Carta Aberta aos Conservadores da Igreja – Em Apoio ao Papa Francisco

Caros irmãos,

O Senhor lhes dê a Paz!

Lamentáveis são as notícias que nos chegam, sobretudo pelas mídias não católicas,  de denúncias, questionamentos e até acusações à pessoa de nosso amado papa Francisco. Estas, em sua maioria, oriundas de prelados da Igreja de orientação conservadora. Denúncias manipuladas, totalmente fora da realidade sabida. Tentativa torpe, política negativa, em uma Igreja que deveria estar a serviço do Reino e não na busca por poder.

Acusam, desta feita, de ter sido nosso amado papa conivente, ou mesmo, ter fechado os olhos aos casos de pedofilia. São estes fatos abomináveis, decerto. Todavia, nosso papa os têm condenado e orientado, sempre à luz da justiça, que os culpados sejam punidos aos olhos da lei secular, assim como, segundo os cânones das leis eclesiásticas. Não se pode, neste contexto, responsabilizar o sumo pontífice por omissão, ou conivência. Ao contrário, dentro das limitações históricas, tem ele agido pela ética e verdade: imperativos do Evangelho.

São os acusadores, decerto, insatisfeitos com o atual pontificado. Não por razões éticas do sucessor de Pedro e sim, por sua particular hermenêutica do Evangelho que o impele à uma Igreja pobre, para os pobres. Uma Igreja misericordiosa – verdadeiramente – Corpo Místico de Jesus, segundo o Ministério que Ele mesmo assumiu, como nos relata o Evangelho de Lucas, cap. 4, v. 18. Neste texto, Jesus diz ter vindo para anunciar a Boa Nova aos pobres, sob a luz do Espírito do Senhor Javé.  É neste sentido que a Igreja desejada pelo Papa Francisco deve estar ao lado dos Pobres, carregando sobre si, suas dores. Amando sempre, perdoando sempre. Tomando sempre o partido dos mais fracos. Estes imperativos, tão claramente entendidos por Francisco, desagradam a aqueles que de seu ministério só buscam as honras. Papa Francisco não é culpado de omissão face aos casos de pedofilia. Incomoda por abrigar em si a pedagogia de Jesus, Bom Pastor, já a muito esquecida por grande parte de nossos clérigos.

Ainda mais: parte dos escândalos de pedofilia que são colocados como peso às costas do papa, não ocorreram durante  seu pontificado e sim, antes. Não podendo ser  Francisco o culpado, nem mesmo por omissão.

Cabe-nos, membros da Igreja de Cristo, protestar face a esta tentativa torpe e mentirosa de desacreditar nosso amado papa. Não vamos aceitar que nosso Sumo Pastor seja assim incriminado por pessoas que se sentem ameaçadas em suas relações de poder. Homens vocacionados às honras do episcopado, viciados em suas vidas castelares e não comprometidos como o serviço ao Povo de Deus.

A estes ministros da Igreja exortamos que envergonhem-se de seu pecado. Aceitem a obediência que professaram em seus votos e, no mínimo, obedeçam com coração dócil. Caso não aceitem o mister que a Igreja assumiu na era do papa Francisco, renunciem ao seu ministério e deixem a Igreja. Nós, o Povo de Deus, nos alimentaremos do pão acalentado pelo Trigo do Papa Francisco e não com o joio que nos oferecem. Calem-se diante da grandeza deste profeta de nossos tempos, verdadeiro servo de Deus. Se isto lhes parece impossível, deixem a Igreja para os que, de Boa Vontade, querem seguir Jesus e construir seu Reino.

Na fé em Cristo e no amor ao Papa, deixamos nossas orações pelo vosso discernimento.

Em Cristo, nosso Senhor:

H. Abreu Fernandes, ofm

Karina Moreti

Editores do Blog das Comunidades

1 Comentário

  1. Será que estes senhores pelo menos leram Mateus 18, 15-20. Lá não se fala em expor um irmão à execração pública.

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