo conheça” (Jo 17, 23b), inspirado na oração de Jesus pouco antes da sua paixão e morte, quando expressou anseio pela unidade entre os fiéis. Uma forma, escreveu Francisco, de exortar “os cristãos a incorporar a unidade e o amor do Deus Uno e Trino na vida pessoal deles e da Igreja, de modo a dar testemunho a um mundo ferido pela divisão e rivalidade”.

“A unidade é um elemento indispensável para abraçar a visão do Reino de Deus. Portanto, há um vínculo intrínseco entre o ecumenismo e a missão cristã. Ao longo da sua história, o Fórum Cristão Global contribuiu significativamente para a promoção desse vínculo, proporcionando um espaço onde os membros, especialmente aqueles provenientes de diferentes expressões históricas da fé cristã, crescem no respeito mútuo e na fraternidade, ao se encontrarem em Cristo.”

Francisco encerrou a mensagem, parabenizando pelo aniversário de 25 anos do Fórum Cristão Global, no desejo de que o encontro em Gana consiga reacender o amor fraterno enquanto todos rezam juntos, contam as histórias pessoais e enfrentam os desafios que a comunidade cristã global enfrenta. A exortação final do Papa foi para que o evento consiga aumentar “a unidade visível entre todos os cristãos”.

De fato, o Fórum Cristão Global procura reunir cristãos de diferentes tradições para aprofundar as conexões e enfrentar os desafios globais. Por meio de adoração, ensinamentos e discussões em busca da unidade cristã, os encontros procuram dar testemunho de Cristo no mundo de hoje.

O ‘espaço aberto’ do Fórum Cristão Global

O Pe. Flavio Pace, em nome do Dicastério para a Promoção da Unidade dos Cristãos, também fez a sua intervenção no “evento ecumênico” após a leitura da mensagem de Francisco, enaltecendo, inclusive, o processo sinodal da Igreja Católica vivido desde 2021 – que não pode ser feito “sem a dimensão ecumênica”. O secretário recordou a vigília de oração com a presença de líderes de diferentes denominações cristãs ao lado do Papa Francisco (2023). O evento em Gana, afirmou “com certeza” o representante vaticano, “também é animado pelo espírito da sinodalidade”, pois reúne “líderes cristãos de todo o mundo, representando uma rica tapeçaria do cristianismo, incluindo igrejas ortodoxas, católicas, protestantes, evangélicas, pentecostais, independentes e organizações ecumênicas. Ele reflete nossa diversidade global, abrangendo várias experiências eclesiais e carismas pessoais”.

O Fórum Cristão Global, comentou Pe. Flavio, “tornou-se uma valiosa ferramenta ecumênica”, desafiando “as percepções do mundo sobre o cristianismo como uma mera fonte de divisão e conflito, demonstrando o poder transformador do Evangelho”. Por 25 anos, o Fórum “tem proporcionado um ‘espaço aberto’ onde representantes de todas as correntes do cristianismo global podem se reunir para cultivar o respeito mútuo, compartilhar histórias de fé pessoais e eclesiais, abordar desafios e aspirações comuns e explorar novas formas de promover a unidade cristã em uma época de mudanças significativas no cristianismo global”.

“Quando cristãos de diversas origens se reúnem, abraçando sua identidade compartilhada em Cristo, eles dão testemunho do poder reconciliador do Evangelho. Sua unidade se torna um testemunho do poder da fé cristã que transcende as diferenças humanas.”

Fonte: Vaticannews.va

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