40 dias pelo Rio: Navegando juntos a boa nova de Deus a caminho do Sínodo Amazônico – 13º dia

Dia 13 de Navegação – 08 de Setembro

Petição permanente para o Sínodo Amazônico no início de cada dia

“Que o Deus da vida e da beleza, o Espírito Santo que nos impulsiona para mais fraternidade, unidade e dignidade, o Cristo encarnado da Boa Nova, da inculturação e da interculturalidade nos proporcionem serenidade, discernimento e coragem para encontrar novos caminhos para a Igreja e para uma ecologia integral neste Sínodo Amazônico. Tudo isso para o bem e a vida de seus povos e comunidades, e para caminhar mais juntos pelo Reino”.

Medite por alguns momentos neste pedido inicial, busque a calma interior para entrar neste momento para navegar pelas águas da Amazônia e a vida da Igreja a serviço de seus povos e comunidades, e para ouvir o chamado de Deus através de sua palavra viva. 

Um mandato para cuidar da continuidade do projeto de Deus, com um olhar especial para os mais vulneráveis, e agradecendo aos guardiões da terra que tantas vezes são os povos originários

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Leitura do dia

(Cada um e cada uma são convidados a aprofundar a leitura completa de acordo com suas próprias necessidades e critérios)

Qual o homem poderia conhecer a vontade de Deus? Quem poderia fazer ideia das intenções do Senhor? Os pensamentos dos mortais são hesitantes, precárias, nossas reflexões. O corpo, submetido à corrupção, entorpece a alma; o invólucro de terra é um fardo para o espírito solicitado em todos os sentidos. Já temos dificuldade em representar-nos as realidades terrestres, mesmo o que está ao nosso alcance, descobrimo-lo com esforço. E as realidades celestes, quem as explorou? Quem teria conhecido a tua vontade, se tu mesmo não concedesses a Sabedoria e das alturas não enviasses teu santo espírito? Assim endireitaram-se as veredas dos habitantes da terra, os homens forma instruídos no que te agrada e pela Sabedoria foram salvos.” Sabedoria 9 13-18.

Reflexão sob a perspectiva do Sínodo Amazônico

Neste Sínodo amazônico somos chamados a discernir com coragem, ânimo e liberdade interior aquilo ao que Deus nos chama neste momento que reconhecemos como um verdadeiro Kairós. Um momento especial e propício para reconhecer a revelação de Deus para a Amazônia e para a missão de seguir o Senhor de toda a Igreja. É um dom e uma graça, todos devemos nos reconhecer limitados diante dela, e ao mesmo tempo privilegiados, pelo que temos de viver, e nisso a atitude de humildade e abertura interior será muito necessária para permitir que o celestial seja revelado desde a mediação da territorialidade Amazônica como lugar teológico, onde há um chamado para um novo tipo de sabedoria que é expressão de Deus e um grito urgente dos profetas: Cuidar da casa comum. É um mandato para cuidar da continuidade do projeto de Deus, com um olhar especial para os mais vulneráveis, e agradecendo aos guardiões da terra que tantas vezes são os povos originários e muitos dos nossos camponeses-as e outras comunidades que aqui vivem e existem.

A atitude de humildade e abertura interior será muito necessária para permitir que o celestial seja revelado desde a mediação da territorialidade Amazônica como lugar teológico, onde há um chamado para um novo tipo de sabedoria

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Contemplação

Contemplemos a imagem deste dia e tomemos um momento para reconhecer nossa própria vida e experiência na Igreja e ao serviço da Amazônia para pedir luz nesta palavra de Deus em preparação para o Sínodo. Escrever meus pedidos particulares e permanecer neles durante este dia. Convidamos você a manter um registro de tudo o que o Espírito nos provoca como preparação interior para o Sínodo Amazônico.

Citação para fechar a meditação

O território é um lugar teológico a partir do qual se vive a fé, mas é também uma peculiar fonte de revelação de Deus. Estes espaços são lugares epifânicos onde se manifesta a reserva de vida e de sabedoria para o planeta, uma vida e sabedoria que falam de Deus. Na Amazônia manifestam-se as “carícias de Deus” que se encarna na história (cf. LS, 84).

(Instrumentum Laboris, nº. 19)

Fonte:

IHU