O que mais se ouve falar, nesses dias e em todos os tempos, são noticias que indicam a frequência de casos e constatações de práticas de corrupção. Trata-se de um desafio, e grande por sinal, para as democracias, e não é diferente no Brasil, em que se deve não só enfrentar, combater, mas buscar reduzir também esta “erva daninha”. A corrupção atinge vários setores públicos estatais, compreende o envolvimento de funcionários públicos, mas se estende também aos mais simples através do chamado “jeitinho brasileiro” ou da “lei de Gérson”, isto é, a cultura de que se deve levar vantagem em tudo. Neste sentido, pode-se dizer que existe certa tolerância à corrupção, sem dizer com isto, é claro, que não se trata de um problema muito grave e de grandes proporções. Podemos dizer então que temos tanto uma corrupção “miúda” quanto uma corrupção “graúda”. Ou seja, esse tipo de perversão vai desde uma simples bonificação, até o patrimonialismo envolvendo o serviço público.
Envolvendo várias modalidades e setores da sociedade, a corrupção é processual, isto é, pode começar com atos simples e aparentemente inocentes, até chegar a uma complexidade maior gerando a deterioração, a degradação, e a decomposição do sujeito e da sociedade, das normas, dos valores morais, dos princípios fundamentais, ocasionando graves problemas para a vida de todos.
Como exemplo de corrupção e busca de uma reflexão ética, nos é oferecido o artigo a seguir: