Em um ato de desobediência civil não-violenta, um esforço para pressionar o Congresso e a administração presidencial a acabar com a prática imoral e desumana de deter crianças imigrantes. Esta ação é o começo de uma campanha na qual os líderes católicos estão aumentando sua disposição de assumir riscos significativos como um ato de resistência.
Cerca de 70 pessoas, que carregavam fotos de crianças imigrantes que morreram enquanto estavam sob custódia em centros de detenção norte-americanos, foram presas na quinta-feira, 18 de junho de 2019, enquanto protestavam no Capitólio, em Washington, contra a política de imigração do governo de Donald Trump.
A Rede Franciscana de Ação, um grupo católico em defesa dos direitos humanos, convocou a manifestação nos escritórios do Senado Russell, parte do complexo do Capitólio, para protestar contra as condições desses centros, porque, acusam, que ele constituem uma violação aos direitos humanos.
“Nosso país nasceu na escuridão do que agora chamamos pecado original. E agora, uns 200 anos mais tarde, pensamos que havíamos começado a superar esses pecados. No entanto, nestes dias, Donald Trump está nos arrastando de volta àqueles tempos malignos, com uma combinação de medos irracionais, ódio de pessoas que não são dele e de pura crueldade. O que é quase tão maligno, é que os chamados cristãos apoiam e aplaudem e possibilitam essa descida para uma nova era de trevas na América. Estamos falando sobre as evidências disso, nessas ações hoje. Estamos particularmente citando a desumanidade que ocorre, mesmo enquanto falamos, nas nossas fronteiras do sul. É por isso que pedimos aos nossos milhões de irmãs e irmãos católicos, particularmente nossos bispos, que participem da luta pela alma da América”, declarou o frei Joe Nangle, de Justiça, Paz e Integridade da Criação da Província Franciscana do Santíssimo Nome, preso na manifestação no Dia Católico de Ação pelas Crianças Imigrantes.
“As imagens de crianças em condições deploráveis e insalubres, sem acesso a chuveiros por semanas, incomunicáveis e dormindo em pisos de concreto sem cobertores, nos forçaram a ficar em solidariedade e dizer ‘não em nosso nome’“, discursou a irmã Áine O. Connor, uma das manifestantes presas.
Entre os presos, há vários padres, frades freiras e leigos que denunciaram as condições desumanas em que as crianças migrantes estão sendo detidas.
Cerca de 200 padres, frades, freiras, leigos e leigas no chão de mármore do prédio do senado Russell. Confira:
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