No dia do padre, uma pergunta merece séria reflexão: o que resta do padre?

Quais os desafios e urgências presentes na atual vivência do ser padre? Quando questionamentos e interrogações são feitas de dentro, ou seja, por número significativo de pessoas visceralmente implicadas e diretamente envolvidas no assunto em questão, adquirem gravidade irrenunciável. Ser sacerdote, presbítero, padre, pastor, ministro ordenado… a diversidade de nomes que se dá, neste casso, não importa tanto quanto o conteúdo, a forma e as condições históricas para que essa vocação e serviço eclesial ao povo de Deus se concretize, é vivida e assumida pela Igreja, pela pessoa que assume esse ministério e, sobretudo, pelo povo de Deus para o qual ele se destina.

Muito se tem escrito, desde o marco do Concílio Vaticano II, sobre as crises e a necessidade de profundas transformações na configuração deste ministério. E você, o que pensa sobre isso? A equipe do OE PUC Minas publica, a partir de hoje, uma série de reflexões sobre os desafios de ser padre na contemporaneidade. A primeira nos vem do contexto europeu:

“Vivemos num momento histórico em que perdemos as coordenadas culturais e sociais que deram, até dias não muito distantes dos nossos, um contexto, um charme e uma fisionomia clara ao nosso ser padre… Como continuar a ser padre neste tempo?

Acompanhe-nos e contribua com sua reflexão crítica sobre esta importante questão diretamente envolvida na ação evangelizadora da Igreja:

 

O que resta do padre?

Premissa

“Será que isso que estamos vivendo ainda é um tempo para nós? Para nós, que abraçamos a vocação sacerdotal? Não são, na verdade, muitos os sinais indicativos de que nesta época em que temos que viver lentamente, mas com bastante seriedade, esteja como que perdendo valor e significado o ministério sacerdotal ao qual decidimos dedicar nossas “vidas?”

Os dados estatísticos acerca das novas vocações ao sacerdócio, ao menos no Ocidente desenvolvido, não requerem muitos comentários: são cada vez menos os jovens que entram nas fileiras do clero, que já é medianamente velho, e, para não poucos casos, muito velho. Será que ainda teremos padres italianos, franceses e europeus, em geral, daqui a algumas décadas? Difícil não perguntar-se.

Mesmo quando ainda não tomados pelos cuidados de saúde do próprio corpo, que se enferma e envelhece, os padres maduros parecem estar sempre preocupados, em reserva: literalmente, nunca têm tempo, tantas as tarefas que lhes competem, incluindo sagradas e profanas, a que dedicam seu tempo. Há quem nem consiga preparar a homilia como o papa Francisco recomenda. Mais ainda: não é verdade também que muitos padres não imprimem um mínimo de entusiasmo ao seu trabalho pastoral e que, ao contrário, vivem o ministério num ciclo de produção ininterrupta, quase insignificante para sua própria existência? O que sobrou dos anos de seminário, do impulso da primeira hora, da prontidão com que deram seu sim ao Senhor Jesus? E o que dizer diante daqueles que pelas razões mais desesperadas – mas que sempre tem a ver com sexo e dinheiro – acabam nas páginas dos jornais, ou sob o holofote daquele tipo de jornalismo popular que tanto ama entreter seu público com esses temas?

A maior provação, talvez, que enfrentamos hoje, e que nos questiona profundamente sobre a nossa presença na sociedade, tem a ver com um sentimento de mal-estar mais geral: o inconveniente de não sermos capazes de nos comunicar com aquela parte vital da população que gravita em torno das nossas paróquias e comunidades.

