A Palavra se fez Carne

Hoje é dia 09 de novembro, terça-feira da 32ª Semana do Tempo Comum. Festa da dedicação da Basílica do Latrão(Catedral de Roma).

Nos evangelhos vemos Jesus realizando gestos repletos de simbolismo: suas refeições com os pecadores, o lava-pés, e hoje a ação contra o Templo… Uma ação simbólica na qual se pretende mostrar que o tempo do Templo terminou. Jesus se sentia como um estranho naquele lugar. O que seus olhos viam nada tinha a ver com o verdadeiro culto ao Pai, o espaço do templo tinha se convertido em centro comercial. Peça ao Senhor que te ajude no discernimento daquilo que é verdadeiramente os seus sinais no seu dia-a-dia.

Abra o coração e acolha com carinho e atenção o Evangelho de Jesus Cristo segundo João 2,13-22:

Estava próxima a Páscoa dos judeus e Jesus subiu a Jerusalém. No Templo, encontrou vendedores de bois, ovelhas e pombas e cambistas instalados ali. Então fez um chicote com cordas e a todos expulsou do Templo, juntamente com os bois e as ovelhas; esparramou as moedas dos cambistas e revirou suas mesas, e aos vendedores de pombas disse: “Tirai isso daqui. Não façais da casa de meu Pai um mercado”! Os discípulos se recordaram do que está escrito: “O zelo por tua casa me devora”. Então os judeus perguntaram a Jesus: “Que sinais nos mostra para agires assim?” Jesus respondeu” Destruí este santuário, e eu o levantarei em três dias”. Os judeus, então, disseram: “A construção deste santuário durou quarenta e seis anos, e tu o levantarás em três dias?” Ele, porém, se referia ao santuário que é seu corpo. Depois que Jesus ressuscitou dentre os mortos, os discípulos se recordaram de que ele tinha dito isso, e creram na Escritura e na palavra que Jesus tinha falado.”


Viver a fé cristã é tornar viva as palavras de Jesus escritas nos Evangelhos, colocando-as em prática, à luz do Espírito que ele mesmo nos enviou, após sua ressurreição. Neste evangelho Jesus vai até Jerusalém e chega até o templo. Vê toda movimentação que ali acontecia referente a festa da Páscoa. Percebe que as celebrações do Templo ocorrem em um contexto de opressão e exploração do povo. Era escandaloso o que ali acontecia, de modo especial, nas festas judaicas e, sobretudo na Páscoa. O comportamento dos vendedores ia ao contrário do próprio sentido da festa da Páscoa que era celebrar a libertação do povo da escravidão do Egito. Peça ao Senhor que o ajude a ser Templo onde o seu Espírito faz morada.

Somos também o “novo templo”, morada do Espírito, presença que alarga nosso interior para que todos possam ali ter acesso. Quem são os “frequentadores” do nosso “templo interior”? Como você ajuda a cuidar desse corpo de Cristo que é também a comunidade cristã na qual participa?

“Não façais da casa de meu Pai um mercado!”. Ao “substituir” o Templo por seu Corpo, Jesus nos convida a viver o encontro com Deus no centro de nossa pessoa e da vida mesma. E Ele torna-se referência para nos ajudar a ver o que é uma vida vivida desse modo: uma existência marcada pelo amor compassivo e pela alegria de uma vida plena. Veja o que diz o Pe. Adroaldo Palaoro:


Muitas pessoas pensam que é somente no templo (capela, lugar santo e cerimônias sagradas) onde é possível fazer uma experiência de encontro com Deus. Se o Deus que é experimentado no templo não coincide com o Deus que move nossa vida na rua, na convivência com os outros, no compromisso com os últimos… então o templo e seu suposto “deus” não tem nada a ver com o Deus de Jesus, e a prática religiosa é vazia.”

Termine sua oração dando graças ao Senhor pela presença do Senhor em sua vida. Você é convidado pelo Pai a levar adiante os ensinamentos do seu Filho Jesus. Acolha esse convite com gratidão e humildade. Eleve a Deus seu pedido e também uma ação de graças…

O Senhor nos abençoe e nos guarde. O Senhor nos mostre o Seu rosto brilhante. O Senhor nos conceda sempre a sua paz. O Senhor nos abençoe e nos guarde hoje e sempre. Amém!

Fonte:

https://arquidiocesebh.org.br/palavra-se-fez-carne/