As novas tendências de gestão eclesial e seus desafios: características e exemplos
O tema “As novas tendências de gestão eclesial e seus desafios: características e exemplos” foi abordado por Dom Edson em palestra durante o CONAGE 2016 (Congresso Nacional de Gestão Eclesial) em Aparecida (SP).
O bispo auxiliar da arquidiocese de Belo Horizonte (MG), Dom Edson Oriolo falou sobre os desafios da gestão eclesial. Mestre em filosofia social, especialista em marketing e pós-graduado em gestão estratégica de pessoas, ele apontou a mudança rápida de gerações como um dos grandes desafios da gestão eclesial:
“Nós temos dois desafios muitos sérios que estamos vivendo hoje, primeiro o conflito de gerações. Antigamente era de 25 em 25 anos que mudava essa geração, agora com 10 até 5 anos temos essa mudança, então isso é um grande desafio para nossa Igreja. Como entender uma criança que vive com realidades virtuais que tem o mundo nos seus dedos e conviver com uma pessoa que tem uma mentalidade mais disciplinada?”
Além do conflito de gerações, Dom Edson explicou o desafio da violência neuronal:
“Com o conflito de gerações estamos vivendo o problema da violência neuronal. Somos induzidos a tudo rápido, a eficiência, a rendimento, a uma agenda complexa. Essa é a realidade das pessoas, o cenário da sociedade hoje e a Igreja tem um a preocupação com a evangelização”.
A partir do pensamento do Papa Francisco, Dom Edson apresentou pistas para a busca de superação dos desafios postos para a concretização de uma nova dinâmica eclesial:
“O Papa Francisco fala de uma Igreja em saída, eu acredito em uma paróquia irresistível, como a dos primeiros cristãos. A paróquia irresistível é aquela que atrai, que fascina e que faz com que a pessoa se sinta chamada a participar. Então, que seja essa a nossa maneira de exercer o ministério, seja hierárquico ou não hierárquico: criar em nossas paróquias e comunidades, uma dinâmica irresistível, que provoque fascínio nas pessoas ao propor e testemunhar a experiência cristã”.
Dom Edson aponta os estudos em gestão como uma ferramenta para a missão da Igreja.
“Estudar, entender sobre gestão é uma maneira de oxigenar a nossa missão […] aprender ferramentas para evangelizar cada vez mais, entrando cada vez mais nessa logística do papa Francisco: a Igreja é missão, é esse sair, não é as pessoas vir à igreja, mas a Igreja ir até às pessoas”.
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