Penso nos muitos jovens que estão longe dos nossos locais; penso ainda nas mulheres jovens ou adultas, mães e trabalhadoras, que, terminado o caminho da catequese de iniciação de seus filhos, parecem não ter mais tempo, nem interesse para o que nós padres dizemos e celebramos; penso também nos homens e mulheres de cultura ou de instituições públicas importantes, que, mesmo respeitando a realidade eclesial e seus representantes, escondem, no fundo, a ideia de que nós e nosso trabalho não passam de um pequeno souvenir de um mundo que já passou. Você pode encontrá-los nalgum batizado, casamento ou funeral, e quase nenhum deles lembra sequer quando é hora de levantar-se ou de sentar-se. E o que pensar daqueles que ainda vem à Igreja? Não se esconderia em algum lugar do nosso coração a pergunta: realmente estão nos ouvindo? Seriam capazes de aceitar para suas vidas cotidianas os parâmetros que vêm das belas mas exigentes palavras de Jesus que lhes pregamos todos os domingos? Não parece, no entanto, também neste caso, que no final das contas, o que de fato importa para essas pessoas, são elas mesmas que decidem: qual e quanto Evangelho pôr em prática? E nós, então, para que servimos?

Restam, é claro, os pobres, que muitas vezes vêm bater à nossa porta: a solidariedade está fora de questão, mas o fato de eles voltarem tantas vezes, e com aqueles da primeira hora vão se juntando outros continuamente, pois quase ninguém consegue sair desta imensa corrente humana de pessoas que simplesmente lutam para colocar à mesa almoço e jantar. Também isso é fator de tristeza. Quanta pobreza é gerada neste tempo. Poder-se-á encontrar algum equilíbrio nesta estranha economia que governa o mundo?

Talvez este seja o lugar onde encontramos, nesta reflexão, um primeiro ponto de síntese: o tempo em que vivemos é para nós padres, sobretudo, um momento de pobreza; sim, nós também lutamos para colocar juntos as Laudes e as Completas, porque vivemos num momento histórico em que perdemos as coordenadas culturais e sociais que deram, até dias não muito distantes dos nossos, um contexto, um charme e uma fisionomia clara ao nosso ser padre. E é daqui, talvez, que se deva partir para responder à pergunta: como continuar a ser padre neste tempo?

O que perdemos?

Este, que vivemos, é um tempo de pobreza para nós padres. Somos chamados ao ministério do anúncio do Evangelho e de guias das comunidades a nós confiadas, sem poder contar com nenhum dos apoios que foram de grande importância num passado recente:

  • somos padres, mas não dispomos mais daquela linguagem comum entre a experiência de viver e aquela de crer;
  • nem desfrutamos mais daquela credibilidade pessoal e grupal que inspirava confiança em quem se aproximava, e sem poder apoiar nossa autoridade específica em arquétipos e imaginários difusos;
  • e, enfim, sem saber por quanto tempo ainda os recursos econômicos até agora colocados à nossa disposição nos ajudarão a manter de pé e “em boa forma” as tantas estruturas e iniciativas sobre as quais fazemos girar a vida da comunidade.

Tentemos, pois, ver alguns detalhes desse novo cenário em que hoje se decide nosso empenho sacerdotal.

Todos sabemos e dizemos que a cristandade acabou. Estamos, de fato, na época da chamada pós-modernidade, que não é simplesmente uma época de mudança, mas uma verdadeira e própria mudança de época. Tal evento não poupou a figura e o papel do padre, entendido aqui sobretudo como anunciador do Evangelho. Quando se diz que a cristandade acabou, trata-se de tomar consciência de que aquela unidade de cultura e aquela cultura da unidade vigente no Ocidente até a revolução cultural de 1968, não existe mais. Não só: trata-se então de compreender que não há mais referência ou osmose alguma entre as instruções para viver e aquelas para crer. Neste sentido, a mudança de época que vivemos, e que anuncia o fim da cristandade, faz com que haja muito mais distância no modo de entender o humano entre eu e meu avô, do que entre o meu avô e qualquer um dos cidadãos da Idade Média.

Para melhor visualizar uma tal mudança, tenha-se presente o fato de que nos tornamos humanos e cidadãos num determinado tempo, assumindo como nossa a linguagem humana em geral, e mais especificamente a linguagem daquele determinado contexto histórico e cultural, que traduz e indica uma ordem das coisas do mundo e do mundo das coisas. A linguagem é o lugar onde se sedimenta o imaginário comum, que determina a apreensão do real, isto é, o que nós definimos como valores de fundo. Assim, nas últimas décadas, com o impor-se da cultura pós-moderna, assistimos a uma mutação de palavras e de sua ordem, com o eclipse de umas e a emergência de outras:

