Os círculos bíblicos ampliam a capacidade de evangelização e de catequese das comunidades cristãs. Eles oferecem uma resposta à sede da palavra de Deus do povo.
Encontros semanais e círculos bíblicos
Mesmo que o diálogo seja praticado em uma homilia, as circunstâncias de lugar e de tempo, o número ou a massa dos ouvintes, a tradição sacral e solene da missa, geralmente, impedem ou dificultam a participação de muitos. Os cristãos precisam de uma outra oportunidade, durante a semana, para se encontrar, para refletir juntos sobre a fé e a vida cristã, para colocar perguntas e procurar respostas.
À mesma conclusão chegamos partindo de outra consideração. Uma homilia de 10 minutos a cada domingo representa cerca de 520 minutos por ano, ou menos de 9 horas, a metade de uma semana de escola. Para muitos adultos, a homilia é a única catequese. É pouco, se não for completada por outras formas de evangelização.
Ora, essas formas são raras. Quase não existe catequese de adultos, ao menos de forma sistemática. Por isso propomos aqui, como instrumento privilegiado de catequese dos adultos e aprofundamento da palavra de Deus, o Círculo Bíblico.
Pensamos, especialmente, naqueles movimentos que, segundo sua própria metodologia, reúnem os leigos e leigas para refletir e agir à luz da fé. Particularmente interessante e recomendado (pela encíclica “Mater et Magistra”, por Puebla etc.) é aquele método, originário da JOC – Juventude Operária Católica, conhecido por “ver, julgar, agir“. Ele leva à análise das situações e necessidades atuais, refletir sobre elas à luz da fé e discernir os apelos de Deus e, finalmente, planejar uma ação adequada. No momento do “julgar”, da reflexão à luz da fé, o Evangelho ou a Bíblia são a referência principal. Assim, é à luz da palavra de Deus que o cristão aprofunda sua fé e leva adiante seu compromisso.
Com fazer o Círculo Bíblico?
O esquema do Círculo Bíblico que sugerimos é aquele que procura, sobretudo, a mensagem da Bíblia para a situação de hoje. Mais exatamente: procura ler a vida de hoje à luz da Bíblia. Portanto, inclui sempre uma reflexão sobre fatos e situações atuais, além da leitura e meditação de textos bíblicos. A ordem dos dois aspectos pode variar e eles podem até se misturar. O importante é que esses dois aspectos sejam levados a sério.
Nem todos possuem ou adquirem facilmente a familiaridade com a Bíblia e a capacidade de comparação com as situações. Mas, para facilitar a aprendizagem dos grupos que vão se constituindo, existem roteiros para círculos bíblicos (atualmente a Arquidiocese de Belo Horizonte produz roteiros mensais para os círculos bíblicos com o nome “Encontros Bíblicos”).
Os presbíteros ou conselhos paroquiais que desejam promover os círculos bíblicos (e isso deveria ser tomado como uma obrigação!) devem:
- assinar os roteiros e distribuí-los aos grupos interessados;
- treinar um grupo de coordenadores de círculos, que depois tomarão conta cada um de seu círculo (para isso, é bom convidar alguém que já tem experiência);
- de vez em quando, voltar a reunir os coordenadores de círculos, para ouvir seus relatórios, resolver dúvidas, orientar e encorajar.
Dessa forma, multiplica-se enormemente a capacidade de evangelização e catequese da paróquia. Também se oferece uma resposta à sede da palavra de Deus do povo, que às vezes procura a Bíblia em outras Igrejas cristãs, porque na Igreja católica continua… acorrentada, inacessível.
(os grifos são nossos.)
Fonte:
ANTONIAZZI, Alberto. A palavra de Deus na vida do povo. Orientações teológicas e sugestões práticas. São Paulo: Paulinas, pp. 51-53.
Veja também:
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https://wordpress.com/post/observatoriodaevangelizacao.wordpress.com/1285
Em 1980 na Paróquia de Nossa Senhora das Dores em Areal,RJ., recebiamos os folhetos e faziamos aos sábados o Círculo Bíblico. Importantíssimo para familiarizar o cristão com a Palavra de Deus , sustentáculo da nossa fé. Os Evangélicos têm a “Escola da Fé”, e outras. Nós Católicos precisamos ter interesse e amor pela Palavra.
Estudos bíblicos são importantes. Religiões evangélicas o fazem. O evangelho da boa nova, ou seja, o N.T. apenas pretendo dar um salto de comparação: o V. T. é um registro histórico de uma é poca mais antiga. A lei era olho por olho. Punitivo. Castigo Divino. No N. Testamento, surge uma nova mentalidade. Mas o mundo de hoje, muito pouco o entendeu. Talvez cheguemos ao juízo fenal e não o entenderemos. Jesus é considerado blasfemo porque se diz Filho de Deus, e exorta: somos todos ‘Filhos do Altíssimo’ “criados a semelhança de Deus” aqui diz que Deus criou-nos com seu Vivíssimo Amor, Pensou-nos Amor. Mas o que vemos? O contrário, há mais trevas do que luz. Poucos são os que imitam o Cristo. Veio para amar, perdoar e curar o pecador. “Não condenar, não julgar, antes tira a tua trave do olho, depois o cisco do olho do teu irmão.” Eis, ai a lei, que vigora: o V. T. acusa, malícia, aponta o dedo, castiga, pune. Onde está, para onde enviaram o Cristo? Sim, estamos todos sub judicie: somos julgados pela aparência, impera o preconceito, as banalizações, como se as roupas vestimentas pudessem nos discriminar. Não impede, e até chutam para baixo do tapete, e se resguardam como homens tementes a Deus: porque carregam a Bíblia na mão como instrumento que faz metaforicamente, é o martelo de Deus, ou se embrulham em roupagens e mitras magníficas, emblemáticas como verdadeiros soldados, somos da legião do Cristo. Mas tudo isso, não os impede dos maiores ultrajes à vida do irmão: pedofilia, estupros e mortes. Corações discriminatórios, plenos de condenações, colocam a luz embaixo do velador . O amor pelo seu irmão, vai pelo ralo. Comungam o corpo e o sangue de Cristo na hóstia santa, e não são capaz de alimentar o faminto, e nem levar o perdão, alívio do amor de Deus.