“O tema central da Assembleia diz respeito ao Pilar da Palavra: Casas da Palavra – Animação bíblica da vida e da pastoral nas comunidades eclesiais missionárias.”
Nesta semana, de 12 a 16 de abril de 2021, acontece em nosso país a 58ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB. Por causa da situação da pandemia da Covid-19, exigindo o necessário distanciamento social, esta Assembleia acontece em modalidade virtual. É a primeira vez na história da Conferência que teremos uma assembleia em formato remoto, totalmente on-line.
Participam do evento cardeais, arcebispos, bispos diocesanos e auxiliares, coadjutores, além dos bispos eméritos e representantes de organismos e pastorais da Igreja que são convidados. A Igreja Católica no Brasil possui 278 circunscrições eclesiásticas, um total de 475 bispos hoje, dos quais 309 exercendo alguma missão e função de governo e ainda outros 166 bispos eméritos (aposentados).
A Assembleia Geral é um acontecimento de comunhão eclesial, de construção da unidade e de buscar pistas para uma ação conjunta diante dos desafios de nossa realidade. Uma iniciativa enraizada na compreensão de Igreja como “Corpo de Cristo”, como um organismo vivo, interdependente, em que todos dependem de todos. Um corpo que se sustenta pela unidade, pela busca da comunhão dos diversos membros abrangendo todo o nosso país. Como diz o canto: “Nós somos muitos, mas formamos um só corpo, que é o Corpo do Senhor, a Sua Igreja”. A Igreja nasce da Trindade, da comunhão entre as três pessoas divinas: Pai, Filho e Espírito Santo. E se não busca em sua constituição terrestre testemunhar essa comunhão, caminhar na unidade, perde a sua essência, deixa ser Igreja aquilo que o próprio nome “igreja” significa: “povo de Deus reunido”.
Qual o tema central e os outros temas desta Assembleia?
O tema central da Assembleia diz respeito ao Pilar da Palavra proposto pelas Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (DGAE 2019-2023). Mesmo sem a possibilidade de votação de um documento, será debatido o tema “Casas da Palavra – Animação bíblica da vida e da pastoral nas comunidades eclesiais missionárias”.
Este será o núcleo central das reflexões durante a semana que busca tornar a Palavra de Deus mais presente, viva e atuante em nossas comunidades eclesiais. Busca pistas concretas de como fazer com que a Palavra de Deus seja a alma da nossa vida cotidiana e das nossas ações evangelizadoras.
Os bispos vão aprofundar também vários outros assuntos previstos em pauta sobre a vida da Igreja e a evangelização no Brasil, entre os quais
- a análise de conjuntura;
- o Ano Vocacional previsto para 2023;
- os anos temáticos de São José e Família Amoris Laetitia, convocados pelo papa Francisco.
Um tema também que será tratado diz respeito ao nosso Regional Leste 2 que inclui Minas e Espírito Santo. Há uma proposta para a criação do Regional Leste 3 que seria o Espírito Santo como outro Regional. Além disso faz parte da preocupação da Assembleia da CNBB a situação da pandemia do novo coronavírus e a articulação da Igreja para ajudar a responder mais efetivamente a este enorme desafio.
Algumas vozes barulhentas e dissonantes vez ou outra ressoam nas redes sociais com o refrão: “A CNBB não me representa”. Em geral são vozes marcadas por preconceitos e por uma visão muito curta do sentido de ser Igreja, que carece da importância da comunhão e da fidelidade ao projeto de vida anunciado e testemunhado por Jesus.
Porém quando a Igreja se encontra unida e reunida na busca de maior comunhão e efetiva participação, Ela se reveste da presença do Espírito e se faz verdadeiramente continuadora da obra de salvação iniciada por Jesus: “Que todos sejam um para que o mundo creia” (Jo 17, 21-23).
Nós como CEBs, Igreja viva e comprometida com a vida na base, como Povo de Deus, reconhecemos a liderança dos bispos de nossa Igreja, nossos legítimos pastores. Acreditamos na presença do Espírito que age na história, cremos na força da união, rezamos pelo bom andamento desta Assembleia e conclamamos que a CNBB nos representa!