Até os anos 80 do século passado as palavras decisivas na vida humana eram eternidade, paraíso, verdade natureza, lei natural, fixidez, maturidade, idade adulta, espírito, masculinidade, sobriedade, sacrifício, renúncia, autoridade, direito, tradição. Hoje, ao centro da sensibilidade imediata de ser habitante deste tempo e espaço cultural, encontramos as palavras finitude, alteridade, pluralismo, tolerância, sentimento, técnica, saúde, mudança, atualização, corporeidade, mulher, consumo, bem-estar, juventude, longevidade, singularidade, sexualidade, democracia, convicção, comunicação, participação.

Exatamente isto provoca – e este é o ponto – a ruptura da cristandade, isto é, da unidade entre cultura e fé, entre existência e oração, entre cotidiano e santo, que, não sem nenhuma sombra como é natural que seja, favoreceu muito o trabalho da Igreja e de nós padres: em casa, na escola, pela estrada os códigos linguísticos – humano e de fé – passavam facilmente de um lado ao outro. Isto não acontece mais. Assistimos, ao contrário,

  • a um cristianismo que se tornou estranho ao homem comum;
  • em geral, a própria questão de Deus não aparece mais como decisiva para uma vida humana bem sucedida;
  • e, enfim, quase ninguém de nós consegue encontrar o estilo certo e a frequência certa para transmitir a fé às novas gerações.

Vivemos num tempo que nos despe daquela aura de credibilidade derivante das nossas escolhas que sempre pareciam fortes e contracorrentes em relação a vida ordinária das pessoas: a obediência, a pobreza e a castidade. Mas foram tantos os escândalos que se abateram sobre a inteira categoria nos últimos anos. Quantas feridas recebeu e continuamente recebe a credibilidade da imagem do padre. Num tempo em que não se crê mais na graça, na ação do Espírito Santo, na força da oração, e muito mais naturalmente se inspira na potencia da psicologia, os padres arriscam cair sob suspeição exatamente por essas escolhas fortes e rígidas, porque são os últimos que não se renderam, ao menos como escolha de fundo, à invasividade do discurso do sexo, do dinheiro e da autodeterminação. Que estranha parábola, pois, temos que viver: de um tempo em que exatamente porque castos, pobres e obedientes inspirávamos tanta confiança, para um tempo em que exatamente porque castos, pobres e obedientes somos constantemente submetidos a um tipo permanente de controle de qualidade que gera inevitavelmente desconfiança e ressentimento.

Ainda mais profundamente devemos reconhecer que o que nos faz sofrer é o desaparecimento, na nossa cultura, do “discurso do padre”, a perda de credibilidade da autoridade, a diminuição da qualidade adulta do humano. Pais e educadores são, por assim dizer, invadidos pela ânsia do cuidado, da preocupação, do controle, da manutenção indolor e ascética da vida daqueles que lhes são confiados, resultando tão incapazes de assimetria, de conflitos, de generatividade. Desaparece a ideia de que querer bem a alguém, a nós confiado, significa sempre conjugar com querer o seu bem: isto é, querer seu crescimento, sua emancipação da nossa órbita, sua capacidade de estar com suas próprias pernas diante do mundo e da história, certo, graças a nós, mas sobretudo, sem nós.

  • Onde poderemos encontrar apoio, hoje, no imaginário difuso, para sermos “o mais velho” (tradução literal de presbítero), o mais sábio, o mais adulto, num tempo em que os adultos não querem mais ser adultos, em que não estão mais dispostos a renunciar ao próprio ego para poder assumir o encargo dos outros, sempre com a finalidade de deixá-los crescer em autonomia e por isso sabendo dar espaço também ao lado “áspero”, que também faz parte do gesto educativo?
  • Não há o risco que também o padre se transforme, para nossas crianças e jovens, como suas mães e pais, numa espécie de amigo, de “falso jovem”, de pobre cretino caído sob a pressão do discurso do mercado?
  • E se, ao invés, assumir seriamente o papel de adulto, não terá o padre que encontrar a coragem necessária para enfrentar os tantos “falsos jovens” com quem deve partilhar a responsabilidade educativa das novas gerações?

