Aconteceu no dia 21 de setembro de 2019, às 14:00h, na casa paroquial da Igreja São José, em Belo Horizonte, a VI Assembleia paroquial do Povo de Deus. Convocados para discutir e colher sugestões a serem encaminhadas à Arquidiocese de Belo Horizonte, a paróquia São José contou com a participação de aproximadamente 50 participantes.
Localizada no centro de Belo Horizonte, a Igreja tem como uma de suas características acolher fiéis de passagem. Grande parte do público frequentador desta paróquia são cristãos que ocasionalmente passam pelo centro da cidade e param ali para orar, não tendo assim grandes vínculos com a paróquia. Além dos desafios de ser uma paróquia de centro, a Igreja São José é um dos pontos turísticos mais procurados na capital.
Criada em 27 de janeiro de 1900, por Dom Silvério Gomes Pimenta, e entregue aos Missionários redentoristas para o seu cuidado pastoral.
A pedra fundamental da igreja foi lançada em 20 de abril de 1902, começando a ser utilizada como matriz em 19 de março de 1904. Em 1910, foi construída a escadaria principal e, entre 1911 e 1912, realizou-se a pintura do seu interior.
Há mais de cem anos, é lugar privilegiado de religiosidade, cultura, manifestações e encontros na cidade de Belo Horizonte.
Os trabalhos da VI Assembleia paroquial do Povo de Deus começaram com a fala do pároco responsável, pe. José Cláudio Teixeira, questionando a baixa adesão das pastorais, tanto em números de participantes, quanto no estudo prévio do instrumento de trabalho.
Das 25 pastorais existentes na Igreja São José, apenas duas atenderam as orientações do padre e prepararam suas sugestões previamente. A Pastoral da Liturgia e a Pastoral da Eucaristia foram as únicas que se apresentaram e dividiram suas ideias com o público presente.
Brenda, agente da Pastoral da Liturgia, apresentou as propostas do grupo e destacou pontos importantes da realidade local:
- a importância do saber falar e da leitura da Palavra, saber atuar como Ministro da Palavra;
- a importância de observarmos as características da população do entorno para justificar trabalho de inclusão social junto às autoridades competentes, visando acolher os pobres e desamparados, que atuam fora da Igreja;
- proclamar a palavra: adaptar o que falamos às pessoas com quem falamos;
- pastoral bem estruturada, para prestar bem o serviço.
Após a apresentação das pastorais os participantes foram divididos em grupos para discutirem as propostas e definirem juntos a linha de ação para o próximo quadriênio. As propostas escolhidas foram:
- Casa da Palavra – Promover uma catequese atenta à cultura urbana, numa metodologia e linguagem que utilizem a arte (música, cinema, teatro, imagens e outros), a serviço da educação da fé;
- Casa do Pão – Investir no cultivo da espiritualidade do seguimento de Jesus Cristo, nos processos de formação inicial e permanente dos presbíteros, bem como dos agentes de pastoral, para que isso possibilite a saída de uma experiência religiosa fechada em si mesma e clericalista;
- Casa da Caridade – Capacitar os evangelizadores para que as comunidades sejam verdadeiras casas de acolhida e do cuidado de todas as pessoas, especialmente dos pobres.
O processo contendo as escolhas da Igreja São José segue para a RENSP (Região Episcopal Nossa Senhora da Piedade) representada por Magali, eleita no final da assembleia para representar a paróquia no dia 26 de outubro na assembleia regional.
O encerramento do encontro foi marcado pelas palavras de padre José Cláudio Teixeira, convocando os membros das respectivas pastorais a participarem efetivamente dos eventos da comunidade paroquial.
Camilla Moreira
Membro da equipe executiva do Observatório da Evangelização