Há dois milênios Jesus foi confrontado pelos escribas e fariseus que ameaçavam apedrejar uma mulher adúltera (Jo 8, 1-11). A reação do Mestre, devolvendo a dignidade da mulher e desautorizando completamente àqueles que a queriam condenar, é conhecida. Jesus de Nazaré posicionou-se, sempre, coerente e corajosamente na defesa de todos os excluídos em sua sociedade, dentre os quais, a mulher. E nós, cristãos, hoje, que temos feito, concretamente? Ou não há mais “violência de gênero”?
140 países retomaram ontem, 25 de novembro, uma campanha, nascida em 1991 “16 dias de ativismo contra a violência de gênero”, mobilização que vai do Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra a Mulher (25/11) ao Dia Internacional dos Direitos Humanos (10/12). Ora, dentre os direitos humanos, direito à saúde, direito de gênero, a mulher, seguramente, em seu momento mais delicado, deve ter assegurado o direito aos cuidados enquanto gestante e parturiente. Infelizmente, no entanto, não é sempre assim entre nós… O que somos chamados a fazer?
Tânia Jordão