Percebe-se claramente aqui que as tão amadas alianças casa-escola-oratório devem ser completamente repensadas e reestruturadas.

Merece ainda um aceno a questão econômica. Vimos de tempos de vacas gordas, e talvez ainda estejamos neste tempo, mas são anunciadas sombras neste horizonte e provavelmente, entre a diminuição das ofertas privadas e a redução dos financiamentos estatais, será necessário repensar como realizar a gestão das estruturas, muitas vezes realmente enormes. Em muitos países, no norte da Europa, já é questão do dia a dia a venda de edifícios sacros por causa da falta de fundos para sua manutenção, além da falta de pessoal eclesial a quem destiná-los.

  • Como começar a repensar tudo isso?
  • O que será realmente essencial conservar e do que se poderia, ao contrário, desfazer-se?
  • Como evitar que o trabalho da procura de recursos econômicos não absorva e contamine a liberdade do nosso ministério pastoral e a força da nossa palavra profética?
  • E finalmente, como não enfrentar o aumento da vida média das populações e, portanto, também a do clero?
  • Conseguiremos, com a aposentadoria, fazer frente às tantas novidades que a condição longeva da humanidade põe diante de nós?
  • Será realmente possível permanecer fiel à nossa escolha de sermos padres por um período tão longo de anos?

O que ainda não entendemos

Não seria completa a descrição do cenário em que vivemos hoje nossa aventura sacerdotal, se não levarmos em conta as tantas oportunidades que, exatamente este tempo, que tanto nos põe à prova, nos oferece.

1. A coragem que nos vem do recente magistério petrino. Penso aqui na centralidade do tema da nova evangelização e da atenção aos jovens, em João Paulo II, penso ainda na centralidade da questão da fé, em Bento XVI e penso, enfim, ao apelo do papa Francisco ao tema da criatividade pastoral, mesmo com risco de alguma queda ou algum acidente de percurso.

Gosto, assim, de sublinhar a palavra criatividade que retorna diversas vezes na Evangelii Gaudium (11, 28, 134, 145, 156, 278), e é, no fundo, um convite a imaginar percursos diferentes e propostas inovadoras. É alguma coisa da qual todos estamos convencidos, pois sentimos na pele: muitos gestos de fé que propomos não funcionam mais tão bem como gostaríamos. Basta pensar aos percursos da iniciação cristã ou ao empenho pela pastoral juvenil. É exatamente por isso que o papa Francisco nos convida a não ter medo de mudar, dando vida também a um curioso neologismo: “Primeirear – tomar a iniciativa”.

O nosso é, então, o tempo para a criação de uma palavra nova, de uma nova imaginação evangelizadora, de uma nova estação da vida paroquial. Faço eco a duas expressões bastante concretas do papa Francisco: a primeira, no n. 73 da Evangelii Gaudium, onde, lembrando as grandes mudanças ocorridas na cidade, pede para “imaginar espaços de oração e de comunhão com características inovadoras, mais atraentes e significativas para as populações urbanas”; a segunda diz respeito a bela defesa da paróquia, sempre na Evangelii Gaudium (n. 28), mas com a indicação que esta “requer a docilidade e a criatividade missionária do pastor e da comunidade”: a paróquia é dotada de “grande plasticidade” e “pode assumir formas muito diferentes”. E quem deveria tomar a iniciativa em tudo isso se não exatamente nós, os padres?

2. Sermos quase os últimos guardiães e profetas daquele humanismo do cuidado adulto das relações privadas e públicas, das quais se está perdendo demasiado rapidamente os traços e a memória. Nossa condição de soleira em relação ao jogo, até demasiadamente pegajoso das estratégias educativas, e em relação as contorções individualistas e narcisistas do discurso sócio-político, nos permite relançar o verdadeiro desafio da nossa sociedade: precisamos de adultos, adultos verdadeiros, capazes de controlar as pulsões do próprio eu e de colocar no centro da própria existência o cuidado dos outros, seja em termos de emancipação dos filhos, seja em termos de sustentabilidade do seu direito de simplesmente nos suceder, na cadeia das gerações humanas.

