O irmão universal que incansavelmente buscou unir povos, ultrapassando os limiares geográficos, religiosos e culturais, cujas interpelações são tão atuais, foi assassinado há exatos 100 anos, em seu eremitério no Saara argelino.
Beber de sua espiritualidade nos dispõe ao pleno abandono a Deus e, consequentemente nos abre a todo irmão, a toda criatura.
Oração do abandono – Charles de Foucauld
Meu Pai,
Entrego-me a vós,
Fazei de mim o que for de vosso agrado.
O que quiserdes fazer de mim, eu vos agradeço.
Estou pronto para tudo, aceito tudo,
Desde que vossa vontade se realize em mim
E em todas as vossas criaturas,
Não desejo outra coisa, meu Deus.
Deponho minha alma em vossas mãos,
Eu vo-la dou, meu Deus,
com todo o amor do meu coração,
Porque vos amo
E porque, para mim,
é uma necessidade de amor dar-me
E entregar-me em vossas mãos, sem medida,
Com uma confiança infinita, pois sois meu Pai.
Fonte: F. Teixeira & V.Berkenbrock. Sede de Deus. Petrópolis: Vozes, 2002, p. 25-26