Dia 11 de Navegação – 06 de Setembro
Petição permanente para o Sínodo Amazônico no início de cada dia
“Que o Deus da vida e da beleza, o Espírito Santo que nos impulsiona para mais fraternidade, unidade e dignidade, o Cristo encarnado da Boa Nova, da inculturação e da interculturalidade nos proporcionem serenidade, discernimento e coragem para encontrar novos caminhos para a Igreja e para uma ecologia integral neste Sínodo Amazônico. Tudo isso para o bem e a vida de seus povos e comunidades, e para caminhar mais juntos pelo Reino”.
Medite por alguns momentos neste pedido inicial, busque a calma interior para entrar neste momento para navegar pelas águas da Amazônia e a vida da Igreja a serviço de seus povos e comunidades, e para ouvir o chamado de Deus através de sua palavra viva.
A maravilha de Deus e seu mistério, assim como a plenitude do Cristo de ontem, hoje e amanhã, é especialmente evidente na maravilha da biodiversidade neste ecossistema, superando todos os confins e sendo tudo em tudo e em todos
Leitura do dia
(Cada um e cada uma são convidados a aprofundar a leitura completa de acordo com suas próprias necessidades e critérios)
“Ele é a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação, pois nele foram criadas todas as coisas nos céus e na terra, as visíveis e as invisíveis, sejam tronos ou soberanias, poderes ou autoridades; todas as coisas foram criadas por ele e para ele. Ele é antes de todas as coisas, e nele tudo subsiste. Ele é a cabeça do corpo, que é a igreja; é o princípio e o primogênito dentre os mortos, para que em tudo tenha a supremacia. Pois foi do agrado de Deus que nele habitasse toda a plenitude, e por meio dele reconciliasse consigo todas as coisas, tanto as que estão na terra quanto as que estão no céu, estabelecendo a paz pelo seu sangue derramado na cruz.”
Colossenses 1, 15-20
Reflexão sob a perspectiva do Sínodo Amazônico
Neste Sínodo Amazônico, estas palavras das cartas Paulinas estão cheias de vida pela maravilha de tudo o que é aqui expresso, de um modo que não é possível percebê-lo em nenhum outro lugar do planeta. A maravilha de Deus e seu mistério, assim como a plenitude do Cristo de ontem, hoje e amanhã, é especialmente evidente na maravilha da biodiversidade neste ecossistema, superando todos os confins e sendo tudo em tudo e em todos. É a presença do Cristo que transcende o material e vive nas profundezas das culturas indígenas amazônicas, no cotidiano de suas comunidades quando vivem em plenitude e na certeza de que seu Reino chegará para superar todos os sinais da morte que estão presentes aqui hoje. Neste Sínodo, longe de remover a centralidade de Cristo, esta centralidade torna-se ainda mais poderosa em sua plenitude, excedendo nossas fronteiras, estruturas e entendimentos. É o Cristo que redime tudo e que terá a última palavra das mãos de todos e de todas os que se importam com a beleza de Deus na Amazônia e acima daqueles que a destroem. Cristo presente na diversidade de expressões espirituais que convergem para Vós e para o seu Reino.
Contemplação
Contemplemos a imagem deste dia e tomemos um momento para reconhecer nossa própria vida e experiência na Igreja e ao serviço da Amazônia para pedir luz nesta palavra de Deus em preparação para o Sínodo. Escrever meus pedidos particulares e permanecer neles durante este dia. Convidamos você a manter um registro de tudo o que o Espírito nos provoca como preparação interior para o Sínodo Amazônico.
Citação para fechar a meditação
Cristo Glorioso, influência secretamente difusa no seio da Matéria e Centro fulgurante, onde as inúmeras fibras do Múltiplo se entrelaçam. Potência implacável como o mundo e quente como a vida. Vós, cuja testa é de neve, os olhos de fogo, os pés mais crepitantes do que o ouro em fusão; vós, cujas mãos aprisionam estrelas; vós que sois o primeiro e os último, o vivente, o morto e o ressuscitado; Vós que aglutinas em vossa unidade exuberante todos os encantos e todos os prazeres, todas as forças e todos os estados; sois vós quem meu ser chamava com um desejo tão imenso quanto o universo: vós sois verdadeiramente meu Senhor e meu Deus.
(Teilhard de Chardin, Missa pelo mundo)
Fonte:
IHU