3. Por quanto esmagados e em parte desmotivados, ao menos como categoria, podemos ainda fazer valer o direito de Deus de ser Deus. Nada de humano, por mais que seus recursos estejam voltados ao infinito, poderá substituir a Deus. Penso aqui à sexualidade, ao trabalho exasperado, ao acumulo de dinheiro, às ilusões da bioengenharia, ao poder exercitado até a própria morte. O que é terrestre, permanece terrestre, mesmo que camuflado com paramentos divinos. E, talvez, exatamente por causa dos tantos escândalos desencadeados por alguns dos nossos coirmãos, descobrimos ainda mais que enquanto padres, nunca pretendemos ser outra coisa que simples referências, links, mediadores, pequenos “pontífices”, literalmente, construtores de pontes: de sermos simplesmente dedos que indicam a lua sem nunca pensar que somos a lua. Assim, nossa tarefa é, e permanecerá sempre aquela de recordar ainda a palavra última de toda autêntica salvação: é Deus que nos absolve da necessidade e terrível ilusão de salvar a nós mesmos, os outros e o mundo.

4. Fazer as contas com os nossos investimentos econômicos, que talvez não sejam simplesmente econômicos:

  • Nos serve ainda uma Igreja como “instituição total” dentro de um quarteirão ou de um pequeno centro da periferia; uma Igreja que se ocupa de tudo, do berço ao cemitério?
  • Precisamos ainda de tantas estruturas?
  • E se, ao contrário, hoje nos fosse pedido simplesmente de ensinar aos homens e às mulheres a antiga arte de rezar e de relacionar-se com os outros com liberdade e confiança?

Para concluir

A pergunta final não poderia ser esta: o que resta do padre hoje? Qual o núcleo irrenunciável da sua presença e da sua missão nesse nosso mundo, que parece sempre mais dispensar o Deus do Evangelho e da Igreja? Parece-me que o que sobrou do padre seja a função de representar algo que falta neste mecanismo quase absoluto de singularidades autorreferenciais, mais ou menos infelizmente mantidas juntas pelo mecanismo de produção e classificação das mercadorias. Em tal contexto, a missão parece ser aquela de recordar a grande “utilidade” do sentimento de falta no interior da estrutura humana: o vazio de cada existência humana entorno ao qual orbita aquela precariedade originária com a qual todos fomos modelados.

O homem, de fato, não vive somente daquilo que possui e que segura apertado com suas mãos, mas também daquilo que lhe falta, daquilo que não tem. Eis, então, o que resta do padre hoje: ele é aquele que, com o seu corpo e com suas escolhas ainda tão impopulares, com o seu estilo de vida, recorda o que hoje corre o risco de faltar mais, e que talvez fizesse todos mais humanos: a carência.

Armando Matteo é padre da diocese de Catanzaro-Squillace, é docente de Teologia Fundamental na Pontifícia Universidade Urbaniana. De 2005 a 2011 foi assistente nacional da Federação Universitária Católica Italiana (FUCI). Este artigo foi publicado na revista Presbyteri, e reproduzida por Settimana News, nos dias 04, 10 e 13 de junho de 2017.

(Tradução de Ramiro Mincato. Os grifos são nossos.)

Fonte:

IHU

1 Comentário

  1. O artigo provoca a reflexão da questão pós. Pós o que? Modernidade? Que modernidade? Esse pensamento existe para isso mesmo. Viver o pós tem um propósito. É des colar se, des compromissar se, lavar as mãos. Manos de fé, de onde tiraram a ideia de que a modernidade se esgotou enquanto pensamento? A arte que tanto entusiasmou poetas, filósofos, teólogos economistas que buscaram os pés na terra como o fez o grande e maior moderno Jesus Cristo. Não! É preciso voltar às bases do espírito da modernidade. Talvez, à um novo iluminismo que nós traga à terra novamente. Que nos abra os olhos. Que nos encha de Deus: nos entusiasme. Nós mobilize. O caminho está lá, na modernidade. Em Cristo ainda. É buscar o comum, a comunhão. Esse é o papel dos bons padres. Dos bons cristãos, dos cidadãos. Unir mentes por bons propósitos e retomar o espírito dos modernos, completar a obra.

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